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Com reconhecimento do Iema, núcleo de pesquisa da Ufes se torna um centro estadual de educação ambiental
Vinculado ao Centro de Educação da Ufes, o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos em Educação Ambiental (NIPEEA) acaba de se tornar o Centro de Educação Ambiental do Espírito Santo (CEA). O reconhecimento realizado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do ES (Iema) e publicado no início deste ano permitirá que o Núcleo amplie suas ações de ensino, pesquisa, extensão e de formação na área da educação ambiental dentro da própria Universidade ou em comunidades tradicionais e escolas da rede básica.
Segundo o professor do Departamento de Educação, Política e Sociedade Soler Gonzalez, coordenador do Núcleo, o reconhecimento está alinhado com a Política Estadual de Educação Ambiental (Lei nº 9.265/2009) e ao Programa Estadual de Educação Ambiental (Decreto nº 4.178-R/2017).
“O que muda é que esse reconhecimento vem, de certo modo, cumprir a legislação da política nacional, estadual e municipal de educação ambiental. E as diretrizes curriculares também, que estabelecem a obrigatoriedade da Educação Ambiental de forma transversal em todos os níveis de ensino, inclusive o superior”, explicou.
Ampliar parcerias
Completando duas décadas de atuação na Ufes, um dos objetivos do NIPEEA é ampliar parcerias com escolas da rede básica e aproximar crianças e adolescentes em idade escolar da Universidade, a fim de fortalecer a integração da comunidade acadêmica com a sociedade.
“Pretendemos realizar essas parcerias para termos novas ações de educação ambiental, dentre elas, visitas monitoradas aqui no campus de Goiabeiras, onde as crianças terão a possibilidade de conhecer a Ufes desde esse momento da sua escolarização”, enfatizou Gonzalez.
Ainda de acordo com o professor, o desenvolvimento de propostas de educação ambiental com as escolas parceiras será feito de maneira colaborativa: “Não se trata de levar algo pronto. É realizar as propostas a partir da demanda que as escolas estão trazendo. Nós estamos nos colocando como colaboradores e ajudando pedagogicamente na realização dessas atividades”.
Materiais didáticos
Além de promover a aproximação com a comunidade externa à Ufes, o NIPPEA busca dar suporte a ações de pesquisa, extensão e ensino. Dessa forma, ele pretende colaborar com outros núcleos e laboratórios dentro da Universidade.
Outro objetivo é oferecer materiais didáticos relativos ao tema do meio ambiente e educação a estudantes de graduação, pós-graduação, professores da Ufes e à comunidade em geral.
“Estamos fazendo o cadastramento de bolsistas voluntários para que eles elaborem esses materiais didáticos. A ideia é que, junto com professores do nosso Núcleo e Centro, a gente comece a elaborar materiais voltados para a abordagem ecológica e cultural, tanto do campus de Goiabeiras quanto das comunidades tradicionais em seu entorno, como as paneleiras e os catadores de caranguejo, por exemplo”, explicou Soler Gonzalez.
O NIPPEA tem como vice-coordenadora a professora aposentada do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais (DTEPE) Martha Tristão. Já a responsável pela coordenação pedagógica do CEA é a professora Andrea Ramos, também do DTEPE.
O NIPPEA reúne estudantes de graduação, professores, e alunos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE). As ações de pesquisa contam com o apoio do Centro de Educação e da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), e são realizadas pelo Grupo de Pesquisa Territórios de Aprendizagens Autopoiéticas, pelo Projeto de Extensão Narradores da Maré e por professores pesquisadores egressos do NIPPEA.
Foto: Fernanda Binatti - Colégio de Aplicação Criarte
Categorias relacionadas Extensão Meio ambienteEvento organizado por empresas juniores da Ufes celebra lutas e conquistas das mulheres
Três empresas juniores (EJ) da Ufes realizam nesta segunda-feira, 10 de março, às 14 horas, a roda de conversa Mulheres que Transformam: Lutas e Conquistas. O evento tem como objetivo abrir espaço para mulheres que, por meio de suas vivências, mostram como transformam o mundo com força, resiliência e determinação.
A roda de conversa, que será realizada no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos (LabPetro), no campus de Goiabeiras, trará como convidadas a professora aposentada da Ufes e escritora Bernadette Lyra; a engenheira e supervisora de Planejamento, Programação e Controle de Manutenção na ArcelorMittal Monique Bermond; a analista de Diversidade, Equidade e Inclusão na ArcelorMittal Bianca Silva Santos; a coordenadora de projetos da Central Única de Favelas (Cufa) Franciellen Quedevez; e a empreendedora na área de beleza Mariana del Carmen Salazar Mota.
Pessoas interessadas em participar podem se inscrever gratuitamente por meio do formulário disponível neste link.
Na roda de conversa organizada pelas empresas juniores CJA, CT Junior e Ecos Junior, das áreas de Engenharia, Administração e Comunicação, respectivamente, as mulheres compartilharão suas trajetórias, desafios e conquistas. “O intuito é inspirar as pessoas, falando sobre o impacto das mulheres no mercado e na sociedade”, afirma a diretora de Gestão de Pessoas da CT Junior, Aryelle Oliveira.
O dia se propõe a ser um momento de aprendizado, inspiração e troca de experiências com histórias de fortalecimento e valorização da mulher em todas as áreas de atuação. O evento conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/Ufes).
Categorias relacionadas ExtensãoPesquisa indica necessidade de melhorias nas políticas públicas de saúde bucal para indígenas
Uma pesquisa da Ufes com indígenas e não indígenas que moram em aldeias Guarani e Tupiniquim situadas no município de Aracruz revelou a necessidade de melhorias no planejamento de políticas públicas de prevenção e promoção da saúde bucal, com a ampliação do acesso a serviços odontológicos, visando mais qualidade de vida da população indígena.
A tese de doutorado Avaliação de saúde bucal e seu impacto na qualidade de vida da população indígena do Espírito Santo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) pela pesquisadora Deise Ramos, sob orientação da professora Maria Helena Miotto, mostra que “a prevalência dos impactos dos problemas bucais na qualidade de vida dos indígenas foi mais elevada do que a normalmente encontrada em populações não indígenas, podendo ser sugerida uma situação mais precária relacionada à dor dentária e à perda dentária comparada à população em geral”.
A pesquisa considerou elementos como dor orofacial, perda dentária e características sociodemográficas. As condições bucais de 1.084 indivíduos maiores de 20 anos foram avaliadas a partir da aplicação de um formulário que mede o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, exames clínicos e questionários com perguntas relacionadas a dados demográficos, hábitos de vida (consumo de tabaco e álcool), doenças autorreferidas, consumo de medicamentos, hábitos alimentares, escolaridade, atividades profissionais e de trabalho.
Entre os principais achados, destaca-se a prevalência de 45,7% de impactos dos problemas bucais na qualidade de vida dos indígenas, sendo que fatores como idade e necessidade de prótese parcial removível foram associados a uma maior percepção desse impacto.
A perda dentária foi mais frequente entre indivíduos com mais de 51 anos, com menor escolaridade e que relataram maior impacto na qualidade de vida, enquanto a dor dentária foi mais comum em mulheres, pessoas com menos de 50 anos e que procuraram serviços odontológicos por urgência.
Os dados indicam que as populações indígenas enfrentam condições bucais mais precárias em comparação às não indígenas, ressaltando a necessidade de melhorias no planejamento de políticas públicas de prevenção das doenças bucais e promoção da saúde.
Foto: Alejandro Zambrana/Secretaria de Saúde Indígena - Ministério da Saúde
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeExposição Cientistas Brasileiras será aberta a visitação no Museu de Biologia Professor Mello Leitão
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a exposição Cientistas Brasileiras estará aberta para visitação a partir desta segunda-feira, dia 10, no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, localizado no município de Santa Teresa, na região serrana do Espírito Santo. A abertura será às 14 horas, no auditório Augusto Ruschi, e a entrada é gratuita.
A mostra, produzida pelo Laboratório de Popularização da Ciência da Ufes (LabPop/Ufes), retrata e relembra a vida e a obra de mulheres que contribuíram para o avanço e o desenvolvimento científico, social, político e econômico do Brasil.
“Por meio da arte, buscamos despertar engajamento e inspirar sentimentos e emoções que possam culminar em mudança social”, define a professora do Departamento de Ciências Biológicas da Ufes Viviana Corte, coordenadora do LabPop.
Segundo a professora, a iniciativa, que começou com 18 obras, conta agora com 39. Elas resgatam o legado de 35 mulheres, ampliando ainda mais a diversidade de cientistas retratadas. Entre as novas homenageadas está a professora do Departamento de Engenharia Elétrica da Ufes Maria José Pontes, que possui ampla atuação na área de inovação.
As peças foram criadas por artistas voluntários de várias partes do país, incluindo universitários e membros da comunidade externa. A exposição poderá ser visitada de terça a domingo, das 8 às 17 horas, até 18 de maio.
Mostra itinerante
A exposição Cientistas Brasileiras foi apresentada pela primeira vez em 2023, na Biblioteca Central da Ufes, em comemoração aos 90 anos da arqueóloga Niède Guidon. Em 2024, a mostra ganhou uma nova edição, ampliada, que foi exibida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) de Aracruz.
Categorias relacionadas ExtensãoObservatório da Tuberculose no Espírito Santo inicia ações de conscientização para lembrar dia mundial de combate à doença
Para aumentar a conscientização sobre a tuberculose (TB) e alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a cura da doença, o Observatório da Tuberculose no Espírito Santo (ObservaTB), vinculado ao programa de extensão Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia (LabEpi/Ufes), vai desenvolver diversas atividades ao longo de todo o mês de março, com foco no dia 24, data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose.
As atividades terão início na próxima segunda-feira, dia 10, na Unidade de Saúde de Maruípe (para a população geral) e na Unidade de Saúde de Santo Antônio (capacitação para agentes comunitários de saúde). Estão previstas, ainda, ações nos campi da Ufes em Vitória (Goiabeiras e Maruípe); na praça Costa Pereira, rua Sete e sede do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (Icepi), no centro de Vitória; no Centro de Referência Especializado da Assistência Social para População em Situação de Rua (Centro POP), em Santo Antônio; no Albergue de Migrantes de Vitória, em Mário Cypreste; na feira livre de Jardim da Penha; e no mutirão Vitória com Você, em vários pontos da capital.
As ações de sensibilização do LabEpi acontecem anualmente, buscando levar educação em saúde sobre TB por meio de panfletos, folders e banners que são distribuídos à população capixaba por professores e estudantes de graduação e pós-graduação da Ufes. “Queremos levar informação em saúde baseada em evidências científicas sobre Tuberculose, a fim de conscientizar a população sobre esta doença milenar, curável e com tratamento gratuito pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, explica a coordenadora científica e de extensão do LabEpi e do ObservaTB, Carolina Sales.
ImagemAs ações do LabEpi acontecem em parceria com o Icepi e com a Prefeitura Municipal de Vitória.
Dados
O dia 24 de março foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Dia Mundial de Combate à Tuberculose por remeter à data em que, no ano de 1882, o médico Robert Koch anunciou a descoberta da Mycobacteruim tuberculosis, bactéria causadora da TB (posteriormente conhecida como bacilo de Koch). Esta descoberta deu início às pesquisas para o diagnóstico e a cura da doença.
Segundo dados divulgados pela OMS no ano passado, 10,8 milhões de pessoas ao redor do mundo adoeceram com TB em 2023. Até o momento, o estado do Espírito Santo já registrou 305 novos casos em 2025, dos quais cinco evoluíram para óbito.
Foto: LabEpi
Categorias relacionadas SaúdePrédio do Centro Tecnológico receberá obras para melhoria de infraestrutura e acessibilidade
O reitor Eustáquio de Castro visitou na manhã desta quinta-feira, 6, o prédio CT-III (CT 3), no campus de Goiabeiras, que receberá obras para melhoria de infraestrutura e acessibilidade, especialmente em salas de aula e banheiros. As intervenções, no valor de R$ 2 milhões, serão custeadas com recursos próprios da Universidade. A previsão é que a obra seja finalizada até o fim deste ano.
O prédio tem mais de 50 anos e, antes de ser desocupado para a reforma, abrigava cerca de 400 alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia Mecânica, em 33 salas de aula. O local também acomodava laboratórios de pesquisa, sala de professores e de projetos de extensão. Para a realização da obra, estudantes, professores e técnicos foram realocados em outros prédios do Centro.
“Essa é uma reforma que é demandada há bastante tempo e que é um esforço da Administração Central e da direção do Centro Tecnológico”, enfatizou o reitor.
Participaram da visita o professor do Departamento de Engenharia Civil Lorenzo Luchi, diretor do Centro Tecnológico; o professor do Departamento de Engenharia Mecânica Bruno Loureiro, vice-diretor do CT; o superintendente de Infraestrutura da Ufes, Diego Alves; a diretora de Obras da Superintendência de Infraestrutura (SI), Lorena Jordoni; e a engenheira civil Ana Cláudia Telles, fiscal da obra.
Eficiência energética
ImagemLorenzo Luchi lembrou que a reforma do edifício vem sendo discutida há pelo menos dois anos. “Essa é uma obra muito aguardada por nós aqui. Ela realmente vai impactar o Centro Tecnológico como um todo”, destacou o diretor do CT.
Já o vice-diretor explicou que o projeto de reforma sinaliza a pré-instalação de automação para garantir eficiência energética. A finalização seria feita pela equipe do Departamento de Engenharia Mecânica. "A ideia é que as salas de aula sejam energizadas nos períodos em que ocorrerão as aulas. Então isso propicia uma economia de energia bastante significativa”, disse Bruno Loureiro.
Fotos: Thiago Sobrinho
Categorias relacionadas InstitucionalProjeto da Ufes promove atendimento gratuito a pessoas acometidas por traumas dentários
Crianças, adolescentes e adultos que sofrem com lesões motivadas por impactos na dentição permanente podem buscar acompanhamento odontológico no Instituto de Odontologia da Ufes (Ioufes). O projeto de ensino, pesquisa e extensão Trauma Dental: Prevenir, Intervir e Preservar oferece atendimento gratuito à população acometida por traumatismos dentários sempre às quartas-feiras, das 8h às 12h, no Ambulatório 2 do Ioufes (campus de Maruípe). Não é necessário agendar previamente as consultas.
O trauma dental é uma lesão que acontece no dente e nos tecidos ao redor dele, que pode ser ocasionado por quedas, acidentes, prática de esportes ou casos de violência. Segundo o professor do Departamento de Clínica Odontológica (DCO) Thiago Farias, coordenador do projeto, o trauma dental é considerado um problema de saúde pública mundial devido à sua frequência e seu impacto na qualidade de vida das pessoas. “As lesões dentárias por trauma podem exceder a prevalência de cárie e da doença periodontal na população mais jovem e nenhum indivíduo se encontra em risco zero para o trauma”, pontua.
Tratamento
Os pacientes do projeto são atendidos por estudantes do curso de Odontologia e estagiários, todos supervisionados por professores, visando à capacitação de futuros dentistas que atuarão na área de trauma. O plano de tratamento é individualizado e conta com acompanhamento de longo prazo, uma vez que, de acordo com Farias, as consequências do trauma podem surgir meses após o fato que ocasionou a lesão. “Se não for tratado adequadamente e no tempo correto, o paciente pode perder os dentes que foram traumatizados. Além de danos estéticos, esse trauma acarreta problemas emocionais, visto que muitas crianças e adolescentes ficam com vergonha do seu sorriso”, avalia o professor, que atua há mais de 15 anos na área de traumatismo dentário.
ImagemEle explica que, geralmente, pessoas com lesões dentárias buscam atendimentos em hospitais e, ao serem encaminhadas para consultórios particulares, não têm condições financeiras para reconstruir o sorriso, já que o tratamento custa caro: “Nesse sentido, o projeto se apresenta como opção para atender essa população. Temos uma equipe multidisciplinar de professores, cada um atendendo dentro de sua especialidade, para garantir a devolução do sorriso e da autoestima para esses pacientes”.
Outras informações sobre o projeto Trauma Dental podem ser adquiridas pelo e-mail thiagofrl@hotmail.com.
Capacitação para dentistas
Como forma de captar recursos que serão revertidos para financiamento do projeto, o DCO desenvolve periodicamente cursos de capacitação para dentistas que buscam atualizações sobre as abordagens dos protocolos de atendimento na área de trauma dental. Dois cursos estão com inscrições abertas neste momento: Emergências Endodônticas e Traumatismo dento-alveolar: uma abordagem contemporânea; e Atualização em Endodontia. Os participantes de ambas as turmas terão aulas no Ioufes e as vagas são limitadas.
O treinamento imersivo em Emergências Endodônticas será realizado nos dias 3 e 4 de abril e abordará pontos como diagnóstico, anatomia, cirurgia, medicação e contenção em dentes traumatizados. Já o curso Atualização em Endodontia está com previsão de início para o fim do mês de abril e, ao longo de dez meses (com um encontro mensal), os participantes terão aulas teóricas, laboratoriais e de atendimento clínico.
Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas pelo telefone (27) 99265-9126.
Fotos: Projeto Trauma Dental
Categorias relacionadas Extensão SaúdeCine Metrópolis retorna do feriado com estreia de longa do diretor Bruce LaBruce e programação com filmes nacionais
Após o feriado de Carnaval, o Cine Metrópolis retorna nesta quinta-feira, 6, com a estreia de O Intruso, novo longa do canadense Bruce LaBruce, referência do cinema queer contemporâneo. Inspirado no clássico Teorema, de Pier Paolo Pasolini, o filme de LaBruce utiliza elementos subversivos para criticar as políticas de imigração na Grã-Bretanha.
Premiado no 32° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade em 2024, o diretor canadense é conhecido por explorar temas como sexualidade, identidade e normas sociais em suas obras, marcadas pelo erotismo e por uma estética de influência punk. Alguns de seus filmes mais celebrados são No Skin Off My Ass, de 1991, e The Raspberry Reich, de 2004.
Em O Intruso, LaBruce volta a desafiar as convenções. Na trama, um refugiado surge nu dentro de uma mala no rio Tâmisa. Convidado por membros de uma família de classe alta a viver como funcionário na casa onde residem, ele passa a seduzi-los, um a um, abalando suas certezas. Com cenas de sexo, o filme é indicado apenas para maiores de 18 anos.
Continuação
Em exibição desde o fim de fevereiro, os filmes nacionais Aos Pedaços, de Ruy Guerra, e o documentário Os 80 Gigantes, de Joana Nin, seguem em cartaz até a próxima quarta-feira, 12.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 6 a 12 de março:
O Intruso, de Bruce LaBruce (Reino Unido, 2025)
Um refugiado misterioso surge nu dentro de uma mala às margens do rio Tâmisa, apresentando-se como um enigmático forasteiro. Acolhido por uma tradicional família burguesa de classe alta, ele passa a viver na casa como funcionário. Sua presença, no entanto, desenrola uma série de encontros íntimos e transformadores com cada membro da família, abalando as convenções sociais e emocionais que sustentam suas vidas. Não recomendado para menores de 18 anos.
ImagemOs 80 Gigantes, de Joana Nin (Brasil, 2025)
O documentário acompanha a história da companhia de teatro Cia. dos Ventos, que tenta se reinventar após o seu mundo fantástico, construído em parceria com a comunidade, desmoronar diante de uma grave crise.
Aos Pedaços, de Ruy Guerra (Brasil, 2020)
Eurico vive de viagem entre casas idênticas, uma construída no deserto, outra numa praia tropical. Em cada casa mora uma de suas esposas, Ana e Anna. Nesse labirinto de espaços iguais, ele recebe a perturbadora visita de Eleno.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaPrograma de bolsas de iniciação científica terá edital com vagas exclusivas para pessoas com deficiência, travestis e transexuais
A Câmara de Pesquisa da Ufes aprovou a destinação de recursos para a criação de um edital com bolsas de iniciação científica (IC) exclusivas para pessoas com deficiência (PcD), travestis e transexuais. A previsão é que o edital seja lançado em maio deste ano e disponibilize até 20 bolsas no total.
De acordo com o diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), Sergio Lins, políticas afirmativas para a IC voltadas a esses públicos são demandas que existem dentro da Universidade há alguns anos. “A título de exemplo, em nosso relatório de gestão, notamos que esses grupos estiveram significativamente subrepresentados no Programa Institucional de Iniciação Científica (PIIC) no último ano. Essa decisão representa mais um passo na política de diversidade e inclusão universitária”, destacou.
O diretor explica que a aprovação da destinação dos recursos foi a primeira etapa para que o edital seja lançado e acessado pela comunidade acadêmica: “Agora nossa equipe trabalha na elaboração do edital. A previsão é que o lançamento aconteça em maio, junto do edital do PIIC”.
Novos temas
Atualmente, o valor da bolsa de Iniciação Científica pago aos estudantes de graduação é de R$ 700. Segundo Lins, mais do que um valor material, a disponibilidade dessas bolsas pode trazer novos temas de pesquisa entre os estudantes pesquisadores.
“Com o lançamento deste edital, que é uma ação inicial, pretendemos incluir mais esses grupos no PIIC. Acreditamos que isso possa preparar melhor os estudantes para a pós-graduação, que é um dos objetivos da IC, além de ampliar pesquisas relacionadas a essas questões. Cabe destacar que as bolsas de IC pagas pelo Programa Integrado de Bolsas, com recursos da Ufes, têm alocação preferencial a estudantes pretos, pardos e indígenas, ou que possuam renda familiar mensal de até 1,5 salário mínimo per capita. Além disso, a PRPPG está trabalhando na criação de uma política de ações afirmativas – na IC – mais abrangente”, afirmou Sergio Lins.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas InstitucionalUfes firma acordo de cooperação acadêmica com a Universidade de Ciências Pedagógicas de Cuba
A Ufes e a Universidade de Ciências Pedagógicas Enrique José Varona, de Cuba, assinaram um convênio para a realização de intercâmbio acadêmico-científico que prevê o desenvolvimento de ações de formação inicial e continuada para profissionais da área de Educação e estudantes de graduação, pós-graduação e pós-doutorado da Ufes, e a realização de eventos, projetos de pesquisa e publicações científicas conjuntas, entre outras ações.
O acordo foi assinado pela vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, e pelo vice-reitor da instituição cubana, Raúl Fernández Canals, durante viagem oficial de professores da Ufes realizada a diversas instituições do país, com o objetivo de fortalecer os laços acadêmicos, culturais e educacionais, além de alinhar os preparativos para a realização da 27ª Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba (Conasol), que acontecerá em junho, no campus de Goiabeiras. Além da vice-reitora, participaram da viagem o diretor do Centro de Ensino Norte do Espírito Santo (Ceunes), Luiz Favero, e o professor do Departamento de Comunicação Alexandre Curtis, que integram a comissão organizadora do evento.
“Um outro protocolo de intenções está em andamento, a ser firmado entre a Ufes e a Universidade Agrária de Havana. Também fortalecemos a parceria já existente com a Universidade de Havana, com cujo centro de formação de professores do ensino superior pretendemos viabilizar um convênio para intercâmbios de estudantes e docentes e realização de trabalhos conjuntos direcionados à formação do docente do ensino superior e à avaliação do ensino a distância”, afirma Sonia Lopes.
ImagemA Universidade Agrária de Havana (UNAH) é uma instituição com projeção internacional e referência para o setor agrário de Cuba, voltada ao desenvolvimento científico e tecnológico aliado à formação integral e humana. Já a Universidade de Havana (UH) é a principal instituição de ensino superior de Cuba e uma das mais antigas da América Latina, com quase 300 anos de existência, sendo referência em diversas áreas do conhecimento, como Ciências Sociais, Medicina, Direito e Ciências Exatas.
Preparativos
Além das universidades, a comitiva da Ufes também visitou o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap), a Federação das Mulheres Cubanas, a Sociedade Cultural José Martí, e a Casa das Américas. Todas as instituições contribuirão com a Conasol, que este ano será realizado no campus de Goiabeiras nos dias 19, 20 e 21 de junho.
ImagemA Convenção será um espaço de debate e encaminhamento de ações concretas para o fortalecimento do movimento brasileiro de solidariedade com Cuba, com a proposta de ampliar a participação de diferentes setores da sociedade e movimentos sociais, diante do bloqueio econômico imposto a Cuba. A Conasol antecede o evento da Rede Latino-americana e Caribenha de Solidariedade a Cuba e às Causas Justas, que acontecerá em outubro, no México.
A programação da Conasol contará com diversas atividades acadêmicas e culturais, além da presença de autoridades e líderes de movimentos sociais. A expectativa da organização é que cerca de 700 pessoas participem do evento por dia. Confira a programação prévia no site da Convenção.
O evento é organizado pela Ufes em parceria com o Movimento Capixaba de Solidariedade a Cuba e o Instituto Agir para o Desenvolvimento e Cidadania.
Categorias relacionadas InstitucionalEspecialista do Hucam-Ufes orienta sobre prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Carnaval
"Fevereiro: alegria e muita festa todo dia". Quem nunca se pegou cantando esses versos da cantora Ivete Sangalo enquanto se preparava para a maratona de folia? O Carnaval é sinônimo de diversão, paquera e descontração. No entanto, é importante cuidar da saúde, especialmente em um evento que reúne milhões de pessoas no Brasil. A médica infectologista do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes) Tânia Motta faz um alerta: “O Carnaval, um período de descontração, de improviso, é uma época de maior risco de transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como gonorreia, sífilis, hepatite B, hepatite C, HIV ou HPV”.
Mas a infectologista destaca que é possível se precaver. “As medidas de prevenção são os preservativos. Sempre usar preservativo, feminino ou masculino. O preservativo protege contra a grande maioria dos casos”, afirma Motta, lembrando que é possível obter preservativos gratuitamente em qualquer posto de saúde.
No caso do HIV, ela explica que há a chamada Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), com medicamentos, "mas que precisa começar de 7 a 10 dias antes do contato sexual", e existe também a profilaxia pós-exposição (PEP), também com medicamentos, "que deve ser feita o mais rápido possível, idealmente em até 12 horas após o contato". As medicações para as duas profilaxias são oferecidas pelo SUS. Saiba mais no site do Ministério da Saúde.
“No Carnaval, planejamos muito, uma viagem, uma festa... mas às vezes não pensamos no básico para prevenir doenças, inclusive algumas que não têm cura, como HIV, HPV ou Hepatite B. Então você pode se prevenir com alguns cuidados, como o uso de preservativos”, completa Tânia Motta.
Dia de Conscientização sobre o HPV
O dia 4 de março, que neste ano cai na terça-feira de Carnaval, foi adotado como Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV, seu tratamento e, principalmente, sua prevenção. O HPV (sigla em inglês para Papiloma Vírus Humano) é a principal causa de câncer de colo uterino, mas também provoca outras doenças, tanto em mulheres quanto em homens. “Para o HPV, existe uma vacina bastante eficiente, que reduz em quase 100% a ocorrência de casos, e está disponível no SUS”, lembra a infectologista.
A vacina deve ser aplicada em meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade. Dentre outras formas de prevenção, está o uso correto de preservativos.
O Hucam-Ufes integra a Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
Nota de pesar: falecimento do estudante Raphael Ilario da Silva
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento do estudante de mestrado em Políticas Sociais Raphael Ilario da Silva, ocorrido nesta quarta-feira, 26.
O sepultamento será realizado nesta quinta-feira, 27, às 17 horas, no cemitério Jardim da Paz, localizado no município da Serra, onde acontece o velório.
Em nome de toda a comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos do estudante.
Reginaldo Sobrinho e Silvana Ventorim são reconduzidos ao cargo de diretores do Centro de Educação
Em cerimônia realizada no auditório do prédio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), foram empossados nos cargos de diretor e vice-diretora do Centro de Educação (CE), respectivamente, os professores Reginaldo Célio Sobrinho e Silvana Ventorim, para mandato durante o quadriênio 2025-2029. A pesquisa eleitoral que elegeu os diretores foi realizada no dia 17 de dezembro de 2024 e confirmada pelo Conselho Departamental no dia 23 de dezembro.
A solenidade, realizada na noite da última terça-feira, 25, contou com a presença do reitor Eustáquio de Castro e da vice-reitora Sonia Lopes, além de gestores da Ufes, servidores docentes e técnico-administrativos, pesquisadores, estudantes e demais convidados. A cerimônia também foi transmitida pelo canal do Centro de Ensino no Youtube.
O reitor Eustáquio de Castro ressaltou o papel estratégico do Centro de Educação na formação de profissionais que contribuirão para o desenvolvimento social e cultural do Estado e do País. “Acreditamos que, sob a liderança de vocês, o centro continuará a seguir um caminho de sucesso, marcado por conquistas e inovações que certamente beneficiarão não apenas a comunidade acadêmica, mas toda a sociedade capixaba e brasileira. A força, a energia e o compromisso que vocês trazem para essa gestão está na capacidade de unir pessoas, dialogar com a comunidade e promover o crescimento Institucional, valores essenciais para o êxito de qualquer gestão”, destacou. “Contem com a Administração Central no que for necessário. Estaremos juntos, compartilhando o mesmo ideal de fortalecer a Universidade”, concluiu.
Já a vice-reitora Sonia Lopes pontuou que a recondução dos professores Reginaldo Sobrinho e Silvana Ventorim à direção do Centro é um reconhecimento do trabalho que ambos vêm realizando nos últimos anos: “Sabemos que gerir um centro acadêmico é uma tarefa desafiadora, ainda mais em contexto de constantes mudanças e desafios para a educação pública. A atuação de vocês tem sido marcada pelo diálogo, pelo compromisso com a qualidade da formação de professores e pela defesa intransigente da universidade pública, gratuita, inclusiva e socialmente referenciada”.
Gestão democrática
O diretor empossado, Reginaldo Sobrinho, defendeu que a implementação do Plano de Gestão para o quadriênio vigente não pode ser feita de maneira isolada pelos dirigentes, por se tratar de uma busca coletiva pela construção de propostas e pela execução de ações que respondam às demandas do Centro de Educação. “O plano de gestão tem como propósito instituir o CE como locus de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, por meio de uma gestão democrática e participativa, pautada na solidariedade, autonomia, pluralidade, sustentabilidade social e ambiental e indissociabilidade das dimensões políticas, administrativas e pedagógicas”, disse.
ImagemSobrinho ressaltou ainda que os avanços que a Universidade vêm alcançando ao longo da sua história não seriam possíveis sem a participação dos docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos. “Convido, assim, os três segmentos para o fortalecimento dos nossos espaços coletivos de discussão e de deliberação, consolidando a compreensão de que a Instituição e seus objetivos, ressignificados cotidianamente, são maiores e estão acima de cada um de nós”, destacou.
A professora Silvana Ventorim, vice-reitora empossada, reconheceu a importância da consulta eleitoral à comunidade acadêmica para a escolha dos dirigentes: “Agradecemos a confiança em nos escolherem, agradecemos cada voto, cada aposta, e reafirmamos nossa disposição para a construção da cultura da paz e do bem comum no CE, para impedir que prospere o carreirismo antidemocrático e o autoritarismo”.
Ela destacou ainda a importância do trabalho e da contribuição dos gestores que os antecederam para a institucionalização do Centro de Educação: “Herdamos de muitas experiências a possibilidade inquestionável de dar prosseguimento ao modo horizontal, diretivo, franco, responsável, isonômico e transparente de fazer a gestão pública. Mobilizaremos nossos esforços permanentes para acolher, impulsionar e implementar ações que ampliem o CE como instância pública comprometida com a ética, promotora das condições dignas de vida humana, fundada na liberdade e no respeito à diversidade, para se constituir como espaço de inclusão”.
A cerimônia contou com uma apresentação musical dos professores do Centro José Américo Cararo, acompanhados pelo violonista Bruce, abrindo a solenidade; e Gean Pierre Campos, acompanhado por Juan Alende, no encerramento.
Fotos: Carolina Rabelo e Thereza Marinho
Categorias relacionadas InstitucionalGestores da Ufes apresentam planejamento de ações para o ano de 2025
Gestores de unidades administrativas da Ufes participaram nesta terça-feira, 25, de uma reunião para apresentação dos planejamentos dos setores para o ano 2025. Realizado no auditório do LabPetro, no campus de Goiabeiras, o encontro reuniu durante todo o dia pró-reitores, superintendentes, secretários e diretores.
Na ocasião, a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade também apresentou a conclusão dos trabalhos do Censo Estudantil para as Ações Afirmativas, realizado com o objetivo de apurar dados sobre a diversidade de estudantes de graduação da Universidade e contribuir para o monitoramento, qualificação e fortalecimento das políticas de acesso e permanência estudantil.
Para o reitor Eustáquio de Castro, que abriu a reunião juntamente com a vice-reitora Sonia Lopes, o momento é importante principalmente por proporcionar aos gestores uma visão ampliada da administração da Ufes. “Isso permite uma interação entre as diversas estruturas. Porque a visão macro dos processos normalmente quem tem é o gabinete, o reitor e a vice-reitora. Esse modelo que adotamos permite uma interação maior entre as estruturas da Universidade, e esse conhecimento transversal permite que as pessoas planejem melhor suas ações, vendo que há atividades que são correlacionadas e podem ser feitas em conjunto”, afirmou.
O reitor destacou a inovação na forma de conduzir as reuniões de planejamento: “Nunca houve essas reuniões de planejamento da forma como estão sendo feitas agora, de modo que sejam envolvidas todas as estruturas em um único projeto de planejamento. Apesar da fragmentação das propostas apresentadas aqui, no final elas vão compor um documento único, a partir do qual vamos desenhar a gestão que queremos para os próximos anos”.
Castro disse ainda que os dados apresentados vão gerar informações que serão lançadas em um sistema, o que vai permitir que toda a gestão e a sociedade acompanhem o que a Universidade está fazendo.
Ao final da reunião, a vice-reitora reafirmou que o planejamento é importante para que a gestão não perca de vista seu objetivo. “É um exercício que temos que fazer de tempos em tempos e acompanhar o processo. Não podemos perder de vista qual é o nosso objetivo e temos que realizar as ações de forma coletiva”.
Fotos: Thereza Marinho
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