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Enade 2023: Dos 29 cursos da Ufes avaliados, 24 receberam os maiores conceitos
Vinte e quatro cursos de graduação da Ufes nas áreas de saúde e engenharia receberam os maiores conceitos (4 e 5) no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O resultado da avaliação, realizada em 2023 em 29 cursos da Ufes, foi divulgado na última sexta-feira, 11, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC).
Além do Conceito Enade (CE), também foram divulgados o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Curso (IGC), que leva em consideração a média dos CPCs do último triênio, relativo aos cursos avaliados da instituição; à média dos conceitos de avaliação da pós-graduação stricto sensu e à distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação ou pós-graduação). A analise desses indicadores colocou a Ufes no 25º lugar entre as 112 Instituições de Ensino Superior (IES) públicas federais e no 67º lugar entre as 2.101 IES do Brasil, considerando públicas e privadas. Veja aqui o resultado completo.
A secretária de Avaliação Institucional da Ufes, Leila Massaroni, explica que o Inep estabelece vários indicadores para avaliar a qualidade de ensino da graduação que está sendo ofertado pelas IES. A extensão desses conceitos varia de 1 a 5, sendo 4 e 5 os melhores conceitos. “Para se atingir esses conceitos máximos é necessária toda uma organização da IES no que se refere às dimensões didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura. Também é necessária uma estrutura de gestão para que todas essas dimensões sejam executadas objetivando a qualidade da formação dos nossos estudantes, e a Ufes vem evoluindo a cada avaliação”, destaca.
“Esses resultados consolidam todo compromisso e investimento que vem sendo realizado para a qualidade da formação dos estudantes. É um empenho conjunto de professores, técnicos administrativos e dos próprios estudantes. Ser reconhecida nacionalmente é a certeza de que estamos desenvolvendo os objetivos propostos para uma formação de qualidade”, complementa Massaroni.
Ela lembrou ainda que, comparando a avaliação desses cursos realizada em 2019 com a avaliação realizada em 2023, a Ufes subiu de nove para 12 o número de cursos que obtiveram nota 5.
Avaliação
Os cursos que receberam Conceito Enade 5 foram: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Odontologia, do campus de Maruípe; e Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica, do campus de Goiabeiras.
Já os cursos avaliados com conceito 4 foram: Agronomia, Farmácia, Medicina Veterinária, Nutrição e Zootecnia, do campus de Alegre; Agronomia, Enfermagem, Engenharia de Produção e Farmácia, do campus de São Mateus; e Fonoaudiologia, Engenharia de Produção Vespertino e Engenharia de Produção Noturno, do campus de Goiabeiras.
Categorias relacionadas EnsinoAções de conscientização vão celebrar o Dia Mundial da Voz nesta quarta, 16, na área verde do Hucam
Uma série de ações de conscientização para celebrar o Dia Mundial da Voz vai movimentar o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam/Ufes) na manhã desta quarta-feira, 16, As atividades, abertas ao público, acontecem das 8h às 12h na área verde em frente ao Hospital e têm o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de preservar a saúde da voz a partir de abordagens educativas e interativas.
No local, o público será orientado por professores e estudantes de Fonoaudiologia ligados à Liga Acadêmica de Voz do Espírito Santo (Lavozes) sobre os principais distúrbios relacionados à voz, como rouquidão persistente, fadiga vocal e perda da voz, entre outros sintomas comuns tanto para profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho – a exemplo de professores, atores, cantores e atendentes de telemarketing – quanto para a população geral.
Além das orientações, o espaço contará com apresentações musicais, atividades infantis, distribuição de kits e panfletos com medidas de higiene vocal, além de atividades que mostram como a voz é produzida.
A professora do Departamento de Fonoaudiologia Carolina Anhoque, coordenadora da ação, explica que, embora o evento ofereça atividades educativas, não haverá atendimento clínico no local. Contudo, dependendo do caso, o paciente poderá receber orientação para agendar um atendimento. “Se houver procura, encaminharemos para serviço de referência para que a pessoa se consulte em outro momento”, afirma.
Importância global
O Dia Mundial da Voz é comemorado anualmente em 16 de abril e é celebrado pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) por meio da Campanha Amigos da Voz. Neste ano, a iniciativa comemora duas décadas de existência e repercussão internacional, sendo lembrado em mais de cem países.
Mesmo com toda a projeção da campanha dentro do País e ao redor do mundo, estima-se que aproximadamente 30% da população mundial – ou seja, mais de 2,4 bilhões de pessoas – pode apresentar algum tipo de distúrbio vocal ao longo da vida.
Para Anhoque, ter uma voz saudável “significa cuidar da saúde” e reflete “como podemos ser bons comunicadores e ser transformadores". “Medidas simples e comportamentos saudáveis geram bem-estar vocal”, complementa a professora.
Confira algumas orientações da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) para cuidar da saúde da voz:
Evite abusos vocais, como gritar ou falar muito alto, por um longo período;
Procure se comunicar sem fazer força. Abra bem a boca para articular as palavras.
Beba água regularmente, evite pigarrear e falar muito em ambientes ruidosos para não competir com o barulho;
Limite o consumo de álcool e, se fumar, incluindo cigarros eletrônicos, procure um programa para interromper o tabagismo. O cigarro é o maior inimigo da voz;
Evite também ficar próximo a fumantes para não se expor aos componentes tóxicos e cancerígenos da fumaça do cigarro;
Pessoas que usam voz de maneira profissional devem buscar uma avaliação vocal com um fonoaudiólogo especialista em voz e seguir as orientações para diminuir o desgaste.
Ciclo de palestras on-line aborda comunicação não violenta nesta quarta, 16. Evento gratuito e aberto ao público
Na próxima quarta-feira, 16, a Superintendência de Educação a Distância (Sead) promoverá a palestra Gestão de Conflitos e a Comunicação Não Violenta. O evento, aberto ao público, será transmitido pelo canal da Sead no YouTube, a partir das 19 horas. Pessoas interessadas em obter certificado devem fazer inscrição na Plataforma Colibri até esta terça-feira, 15, e avaliá-la após o fim da transmissão.
Segundo a palestrante Viviane Carla Ribeiro, professora e coordenadora de tutoria da Sead, promover a formação sobre comunicação não violenta e escuta ativa é importante para que as pessoas evitem e resolvam conflitos nas famílias, nas escolas, nas empresas e demais instituições, por meio do desenvolvimento da empatia, da clareza e da honestidade. "Com o surgimento das redes sociais, a comunicação está cada vez mais restrita ao ambiente virtual, no qual a opinião tem sido formada a partir da disseminação de falsas informações ou pela leitura de notícias sensacionalistas e superficiais. Isso tem contribuído para uma onda de violência nas nossas relações e na comunicação. Abordaremos, por meio de exemplos práticos, como a comunicação não violenta pode contribuir para a resolução desses conflitos”, explica Ribeiro, que é autora do livro Agressão: fundamentos biopsicossociais.
O evento faz parte do Ciclo de Palestras 2025, iniciado em março, com a palestra Pesquisa Acadêmica e Inteligência Artificial, disponível no Canal da Sead no YouTube. Nela, o professor do Departamento de Filosofia Maurício Abdalla discutiu as potencialidades, as oportunidades, os limites e os riscos trazidos pela inteligência artificial em relação à pesquisa e ao trabalho acadêmico.
Confira abaixo as datas e os temas das próximas palestras do Ciclo de Palestras da Sead neste ano:
11/6, às 19h: Crise Climática, com Luiz Fernando Schettino, doutor em Ciências Florestais, ambientalista e professor aposentado da Ufes;
13/8, às 19h: Violência contra as mulheres, com Elda Alvarenga, doutora em Educação e tutora da Sead;
24/9, às 19h: Democracia, negacionismo e ciência, com Ueber José de Oliveira, doutor em Ciência Política e professor da Ufes;
22/10, às 19h: Formação docente/profissão docente, com Renata Simões, doutora em História da Educação e professora da Ufes;
19/11, às 19h: Mapa preto da educação brasileira, com Thiago Pereira, coordenador de Programas Educacionais no Instituto Guetto.
Estudos da Ufes integram livro nacional sobre gestão sustentável de resíduos sólidos. Lançamento será nesta terça, 15
O professor do Departamento de Engenharia Ambiental Renato Siman, que coordena o Laboratório de Gestão do Saneamento Ambiental (Lagesa/Ufes), é um dos autores do livro 14 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: instrumentos de implementação, inovação e reflexões críticas. A obra, que celebra os avanços, analisa os desafios e oferece perspectivas após os 14 anos da implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), será lançada durante um evento on-line, nesta terça-feira, dia 15, entre 17 e 19 horas, com transmissão pelo canal do Instituto Venturini para Estudos Ambientais no YouTube.
Na live de lançamento, o público será apresentado aos 13 capítulos que compõem o livro, que é organizado pelo Observatório da Política Nacional de Resíduos Sólidos (OPNRS). A obra é dividida em três partes: Balanço da Política Nacional de Resíduos Sólidos: avanços e limites; Logística Reversa e Economia Circular; e Dimensões Socioeconômicas e Impactos Ambientais, na qual se insere o capítulo produzido por Siman em parceria com a pesquisadora do Lagesa/Ufes Juliana Salomão, intitulado Disposição a pagar pelo manejo de resíduos sólidos comerciais: um estudo de caso em Vitória e Aracruz/ES.
O capítulo trata da avaliação do efeito em se classificar estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço como grandes geradores de resíduos e do quanto eles estão dispostos a pagar pelos serviços de manejo de seus detritos.
Contribuição para municípios
Para Siman, a contribuição do trabalho está em possibilitar que gestores municipais de todo o país tenham a oportunidade de preservar a arrecadação de impostos e taxas para a gestão dos resíduos públicos, aproximando o público-alvo das tomadas de decisão e, com isso, superando barreiras que, de acordo com ele, a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) enfrenta mesmo após 14 anos de sua elaboração: “Nós oferecemos uma observação muito interessante, para que os municípios brasileiros usem como referência, para que eles próprios possam fazer uma análise do perfil que tem a participação da economia local em relação ao uso da arrecadação municipal na prestação de serviços públicos”.
Após o lançamento, o livro ficará disponível para download gratuito no site do OPNRS e no portal de livros abertos da Universidade de São Paulo (USP).
Categorias relacionadas ExtensãoUfes comunica com pesar o falecimento do professor do campus de Alegre, Cláudio Moisés Ribeiro
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento do professor do Departamento de Química e Física, do campus de Alegre, Cláudio Moisés Ribeiro, ocorrido neste sábado, 12. O velório acontece na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde será realizado o sepultamento neste domingo, 13, às 14 horas.
Graduado em Engenharia Elétrica - Eletrônica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Energia, o professor atuava principalmente em pesquisas nas áreas de energia solar fotovoltaica, fontes renováveis, eletrificação rural, sistemas híbridos e sistemas isolados.
Em nome de toda comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes presta sua solidariedade aos familiares e amigos do professor.
Categorias relacionadas InternacionalEstudo mostra valor de macroalgas para sequestro de carbono e revela forte presença desses organismos na costa capixaba
Um estudo do Grupo de Ecologia Bentônica da Ufes, financiado pelo Programa de Longo Prazo de Pesquisa Ecológica – Habitats Costeiros do Espírito Santo (PELD-HCES) mostra, pela primeira vez, a grande extensão de bancos de macroalgas na costa do Espírito Santo e revela a sua importância para o sequestro de carbono.
A pesquisa foi projeto de iniciação científica do estudante do quinto ano do curso de Oceanografia André Vassoler, orientado pelo professor Angelo Bernardino. As amostras foram colhidas na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa das Algas, no município de Aracruz, que abriga grande riqueza e biomassa de macroalgas do Atlântico Tropical. Também foi identificada, por satélite, a presença de algas em todo o litoral capixaba.
Os autores do estudo, publicado no dia 8 de abril, realizaram a primeira estimativa de carbono ecossistêmico em bancos de algas do litoral capixaba encontrando, em média, 1.6 tonelada de carbono por hectare. “A análise revela que algas proporcionam um incremento de 30% nos estoques de carbono quando comparado com áreas sem a presença desses bancos, mostrando seu valor como reservatório de alimento para comunidades marinhas”, diz Bernardino.
O mapeamento na zona costeira do estado registrou 527 hectares de bancos de algas, o equivalente a 750 campos de futebol. “Esses extensos bancos, dominados principalmente por macroalgas do gênero Sargassum, possuem um estoque total equivalente a 870 toneladas de carbono que, se perdidos, emitiriam mais de três mil toneladas de gás carbônico para a atmosfera, ou o equivalente a emissões de 700 carros movidos a gasolina por um ano”, analisa o professor.
A pesquisa também agrega novas evidências de que grande parte dos bancos de macroalgas do Estado localiza-se fora de unidades de conservação. “Dessa forma, o estudo auxilia órgãos estaduais e federais no planejamento costeiro para possibilitar a conservação desses ecossistemas que abrigam grande biodiversidade”, diz o professor.
Manguezais
Outra descoberta, segundo Bernardino, é que “as algas armazenam menos carbono azul do que os bosques de manguezal, e não aumentam a quantidade armazenada no solo, o que sugere que seu valor para processos de mitigação de emissões de gases estufa seja limitado, ao contrário do que dizem outros estudos”.
Foto: Angelo Bernardino/Sítio PELD Espírito Santo
Categorias relacionadas Meio ambiente PesquisaLista tríplice para vaga de desembargador do Tribunal de Justiça é formada por egressos da Ufes
Três advogados egressos do curso de Direito da Ufes integram a lista tríplice para ocupar a vaga de desembargador no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Alexandre Puppim, Erfen Ribeiro e Vinícius Pinheiro de Sant'Anna, formados entre a década de 1980 e 1990, foram eleitos pelo Tribunal. Agora, um deles será escolhido pelo governador Renato Casagrande para ocupar a vaga aberta pela aposentadoria do desembargador Annibal de Rezende Lima, também egresso da Universidade.
Na imagem, Alexandre Puppim, Vinicius Pinheiro de Sant’Anna e Erfen Ribeiro
Para o chefe do Departamento de Direito da Ufes, professor Marco Antonio Olsen, a indicação de ex-estudantes do curso a cargos de destaque em nível estadual e nacional é reflexo do empenho do corpo docente do curso.
“Um corpo docente com relevância nacional, citado em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, trabalhos de doutrina e trabalhos teóricos de autoria de professores da Universidade têm se destacado”, ressaltou.
Olsen também destacou o reconhecimento e os avanços recentes que o curso tem alcançado, como a aprovação do doutorado em Direito Processual pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o reconhecimento do Selo de Qualidade OAB Recomenda, concedido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ambas as conquistas aconteceram no último ano. “Há muito empenho na condução tanto da graduação quanto do mestrado. E agora, no segundo semestre, nós vamos iniciar o doutorado”, complementou o professor.
O curso de Direito da Ufes, que este ano completa 94 anos, é a mais antiga graduação do Espírito Santo em funcionamento ininterrupto. Atualmente, conta com um quadro de 42 docentes, sendo 38 efetivos, dos quais mais de 90% possuem titulação de doutor. A oferta semestral é de 55 vagas, isto é, 110 vagas por ano. O mestrado em Direito Processual, implementado em 2006, já diplomou mais de 300 mestres em Direito.
Conheça o perfil dos candidatos à vaga de desembargador:
Alexandre Puppim é advogado graduado em 1996, especialista em Direito Empresarial e mestre em Relações Privadas e Constituição pela Faculdade de Direito de Campos (FDC/RJ). É professor em faculdades particulares da Grande Vitória e já atuou como professor substituto na Ufes.
Erfen Ribeiro se formou em 1984 e é procurador do Estado do Espírito Santo desde 1996. Já atuou como subprocurador-geral para Assuntos Jurídicos e chefe da Procuradoria do Estado em Brasília, além de ter ocupado o cargo de chefe do Departamento Jurídico da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
Vinícius Pinheiro de Sant'Anna graduou-se em 1994 e possui mestrado em Processo Civil Constitucional pela Ufes. Possui MBA em Direito Tributário (FGV-MMurad) e é especialista em Direito Público.
Imagem: Assessora de Imprensa e Comunicação Social/TJES
Categorias relacionadas InstitucionalUfes comunica com pesar o falecimento do professor voluntário Hadi Ahmed Khalifa
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento do professor voluntário Hadi Ahmed Khalifa, ocorrido na última terça-feira, 8. O sepultamento foi realizado nesta quinta-feira, 10, na cidade de Campinas (SP).
Khalifa era natural da Líbia, formado pela Universidade da Flórida e mestre em ciências pela Universidade de Campinas (Unicamp). Desde 2017, atuava como professor voluntário de cursos de extensão gratuitos sobre a língua e cultura árabe na Ufes. Foi ainda idealizador da Capela Ecumênica da Ufes, onde promovia celebrações.
Em nome de toda a comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos do professor.
Categorias relacionadas InstitucionalCursos de Ciências Sociais e Pedagogia da Ufes recebem conceito máximo em avaliação do MEC
O ano de 2025 começou com resultados positivos para os cursos de Ciências Sociais (Centro de Ciências Humanas e Naturais) e Pedagogia (Centro de Educação) ofertados no campus de Goiabeiras da Ufes: ambos alcançaram o conceito máximo (5) em avaliações feitas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC). Esta foi a primeira avaliação dos dois cursos pela comissão do Inep.
As boas notícias para os estudantes, professores e técnicos-administrativos da Ufes não param por aí. O curso de Química (Centro de Ciências Exatas) de Goiabeiras) ficou com conceito 4, sendo a primeira vez que recebe a comissão de avaliação. Já o curso de Geologia, do campus de Alegre, teve o conceito aumentado de 3 para 4.
“Ambos os conceitos, 4 e 5, são classificados como máximos e representam a qualidade da formação que está sendo desenvolvida dentro da Ufes”, afirma a secretária de Avaliação Institucional da Universidade, Leila Massaroni. Segundo ela, avaliações de outros cursos serão realizadas no decorrer deste ano. “Está agendada para junho a visita ao curso de Filosofia/Licenciatura (campus de Goiabeiras)”, adianta a secretária.
Renovação de reconhecimento
As avaliações dos cursos de graduação feitas pelo Inep foram normatizadas pela Secretaria de Regulação do Ensino Superior (Seres) do MEC. “A Seres sistematizou os procedimentos e prazos para renovação de reconhecimento de cursos de graduação, tomando como referência os resultados dos ciclos avaliativos do Enade [Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes]”, disse Massaroni. Ela lembra que, no ano de 2024, 22 cursos da Ufes receberam comissões de avaliação do MEC, com resultados positivos.
Categorias relacionadas EnsinoBiblioteca Central recebe primeira exposição dedicada exclusivamente à arte indígena, com obras de artista Guarani
Até o dia 30 de abril, o primeiro andar da Biblioteca Central da Ufes sedia a exposição Rembyapô. A mostra reúne obras de Ará Guarani, artista da Aldeia Boa Esperança, em Aracruz, que expressam sabedoria ancestral, celebram a resistência cultural do povo Guarani e abordam temas como educação decolonial, direito à terra e ecologia.
Aberta ao público nesta quinta-feira, dia 10, Rembyapô é a primeira exposição dedicada exclusivamente à arte indígena na instituição e tem a finalidade de valorizar a arte e os saberes indígenas. Nesta quinta, uma turma de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Experimental de Vitória, localizada no campus de Goiabeiras, conheceu a exposição e conversou com a artista.
Herança e ensinamento
Os visitantes encontrarão no espaço esculturas, cestarias, leques, lanças, instrumentos musicais e outros objetos considerados mágicos e sagrados pelo povo Guarani e que transcendem o valor utilitário. As obras de Ará Guarani, construídas com matérias-primas naturais e técnicas tradicionais herdadas de seus ancestrais, carregam ensinamentos profundos, conforme explica a artista: “Rembyapô é nosso trabalho. É o trabalho do meu povo, da natureza, da minha mãe, dos meus filhos, das sementes. Cada peça é um ensinamento que carrego comigo e divido com quem quiser ouvir com respeito”.
ImagemA exposição foi concebida a partir da vivência e da luta cotidiana de Ará Guarani pela preservação de sua cultura. A estimativa da organização é que cerca de 800 pessoas visitem a mostra até o fim deste mês.
Rembyapô tem como público-alvo estudantes, educadores, artistas, pesquisadores, comunidade indígena e demais interessados em arte e cultura indígena. O espaço é acessível para cadeirantes e possui material de apoio com fonte ampliada para pessoas com baixa visão.
A exposição está aberta à visitação do público de segunda a sexta-feira, sempre das 7h às 21h. A mostra é organizada por Renata Apolinario, promovida pela Secretaria de Turismo e Cultura da cidade de Aracruz e conta com recursos do Funcultura pela Lei Federal Paulo Gustavo.
Fotos: Biblioteca Central
Categorias relacionadas CulturaUfes conquista primeiro lugar no ranking de transparência ativa da Controladoria Geral da União
A Ufes atingiu o índice máximo de conformidade no monitoramento de transparência ativa realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU). A atualização do painel de transparência, com o posicionamento da Ufes em primeiro lugar entre as instituições monitoradas, foi realizada nesta terça-feira, 8.
O resultado indica que a Universidade está cumprindo integralmente as exigências da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) e reforça o compromisso da instituição com a prestação de contas e o controle social. “A Universidade também se consolida como referência em acesso à informação e gestão pública transparente”, afirma a diretora de Governança, Controles Internos e Integridade da Ufes, Fabíola Bastos, autoridade de Monitoramento da Lei de Acesso à Informação da Universidade.
Ela explica que as instituições têm até o dia 31 de maio de cada ano para inserir os itens no Sistema de Transparência Ativa da CGU. A partir disso, a Controladoria-Geral avalia e atesta o cumprimento. Este ano, além de ter alcançado o máximo de conformidade, a Ufes se antecipou ao prazo concedido.
Divulgação proativa
Diferente da transparência passiva, que responde a demandas específicas, a transparência ativa é a divulgação proativa de informações de interesse público, garantindo que a sociedade possa acompanhar a gestão da Ufes de forma ágil e acessível.
As informações estão disponíveis no site do Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) da Universidade, também acessível pelo site da Ouvidoria da Instituição, onde a comunidade pode encontrar dados atualizados sobre diversos assuntos (veja a lista abaixo).
"Esse resultado é um reconhecimento do trabalho sério e transparente que a Ufes vem realizando”, celebra Fabíola Bastos. “Queremos que a sociedade tenha cada vez mais facilidade para acompanhar nossas ações", complementa.
Dúvidas ou sugestões sobre os dados disponíveis no SIC/Ufes podem ser encaminhados pelo e-mail sic@ufes.br, pelo WhatsApp (27) 98809-0151, pelo telefone (27) 4009-2209 ou pela Plataforma Fala.BR.
Conheça as informações disponíveis no site do Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) da Ufes:
• Ações e programas desenvolvidos pela Universidade;
• Participação social e formas de envolvimento da comunidade acadêmica e externa;
• Relatórios de auditorias e fiscalização;
• Convênios e transferências firmados;
• Receitas e despesas com o detalhamento da aplicação dos recursos públicos;
• Licitações e contratos;
• Informações sobre servidores e quadro de pessoal;
• Informações classificadas, desclassificadas e pedidos de desclassificação;
• Dados institucionais;
• Perguntas frequentes sobre o acesso à informação;
• Dados abertos disponíveis para acesso e uso público;
• Sanções administrativas aplicadas;
• Ferramentas e aspectos tecnológicos dos sites institucionais.
Livro apresenta novas possibilidades de prática docente a partir das experiências do Pibid
Apresentar experiências inspiradoras que permitam novas possibilidades para a prática e formação docente: esse é o objetivo do livro Como eu me torno (tornei) professor(a)? Experiências do Pibid Ufes - edição 2022-2024, que reúne as vivências dos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade no período de novembro de 2022 a abril de 2024 e está disponível gratuitamente para download.
Com 246 páginas e 11 capítulos, o livro foi escrito coletivamente por estudantes de licenciatura que participaram dos subprojetos e núcleos do Pibid nos campi da Ufes de Goiabeiras, São Mateus e Alegre. Também contribuíram professores da educação básica que atuaram como orientadores dos estudantes, e professores da Ufes responsáveis pela coordenação acadêmica dos subprojetos. Cada capítulo conta com até seis autores, totalizando 30 participantes.
Caminhos para a educação
A professora do Departamento de Química e Física Maria Aparecida de Carvalho foi coordenadora institucional do Pibid/Ufes de 2022 a 2024 e responsável por organizar o livro. Segundo ela, a obra ilumina novos caminhos para a educação pública ao refletir sobre a prática da docência e metodologias pedagógicas inovadoras, a integração entre universidade-escola, interdisciplinaridade, inclusão educacional, entre outros temas. “Ao compartilhar experiências a partir do Pibid, tanto a educação básica quanto o ensino superior ganham ao fomentar a formação inicial e continuada”, destacou.
O livro também aborda discussões que aproximam o ensino da matemática com a produção do café e a região do Caparaó, no sul do Estado, e reflexões sobre temáticas ambientais e o ensino da Biologia. Para a organizadora do livro, a esperança é que a obra tenha um impacto positivo e transformador na vida dos leitores.
“Espero que este livro possa levar outras pessoas a ‘esperançar’, de acordo com Paulo Freire, educação de qualidade, e evidenciar a importância da implementação e ampliação do Pibid a partir da aprovação do projeto de lei nº 3970/2021”, conclui a professora, referindo-se à proposta que objetiva a conversão do Pibid em política de Estado.
Categorias relacionadas EnsinoUfes concederá título honorífico de doutora honoris causa à escritora Conceição Evaristo
Um dos maiores nomes da literatura contemporânea brasileira, a escritora e linguista Conceição Evaristo receberá o título honorífico de doutora honoris causa pela Ufes, em sessão solene do Conselho Universitário no dia 15 de abril, a partir das 18 horas, no Teatro Universitário.
Proposta por professores da Ufes e militantes negros capixabas em conjunto com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), a outorga do título reconhece a contribuição da escritora para a sociedade, sobretudo para a luta antirracista. “Conceição Evaristo representa todas nós”, afirma a professora Patrícia Rufino, pesquisadora do Neab e assessora de Relações Políticas com a Comunidade Acadêmica da Ufes.
“Ela inaugurou um processo formativo-identitário a partir de suas próprias vivências – ‘escrevivências’ –, e sua poesia pode representar nossas vozes negras e um sentimento de grande parcela das mulheres negras que sobreviveram às adversidades”, explica a professora.
Versatilidade
Natural de Belo Horizonte (MG), Conceição Evaristo se notabiliza pela versatilidade de seus textos, que variam entre ficção, poesia e ensaio, e pela publicação de obras em que se destacam personagens e contextos sociais marcados por relações de gênero e raça. Entre seus livros mais conhecidos estão Ponciá Vicêncio, Insubmissas Lágrimas de Mulheres e Olhos D’água, vencedor do Prêmio Jabuti em 2015.
Para Rufino, Conceição Evaristo é um ícone cultural do Brasil, uma vez que transita no meio acadêmico, como pesquisadora e professora, e no meio literário, por meio de sua observação do cotidiano da população negra, incluindo suas próprias vivências. “Ela traz a memória, a narrativa e a identidade para os seus poemas. Uma senhora que viveu tantas gerações e conheceu tanto a desigualdade do nosso país. A outorga do título é um reconhecimento simbólico e político da sua contribuição inestimável”, diz.
Embora não tenha vínculo formal com a Ufes, Conceição Evaristo é objeto de diversos estudos na Universidade, incluindo grupos de pesquisa dedicados a seu processo de “escrevivência”, uma junção entre a escrita e a experiência pessoal. Segundo Rufino, ao outorgar o título a Conceição Evaristo, a Ufes reafirma a importância da inclusão da mulher negra e periférica nas universidades.
“Essa homenagem é uma inspiração para tantas mulheres com a mesma trajetória. Isso nos faz pensar o quanto a universidade é um espaço de luta e resistência, mas também de fortalecimento da identidade e de ressignificação de vidas. E que essas vidas precisam ser valorizadas”, afirma.
Categorias relacionadas InstitucionalPesquisadores da Ufes investigam células gigantes do câncer e relação com resistência a tratamentos e evolução do tumor
O Núcleo de Genética Humana e Molecular (NGHM), vinculado ao Departamento de Ciências Biológicas da Ufes, está investigando o papel das células cancerígenas gigantes na evolução agressiva do câncer e na resistência aos tratamentos. Essas células são chamadas de poliploides/multinucleadas ou PGCCs/MNGCs (sigla em inglês para polyploid/multinucleated giant cancer cells).
O trabalho é coordenado pelos professores Débora Meira e Iúri Louro, do Departamento de Ciências Biológicas. “O principal objetivo da pesquisa é compreender como e por que surgem essas subpopulações celulares e de que maneira podem ser moduladas para serem contidas e eliminadas do paciente sem causar efeitos colaterais, como resistência aos tratamentos e recidiva do câncer. A partir desse entendimento, o nosso grupo tem buscado investigar estratégias sistêmicas e bioprospectivas para modular as PGCCs/MNGCs, explica Meira. E acrescenta: “outro alvo importante de estudo são as células sinciciais (multinucleadas), objeto de um outro artigo”.
Segundo a professora, “as PGCCs/MNGCs apresentam formatos incomuns e um desequilíbrio em seu ciclo celular, contendo múltiplos conjuntos de cromossomos além do normal, o que lhes confere um tamanho muito superior ao das células tumorais convencionais”. Ela informa que essas células “foram identificadas em diversos tumores sólidos e hematopoiéticos – que se originam nas células do sistema hematopoiético, ou seja, nas células responsáveis pela produção dos elementos do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas; esses tumores geralmente se desenvolvem na medula óssea, mas também podem afetar o sangue periférico, linfonodos e outros órgãos linfoides – destacando-se pelo impacto crítico na sobrevivência tumoral".
Parceria com hospitais
Nos primeiros meses do projeto, os pesquisadores concentraram esforços na análise de materiais de pacientes atendidos em hospitais parceiros, como o Hospital Santa Rita de Cássia e o Hospital Estadual Central, referências no Espírito Santo para o tratamento de câncer de mama e do sistema nervoso central, respectivamente.
Imagem“Nessa etapa, o foco tem sido identificar e diferenciar a morfologia das PGCCs/MNGCs – estrutura, aspecto e tamanho – em relação a outras células tumorais comuns, utilizando ferramentas baseadas em inteligência artificial. Esse passo é fundamental para compreender a dinâmica dessas células no tumor e facilitar sua identificação em experimentos futuros.
Na próxima fase, o estudo avançará para a análise de lâminas obtidas em colaboração com o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), instituições de referência na pesquisa oncológica no Brasil. Além disso, para comprovações experimentais, serão realizados ensaios de cultura celular, análises de química analítica e outras abordagens laboratoriais para aprofundar o entendimento sobre essas células e testar possíveis intervenções terapêuticas.
A professora Meira lembra que, desde 2022, o grupo vem gerando publicações de destaque na área, desenvolvendo novas abordagens para a avaliação de lâminas patológicas e revisões bibliográficas sobre a complexidade das PGCCs/MNGCs.
“Esses trabalhos resultaram na publicação do livro PGCC: uma resposta complexa do câncer (foto), além de três artigos internacionais e mais de sete trabalhos apresentados em eventos nacionais e internacionais, incluindo o 1st International Conference on Polyploid Giant Cancer Cells, em Houston, Texas, e o XVI Simpósio Bases Biológicas del Cáncer y Innovación Terapéutica, em Salamanca, Espanha", destaca.
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeVice-reitora da Ufes recebe estudantes do 3º ano do Ensino Médio em visita ao campus de Goiabeiras
Cerca de 60 estudantes da Escola Professor Geraldo Costa Alves, localizada no bairro Boa Vista I, em Vila Velha, foram recebidos pela vice-reitora no exercício da Reitoria, Sonia Lopes. O encontro com os adolescentes do 3º ano do Ensino Médio aconteceu na manhã desta terça-feira, 8, na sala de reuniões da Reitoria, no campus de Goiabeiras.
Durante a recepção, a vice-reitora conversou com os jovens e seus professores sobre o valor da educação no desenvolvimento pessoal e profissional. Também listou algumas espaços e eventos gratuitos localizados no campus, como a Semana do Conhecimento, o Teatro Universitário e o Cine Metrópolis, entre outros.
“É uma grande alegria recebê-los, acompanhados da diretora e de seus professores, na nossa Universidade. A Ufes é uma instituição pública, gratuita, que oferece ensino de qualidade e construída com o compromisso de servir à sociedade. Ela pertence a cada um e cada uma de vocês", disse aos estudantes. "Temos trabalhado continuamente para ampliar o acesso, garantir a permanência dos nossos alunos e apoiar sua inserção qualificada no mundo do trabalho”, complementou.
Durante a visita à Ufes, o grupo participou de uma sessão no Planetário de Vitória, conheceu espaços da Universidade e fez um piquenique. A estudante Ana Carolina Santos, de 17 anos, sonha em cursar História na Ufes. Embora já tenha visitado o campus anteriormente, essa foi a sua estreia em uma sessão no Planetário. “Achei legal que a reprodução é feita no teto, além de ter sido super educativo”, comentou.
Para a diretora da escola, Camila Fonseca, a intenção da visita foi inspirar os alunos, que estão na reta final do ensino médio, a acessarem o ensino superior. “O nosso objetivo é fazer com que se dediquem a ter um projeto de vida e que possam saber que Universidade vai trazer a eles uma transformação social”, garantiu.
Foto: Serena Singulani
Categorias relacionadas InstitucionalOrquestra Sinfônica recebe solista norte-americano para dois concertos no Teatro Universitário
O Teatro Universitário recebe mais duas apresentações das séries Quarta e Quinta Clássica, nos dias 9 e 10 de abril, a partir das 20 horas. Sob a regência da maestra convidada Mariana Menezes, a Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses) sobe ao palco acompanhada do trombonista baixo norte-americano Darrin C. Milling (foto). Os ingressos estão à venda pelo site Le Billet e na bilheteria do teatro, das 14 às 19 horas.
As duas apresentações começam com a obra Invenções Brasileiras nº 1, para trombone baixo e orquestra, da compositora Juliana Ripke. Na sequência, a Oses executa a Symphonie Fantastique: Épisode de la vie d’un Artiste, en cinq parties (Sinfonia Fantástica: Episódios da vida de um artista, em cinco partes), do francês Hector Berlioz.
Convidada deste espetáculo, a maestra Mariana Menezes é uma das mais jovens regentes de destaque no atual cenário musical brasileiro. Já regeu as principais orquestras do país, como as orquestras sinfônicas do Estado de São Paulo, de Goiás, do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Porto Alegre, do Paraná, da Universidade de São Paulo (USP) e Brasileira (OSB), entre outras.
Já o trombonista baixo e solista norte-americano Darrin C. Milling, outro convidado dos concertos, é formado no Curtis Institute of Music. Já atuou como solista à frente de orquestras e bandas no Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos e Tailândia. Como músico convidado, atuou com as seguintes orquestras: Philadelphia Orchestra, Baltimore Symphony e San Francisco Symphony.
Reserva de ingressos
A partir deste ano, as apresentações da Oses contam com uma reserva de cortesias destinada a pessoas trans, travestis e não binárias. Para ter acesso a ela, basta responder ao formulário disponível neste link.
Núcleo de Estudos sobre Violência promove debate sobre política criminal contemporânea. Inscrições abertas
O projeto Criminologia Crítica e Marxismo (Crimarx), vinculado ao Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos (Nevi/Ufes), promove no dia 9 de abril, a partir das 20 horas, um debate sobre o texto Pena pública e escravismo, de Nilo Batista, professor emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O evento em formato on-line terá duração de duas horas. Qualquer pessoa interessada no tema pode se inscrever por meio deste link. Serão disponibilizadas 80 vagas para participantes, que receberão o texto em PDF, o link de acesso à Plataforma Google Meet e certificado.
Segundo a professora Raquel Sabará, organizadora do evento, a leitura prévia do material disponibilizado e a participação no debate será uma oportunidade para entender como o poder punitivo estatal esteve submetido aos interesses do poder senhorial e como ainda permanece a lógica punitiva escravista na política criminal contemporânea.
“O tema ‘segurança pública’ é de longe o que ocupa mais espaço no debate público cotidiano. É papel da universidade ir além do senso comum, chegar aos instrumentos que permitam compreender criticamente o fenômeno criminal e repressivo, e descobrir novos caminhos que possam nos conduzir a um estágio diferente da barbárie cotidiana. Este grupo de estudos é um espaço que junta ciência e pessoas que desejam uma política criminal alternativa”, explica Sabará.
Convidados
Nilo Batista, professor aposentado da faculdade de Direito da UERJ e autor do trabalho que será debatido, escreveu diversas obras sobre Direito Penal e Criminologia, sendo conhecido por sua postura crítica em relação ao sistema penal, seus papéis e seus objetivos no Estado Democrático. A apresentação do resumo do texto estudado será feita pelo advogado criminalista Vanderson Leocadio, membro do Crimarx e aluno da especialização em Advocacia Criminal da UERJ, coordenada por Batista. O evento contará ainda com um debatedor convidado, o advogado criminalista e doutor em Direito Penal Diogo Flora.
O projeto Crimarx resulta de uma parceria do Núcleo de Estudos em Violência, Segurança e Direitos Humanos da Ufes (Nevi) com a Escola de Formação Alessandro Baratta (EFAB). Entre seus objetivos, está articular debates sobre criminologia crítica, marxismo e questões contemporâneas.
Mais informações sobre o debate estão disponíveis no perfil do Crimarx ou do Nevi no Instagram.
Categorias relacionadas ExtensãoVersão impressa de livro sobre inclusão de pessoas com deficiência visual será lançada nesta terça, 8, Dia Nacional do Sistema Braille
A edição impressa do livro História da educação especial das pessoas com deficiência visual no estado do Espírito Santo: o que as professoras têm a dizer? será lançada nesta terça-feira, 8, às 18h30, no Instituto Luiz Braille do Espírito Santo (Av. Marechal Mascarenhas de Morais, 2430, Bento Ferreira, Vitória). A obra foi organizada pelo professor Douglas Ferrari, do Departamento de Educação, Política e Sociedade da Ufes, e até então estava disponível apenas em formato on-line. A promoção do evento é do Grupo de Estudo e Pesquisa em Deficiência Visual e Cão-Guia da Ufes e do Instituto Braille.
A data do lançamento foi escolhida por ser o Dia Nacional do Sistema Braille, em homenagem ao nascimento de José Álvares de Azevedo, primeiro professor cego do Brasil, que trouxe da França, ensinou e divulgou o sistema de leitura e escrita em relevo.
No evento, serão homenageadas professoras que contribuíram para a construção da educação especial em terras capixabas. Além disso, será lançado um repositório com todas as fontes dessa e de outras pesquisas realizadas na Ufes sobre a história da educação especial. Exemplares da obra também serão doados ao Instituto Braille, à Biblioteca Pública Estadual e à União de Cegos Dom Pedro II (Unicep).
De acordo com Ferrari, “o livro é um objeto de pesquisa importante para a compreensão da inclusão escolar”. Com 11 capítulos distribuídos em 172 páginas, a publicação é direcionada a estudantes, professores, pesquisadores e quem mais se interessar pela educação especial para pessoas com deficiência visual.
“A obra reúne pesquisas, diálogos de fontes, análise e escrita desenvolvidos por mulheres professoras que evidenciam que a inclusão para alunos cegos já acontecia no estado desde o final da década de 1960. Um fato relevante para a nossa história e que mostra a luta para uma educação realmente inclusiva”, disse Ferrari.
Categorias relacionadas EnsinoFordan inaugura nova sede para acolher mulheres vítimas de violência. Espaço começa a funcionar nesta segunda, 7
O programa Fordan: cultura no enfrentamento às violências começa a atender em uma nova sede a partir da próxima segunda-feira, 7. Localizado no bairro São Pedro I, em Vitória, o espaço acolherá 15 mulheres vítimas de violência durante nove meses, oferecendo suporte emocional, jurídico e educativo. O objetivo é ajudá-las a romper o ciclo de violência e reconstruir suas vidas.
Com cem metros quadrados, a nova sede funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, em horário ainda a ser definido. No espaço, as participantes terão o apoio de advogadas, psicanalistas e fisioterapeutas. Cursos de corte e costura e oficinas culturais, como capoeira e diferentes modalidades de dança, também serão oferecidos para as mulheres acolhidas e seus filhos.
Ao todo, mais de 30 pessoas, entre profissionais e bolsistas, trabalham no projeto. A seleção das pessoas acolhidas na nova sede se deu por um cadastramento virtual realizado em março. A prioridade foi dada a mulheres com filhos e renda familiar de até um salário mínimo. Juntam-se a elas no atendimento local outras pessoas que já são assistidas pelo Fordan.
“Reinvenção de vidas”
A professora do Departamento de Educação Física da Ufes Rosely Pires, coordenadora-geral do Fordan, comemora a inauguração da nova sede e sublinha a importância que as atividades oferecidas terão para impactar e transformar a vida das mulheres atendidas.
Segundo Pires, “o trabalho é contínuo e ajuda na ‘reinvenção de vidas’ por parte delas, que conseguem primeiro reconhecer o contexto de violência, romper com esse ciclo e, em seguida, retomar sua autonomia, voltando a estudar, dedicando-se a uma carreira profissional, buscando atendimento de saúde e cuidando de seus filhos com mais dignidade”.
Uma das maneiras para se chegar a esse ponto é com o apoio das psicanalistas do Núcleo de Atendimento Emocional do Fordan, processo que pode levar até um mês, que segue três passos: escuta, estabilização (atendimentos de urgência para mulheres que estão em profundo estado de sofrimento e precisam de ajuda para organizar seu psicológico e emocional) e encaminhamento.
Para Rosely Pires, a atuação da nova sede do Fordan no bairro São Pedro abre diálogo com a comunidade local: “Cada acolhida, invariavelmente, multiplica os conhecimentos trocados com as demais acolhidas e a equipe do programa”.
As atividades oferecidas na sede também se conectam com o conhecimento sobre direitos humanos e inclusão social produzido dentro da Ufes. Durante a inauguração da sede, segundo Rosely, esse foi um aspecto assinalado pela vice-reitora Sonia Lopes; pela diretora do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), Zenolia Figueiredo; e pelo pró-reitor de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes), Antonio Carlos Moraes.
“Eles ressaltaram o diferencial do Fordan, por ter os pés firmes dentro da periferia, trazendo-a para dentro da Universidade e também levando a Universidade para dentro dela”, relembrou.
Transformação social
Durante a inauguração da nova sede, realizada no dia 29 de março, a vice-reitora afirmou que a solenidade não representava apenas a expansão de um espaço físico, mas o fortalecimento de uma rede de acolhimento, empoderamento e transformação social.
“O Fordan tem sido uma referência na luta contra as violências de gênero, promovendo cultura, educação e autonomia para mulheres em situação de vulnerabilidade. Ver esse projeto crescer e se consolidar em um novo espaço reafirma o compromisso da Ufes com a extensão universitária como um meio essencial de impacto social. Que esta nova sede seja um espaço vivo de aprendizado, resistência e transformação!”, destacou Sonia Lopes.
O evento contou ainda com a presença da deputada federal Jack Rocha, que apoia o programa e destinou verba parlamentar para viabilizar a locação do espaço, sendo considerada a madrinha da nova sede. “Estão sendo comprados geladeira, fogão, máquinas de costura, macas e equipamentos de fisioterapia, de balé e capoeira, além de computadores para o trabalho de TI, geoprocessamento e comunicação”, listou Rosely Pires.
O espaço também será, assim como o Laboratório do Fordan na Ufes, um ponto focal do trabalho de formação Lideranças Mulheres que Acolhem Mulheres que Sofrem Violências, inspirada em um curso semelhante realizado no ano passado em parceria com a Gerência de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado de Educação (Sedu). Segundo a coordenação do Fordan, a formação resultou em desdobramentos práticos importantes para apoiar, no campo da Educação, a reinvenção de vidas de mulheres em situação de violência.
Foto: Fordan
Categorias relacionadas ExtensãoLaboratório da Ufes investiga presença de microplásticos na Ilha da Trindade
A equipe do Laboratório de Biologia Costeira e Análise de Microplástico (LaBCAM) da Ufes, integrado ao Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos (LabPetro), ambos vinculados ao Departamento de Química, vai investigar a presença de microplásticos na Ilha da Trindade, localizada no Oceano Atlântico, a aproximadamente de 1.200 km de Vitória. A primeira viagem para Trindade está prevista para setembro.
A bióloga do LaBCAM e coordenadora do projeto, Mercia Barcellos, explica que a proposta é “investigar e analisar a extensão da presença de microplásticos na Ilha da Trindade e compreender a dinâmica de distribuição dessas partículas no ambiente marinho, em uma abordagem multidisciplinar por meio do estudo de diversas matrizes ambientais como a biota, o sedimento e a água de regiões entre marés na ilha”.
“Além disso”, continua ela, “vamos avaliar a qualidade do ar na Ilha da Trindade em relação à presença de microplásticos, por meio de uma metodologia de amostragem passiva usando teias de aranha”. As teias captam as partículas do microplásticos na atmosfera para posterior análise de tipos e quantidade de resíduos que chegam à ilha.
Um dos cinco bolsistas do projeto, o biólogo João Marcos Schuab afirma que já existem estudos que mostram a presença de microplásticos na Ilha da Trindade, mas o objetivo dessa pesquisa é ir além. “Vamos investigar a presença de microplástico em diferentes matrizes: no sedimento da praia, na água, em alguns organismos marinhos e no ar, para saber se as partículas que o vento leva estão chegando à ilha. Se isso ocorrer, é muito preocupante, pois mostra que as partículas podem viajar longas distâncias”, destaca.
Sensibilização
Outra frente de trabalho será a divulgação dos dados obtidos, “não só na forma de publicações científicas, mas também por meio da produção de material gráfico e visual a ser disponibilizado em redes sociais e eventos públicos ou privados de divulgação científica, na tentativa de sensibilização da população acerca da poluição por lixo plástico no ambiente marinho”, conta Mercia Barcellos.
A pesquisadora destaca que o projeto está em consonância aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030: “Trará impacto principalmente para o ODS 14, que trata da vida no mar, sua conservação e contribuição para o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos com vistas ao desenvolvimento sustentável”.
Financiamento
O projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na chamada 17/2024 – Programa Arquipélago e Ilhas Oceânicas, e receberá um financiamento da ordem de R$ 289.450,00. O projeto também tem o apoio logístico da Marinha do Brasil, que fará o transporte da equipe para a Ilha.
A Ufes atua como instituição executora, ficando o LaBCAM responsável pelas coletas em Trindade e pelo processamento das amostras. O desenvolvimento do projeto conta também com as parcerias da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), responsável pelo plano de divulgação dos resultados, e da Universidade de Quebec à Rimouski, no Canadá, responsável pela análise dos polímeros.
O que são microplásticos?
Os microplásticos são partículas menores que 0,5 milímetros. Pesquisas sobre o tema mostram que eles estão por toda parte, inclusive no corpo humano (em placentas, sêmen e cérebro, por exemplo) causando problemas de saúde.
Foto: Marinha do Brasil
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