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Professores da Ufes lançam livro no encerramento da Jornada de Extensão no campus de São Mateus
O encerramento da XII Jornada de Extensão, realizada no campus de São Mateus como parte da programação da Semana do Conhecimento, contará com o lançamento do volume 4 da coleção Matemática no Espírito Santo – História, formação de professores e aplicações. O evento será nesta quarta-feira, 27, às 19 horas, no Restaurante Porto Bier, em São Mateus.
A coleção é organizada pelo professor aposentado da Ufes, Joccitiel Dias e pela professora do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), Andressa Cesana. O volume 4 reúne textos de 17 autores de diversas instituições de ensino superior além Ufes, como o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), o Centro Universitário Vale do Cricaré (UNIVC), as universidades federais de Pelotas (UFPel) e do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e outras.
Segundo o professor Joccitiel Dias, o objetivo da coleção é ser uma referência para professores e pesquisadores das áreas de Matemática, Educação Matemática e História da Educação. “Criamos um espaço novo, inédito no estado, para a divulgação de trabalhos na área de Matemática. Em todos os volumes, convidamos pesquisadores e pesquisadoras já consagrados na área, como Circe Mary Silva, Lígia Sad e Vânia Maria dos Santos-Wagner, que são consideradas nacionalmente ‘autoridades’ em Educação Matemática. Mas sempre abrimos espaço também para que jovens pesquisadores e professores das redes públicas possam apresentar seus trabalhos”, destaca.
Durante o lançamento do livro haverá apresentação da Banda Chorume, formada pelos professores do Ceunes, André Pizzaia, Isaac Pinheiro, Leonardo Secchin e Paulo Sérgio Moscon, e por Eros Guimarães.
Categorias relacionadas EnsinoUfes e ArcelorMittal assinam protocolo de intenções para o desenvolvimento de projetos em várias áreas do conhecimento
A Ufes e a ArcelorMittal assinaram nesta terça-feira, 26, um Protocolo de Intenções para Cooperação Acadêmica, que envolverá o desenvolvimento de pesquisas e outras atividades de interesse mútuo, em várias áreas do conhecimento. Embora a Universidade já tenha realizado alguns projetos com a participação da empresa, a assinatura deste documento consolida a parceria de forma mais ampla, entre as duas instituições.
O protocolo foi assinado no gabinete da Reitoria pelo reitor Eustaquio de Castro e pelo diretor mundial de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal, Nicolas de Abajo. Também participaram da reunião, representando a Ufes, a superintendente de Projetos e Inovação, Miriam de Magdala, e a chefe de Gabinete da Ufes, Ana Paula Bittencourt; e, representando a empresa, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento para o Brasil e Espanha, Charles Martins, o gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil, Fernando Martinelli, e pelo diretor de Estratégia Digital dos centros de Pesquisa e Desenvolvimento, Carlos Alba.
O reitor da Ufes afirma que a assinatura do protocolo de intenções é primeiro resultado das reuniões que foram realizadas recentemente entre a empresa e pesquisadores da Universidade. “A partir das duas reuniões que tivemos, quando a Arcelor apresentou suas demandas e a Ufes apresentou suas competências, abriu-se uma grande possibilidade de firmar uma parceria maior, envolvendo várias áreas do conhecimento. Essa assinatura é um grande passo para consolidar a parceria com a ArcelorMittal, tanto em nível nacional quando em nível mundial”, afirma.
“As apresentações foram muito boas. Minha expectativa é que possam gerar bons projetos”, afirmou o gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Arcelor, Fernando Martinelli.
Imagem Da esquerda para a direita, Fernando Martinelli, Chales Martins, Carlos Alba e Nicolas de Abajo, representando a ArcelorMittal; Eustaquio de Castro e Miriam de Magdala, representando a Ufes.Centro de pesquisa
Ele acrescenta que o próximo passo será a formalização de acordos de cooperação específicos em áreas como descarbonização, meio ambiente, inteligência artificial, produtos e processos, mineração e siderurgia.
“Espero que, no futuro, nós tenhamos aqui no Espírito Santo um grande centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas de interesse do estado e da empresa, e que a Ufes possa ser protagonista, com a participação de toda a comunidade: docentes, técnicos e estudantes” ressalta Eustaquio de Castro.
Para Miriam de Magdala, a aproximação entre a Universidade e a empresa permite não só o desenvolvimento de projetos para quem está diretamente envolvido com pesquisas e desenvolvimento, mas amplia a possibilidade de outras relações.
“Palestras e outras iniciativas podem criar uma aproximação com a comunidade acadêmica, na qual a empresa reconhece alunos potencialmente interessados em seus trabalhos e, também, aumenta o interesse dos estudantes pelos projetos desenvolvidos pela Arcelor. A Universidade não pode estar separada do mercado de trabalho e essas parcerias aproximam muito os dois universos”, destaca a superintendente .
Categorias relacionadas InstitucionalProfessora da Ufes recebe diploma na Câmara dos Deputados por trabalho no enfrentamento à violência contra a mulher
A professora do Departamento de Ginástica (DG) Rosely Pires foi uma das cinco mulheres brasileiras agraciadas na manhã desta terça-feira, 26, com o diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós 2024. A premiação, entregue pela Câmara dos Deputados, aconteceu no Plenário Ulysses Guimarães, em Brasília, e a honraria reconhece as personalidades cujos trabalhos ou ações tenham se destacado por sua contribuição para o pleno exercício da cidadania, para a defesa dos direitos da mulher e para a promoção da igualdade de gênero no Brasil.
Pires é coordenadora geral do programa de extensão e pesquisa Fordan: cultura no enfrentamento às violências, voltado para a problematização de violências contra pessoas vulneráveis em temas que envolvem principalmente feminicídio, racismo e LGBTQIfobia. Em seu discurso, a professora citou o índice zerado de morte de mulheres atendidas pelo Fordan e enfatizou a importância das redes de apoio, como as Defensorias Públicas, para que o programa da Ufes tenha se tornado referência no enfrentamento da violência e atendimento às mulheres.
“No mês da Consciência Negra e no ano em que nós temos pela primeira vez feriado nacional, é importante lembrar que a cada dez mulheres assassinadas, sete são mulheres negras. Essas mulheres não morrem porque os homens de periferia matam mais, mas sim porque a periferia não tem rede de apoio fortalecida. Nenhuma mulher negra consegue largar o agressor se não tiver uma cesta básica até que chegue sua pensão de alimentos ou um aluguel social”, ressaltou ela, que recebeu o diploma das mãos da deputada federal Jack Rocha e compareceu ao evento acompanhada da coordenadora do Núcleo de Saúde do Fordan, Danúbia Galvão.
Segundo ela, receber um prêmio pela atuação em pautas “tão complexas e dolorosas” tem grande relevância por garantir visibilidade aos trabalhos e servir de estímulo para continuar: “É também muito importante porque quando eu, mulher preta e periférica, recebo este diploma, toda nossa ancestralidade de mulheres que acolhem mulheres, especialmente mulheres negras de periferia, também estão sendo homenageadas”.
O diploma é concedido por meio de eleição em que votam apenas as deputadas que integram a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, promotora da homenagem.
Visibilidade
Segundo Pires, para além da premiação, sua ida à Brasília deu mais visibilidade ao trabalho que a Ufes tem prestado à sociedade no enfrentamento à violência contra a mulher no estado, que, de acordo com ela, segue com altos índices de violência contra as mulheres. Pires acredita que a diplomação aumentará as perspectivas de apoio financeiro e parcerias para o fortalecimento do projeto em 2025: “Com esse prêmio em nível nacional, dentro de um espaço político de luta de mulheres, a gente passa a compor um lugar que possui muitas possibilidades de fortalecimento das redes de apoio para as mulheres vítimas de violências denunciarem e serem amparadas, acolhidas e encaminhadas”.
Além da professora da Ufes, também foram homenageadas a advogada Cristiane Leite; a trabalhadora rural e ativista Elisabeth Teixeira; a feminista Nalu Silva (in memoriam); e a negra escravizada Roza Cabinda (in memoriam).
Fotos: Divulgação
Categorias relacionadas ExtensãoConsciência Negra: professor Jair Silva é especialista em Telecomunicações e pesquisa temas como Internet das Coisas e tecnologias 5G e 6G
O portal da Ufes inicia a última semana da série especial que retrata a trajetória acadêmica de alguns dos professores negros da Ufes. Desta vez, em homenagem ao Dia da Consciência Negra e em memória de Zumbi dos Palmares, a série apresenta o engenheiro eletricista e especialista em Telecomunicações Jair Silva. Vinculado ao Centro Tecnológico (CT), onde fez graduação, mestrado e doutorado na área de Engenharia Elétrica, ele é atualmente um dos 162 docentes do CT, dos quais 36 (22,2%) se autodeclaram pretos ou pardos (dados da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - Progep).
Pesquisador de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – termo que designa pesquisadores que se destacam entre seus pares e que desenvolvem atividades de pesquisa de alta qualidade, Silva atua no desenvolvimento de estudos relacionados a Sistemas de Telecomunicações, Sistemas Inteligentes, 5G e 6G. Mais recentemente, deu início a pesquisas nas áreas de Protocolos de Comunicação sem Fio em Aplicações IoT (sistemas mais sugeridos para aplicações de Internet das Coisas, como wi-fi e bluetooth), 5G, 6G, Comunicações via Luz Visível (utilização de LEDs de iluminação para transmissão de informação), Conectividade em Redes de Sensores, Otimização e Inteligência Artificial.
Ele explica que esses novos estudos foram iniciados após a realização de pesquisas com a tecnologia 5G no Laboratório de Telecomunicações (LabTel/Ufes), que proporcionaram ações de colaboração com outras instituições do Brasil e de países como Cabo Verde, Portugal, Holanda e Alemanha. As parcerias giram em torno de temas ligados a Comunicações via Luz Visível associadas à aplicação de Inteligência Artificial (IA) e otimização de recursos, visando garantir a economia de energia e a maximização da transmissão dos dados.
“Após um estágio e visitas técnicas a esses países, tenho direcionado os estudos para aplicações que visam à transformação digital na indústria e à adaptação de casas inteligentes (smart homes) para auxiliarem empresas de saúde no monitoramento da população com idade acima de 65 anos por meio do monitoramento da distância e do auxílio na tomada de decisão em relação à saúde, visando ao envelhecimento saudável”, explica.
O professor é membro do Grupo de Pesquisas em Telecomunicações (GPTUfes) e realiza seus estudos no LabTel, no LabSensores, no Laboratório de Métodos Experimentais em Fenômenos de Transporte (LaMEFT) e no Laboratório de Ensino de Eletromagnetismo e Comunicações (LaEEC). “Um fator que tem me motivado ultimamente é a contribuição para o desenvolvimento de produtos em colaboração com empresas de tecnologias locais e internacionais. A motivação se dá pelo fato de perceber uma concreta finalidade socioeconômica às pesquisas e desenvolvimentos levados a cabo até o momento”, avalia.
Responsabilidade
ImagemSilva é natural de Cabo Verde, país da costa noroeste do continente africano, e veio para o Brasil em 1997 fazer a graduação em Engenharia Elétrica na Ufes por meio do Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G). Ele (que também tem cidadania brasileira) é professor do Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) desde 2012 e é o atual coordenador adjunto do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE).
O professor ministra disciplinas relacionadas à Eletromagnetismo, Princípios de Comunicações, Comunicação Digital e Comunicações Ópticas tanto na graduação quanto na pós-graduação e acredita que ser um professor negro traz um sentimento de pioneirismo ligado à resiliência, à responsabilidade por incentivar outras pessoas negras a percorrerem o mesmo caminho e ao espírito de encarar os desafios com força e determinação.
O professor cita um episódio que considera marcante em sua trajetória acadêmica, que foi sua participação em uma banca de defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no qual atuou como coorientador. Na ocasião, tanto o estudante quanto o orientador do TCC e o membro examinador eram negros. “A emoção foi tamanha, pois estava inerte em uma situação em que, pela minha experiência no Brasil, parecia quase impossível nesta Universidade 25 anos atrás”, finaliza.
Fotos: Arquivo pessoal e Labtel
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Categorias relacionadas InstitucionalEventos sobre a produção de café movimentam campus de São Mateus nos dias 28 e 29 de novembro. Inscrições abertas
Pesquisadores, produtores e estudantes de todo o Espírito Santo movimentam o campus de São Mateus nos dias 28 e 29 de novembro deste ano, quando serão realizados o 2º Simpósio de Pesquisas e Tecnologias em Coffea canephora e o 13º Simpósio do Produtor de Conilon, respectivamente.
Para participar dos eventos, as pessoas interessadas podem se inscrever quinta-feira, dia 28, por meio deste formulário e levar 2 quilogramas de alimentos não perecíveis, que serão doados para instituições de caridade no momento do credenciamento. Haverá emissão de certificados para estudantes e servidores técnico-administrativos. Os participantes também terão direito a um livro dos simpósios.
Organizados pela Ufes e pela Empresa Júnior de Agronomia (Projagro), em parceria com a Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos (Seea) e com o Núcleo de Excelência de Pesquisa em Café Conilon (Nepecc), os simpósios apresentam as últimas inovações e estudos sobre o cultivo do café, por meio de relatos de experiências de especialistas, debates e exposições de trabalhos científicos.
“Serão dias muito bacanas, durante os quais a Ufes recebe agricultores e estudantes de várias cidades e instituições. Temos ônibus confirmados de Alegre, Montanhas e Nova Venécia”, afirma o professor Fábio Partelli, coordenador-geral dos eventos. Os simpósios acontecem logo após a divulgação de um levantamento que apontou a Ufes como instituição que mais publicou artigos científicos no mundo sobre a cultura do café conilon/robusta (Coffea canephora) entre os anos de 2012 e 2024, e a quarta quando se refere ao café de modo geral (conilon e arábica).
Inteligência artificial
Tradicional no calendário do campus de São Mateus, o Simpósio do Produtor de Conilon chega à sua 13ª edição abordando um tema bastante atual: Inteligência artificial e manejo sustentável. Para o professor, as discussões em torno do assunto devem indicar as melhores práticas e ferramentas para potencializar a produção no setor cafeeiro.
“A inteligência artificial tem dado uma enorme contribuição em vários setores da cafeicultura. Neste ano, estamos trazendo o professor Alberto Ferreira [coordenador do projeto do carro autônomo da Ufes, batizado de Iara (Intelligent Autonomous Robotic Automobile)], um dos maiores especialistas do País em inteligência artificial. O importante é levarmos conhecimento para a sociedade e abrir as portas da Universidade para a comunidade em geral”, afirma Partelli.
A programação completa, a lista de trabalhos que serão publicados e mais informações sobre os simpósios estão disponíveis na página do Nepecc.
Categorias relacionadas PesquisaCinco exposições gratuitas ocupam a Biblioteca Central da Ufes até dezembro. Veja os horários de visitação
A Biblioteca Central da Ufes (BC) está com cinco exposições abertas ao público, dispostas em diversos espaços do prédio localizado no campus de Goiabeiras. Todas as mostras podem ser visitadas gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 7 às 21 horas, até o dia 13 de dezembro.
No térreo da BC, o visitante poderá apreciar duas exposições. Quem disse que sou velha demais? (foto), de Lorrana Melo, reúne fotografias de mulheres idosas, construindo um discurso que desafia padrões de beleza e estereótipos do envelhecimento. Os ensaios mostram corpos que carregam experiências subjetivas e sociais, e reforçam, com orgulho, as marcas naturais que aparecem ao longo do tempo. A mostra é realizada em parceria com a Equipe Café com Prosa, da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi).
Dividindo espaço com Quem disse que sou velha demais?, a exposição Dançando com o pincel: bailarinas em óleo e acrílico apresenta obras de arte de Dejair de Paulo, explorando formas, movimentos e emoções inspirados pela dança.
Café e história
ImagemJá no 1º andar da BC, a exposição técnica e fotográfica Café Conilon e Robusta (foto), de autoria do professor Fabio Partelli, do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas da Ufes (DCAB), destaca a importância e as nuances das variedades conilon e robusta, incluindo detalhes do cultivo e os avanços tecnológicos obtidos nessa área. A exposição é resultado do trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Excelência de Pesquisa em Café Conilon (Nepecc).
Também no 1º andar do prédio, está exposta a vida e a obra cultural de Afonso X, monarca da Península Ibérica no século XIII. Com 30 paineis, Afonso X e a Galícia apresenta a história do personagem, que tinha um apreço especial por cultura, artes e letras.
Por fim, no 2º andar da BC, a jovem artista Lívia Hortencio apresenta 22 obras realizadas com tinta guache, reunidas na exposição A voz da tela. Nela a artista compõe versões de animais, flores, monumentos e outros personagens e cenas com muitas cores e imaginação.
Outras informações sobre a Biblioteca Central da Ufes estão disponíveis no site https://biblioteca.ufes.br/.
Categorias relacionadas CulturaCepe aprova resolução para facilitar a inserção de créditos de Extensão nos cursos de graduação
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Ufes aprovou este mês uma alteração para melhorar o funcionamento da inserção curricular de ações de Extensão (creditação) na graduação. A modificação visa facilitar a integralização de carga horária dos professores que assumirem disciplinas com horas de extensão.
A Resolução nº 102/2024, que já entrou em vigor, deixa mais explícito para os chefes de Departamento que os créditos de Extensão dessas disciplinas de graduação fazem parte da carga horária didática do professor. “Sem a definição clara, havia professores que não tinham interesse em assumir essas disciplinas, por não ter a carga horária contabilizada em sua completude. Com o novo texto da resolução, a carga horária da extensão dentro da disciplina de graduação é contabilizada normalmente para os encargos docentes”, explica o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe.
A modificação foi proposta a partir de diálogos com os professores que participaram dos Seminários de Popularização da Extensão, nos quais alguns deles relataram uma necessidade de mais detalhamento desse ponto na Resolução nº 48/2021, que trata da implementação da inserção curricular da extensão nos cursos de graduação da Ufes.
Até 2026, todos os cursos de graduação devem ter 10% de sua carga horária composta de atividades de extensão, sem que haja um aumento na carga horária total do curso. Com isso, os Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) estão sendo atualizados, passando a conter uma descrição sobre como as ações de extensão serão desenvolvidas pelos alunos regularmente matriculados, seguindo as normas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 e pelo Cepe/Ufes. As pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Graduação (Prograd) estão atuando juntas nessa atualização dos PPCs.
Resultados dos seminários
O diretor de Políticas Extensionistas da Proex, Jorge Luiz dos Santos Júnior, afirmou que os Seminários de Popularização da Extensão, realizados pela Proex junto aos centros da Universidade, têm sido fundamentais para refletir sobre as melhores práticas para inserir as horas de extensão na formação da graduação.
“Nove dos 11 centros de ensino já tiveram encontros sobre este tema. Tratamos de vários aspectos relacionados à popularização da extensão – um deles é a inserção curricular. Os pioneiros nesse processo puderam compartilhar exemplos bem-sucedidos, as diferenças em cada curso e as dificuldades, como a falta de clareza relacionada aos encargos docentes que assumem as disciplinas com extensão. Com o novo texto da resolução, esta dúvida está esclarecida”, detalha Jorge Júnior.
Os dois centros que ainda passarão pelos seminários terão um debate para contemplar a necessidade das licenciaturas, que envolve realizar atividades extensionistas dentro de escolas, o que apresenta especificidades e desafios, segundo o professor.
Além da já aprovada proposta sobre os encargos docentes, outra proposta advinda dos seminários seria referente à valorização da extensão na carreira do docente: os participantes dos seminários sugerem que a coordenação em projetos de extensão seja contabilizada para a progressão da classe “adjunto” para “associado” como alternativa à publicação científica.
Categorias relacionadas ExtensãoEvasão no ensino superior é tema de formação on-line realizada pela Prograd na quinta-feira, 28, às 19h
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufes realiza dia 28 de novembro, às 19 horas, uma ação formativa on-line sobre o tema Evasão é um problema? Enfrentamentos necessários. O evento tem o objetivo de iniciar um processo de reflexão com professores, servidores técnico-administrativos e estudantes da Ufes sobre a questão da evasão no ensino superior, fenômeno presente em várias universidades brasileiras.
A live será transmitida pelo canal da Superintendência de Ensino a Distância (Sead) da Ufes no YouTube e contará com a mediação da professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Camila Coimbra, integrante de um observatório de políticas públicas que tem a evasão como um dos temas de análise.
Na oportunidade, também será divulgado o Edital Conjunto nº 004/2024 (Prograd-PRPPG), que objetiva a realização de uma pesquisa em cada centro de ensino da Ufes a fim de analisar fatores que interferem na conclusão dos cursos pelos estudantes de graduação da instituição.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaUfes eterniza histórias de estudantes e servidores em livro que celebra seus 70 anos
Eternizadas em livro, as histórias das pessoas que viveram a Ufes, desde suas primeiras turmas até os dias atuais, ganharam as mãos do público na última sexta-feira, 22, durante o lançamento da obra 70 anos da Ufes: uma cápsula do tempo (1954-2024), no Teatro Universitário. Com a presença de servidores, gestores da Universidade, convidados especiais e comunidade externa, o evento reuniu os autores dos textos e das imagens da obra, além dos vencedores do 5º Prêmio Ufes de Literatura, que lançaram suas obras no hall do teatro.
Publicadas pela Editora da Ufes (Edufes), as obras integram as comemorações do aniversário de 70 anos da Universidade. A cerimônia de lançamento teve ainda apresentações da cantora Caju e do grupo de dança Andora.
Em sua fala de boas-vindas, a vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, lembrou da época em que olhava para o campus de Goiabeiras “do outro lado da Avenida Fernando Ferrari”, sonhando em ingressar na Universidade. “Todos nós temos histórias da Ufes para contar. Eu pude acompanhar este terreno sendo composto. Naquela ocasião, nem poderia imaginar toda a história de aproximação intensa que eu teria com essa Universidade”, disse.
Depois de anos ouvindo histórias de sua irmã mais velha, que estudava na Ufes, Lopes, hoje vice-reitora da Universidade, se recorda da alegria que sentiu na primeira vez que entrou no campus. “Lembro de caminhar desde o ponto de ônibus, pela passarela, até a entrada. Foi um caminho de muita alegria e com muita alegria continuo na Ufes, hoje com outras histórias de pessoas que estão comigo e materializam a Ufes em mim”, disse.
O reitor da Ufes, Eustaquio de Castro, parabenizou os autores de ambas as publicações e lembrou a importância da Ufes na sua vida e na vida das pessoas que constroem a Universidade no dia a dia. “Mais da metade da minha vida foi vivida aqui. Agradeço às pessoas que fazem parte da comunidade da Ufes. Estamos aqui para cumprir com aquilo que é o papel da universidade brasileira: prestar um bom serviço para a nossa sociedade, fazendo jus ao que temos de melhor”, afirmou.
Além da vice-reitora e do reitor, o diretor da Edufes, Wilberth Salgueiro, autores selecionados e autores convidados do livro 70 anos da Ufes: uma cápsula do tempo (1954-2024) lembraram de suas vivências e prestaram homenagens à Universidade durante a solenidade. Distribuído no lançamento, o livro segue disponível para retirada gratuita na Livraria da Ufes, localizada no campus de Goiabeiras. É permitida a retirada de um exemplar por pessoa.
ImagemPrêmio Ufes de Literatura
Na cerimônia, os escritores vencedores do 5º Prêmio Ufes de Literatura subiram ao palco para falar de seus livros, sendo apresentados pela representante da comissão julgadora do concurso, a professora do Departamento de Línguas e Letras Junia Zaidan. Os vencedores foram Andréia Delmaschio (Ai de ti, Camburi; romance), Júlio Cesar Machado (Autocombustão humana; contos/crônicas), Ezequiel de Sales (Daqui, declamo; poesia), Gustavo Bernardo Krause (De volta a 1984; literatura juvenil) e José Carlos de Aragão (O bem-te-vi que mal me viu; literatura infantil).
“Cada uma das pessoas inscritas passa agora a fazer parte da história da iniciativa, que tem o papel fundamental de fomentar a cultura, valorizar o que é nosso, instigar em nós a leitura e, em tempo de obscurantismo, esvaziamento da crítica e de espaços culturais e fechamento de escolas, é uma iniciativa que pode manter no horizonte o não instituído, o não dito, o imprevisto, a utopia que nos mantém em movimento”, disse a professora.
Os livros vencedores do prêmio estão à venda na Livraria da Ufes.
Foto: Leandro Reis
Categorias relacionadas InstitucionalAplicativo criado por estudantes de Administração da Ufes vence etapa estadual do Desafio Liga Jovem
Um aplicativo para auxiliar pequenos empreendedores na implementação de práticas de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) no dia a dia de suas empresas. Essa foi a proposta vencedora da etapa estadual da 2ª edição do Desafio Liga Jovem (e representante do Espírito Santo na etapa regional) apresentada pelos estudantes do curso de Administração da Ufes, Anabelly Luiz, Letícia Gonçalves e Sandro Junior. A competição, promovida pelo Sebrae Nacional, é a maior de empreendedorismo tecnológico nas instituições de ensino do Brasil.
Um dos objetivos do Desafio Liga Jovem é promover a competição entre equipes de estudantes de todo o País, que têm o desafio de resolver um problema de suas escolas ou comunidades com a ajuda da tecnologia. Com essa missão em mente e sob a orientação do professor do Departamento de Administração Gustavo Simão, os estudantes criaram a Equipe Pocar. Juntos, desenvolveram o aplicativo Grupo Gardi, que apresenta um conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e de governança corporativa.
De acordo com Gustavo Simão, a iniciativa dos estudantes é uma forma de levar essas práticas para pequenos empresários a partir de um aplicativo para celular com interface simples, que utiliza gamificação para criar indicadores e tarefas relacionadas aos princípios da ESG.
“Uma das opções do aplicativo é o chamado Descomplica ESG, em que o empreendedor pode optar por clicar em ações no aspecto Ambiental, Social e de Governança para tomar conhecimento sobre quais ações em cada contexto poderia implementar em seu negócio por meio de um quiz (gamificação). A partir da interação do usuário, o app criará uma pontuação de desempenho”, explicou o docente e orientador do projeto.
Conhecimento em prática
ImagemPara a estudante Anabelly Luiz, a participação no Desafio Liga Jovem foi uma forma de também contribuir para a sua formação e de seus colegas da Equipe Pocar. “A gente conseguiu colocar em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula em projeto real e de impacto, além de aprimorar e adquirir novas habilidades a partir desse desafio”, ressaltou a universitária, que cursa o 6º período do curso.
Embora a Equipe Pocar não tenha avançado para a etapa nacional, Gustavo Simão chama atenção para como isso demonstra que iniciativas implementadas no ecossistema de inovação capixaba podem surtir efeito positivo na formação de profissionais, além de divulgar o Estado para outras partes do País.
“Além disso, mesmo que a premiação financeira não tenha sido o foco principal, os alunos receberam R$ 500 e um certificado. Acredito que isso agregará muito em suas jornadas profissionais e também servirá como incentivo para que nós, profissionais, enquanto agentes de transformação, criemos ações contínuas para melhor competir com centros já consolidados no âmbito de inovação, como São Paulo”, destacou o professor.
Fotos: Divulgação
Categorias relacionadas EnsinoProjeto Tabuleiro de Xadrez do Espírito Santo é destaque em Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação
O projeto Tabuleiro de Xadrez do Espírito Santo, desenvolvido pelo Laboratório de Extensão e Pesquisa em Arte (Leena/Ufes), é destaque na segunda edição do Conexão Ciência: Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que é realizado nesta segunda e terça-feira, dias 25 e 26, na Cidade da Inovação, localizada em Jardim da Penha (onde funcionavam os antigos Galpões IBC). O evento é aberto ao público e acontece das 9 às 21 horas.
Projeto fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), o Tabuleiro está em exposição no estande da Fundação e consiste na substituição das peças tradicionais do jogo por miniaturas de monumentos do estado, em uma estratégia educacional lúdica para promover história, memória e identidade capixabas. O Tabuleiro foi desenvolvido pela equipe do Leena, sob a coordenação do professor do Departamento de Artes Visuais José Cirillo, a partir de trabalhos executados nas impressoras tridimensionais do laboratório.
O jogo, além de todos os benefícios já conhecidos à medida que estabelece uma perspectiva de raciocínio lógico e muitas vezes aprofundado, se propõe a fazer uma ligação mais afetiva entre esses dois atores, crianças e monumentos.
“Nessa iniciativa, a meu ver revolucionária, o Leena ousa retirar os monumentos públicos do Estado do Espírito Santo do alto dos pedestais em que sempre estiveram e entregar para as crianças capixabas. Com isso, esperamos despertar esse sentimento de pertencimento, assim como a aproximação de nossos jovens e crianças com sua própria história”, afirma Cirillo.
Xadrez com o público
Uma novidade do projeto no evento será a possibilidade de “duelos” entre enxadristas de todo o estado. Desde jogadores experientes até os iniciantes, todos terão a oportunidade de participar dessa interação. Além disso, pesquisadores do Leena estarão produzindo peças ao vivo em uma impressora 3D.
“A participação da população interagindo com o Tabuleiro de Xadrez do Espírito Santo é, em última instância, a concretização de um sonho que começou há 25 anos, que é desenvolver pesquisas e projetos de qualidade que pudessem, de alguma forma, interferir de forma benéfica na vida das pessoas”, destaca o professor.
Ações inovadoras
O Conexão Ciência reúne especialistas, pesquisadores, gestores públicos e a sociedade em geral para discutir e apresentar ações inovadoras em desenvolvimento no Estado, com ênfase no tema Cidades Inteligentes.
A programação inclui exposições, palestras e debates sobre pesquisas, estudos e diagnósticos que estão impulsionando o avanço tecnológico no Espírito Santo.
Foto: Leena/Ufes
Categorias relacionadas ExtensãoPesquisadores da Ufes desenvolvem biossensor para detecção de salmonella em produtos alimentícios
Um biossensor inovador na detecção da bactéria Salmonella spp. em produtos alimentícios foi desenvolvido pela pesquisadora Gabrielle Landim, orientada pelo professor Jairo Pinto de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da Ufes (PPGBiq/Ufes). O teste imunocromatográfico de fluxo lateral e nanopartículas de ouro promete transformar os métodos de controle de qualidade na indústria alimentícia, reduzindo o tempo de detecção da bactéria e os custos associados à testagem. O experimento levou à criação da startup NanoLabs, com a proposta de se tornar o kit de diagnóstico mais rápido do mundo.
O grande desafio na luta contra a salmonelose, infecção causada pela bactéria, tem sido a falta de testes rápidos e eficientes. Embora existam sensores de alta qualidade no mercado, esses dispositivos ainda apresentam limitações significativas no que diz respeito ao tempo de obtenção dos resultados. Testes convencionais geralmente demoram de 18 a 48 horas para fornecer resultados confiáveis e têm um custo elevado; já o desenvolvido pelos pesquisadores da Ufes entrega o mesmo resultado dentro de 8 a 12 horas, com um custo 50% menor.
O teste utiliza nanopartículas de ouro a fim de melhorar a coloração e, consequentemente, a leitura do resultado. Além disso, o biossensor tem sensibilidade superior aos convencionais e possui especificidade em relação a outros microorganismos, ou seja, mesmo que a tira esteja contaminada com outras bactérias, ele reconhece apenas a Salmonella.
Gabrielle Landim destaca que, embora o novo teste sirva como um método de triagem eficaz, ele não pretende substituir o método padrão, que é baseado no plaqueamento em meios de cultura diferentes.
A NanoLabs está em processo para patentear a tecnologia e já desenvolveu um “kit detecção rápida de Salmonella”. A startup está incubada no Espaço Empreendedor da Ufes e reúne esforços para testes iniciais no mercado e escalonamento da tecnologia.
O professor Jairo Pinto de Oliveira, especialista em nanopartículas de ouro e biossensores, explica que o Laboratório de Nanomateriais Funcionais da Ufes vem desenvolvendo sistemas de detecção baseados em nanotecnologia há anos. Eles exploram técnicas como a plasmônica (SPR e LSPR), para a detecção de microrganismos, toxinas e pesticidas em alimentos e no meio ambiente.
Preocupação global
A contaminação por Salmonella é uma preocupação global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente mais de 90 milhões de casos de salmonelose, resultando em aproximadamente 155 mil mortes. A bactéria possui mais de 2.600 sorotipos e pode ser encontrada em uma série de produtos, como frango, ovos, leite e temperos.
Segundo o Ministério da Saúde, os casos mais graves de salmonelose ocorrem em crianças e idosos, devido à fragilidade de seus sistemas imunológicos. Os principais sintomas incluem diarreia, vômitos, febre moderada, mal-estar geral e calafrios, que geralmente surgem entre 6 e 72 horas após a ingestão de alimentos contaminados e podem durar até uma semana.
A pesquisa teve o financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeSemana do Conhecimento chega a São Mateus com programação gratuita a partir desta segunda-feira, 25
O campus de São Mateus da Ufes começa a receber, a partir da próxima segunda-feira, 25, estudantes de toda a região norte do Estado para as atividades da Semana do Conhecimento, que apresenta os projetos de extensão, o ensino e a pesquisa desenvolvidos na Universidade. A programação acontece até quarta, 27, e é aberta ao público geral. Veja a lista completa de atividades no hotsite do evento.
Logo às 8h30, a quadra poliesportiva do campus recebe a Jornada de Iniciação Científica, Inovação e Pós-Graduação, organizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG). Pela manhã, a programação reúne pôsteres das áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde, que apresentam as ações e os resultados de suas pesquisas à comunidade. Já a partir das 13h30, será a vez dos estandes de Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Ciências Humanas ocuparem a quadra com suas pesquisas.
Também na segunda, 25, tem início a Jornada Integrada de Extensão e Cultura, com a realização de minicursos abertos à comunidade e promovidos pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex). As pessoas interessadas podem se inscrever gratuitamente até esta sexta-feira, 22, em diversas formações, como utilização de Excel, iniciação ao crochê, uso de tecnologias para o ensino de ciências, entre outras opções.
Na terça, 26, e na quarta, 27, as atividades da Jornada de Extensão continuam com a exposição de estandes dos projetos de extensão, rodas de conversa, feira de arte e cultura, apresentação cultural e aulão de forró, das 8 às 17 horas, na quadra poliesportiva; mesa-redonda sobre matemática e extensão, na terça, às 14 horas, no auditório da biblioteca; talk show de empresas juniores e apresentação do Coral Elos, na quarta, às 14 horas, no Auditório Central; e lançamento do livro História da Matemática no Espírito Santo - vol. 4, com participação da banda Chorume, na quarta, às 19 horas, no Porto Bier.
Além das pesquisas e dos projetos de extensão, a Ufes apresenta à sociedade capixaba as atividades dos 16 cursos de graduação do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), das 8h às 17h30, na Mostra de Profissões. A programação inclui uma apresentação institucional no auditório do Ceunes, na qual os estudantes receberão informações sobre a infraestrutura do campus, formas de ingresso, programa de assistência estudantil e reserva de vagas. Em seguida, conduzidos por monitores, os futuros universitários visitarão os estandes dos cursos, laboratórios, Fazenda Experimental, biblioteca, Jardim Botânico Palmarum e o Herbário Sames.
Categorias relacionadas InstitucionalSolenidade no campus de São Mateus celebra 70 anos da Ufes e 18 anos de existência do Ceunes
O reitor Eustaquio de Castro e a vice-reitora Sonia Lopes participaram nesta quinta-feira, 21, da solenidade de comemoração dos 18 anos de criação do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), no campus de São Mateus. A celebração, que contou com a participação do diretor do Centro, Luiz Antonio Fávero Filho, e da vice-diretora Vivian Cornélio, integrou a programação em homenagem aos 70 anos da Ufes.
A solenidade foi realizada no Auditório Central, com a presença de autoridades municipais, representantes de instituições de ensino superior da região, empresários, gestores acadêmicos e administrativos a Ufes, servidores docentes e técnico-administrativos em Educação, pesquisadores, estudantes dos cursos de graduação e de pós-graduação, e colaboradores de empresas terceirizadas.
As comemorações incluíram uma mensagem em vídeo enviada pelo bispo-emérito da diocese de São Mateus, Dom Aldo Gerna, que ministrou a aula inaugural do Ceunes, para os primeiros 159 universitários, quando este ainda recebia o nome de Coordenação Universitária Norte do Espírito Santo e funcionava no Prédio Sagrada Família. Pessoas que contribuíram para a consolidação do Centro também foram homenageadas, como Antonio Carlos Sossai, Ericsson Peçanha, Pedro do Santos Alves e Renato Pirola.
A solenidade contou ainda com uma apresentação da Lira Mateense, sociedade musical criada em 1909 por trabalhadores do Porto de São Mateus (atual sítio histórico de São Mateus), que se reuniam para tocar seus instrumentos ao final do dia de trabalho. Ao longo de sua história, a Lira participou de festivais de bandas, encontros e campeonatos, e atualmente é uma escola de música que representa o norte do Espírito Santo.
Expansão e interiorização
ImagemO Ceunes foi criado por meio da Resolução nº 001 de 17 de novembro de 2005 no contexto do Plano de Expansão e Consolidação da Interiorização da Ufes. Na época, o Centro ofertava nove cursos de graduação: Agronomia, Ciências Biológicas (bacharelado), Enfermagem, Engenharia de Computação, Engenharia de Petróleo, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Farmácia e Matemática.
Inicialmente as atividades acadêmicas eram desenvolvidas no Prédio Sagrada Família e numa sede provisória em São Mateus, que dispunha de salas de aula, salas de professores, setores administrativos e laboratórios.
Por meio de uma parceria firmada entre a Ufes e a Prefeitura Municipal de São Mateus, foi doada uma área de 532 mil metros quadrados, na qual o campus de São Mateus foi instalado e gradativamente se consolidou.
Atualmente o Ceunes possui 16 cursos de graduação: Agronomia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas (bacharelado), Ciências Biológicas (licenciatura), Educação do Campo (licenciatura), Enfermagem, Engenharia de Computação, Engenharia de Petróleo, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Farmácia, Física (licenciatura), Matemática (licenciatura), Matemática Industrial, Pedagogia e Química (licenciatura). Além disso, possui quatro programas de pós-graduação: Agricultura Tropical, Biodiversidade Tropical, Energia e Ensino na Educação Básica, e uma especialização em Ensino na Educação Básica.
Entre alunos de graduação e pós-graduação, o Centro possui mais de 3.500 alunos e um quadro de 201 professores efetivos e 115 servidores técnico-administrativos em Educação.
Fotos: Ana Beatriz Fonseca
Categorias relacionadas InstitucionalInscrições abertas para ingresso de novos alunos no Colégio de Aplicação Criarte
O Colégio de Aplicação (CAp) Criarte sorteará 31 vagas para ingresso de novos alunos no ano letivo de 2025. O período de inscrições estará aberto de 22 a 29 de novembro, e as pessoas interessadas devem preencher o formulário on-line disponível no site do CAp Criarte, onde também está publicado o edital com as normas para o sorteio de vagas. As oportunidades são para crianças nascidas de 1º de abril de 2019 a 31 de março de 2023, tanto as vinculadas a membros da comunidade acadêmica quanto as do público em geral, que concorrerão de forma igualitária.
As oportunidades estão distribuídas de acordo com os grupos ofertados no próximo ano letivo, referentes às faixas etárias atendidas no Colégio. Para as turmas do turno matutino, há vagas para os grupos 2 (14 vagas) e 4 (seis vagas). Já para o turno vespertino, o sorteio será para o grupo 2 (11 vagas). Para os grupos 3 e 5, tanto no turno matutino quanto no vespertino, haverá sorteio apenas para formação de lista de suplência.
O sorteio ocorrerá na sala multiusos da unidade, no dia 5 de dezembro, a partir das 14 horas. Haverá também transmissão ao vivo, pelo canal do CAp Criarte no YouTube.
O procedimento será realizado eletronicamente, utilizando uma ferramenta desenvolvida pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI). Os inscritos não contemplados no sorteio dentro do número de vagas disponíveis irão compor a Lista de Suplência na ordem em que forem sorteados.
Interessados em vagas no CAp Criarte que não tiverem realizado a inscrição para o sorteio poderão compor a lista de espera a ser formada entre a segunda semana do ano letivo 2025 e 20 de setembro de 2025, para os Grupos 2, 3, 4 e 5. A solicitação de inclusão na Lista de Espera deverá ser encaminhada para este e-mail.
Sobre o Criarte
O Criarte é um espaço de educação infantil instalado no campus de Goiabeiras e atende crianças com idade entre dois anos e cinco anos e 11 meses, nos turnos matutino e vespertino. A história do Centro de Educação Infantil da Ufes teve início na década de 1970, como um projeto assistencial para cuidar dos filhos das trabalhadoras do Restaurante Universitário, em uma época de luta das mulheres pela conquista do direito à creche.
Ao longo de 46 anos, as atividades oferecidas pelo colégio evoluíram juntamente com a legislação educacional, que inseriu a educação infantil como primeira etapa da educação básica e passou a reconhecer os potenciais e as necessidades de aprendizagens das crianças com idade entre dois e cinco anos.
Categorias relacionadas EnsinoUfes sedia 16ª Reunião Científica dos Programas de Pós-Graduação em Educação da Região Sudeste a partir desta segunda, 25
O campus de Goiabeiras sedia, a partir desta segunda-feira, 25, a 16ª Reunião Científica dos Programas de Pós-Graduação em Educação da Região Sudeste. O evento reúne professores, pesquisadores e estudantes para discutir a pesquisa educacional com foco nos desafios regionais do Sudeste.
“Trata-se de um espaço privilegiado para também refletirmos sobre as grandes temáticas de abrangência nacional e internacional que compõem o cenário da pós-graduação e da pesquisa em Educação”, afirma a professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Ufes, Tânia Delboni.
A Reunião Científica acontece até o dia 28 de novembro e é organizada pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e pelo Fórum Sudeste de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Educação (FORPREd-Sudeste).
Programação
O evento será aberto no dia 25, às 19h30, no Teatro Universitário, com uma conferência ministrada pela professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dalila de Oliveira sobre o tema A produção de conhecimento na Pós-Graduação em Educação: trabalho, enfrentamentos e possibilidades.
No dia 26, acontecem as palestras Ética em Pesquisa: práticas científicas e as especificidades das Ciências Sociais e Humanas e Plano Nacional de Educação: enfrentamentos e possibilidades. Na tarde do mesmo dia, entram em debate os temas Políticas Curriculares: democracia e diferença na escola pública e Direito à Educação: diversidade, inclusão e direitos humanos.
No dia 27, a programação da manhã inclui as sessões especiais Políticas afirmativas na Pós-Graduação em Educação: do direito ao acesso à permanência e Formação docente na Pós-Graduação em Educação: por onde caminham os egressos?. À tarde, os participantes se reúnem para discutir O financiamento da pós-graduação: recursos, custeio e bolsas e Educação política e as agendas pela democracia nos cotidianos escolares.
A conferência de encerramento, no dia 28, às 11 horas, terá como tema os 60 anos do Golpe no Brasil: a educação como possibilidade de resistência às “novas” ameaças.
Além das sessões especiais, vão ocorrer apresentações de trabalhos, painéis temáticos e programações culturais. Veja a programação completa e os locais de realização na página do evento.
Categorias relacionadas PesquisaUfes lança nesta sexta, 22, livro que celebra seus 70 anos de história. Cerimônia também apresenta obras vencedoras do 5º Prêmio de Literatura
As experiências e os afetos construídos dentro dos quatro campi da Universidade estão reunidos no livro 70 anos da Ufes: uma cápsula do tempo (1954-2024), que será lançado nesta sexta-feira, 22, às 17 horas, no Teatro Universitário. A cerimônia contará também com o lançamento das obras vencedoras do 5º Prêmio Ufes de Literatura, selecionados depois de concurso promovido pela Editora da Ufes (Edufes).
Aberta ao público, a solenidade contará com a presença do reitor da Ufes, Eustaquio de Castro, e de outras autoridades, além de autores selecionados em ambas as publicações. O evento contará ainda com performances do grupo de dança Andora e da cantora Caju.
Composto por 70 obras, entre textos e imagens, o livro que celebra a história da Universidade foi editado pela Edufes como um panorama atravessado por registros críticos e impressões afetivas envolvendo experiências, perspectivas, conquistas e desejos que retratam a Ufes desde seu nascimento, em 1954. A seleção foi feita a partir de concurso aberto ao público em outubro de 2023.
“Privilegiamos imagens e textos que tivessem alguma singularidade ou um vínculo estreito com memória e afeto. Fizemos uma comissão multissetorial da Universidade e nos guiamos por esse espírito comemorativo da publicação”, explica o diretor da Edufes, Wilberth Salgueiro.
Segundo ele, o que mais chama atenção na obra é sua diversidade. “É uma obra ousada, que pode causar espanto, porque capta um espírito pulverizado de tanta gente que participou: gente mais jovem, mais velha, mulheres, homens, servidores, egressos, estudantes. Chama a atenção essa diversidade de estilo, de perspectiva, de técnica”, afirma Salgueiro. O livro será distribuído gratuitamente no lançamento.
Convivência
Ansiosa pelo lançamento do livro, a professora da Ufes Dirce Ferreira contribuiu com um texto a respeito da relação da Universidade com o meio ambiente. “A Ufes foi construída em um manguezal. Ela é esse espaço de convivência entre pessoas, animais, lagoa e mangue. Ser Ufes é ter essa consciência de que neste espaço há encontros, construções e desencontros, numa relação pedagógica amorosa e de respeito”, diz.
Graduada em Direito pela Ufes, ela também cursou mestrado e doutorado na Universidade. Agora, realiza pós-doutorado em São Paulo. “Mas a Ufes não sai do meu coração”, afirma a professora.
Prêmio Ufes
Partindo de mais de 200 originais, o 5º Prêmio Ufes de Literatura selecionou um título vencedor nas categorias de contos ou crônicas; literatura infantil; literatura juvenil; poesia; e romance. Na noite desta sexta-feira, os premiados chegam ao público pelas mãos da Edufes. Os trabalhos vencedores são: Ai de ti, Camburi (romance), de Andréia Delmaschio (ES); Autocombustão humana (contos/crônicas), de Júlio Cesar Machado de Paula (RJ); Daqui, declamo (poesia), de Ezequiel Pereira de Sales (CE); De volta a 1984 (literatura juvenil), de Gustavo Bernardo Galvão Krause (RJ); e O bem-te-vi que mal me viu (literatura infantil), de José Carlos Barbosa de Aragão (MG).
Os autores premiados tiveram suas obras publicadas pela Edufes sem nenhum custo. Além disso, receberam uma cota dos exemplares impressos. Importante mecanismo de fomento à produção literária em língua portuguesa, o Prêmio Ufes de Literatura acontece a cada dois anos e têm abrangência internacional.
Premiada na categoria de romance, Andréia Delmaschio escreveu a primeira versão de Ai de ti, Camburi ainda em 2010.
“Escrevi num fluxo quase contínuo, interrompido apenas pelas demandas cotidianas, e reescrevi o texto cuidadosamente dez anos depois, durante o isolamento devido à pandemia de covid-19”, conta a autora. “Nunca planejo nada, nem mesmo os textos mais curtos. Apenas aproveito uma ou mais ideias que me ocorrem, e, dispondo de tempo, deixo que fluam”, afirma.
O romance se desenvolve em torno das experiências de um triângulo amoroso clássico, com a diferença de que quem conta esta história é a ponta do triângulo que costuma ficar oculta, a amante, explica Delmaschio. “As peripécias vividas pelo casal interdito se desenrolam numa cidade chamada Vitória, palco de muitos sentimentos contraditórios, devidamente tratados com poesia e humor”, diz.
Nova edição
Pioneiro entre as editoras universitárias brasileiras por publicar textos inéditos, o Prêmio Ufes de Literatura, além de fomentar a produção literária, confere visibilidade à Edufes e à Universidade, segundo Wilberth Salgueiro. O diretor da editora adianta que a nova edição do concurso deve sair no segundo semestre de 2025. “Nada nos impede de manter essa tradição”, afirma.
Categorias relacionadas CulturaAlunos que participarão do Enade 2024 têm até sábado, 23, para preencher o Questionário do Estudante
Termina neste sábado, 23, o prazo para estudantes concluintes dos cursos de licenciatura preencherem o Questionário do Estudante, etapa obrigatória para aqueles que participarão do Exame Nacional de Avaliação do Desempenho de Estudantes (Enade) de 2024. O questionário está disponível no site oficial do Enade, onde também estão divulgados os locais da prova teórica, que será aplicada no domingo, dia 24.
Além da prova teórica, que já era aplicada, o Enade de 2024, conhecido como o Enade das Licenciaturas, fará uma avaliação prática do desempenho dos estudantes de graduação dos cursos de licenciatura. Participarão desta avaliação estudantes matriculados em disciplinas de estágio supervisionado com regência de classe nos semestres 2024/2 e 2025/1, que serão avaliados por seus supervisores de estágio (professores da escola onde o estudante faz estágio).
Na Ufes, cerca de mil estudantes de 29 cursos de licenciatura, presenciais e a distância, estão inscritos para as provas. Veja a lista dos cursos participantes.
Alunos inscritos pelas coordenações de curso que responderem ao Questionário do Estudante ou não fizerem as provas estarão em situação irregular e não poderão colar grau até que a situação seja devidamente regularizada por ato do Ministério da Educação (MEC).
Desempenho
O Enade foi criado pelo Governo Federal, por meio do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), e tem como objetivo avaliar o desempenho estudantil de forma padronizada, avaliando também a visão que os estudantes têm de sua própria instituição de ensino. A nota do Enade serve como um referencial para os estudantes avaliarem a qualidade do curso em que planejam ingressar, e as instituições de ensino, por sua vez, identificam através das notas o que deve ser melhorado em seus processos educacionais.
As provas do Enade 2024 são dirigidas a alunos que tenham expectativa de conclusão do curso até 31 de julho de 2025 ou que tenham cumprido 80% ou mais da carga horária mínima do currículo do curso até o último dia do período de retificação das inscrições.
As novas regras do chamado Enade das Licenciaturas foram definidas pelo MEC em portaria publicada no dia 27 de junho. Além da avaliação prática, a portaria também instituiu que os cursos de licenciatura serão avaliados anualmente, e não a cada três anos, como era anteriormente.
A Ufes mantém um site com todas as informações que coordenadores de curso e estudantes precisam saber sobre o Enade. Clique aqui para acessar.
Categorias relacionadas EnsinoPublicado o resultado final do cadastro para o Auxílio Educação Infantil
A Pró-Reitoria de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes) divulgou o resultado final das solicitações dos estudantes que se candidataram para receber o Auxílio Educação Infantil referente ao segundo semestre de 2024. Foram deferidos 49 auxílios para estudantes que já possuem cadastro ativo na assistência estudantil da Ufes.
Cada estudante receberá seis parcelas mensais iguais de R$ 400, correspondentes aos meses do semestre letivo de 2024/2 (outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março).
O Auxílio Educação Infantil é dirigido a estudantes de graduação cadastrados no Programa de Assistência Estudantil da Ufes (Proaes/Ufes) que tenham filho ou criança sob sua guarda ou tutela, com idade até cinco anos, 11 meses e 29 dias, sendo atendidos prioritariamente aqueles com idade entre zero e dois anos, 11 meses e 29 dias.
O auxílio faz parte da Política de Assistência Estudantil e consiste em recurso financeiro destinado a custear parte das despesas com creche, pré-escola ou pessoa cuidadora da criança.
Categorias relacionadas Assistência estudantilConsciência Negra: bióloga especialista em Ecotoxicologia, professora Tatiana Souza estuda os efeitos de agrotóxicos nos seres vivos
Na sequência do primeiro feriado nacional em memória de Zumbi dos Palmares e em comemoração ao Dia da Consciência Negra (celebrado na última quarta-feira, 20), o portal da Ufes dá continuidade à série especial que apresenta a trajetória de alguns dos professores negros da Universidade. Dessa vez, a história a ser contada é da bióloga Tatiana Souza, mestre e doutora em Biologia Celular e Molecular que pesquisa Ecotoxicologia e Mutagênese Ambiental, cujo foco está no estudo dos efeitos tóxicos de substâncias químicas naturais e sintéticas sobre organismos expostos.
Licenciada e bacharel em Ciências Biológicas, desde 2010 ela é professora do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (DB/CCENS), campus de Alegre, que conta atualmente com 110 docentes, dos quais 32 (29%) se autodeclaram pretos ou pardos (dados da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - Progep). Souza trabalha com bioindicadores vegetais, invertebrados terrestres (minhocas e diplópodas) e vertebrados (peixes), utilizando diferentes abordagens, como ensaios de toxicidade aguda, fisiológicos, de comportamento, reprodução, morfológicos e outros ensaios que permitem a avaliação dos efeitos dos contaminantes no ciclo mitótico e sobre o DNA.
A professora coordena o grupo de pesquisa Eco(geno)toxicidade (Ecogen/Ufes), no qual, juntamente com seus orientandos do curso de graduação em Ciências Biológicas e do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento (PPGGM), investiga os efeitos de agrotóxicos sobre organismos não alvo (como abelhas, minhocas e organismos aquáticos, que são indiretamente afetados pela utilização de herbicidas, por exemplo) e os processos de descontaminação de agrotóxicos do ambiente. “Também trabalhamos com outros contaminantes e atualmente temos investigado os efeitos, o tratamento e a destinação de efluentes provenientes da cafeicultura”, explica.
Souza ainda desenvolve um projeto na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professora Hosana Salles, do município de Cachoeiro de Itapemirim. Na ação, os participantes utilizam ferramentas da ecotoxicologia (como ensaios com bioindicadores e biomarcadores) para pesquisar sobre a contaminação do córrego Santa Fé, localizado na região da escola. “Nesse projeto, os alunos são os protagonistas, ou seja, desenvolvem habilidades cognitivas e práticas para a educação científica”, ressalta.
Referência
ImagemNo CCENS, Souza ministra as disciplinas de Biologia Celular para os cursos de graduação em Ciências Biológicas (licenciatura), Nutrição e Medicina Veterinária, Ecotoxicologia para o bacharelado em Ciências Biológicas e, no PPGGM, dá aulas de Mutagênese: “Atualmente, oriento trabalhos de pesquisa de dez alunos, sendo quatro graduandos, três mestrandos e três doutorandos”.
Ao longo de sua formação acadêmica (entre os anos de 1999 e 2010), ela se recorda de não ter tido nenhum professor preto ou pardo e de ter sido a única estudante negra da própria turma, além de uma das poucas negras do curso de Ciências Biológicas e da Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Rio Claro, interior de São Paulo). “Ser uma professora negra na Universidade é também ser uma referência para os alunos que se veem representados naquele espaço, geralmente pela primeira vez. Porém, em vários momentos, isso ainda é motivo de estranheza por parte de muitas pessoas, sendo essa questão mais explícita fora dos muros da Universidade”, avalia ela, que é uma das 14 professoras negras do CCENS, conforme informações da Progep.
Segundo Souza, apesar de ainda haver um grande desequilíbrio em relação ao perfil racial e socioeconômico na sociedade brasileira, ao caminhar pelo campus de Alegre já é possível ver uma comunidade acadêmica mais diversa em relação ao que acontecia em sua época de graduação e pós-graduação. “A presença de professores negros nas universidades é uma conquista recente, resultado de políticas públicas como a implementação das cotas raciais nas instituições e a Lei de Cotas, de 2012. Isso permitiu que mais estudantes e professores negros ocupassem esses espaços”, conclui.
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