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Consciência Negra: engenheiro agrícola, Edney Vitória pesquisa o uso de drones na aplicação de defensivos e fertilizantes
Dando continuidade à série especial de reportagens que conta a trajetória e as pesquisas de professores negros da Universidade, em comemoração ao mês da Consciência Negra e em memória de Zumbi dos Palmares, o portal da Ufes apresenta o professor Edney Vitória. Engenheiro agrícola com doutorado na mesma área, ele tem como linha de pesquisa a mecanização agrícola, com ênfase em tecnologia de aplicação de defensivos e fertilizantes agrícolas por meio de aeronaves remotamente pilotadas (ARPs), popularmente conhecidas como drones.
Vitória é lotado no Centro Universitário Norte do Espírito Santos (Ceunes), no campus de São Mateus, onde a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) contabiliza 196 docentes. Dos 116 homens, 36 (31%) se autodeclaram negros.
O professor coordena o Núcleo de Estudos em Tecnologia de Aplicação Aérea por Meio de Aeronave Remotamente Pilotada (Nutarp), criado em 2020 como extensão do Laboratório de Mecanização e Defensivos Agrícolas (LMDA). Dentre os objetivos do LMDA está o desenvolvimento de pesquisas e atividades de ensino e extensão em tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes por meio de drones. “Desde que as ARPs pulverizadoras foram introduzidas no Brasil, uma série de questões ainda não foram totalmente investigadas. São questões que envolvem, por exemplo, taxa, faixa, rota e velocidade de aplicação, tamanho de gota, rendimento, custos operacionais, condições meteorológicas e riscos de deriva”, avalia.
Vitória também é pesquisador do Grupo de Pesquisa em Cafeicultura, no qual desenvolve técnicas para minimizar os impactos ao meio ambiente e para o homem na aplicação de defensivos agrícolas, por meio da utilização de ferramentas de inteligência artificial e tecnologia de drones.
Sonho
A vida acadêmica do professor teve início na antiga Escola Técnica do Espírito Santo (atual Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes), onde realizou o curso técnico de Estradas. Meses depois, cursou Engenharia Agrícola na Universidade Federal de Viçosa (UFV), tornando-se o primeiro da família a fazer um curso superior. “Meus pais me alertaram, pois não teriam condições financeiras de me manter em Viçosa, mas era meu sonho. Consegui ficar no alojamento estudantil, trabalhei no Restaurante Universitário para pagar as refeições e passei a dar aulas particulares de matemática e física para ter uma renda extra”, conta.
No terceiro período da graduação, conseguiu uma bolsa de iniciação científica: “Foi aí que decidi que o que queria da vida era ser professor, e ‘mirei’ na construção de um currículo para fazer mestrado e doutorado. Todo o esforço valeu a pena”. Professor universitário há 24 anos (14 deles na Ufes), Vitória ministra aulas no curso de graduação em Agronomia, no Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical (PPGat) e no recém aprovado Programa de Pós-Graduação em Ciências da Natureza, oferecendo as disciplinas Motores e máquinas agrícolas; Construções rurais; Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas; Redes neurais aplicadas à agricultura; Metodologia científica; e Agricultura e sustentabilidade digital.
Ele acredita que ser um professor universitário negro no Brasil significa enfrentar um contexto de desigualdade racial persistente. “A representatividade ainda é limitada e, embora a educação superior tenha se tornado mais acessível, o racismo estrutural se reflete nas relações acadêmicas e no mercado de trabalho”, avalia ele, que é o atual coordenador do curso de bacharelado em Engenharia Agronômica e coordenou o PPGat entre 2018 e 2023.
O professor diz não enfrentar desafios relacionados à cor da pele na Ufes, mas, por atuar na área do agronegócio, “em que os grandes proprietários de terra são de famílias brancas”, sente o que ele chama de racismo velado. “Visito muitas grandes propriedades rurais e vejo a realidade: os donos brancos têm ao seu dispor pretos e pardos para fazer o serviço braçal. O que há de diferente da época da escravidão? Uma certa liberdade, remuneração baixa e relações de trabalho menos restritivas”, reflete.
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Categorias relacionadas InstitucionalOuvidoria da Ufes lança Guia Descomplicado para Denúncias de Assédio
A Ouvidoria da Ufes está lançando o Guia Descomplicado para Denúncias de Assédio, desenvolvido para orientar a comunidade acadêmica sobre o registro seguro e simplificado de denúncias de assédio. O lançamento faz parte de uma campanha educativa voltada para a prevenção ao assédio moral e sexual, incentivando a comunidade a reconhecer, prevenir e denunciar condutas abusivas. Clique aqui para conhecer o guia.
Para marcar o lançamento, foi realizada no dia 8 de novembro uma palestra on-line para professores, técnicos e estudantes do Centro Tecnológico (CT), ministrada pelo ouvidor da Universidade, Éder Carlos Moreira. Durante o evento, ele explicou o funcionamento da Plataforma Fala.BR — o canal único para o recebimento de manifestações de ouvidoria no âmbito da Ufes. Desenvolvida pela Controladoria-Geral da União (CGU), a plataforma permite o envio de denúncias e comunicações com segurança e confidencialidade, possibilitando que essas manifestações sejam registradas de forma anônima ou identificada e assegurando a proteção dos denunciantes.
“Também orientamos sobre a importância dos detalhes na denúncia, incluindo a descrição de incidentes com datas, locais e testemunhas, sempre que possível, para apoiar o processo de investigação”, explicou o ouvidor.
Ele destacou que a campanha demonstra o compromisso da Ouvidoria em combater o assédio moral e sexual e promover um ambiente universitário seguro, respeitoso e livre de assédio. Éder Moreira afirmou ainda que outras palestras já estão programadas: "Temos agendadas palestras para a comunidade dos centros de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS) e de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE), no campus de Alegre, bem como dos centros de Artes (CAr) e de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), no campus de Goiabeiras. Gestores de outros centros ou unidades da Ufes podem podem entrar em contato conosco para agendar palestras para suas equipes. A campanha de prevenção ao assédio moral e sexual é uma importante tarefa da Ouvidoria e deve alcançar toda a comunidade acadêmica”, concluiu.
As palestras podem ser agendadas por este e-mail.
Categorias relacionadas InstitucionalArtigo sobre Midiateca Capixaba conquista prêmio de melhor trabalho em encontro nacional de Ciência da Informação
Professores e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Ufes e da Universidade de Brasília (UnB) conquistaram um importante prêmio nacional na área de Ciência da Informação com o artigo intitulado Plataforma de agregação Midiateca Capixaba: projeto cultura digital nas instituições de memória do Espírito Santo. O artigo foi contemplado com o primeiro lugar na categoria melhor trabalho completo do GT8 - Informação e Tecnologia no XXIV Encontro Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação (24º Enancib), principal evento científico da área, realizado este mês no campus de Goiabeiras da Ufes.
O artigo, desenvolvido por Daniela Lemos (PPGCI/Ufes), Dalton Martins (PPGCIN/UnB) e Dirceu Macedo (Laboratório de Ciência da Informação, Dados e Tecnologia/Ufes) é o resultado de pesquisas realizadas em parceria entre a Ufes, a UnB e a Secretaria de Estado da Cultura (Secult/ES), desde o ano de 2021. O projeto envolve a construção de bases de dados com qualidade em repositórios digitais das instituições provedoras de dados endereçados à plataforma digital Midiateca Capixaba.
“As instituições provedoras do patrimônio cultural têm buscado cada vez mais recursos para disponibilizar suas fontes de informação em rede para acesso e consumo de dados. Logo, a pesquisa vencedora apresenta a trajetória do projeto Midiateca Capixaba, incluindo principais conceitos e aspectos teórico-metodológicos que sustentaram frentes de pesquisa centrais na disponibilização de informações históricas, culturais e científicas à sociedade”, destacaram os organizadores do encontro.
A Midiateca possui atualmente em torno de cinco mil itens que compõem as coleções digitais das instituições culturais envolvidas – Biblioteca Pública do Estado, Arquivo Público do Estado, Museu de Arte, Galeria Homero Massena, Museu do Colono, Orquestra Sinfônica, Palácio Anchieta, Conselho Estadual de Cultura, Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura) e Rádio/TV do Estado –, proporcionando facilidade de acesso público a conteúdos históricos e culturais sob sua guarda. O projeto foi composto por pesquisadores dos laboratórios de Inteligência de Redes, da UnB, e de Ciência da Informação, Dados e Tecnologia, da Ufes.
ImagemProdutos e serviços
O Laboratório de Ciência da Informação, Dados e Tecnologia (Cidat Lab) foi implementado em agosto deste ano a partir de uma parceria firmada entre a Ufes o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), visando o estímulo à pesquisa e o desenvolvimento de produtos e serviços de informação úteis à sociedade. Ele está localizado no Anexo II do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e é formado por professores, estudantes e egressos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/Ufes) e dos cursos de graduação em Biblioteconomia e Arquivologia, que desenvolvem pesquisas envolvendo informação, dados e tecnologia.
“Os projetos vêm oportunizando alunos ingressos e egressos a aperfeiçoarem seus conhecimentos em tecnologias de repositórios digitais, organização e tratamento documental no âmbito do patrimônio cultural”, afirma a professora Daniela Lemos, coordenadora do Cidat Lab.
Ela disse ainda que o trabalho desenvolvido no laboratório abre portas para a realização de pesquisas de iniciação científica e mestrado acadêmico e para participações e publicações de trabalhos em eventos científicos e revistas qualificadas, além de garantir o acesso a bolsas de pesquisa, entre outras oportunidades de aprendizado.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaDocumentário registra e celebra os 70 anos do curso de História da Ufes
Assim como a Ufes, o curso de graduação em História da Universidade também está completando 70 anos de existência. Homenagear aqueles que contribuíram para a construção do curso, cuja trajetória caminha junto à da Universidade, é a premissa do recém-lançado documentário Entre o Ontem, o Hoje e o Amanhã: 70 anos de História na Ufes, produzido pelos estudantes Vinícius Borges e Lucas Spelta em parceria com a Associação Nacional de História (Anpuh/ES).
O documentário (disponível neste link) rememora as sete décadas de história do curso a partir de entrevistas com professores, ex-professores e ex-alunos. Ao todo, 26 pessoas foram entrevistadas durante os dois meses de produção.
Ao longo de pouco mais de 30 minutos de duração, o documentário dá voz a ex-professores do Departamento como Léa Brígida Rocha de Alvarenga e Regina Hess Carvalho, e ex-alunos, como Fernando Achiamé. Também celebra a memória e a contribuição daqueles que já se foram, como Renato Pacheco, Cleber Maciel, Sônia Demoner, Mintaha Alcuri e Luiz Guilherme dos Santos Neves.
Para Vinicius Borges, a produção vai além da homenagem aos profissionais que se dedicaram a construir o curso na Universidade. “É também uma forma de mostrar aos novos estudantes que forem entrar na graduação que não estão entrando em qualquer curso e em qualquer universidade, mas sim no curso de História da Universidade Federal do Espírito Santo”, ressalta o estudante do 8º período.
Construção da memória
A professora do Departamento de História e vice-presidente da Anpuh/ES, Camila Grejo, destaca a importância do curso na construção da memória e das pesquisas sobre o Espírito Santo. “Se hoje há uma produção sobre a história local, desde o período colonial até o presente, isso se deve à criação do curso de graduação em História da Ufes e também ao curso de pós-graduação em História (PPGHIS), que fomentou as pesquisas nessa área”, destaca.
Ainda de acordo com Grejo, o contato com a produção a fez compreender ainda mais a importância da criação do curso. “Como uma professora que veio de São Paulo, achei interessantíssimo conhecer os meandros que levaram à formação do curso em que hoje tenho o privilégio de lecionar. Isso reforçou ainda mais sua importância em tempos de negacionismo e ataques à universidade pública”, enfatizou.
Borges deseja que a produção inspire outros estudantes da Universidade a também produzir narrativas sobre as histórias de seus cursos. “Espero que, além de tudo, este documentário sirva de inspiração para outros cursos, para que também possam contar as suas histórias”, almeja.
Categorias relacionadas InstitucionalHucam/Ufes promove o I Congresso de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação. Inscrições abertas
O Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam/Ufes) realiza, nos dias 28 e 29 de novembro, o I Congresso de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Conpei). O evento terá como tema A integração como estratégia para a excelência na assistência à saúde e vai abordar temas atualizados e de grande relevância para a formação de profissionais da saúde, contando com a participação de palestrantes que são referência em nível nacional. O congresso, cuja programação pode ser acessada neste link, vai acontecer no auditório do Complexo Ambulatorial Multirreferenciado do Hospital.
O I Conpei abordará inovações e pesquisas científicas que estão sendo utilizadas como ferramentas para a assistência qualificada à população. Além das palestras, a programação inclui workshops focados em ensino, pesquisa e inovação nas linhas de cuidado da assistência.
Pessoas interessadas em registrar trabalhos para concorrer ao prêmio devem enviar seus resumos em português até sexta-feira, 15 de novembro. Cada trabalho pode ter de um a sete coautores, mas apenas um certificado será emitido por apresentação. Os trabalhos de extensão, inovação e pesquisa que obtiverem notas mais elevadas serão convidados para participar do processo de Comunicação Oral e concorrerão à Premiação de Melhor Trabalho. Acesse aqui a página do evento para mais informações.
O Hucam/Ufes, integrante da Rede Ebserh, recebe mais de mil alunos de graduação e pós-graduação, e oferece 28 programas de residência médica, além de um programa de residência multiprofissional, totalizando 230 residentes. A instituição também apoia diversos mestrandos e doutorandos dos programas de pós-graduação da Ufes.
Na área assistencial, o hospital disponibiliza 244 leitos hospitalares, realizando quase dez mil internações, 9.100 cirurgias, 300 mil consultas e 943.700 exames por ano. Os atendimentos contribuem para a qualificação do ensino, pesquisa, inovação e extensão. Atualmente, o Hucam/Ufes conta com 286 projetos de pesquisa cadastrados, assegurando a geração de conhecimento e inovação enquanto forma e assiste a população.
Categorias relacionadas SaúdeMostra de Profissões da Ufes aproxima comunidade escolar dos espaços universitários
A Mostra de Profissões é sempre um acontecimento. O evento, que movimenta os espaços universitários anualmente e integra a programação da Semana do Conhecimento, atrai centenas de estudantes dos níveis fundamental, médio e técnico, das redes pública e particular, que visitam os campi da Ufes para conhecer as ofertas de graduação. Toda a programação é gratuita e aberta à comunidade.
Mais de cem graduações integram a edição da Mostra de Profissões desse ano. A pró-reitora de Graduação da Ufes, Regina Godinho, destaca o caráter de democratização do evento, que incentiva o acesso ao ensino superior ao apresentar as diversas opções de cursos e oportunidades oferecidas pela Universidade. Ela pondera que assim é possível contribuir para a redução das desigualdades sociais.
“Uma população mais qualificada, formada por profissionais de diversas áreas, é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país. Além disso, a Universidade estreita seus laços com a comunidade escolar e com a sociedade em geral, contribuindo para o desenvolvimento local. Em suma, a Mostra de Profissões é um evento que transcende a esfera individual, impactando positivamente a sociedade como um todo”, detalha a pró-reitora.
Nos campi de Goiabeiras e Maruípe, a Mostra começou na terça-feira, 12, e segue até esta quarta, 13.
ImagemOrientação profissional
O estudante João Gabriel, de 17 anos, visita a Mostra de Profissões pela terceira vez e explica por que gosta de participar. “Para aqueles que ainda estão muito indecisos, eu acho que é legal, pois conseguem eliminar alguns cursos que não fazem sentido para eles. E para quem já está decidido, consegue conhecer o curso na prática e as pessoas que já estão cursando”, destaca ele, que é aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Teófilo Paulino, do município de Domingos Martins.
Foi nesse último ano que João Gabriel escolheu a graduação que deseja cursar: Ciências Econômicas. Segundo o estudante, o seu processo de discernimento entre os cursos se deu ao reconhecer as áreas de conhecimento com as quais ele tem maior afinidade. “Eu gosto muito de mercado financeiro, de finanças pessoais, de macroeconomia, e isso me interessou bastante”, declara.
Democratização
Já Ana Luisa Ferreira, de 15 anos, é estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Teotônio Brandão Vilela, em Cariacica, e sonha em cursar Administração e Direito. Ela conheceu os espaços da Ufes pela primeira vez e diz ter se surpreendido com o tamanho do campus de Goiabeiras. Para Ana, que participou da oficina de ginástica ofertada pelo Núcleo de Pesquisa em Ginástica da Ufes, a Mostra é uma grande oportunidade para interagir gratuitamente com graduações diversas.
As estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Pinto Coelho, do município de Santa Teresa, Thaís Barth e Thayná Paulo, desejam cursar Biomedicina e Odontologia. Elas elogiaram o acolhimento e a recepção aos visitantes e as atividades promovidas. “Eu acho muito interessante essa ideia de abrirem as portas para nós e nos dar a possibilidade de conhecer outros cursos e o que é ensinado aqui dentro”, afirma Thaís, de 18 anos.
Programação
A Mostra de Profissões ocorre nos quatro campi da Ufes. No campus de Alegre será realizada no dia 21 de novembro. Já em São Mateus, acontecerá nos dias 26 e 27 de novembro.
Fotos: Mariana Simões e Ghenis Carlos Silva
Categorias relacionadas InstitucionalVencedores em festivais, ficção experimental e drama brasileiros estreiam no Cine Metrópolis nesta quinta-feira, 14
O Cine Metrópolis renova sua programação nesta quinta-feira, 14, com duas estreias vencedoras em festivais internacionais. Dirigido por Pedro Freire, o drama Malu chega como grande destaque do Festival do Rio, onde levou os prêmios de Melhor Longa de Ficção, Roteiro, Atriz e Atriz Coadjuvante. Já o experimental Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo, recebeu prêmios em mostras nacionais e estrangeiras, incluindo o Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio e Melhor Filme do Júri no IndieLisboa.
Primeiro longa de Pedro Freire, Malu é livremente inspirado na vida da atriz Malu Rocha, mãe do diretor. O filme acompanha as dinâmicas familiares que giram em torno de Malu, uma atriz com um passado importante no teatro, mas que vive em crise desde que a carreira chegou ao ostracismo. Ela mora em uma casa com a mãe, Lili, uma mulher conservadora, e a relação entre elas entra em xeque quando a filha de Malu volta de uma viagem do exterior para visitá-las.
Maputo Nakuzandza – que em português significa “Maputo, eu te amo” – também é o longa-metragem de estreia de Ariadine Zampaulo. Natural do interior de São Paulo, a diretora faz no filme uma espécie de crônica de um dia comum na capital de Moçambique, onde viveu por seis meses durante um intercâmbio. Diferente das formas tradicionais de se contar uma história, a obra de Zampaulo parte de fragmentos narrativos das vivências em Maputo, sem se aprofundar na vida dos personagens.
Continuação
Segue em cartaz, até a próxima quarta-feira, 20, o filme Longe do Paraíso, de Orlando Senna. Autor do clássico Iracema - Uma Transa Amazônica, dirigido ao lado de Jorge Bodanzky, Senna aborda na nova obra um conflito entre dois irmãos, Bel e Kim, tendo como pano de fundo a questão agrária.
Os ingressos para as sessões podem ser adquiridos pelo site Le Billet ou na bilheteria do cinema.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 14 a 20 de novembro:
Malu, de Pedro Freire (Brasil, 2024)
Malu, uma mulher de meia idade com um passado glorioso, se vê presa em um caos existencial. A complexa relação com sua mãe conservadora e sua filha adulta torna a crise ainda mais aguda, em meio a momentos de carinho e alegria entre as três. Um retrato de uma mulher em busca da melhor versão de si mesma.
ImagemMaputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo (Brasil, 2022)
Num formato experimental, o longa apresenta o dia a dia na capital de Moçambique. Os jovens saem das casas noturnas e, nos quintais, as mulheres começam o dia. Cinco histórias que se desenvolvem paralelamente: um homem correndo pela cidade, uma mulher chegando de viagem, um turista passeando, um homem no transporte público e a rádio anunciando o desaparecimento de uma noiva.
Longe do Paraíso, de Orlando Senna (Brasil, 2020)
O pistoleiro Kim, que tem medo de morrer, comete um erro grave e será executado pela organização criminosa para a qual trabalha. A organização decide encomendar-lhe outro serviço; se o fizer bem feito, escapará do castigo. Para isso, deve assassinar a líder camponesa Bel, sua irmã. Kim se vê diante de um trágico dilema: matar a única pessoa que ele realmente ama ou ser morto pela organização criminosa.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaTrabalhos da Ufes são destaque em evento mundial de tecnologia cosmética
Dois trabalhos científicos realizados nos cursos de Farmácia da Ufes foram destaque durante o 34º Congresso da IFSCC (sigla em inglês para Federação Internacional das Sociedades de Químicos Cosméticos), realizado pela primeira vez no Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.
A participação das professoras Cristiane Giuberti e Mariana Pinheiro (campus de Maruípe) e Fabiana Vieira Lima (campus de São Mateus) no congresso foi um prêmio conquistado na Chamada Científica Natura e IFSCC 2024, que selecionou 20 pesquisadores de todo o país com linhas de pesquisa em cosméticos. Além das professoras, também participaram do evento as estudantes Maria Eduarda Adorno, representando a Liga de Cosmetologia (Lacos) do campus de São Mateus, e Raissa Vassoler, representando o Laboratório de Desenvolvimento Farmacotécnico e Análise Farmacêutica (LDFAF) do campus de Maruípe.
No congresso, os trabalhos da Ufes apresentados foram Avaliação in vivo do desempenho antiinflamatório dos filtros UV orgânicos benzofenona-3 e butil metoxidibenzoilmetano por fluxometria laser doppler, conduzido por Fabiana Vieira Lima; e Óleo de semente de graviola (Annona muricata L.): caracterização de ingrediente emoliente para cosméticos, apresentado pela estudante Raissa Vassoler, que realiza o estudo sob orientação da professora Cristiane Giuberti e em parceria com os professores Ricardo Kuster, do Departamento de Química da Universidade, e Guilherme Tavares, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), além da pesquisadora Natalia da Silva (UFJF).
Imagem"A participação dos docentes e discentes em um evento tão relevante na área da pesquisa de cosméticos vai ao encontro da necessidade de constante atualização e da divulgação de trabalhos científicos realizados na Ufes. O Congresso da IFSCC foi realizado pela primeira vez no Brasil, sendo uma oportunidade única”, disse a professora Mariana Pinheiro, destacando o interesse do Programa Natura Campus pelas pesquisas desenvolvidas na Ufes. “Foi uma grande oportunidade para encontrar pesquisadores do Brasil e do mundo, além de conhecer as tendências na pesquisa na área cosmética", afirmou.
Sobre a IFSCC
A IFSCC é uma federação mundial dedicada à cooperação internacional em ciência e tecnologia cosmética, distribuída em 81 países e 51 sociedades. Anualmente, a Federação promove o Congresso da IFSCC, realizado em várias partes do mundo, para discutir a cosmetologia sob uma abordagem global, reunindo pessoas interessadas na ciência por trás dos produtos de beleza e cosméticos.
Espaço Empreendedor abre suas portas e apresenta projetos desenvolvidos por startups
O Espaço Empreendedor da Ufes abriu as portas para a comunidade externa nesta terça-feira, 12, como parte da programação da Semana do Conhecimento. Até o meio da tarde, já haviam passado pelo local estudantes dos municípios de Conceição do Castelo, Ibiraçu, Cariacica, Guarapari e Vitória. Os grupos puderam conhecer os trabalhos de algumas das 14 startups incubadas na Universidade.
Vinculado à Diretoria de Inovação e Tecnologia (DIT), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da Ufes, o Espaço Empreendedor tem por missão viabilizar a criação de negócios de base científica e tecnológica, dando oportunidade para ideias inovadoras surgidas dentro da Universidade e que possam contribuir para o desenvolvimento regional.
Dentre os projetos apresentados que chamaram a atenção dos estudantes estavam o carro e o caminhão autônomos, cujos sistemas foram desenvolvidos pela Lume Robotics, uma startup fundada em 2019 por pesquisadores participantes do Projeto Iara (Intelligent Autonomous Robotic Automobile) do Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) da Ufes, iniciado em 2009. Os veículos são capazes de trafegar sem a presença de motorista, a partir de um sistema que cria mapas e rotas de uma região. Sensores instalados detectam a presença de obstáculos, faixas de pedestres, semáforos e outros elementos do trânsito, permitindo que o veículo alcance o destino predefinido.
Outra startup que expôs sua criação foi a Symbios Tecnologias Assistivas, nascida no Laboratório de Robótica e Biomecânica do Departamento de Engenharia Mecânica da Ufes. O produto desenvolvido é uma órtese robótica de membro superior movida por cabos de aço para reabilitação neuromotora. O equipamento auxilia o paciente a fazer movimentos no cotovelo, no antebraço e nas mãos. O sistema tem um computador acoplado que dita os movimentos para o exoesqueleto.
Imagem“Achei muito interessante a proposta de colocar o conhecimento em prática [no Espaço Empreendedor], contribuindo com soluções para a sociedade”, afirmou o estudante Caio Zouain (na foto, segurando órtese robótica), do terceiro ano do Ensino Médio da escola Maxime Centro Educacional, de Guarapari. Junto aos colegas, ele ouvia atentamente as apresentações.
Outros projetos
A exposição dos projetos no Espaço Empreendedor continua nesta quarta-feira, 13. Quem passar pelo local poderá conferir como funciona o retardante de chamas da startup B-612 Soluções Sustentáveis, mais eficiente e ambientalmente sustentável que os disponíveis no mercado; o trabalho de mobilidade para pessoa idosa desenvolvido pela MoveAge; e a produção de animais marinhos exóticos da startup Hippocampus. Também estão em exposição no Espaço Empreendedor os pôsteres de projetos do Programa Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).
Além da apresentação durante a Semana do Conhecimento, pessoas interessadas podem conhecer os projetos das startups em visitas do Programa Espaço Empreendedor de Portas Abertas, que recebe grupos duas vezes ao mês. O agendamento deve ser feito por este e-mail.
Categorias relacionadas Institucional PesquisaUfes assina primeiro contrato de licenciamento de produto criado por startup incubada no Espaço Empreendedor
A Ufes assinou seu primeiro contrato de licenciamento de tecnologia para uma spin-off acadêmica, a Symbios Tecnologias Assistivas Ltda., nascida no Laboratório de Robótica e Biomecânica do Departamento de Engenharia Mecânica e incubada no Espaço Empreendedor da Universidade (usa-se o termo spin-off porque surgiu a partir de um laboratório de pesquisa da Ufes).
O contrato, assinado no último dia 6, prevê a exploração econômica de uma "órtese robótica de membro superior movida por cabos de aço para reabilitação neuromotora". Conforme acordado, a Ufes vai receber royalties de 2% sobre o lucro líquido da comercialização da tecnologia licenciada. O depósito da patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) foi feito no ano passado.
“A grande novidade no licenciamento da tecnologia da Ufes para a Symbios é que essa é uma empresa que se originou do trabalho de pesquisa de um docente e de discentes da Ufes que criaram uma startup que é incubada pelo Espaço Empreendedor. Esse é o primeiro licenciamento para uma empresa dessa natureza. O licenciamento viabiliza o desenvolvimento da tecnologia tendo em vista os altos investimentos necessários até a exploração comercial do produto”, afirma a superintendente de Projetos e Inovação da Ufes, Miriam de Magdala.
O diretor de Inovação Tecnológica, Anilton Garcia, afirma que “o licenciamento mostra o quanto a Ufes está privilegiando o desenvolvimento de inovação a partir dos seus trabalhos de pesquisa. Ou seja, são as pesquisas da Ufes virando soluções concretas para o mundo real".
Auxílio na reabilitação
A órtese começou a ser desenvolvida como projeto de iniciação científica do estudante Eduardo Antônio Fragoso, orientado pelo professor Rafhael Andrade, no Laboratório de Robótica e Biomecânica do Departamento de Engenharia Mecânica da Ufes. A pesquisa virou trabalho de conclusão de curso e, em seguida, dissertação de mestrado do estudante, que logo se associou a colegas na criação da Symbios para o desenvolvimento do produto.
O equipamento é um robô vestível para o braço, que auxilia o paciente na realização de movimentos para reabilitação. Segundo o professor Andrade, com a órtese é possível fazer movimentos no cotovelo, no antebraço e de fechar e abrir a mão. O sistema tem um computador acoplado que dita os movimentos para o exoesqueleto. O equipamento está indicado, num primeiro momento, para uso em clínicas de reabilitação e por profissionais de fisioterapia. Numa fase futura, a ideia é ser disponibilizado aos pacientes para uso em casa.
"É uma tecnologia nacional, o que torna o custo mais viável. Além disso, é o equipamento mais leve que conhecemos. O braço pesa apenas 900 gramas e as partes pesadas foram reunidas numa maleta portátil”, diz o professor Andrade.
Segundo Fragoso, a intenção da Symbios é montar uma fábrica para produzir a órtese.
Na sua avaliação, a Ufes tem potencial para que muitos projetos saiam do laboratório para a escala industrial. “Temos dentro da Universidade muitos outros projetos com capacidade de ir para o mercado. A gente espera mostrar que essa parceria público-privada dá resultado”.
Foto: Sueli de Freitas
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeCom experimentos e brincadeiras, Mostra de Ciências aproxima o conhecimento científico do cotidiano dos visitantes
Aproximar jovens estudantes das áreas científicas e tecnológicas: essa é a proposta da Mostra de Ciência da Ufes, que começou nesta segunda, 11, e acontece até o dia 14 de novembro, no campus de Goiabeiras, como parte da Semana do Conhecimento. A programação vem atraindo estudantes das redes pública e particular, e é aberta à comunidade em geral.
A expectativa da organização do evento é que cerca de 4.500 pessoas participem das atividades que estão distribuídas no prédio didático IC-I (IC-1), no Centro de Ciências Exatas (CCE). O espaço conta com salas temáticas em que estudantes dos cursos de Biologia, Estatística, Física, Matemática e Química apresentam experimentos e conteúdos didáticos de forma lúdica.
Para a professora do Departamento de Química e coordenadora da Mostra, Priscilla Luz, momentos como esses têm por objetivo aproximar a comunidade externa da Universidade. “Esse é o momento em que a Universidade fica declaradamente aberta às pessoas, para que conheçam os cursos e espaços”, destacou.
Ainda de acordo com a coordenadora do evento, o intuito da Mostra é também difundir a Ciência e contribuir para o desenvolvimento da sociedade. “E também aproximar o cotidiano dos estudantes, sejam eles do ensino fundamental ou médio, dos conteúdos aprendidos em sala de aula”, ressaltou.
Participação
O estudante João Henrique Bandeira foi um dos que visitou a sala temática de Química na manhã desta terça-feira, 12. Ele cursa o 3º ano do Ensino Médio na Escola Fernando Duarte Rabelo, localizada no bairro Santa Helena, em Vitória.
“Mesmo que eu tenha a intenção de entrar em Engenharia da Computação, está sendo interessante explorar esses outros cursos oferecidos pela Ufes”, explicou o jovem, que é morador do bairro Consolação, na Capital.
ImagemOutro espaço que está atraindo a atenção dos estudantes é o auditório do CCE, que recebeu dezenas de jovens que participaram de experimentos científicos no Show de Física e no Show de Química. Os projetos permitem que o público tenha contato de forma lúdica e descontraída com experimentos como eletromagnetismo (bola de plasma) e ondas sonoras (tubo de Rubens), entre outros.
“Achei bem legal e engraçada a experiência que eles fizeram, de unir ciência com brincadeira”, elogiou Maria Eduarda Veiga, aluna do 1º ano do Ensino Médio da Escola Adventista de Cariacica.
Programação
A Semana do Conhecimento acontece no mês de novembro nos quatro campi da Ufes: de 11 a 14 em Goiabeiras e Maruípe; de 19 a 22 em Alegre; e de 25 a 27 em São Mateus. A participação é gratuita.
A programação do evento se divide entre Mostra de Profissões; Mostra de Ciências; Jornada de Iniciação Científica, Inovação e Pós-Graduação; e Jornada Integrada de Extensão e Cultura. Também haverá apresentações sobre assistência estudantil, políticas de permanência e internacionalização, além de atividades culturais e esportivas abertas para toda a comunidade.
A Semana do Conhecimento realizada pela Ufes é vinculada à Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que neste ano traz o tema Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais.
Fotos: Thiago Sobrinho
Categorias relacionadas Extensão InstitucionalEstudantes apresentam resultados de suas pesquisas na Jornada de Iniciação Científica
Começou nesta terça-feira, 12, no campus de Goiabeiras, a Jornada de Iniciação Científica, Inovação e Pós-Graduação da Ufes, realizada como parte da programação da Semana do Conhecimento. Esta é a oportunidade para que os mais de 1.300 estudantes dos cursos de graduação dos quatro campi da Ufes, vinculados ao Programa de Iniciação Científica (PIIC) da Universidade, apresentem os resultados de suas pesquisas para a comunidade universitária e para a sociedade em geral.
Pela manhã, no estacionamento ao lado do prédio da Reitoria, no campus de Goiabeiras, foram apresentadas as pesquisas dos estudantes dos campi de Goiabeiras e Maruípe, das áreas de Ciências Exatas e da Terra, e das Engenharias. Na parte da tarde, foram expostos os pôsteres da área de Ciências da Saúde.
Já nesta quarta, 13, no turno da manhã, os pôsteres exibidos serão os das áreas de Ciências Humanas e Linguísticas, Letras e Artes. No período da tarde, as exibições serão dos estudantes de Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Biológicas.
O diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Sergio Lins, ressalta que a Jornada marca o fim do ciclo de um ano desses alunos na iniciação científica. “A jornada é o momento em que estes estudantes apresentam os resultados finais dos trabalhos, que já foram revisados pelos seus orientadores e discutidos. E aqui eles têm a oportunidade de terem o feedback dos avaliadores e também de trocar com os colegas informações, experiências e até, quem sabe, ter novas ideias para outros trabalhos”, afirma.
Aprendizado
ImagemPara Caio Fiorotti, estudante do oitavo período de Engenharia da Computação, que apresentou a pesquisa Desenvolvimento de ambiente de realidade virtual para treinamento de uso de prótese robótica de perna e tratamento de dor fantasma, a jornada está sendo bem rica. Ele (na foto, apresentando sua pesquisa) relata que começou a pesquisa ano passado e agora está apresentando os conhecimentos adquiridos. “Estou gostando muito da experiência e até pretendo seguir nesta área para futuras pesquisas. Passei ali pelos outros projetos e achei bem interessante”, afirma.
Christiana Campos, estudante do último período do curso de Bacharel em Geografia, realizou a apresentação da pesquisa A influência da arborização urbana na amenização da temperatura de superfície na cidade de Vitória/ES: evidências e análise. Ela enfatiza que, mesmo já sendo graduada em Geografia - Licenciatura e cursando mestrado em Educação, a participação na Jornada pela primeira vez é uma grande experiência de aprendizado. “É uma oportunidade cheia de incentivo, muito interessante e está sendo bem relevante participar”, destaca.
Alegre e São Mateus
No dia 19 de novembro, a Jornada de Iniciação Científica, Inovação e Pós-Graduação vai acontecer no campus de Alegre. Já no dia 25 de novembro, as apresentações de trabalhos serão no campus de São Mateus.
Em todos os campi, a exposição dos pôsteres estará distribuída por área de conhecimento, e será realizada das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas. Confira aqui a programação de todas as apresentações.
Fotos: Thaísa Mascarenhas
Categorias relacionadas Institucional PesquisaConsciência Negra: bibliotecária e cientista social, professora Ana Cláudia Borges atua com gestão da informação
Seguindo com a série especial de reportagens em comemoração ao mês da Consciência Negra e aos 70 anos da Universidade, o portal da Ufes conta a história da bibliotecária e cientista social Ana Cláudia Borges, professora do curso de Biblioteconomia do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), que conta com 193 docentes. Borges está entre as 87 professoras do Centro, das quais 18 (20,6%) se autodeclaram pretas ou pardas. Os dados são da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep).
Doutora em Ciência da Informação e mestra em Políticas Sociais (com ênfase em Políticas Públicas), Borges já atuou como bibliotecária do setor de documentação e informação de empresas privadas e públicas. Suas principais linhas de pesquisa são gestão da informação e do conhecimento e planejamento em unidades de informação, além de estudar questões relacionadas a políticas afirmativas e relações étnico-raciais e informação.
Professora da Ufes desde 2010, ela ministra aulas nas disciplinas de Administração em Unidades de Informação, Planejamento de Unidades de Informação e Gerência de Recursos Informacionais. Borges é também colaboradora nos projetos de pesquisa A contribuição da rede gestão da informação e tradução e Diálogos epistemológicos sobre a prática da formação das competências informativas na era digital.
“Percebo muita surpresa nos alunos em ver uma professora negra. Eu não tenho ‘cara de professora convencional’, então, enquanto uns ficam na dúvida se há realmente o domínio do conteúdo, outros me veem com admiração porque somos poucas por aqui”, analisa.
Informação
ImagemAo lado da professora Meri Nadia Gerlin, ela coordena o projeto de extensão Inform-Ação e Cultura que, desde 2013, propõe atividades culturais e educativas em comunidades e instituições públicas e privadas da Região Metropolitana de Vitória. “A esse projeto está vinculada a Rede de Estudos das Competências (REC/Ufes), que é uma rede de estudos e formação por meio da qual atuamos em espaços de informação, educação e cultura, contribuindo para o desenvolvimento de competências leitoras e em informação”, explica.
Durante a pandemia de covid-19, a equipe do projeto criou o canal do REC no Youtube e reuniu pesquisadores e profissionais da Ciência da Informação, Biblioteconomia e Educação em Saúde com o objetivo de compartilhar conhecimentos e habilidades produzidos em ambientes comunitários, bibliotecas, empresas, museus, hospitais e universidades para combater o fenômeno da desinformação.
Entre 2020 e 2023, Borges foi diretora de Ações Afirmativas e Diversidade na antiga Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci) – atual Pró-Reitoria de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes). “Mesmo você possuindo a mesma titulação dos demais professores, o fato de ser mulher e negra já vem carregado de desconfianças, especialmente numa instituição tão conservadora quanto a Ufes”.
Para Borges, a Universidade avança lentamente na questão da inclusão, ainda que haja documentos que norteiam as ações afirmativas, como o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a Agenda Afirmativa. “Até hoje, poucas ações foram concretizadas e há um grande desconhecimento a respeito das diretrizes”, avalia ela, que é pesquisadora do Programa para Enfrentamento do Racismo Institucional e do projeto de pesquisa Africanidades Transatlânticas, ligados ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab/Ufes), além de integrar o grupo de trabalho Relações Étnico-Raciais e Decoloniais da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários e Cientistas de Informação e Instituições (Febab).
Fotos: Arquivo pessoal
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Categorias relacionadas InstitucionalDebates, mostra de projetos e atividades culturais movimentam a programação da Jornada Integrada de Extensão e Cultura
Entre os dias 11 e 14 de novembro de 2024, o campus de Goiabeiras, em Vitória, será palco da XII Jornada Integrada de Extensão e Cultura. Com o tema A extensão e suas contribuições para o desenvolvimento local e comunitário, a Jornada deste ano destacará o papel essencial da universidade em ações que promovem impacto positivo na sociedade. A maior parte da programação ficará concentrada na Tenda da Extensão, montada em frente ao Teatro Universitário.
A Jornada Integrada de Extensão e Cultura já é tradicional na Universidade e visa divulgar as ações de extensão, bem como discutir temas de relevância para a universidade e a sociedade. O evento é parte da Semana do Conhecimento da Ufes.
“Este ano, a Jornada vai trabalhar a questão do desenvolvimento local e discutir territórios criativos, o impacto da Extensão no desenvolvimento das comunidades. Isso está completamente convergente com a Semana do Conhecimento da Ufes”, ressalta o pró-reitor de Extensão da Ufes e coordenador da Jornada, Ednilson Felipe, lembrando que haverá também edições nos campi de Alegre, no dia 22 de novembro, e em São Mateus, nos dias 25 a 27 de novembro. Confira aqui a programação completa da XII Jornada Integrada de Extensão e Cultura.
As mesas redondas aprofundarão a temática proposta para este ano: na terça, 12, serão debatidos, às 10h, os Desafios da Extensão Universitária na Ufes: valorização, avaliação e financiamento, com a participação do diretor de Políticas Extensionistas da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da Ufes, Jorge Júnior. Às 14h, acontecerá a mesa redonda Desenvolvimento Local e Comunitário, que contará com a participação dos convidados Leonardo Bis (professor do Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes) e Juliana Lisboa (cofundadora da organização Cidade Quintal), promovendo um debate sobre as contribuições da extensão universitária para a comunidade, sob moderação de Ednilson Felipe.
Na quarta, 13, às 10h, a mesa Saúde e Ambiente trará o arquiteto urbanista e especialista em urbanismo social Ivan Rocha, e a professora de Enfermagem da Ufes Magda Soares, com mediação de Jorge Júnior. Às 14h, o tema da mesa-redonda será Desenvolvimento local e destino turístico inteligente, na qual Tatiana Doin (cofundadora da Rede Pocante, para a profissionalização do terceiro setor) e Marcelo Santos (membro do Instituto Marcos Daniel, que atua na área de educação ambiental e conservação de biodiversidade) proporão soluções para essa área, pensando na realidade do Espírito Santo. O debate terá a mediação da diretora de Interlocução com a Sociedade da Proex, Latussa Monteiro.
“Uma das novidades deste ano é que a programação volta a ser totalmente presencial, após alguns anos que contaram com atividades virtuais, a partir da pandemia. As mesas redondas presenciais terão um formato dinâmico, mais interessante para quem assiste. Além disso, contaremos com mais atividades culturais do que na última edição, destaca a subcoordenadora da Jornada, Sâmia Ribeiro.
Projetos, apresentações e atividades
Com um número recorde de estandes (31), nesta terça e quarta-feira, dias 12 e 13, de 8h às 17h, a Tenda da Extensão, situada ao lado do Teatro Universitário, contará com exposição de dezenas de projetos, como Planetário Móvel, Museu de Minerais e Rochas, a Escola na Universidade, Afrodiáspora, Projeto Afrocientista, Universidade Aberta à Pessoa Idosa, IntroComp, Ecologia Humana do Oceano, Projeto UfesCheer e muitos outros.
As apresentações culturais acontecem a partir desta terça, 12: o Coral da Ufes se apresenta ao meio-dia e o Teatro de Rua às 16h30; já na quarta-feira, 13, a Dança Sênior da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi) abre a programação às 8h30 e uma roda de chorinho e samba anima o horário do almoço, às 12h30, seguida de apresentação do grupo de cultura popular Boi Graúna, às 16h30, e de sessão de cinema às 18h30, com o filme Longe do Paraíso, no Cine Metrópolis.
Até 14 de novembro, ocorrerão também diversas oficinas e minicursos que abordarão temáticas variadas, como jogos de memórias, geologia forense, fotografia documental, oficina de pintura e autovalorização para mulheres refugiadas, entre outros. Tudo de forma gratuita e aberta ao público em geral.
Além dessas atividades, nesta terça, 12, haverá ainda o 1º Encontro das Empresas Juniores da Ufes, às 14h, no auditório do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), oportunidade de refletir sobre o papel das empresas juniores para o empreendedorismo no Espírito Santo. Só na Ufes são 21 empresas juniores nos quatro campi.
Também fará parte da programação da Jornada a Feira de Economia Solidária e Saúde Mental do Espírito Santo, que será realizada na terça, 12, das 9 às 17 horas, no estacionamento do Teatro do campus de Goiabeiras.
Categorias relacionadas ExtensãoPreservação dos biomas brasileiros é tema central da abertura da Semana do Conhecimento no campus de Goiabeiras
A Ufes deu início às atividades da Semana do Conhecimento na manhã desta segunda-feira, 11, com apresentação do Coral da Universidade, boas-vindas do reitor, palestra sobre os biomas brasileiros e exposição de um projeto de extensão que visa à recuperação dos manguezais capixabas. A cerimônia de abertura aconteceu no Cine Metrópolis e contou com a presença de representantes do Governo do Espírito Santo, gestores, professores e técnicos da Universidade.
Com o tema Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais, proposto pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a Semana do Conhecimento apresenta o ambiente e as atividades desenvolvidas pelos cursos e projetos da Universidade à sociedade capixaba. Para o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, trata-se de uma oportunidade para a Universidade se conectar com a comunidade externa.
“Isto é um problema das universidades brasileiras, essa falta de conexão com a sociedade. Quando recebemos estudantes nos nossos campi, nós vemos a satisfação e a curiosidade deles em conhecer a Ufes. Precisamos tornar esses momentos mais frequentes. Afinal de contas, a universidade existe como um fim para a sociedade”, disse ele.
Segundo o reitor, o tema do evento não poderia ser mais apropriado para dialogar com o público. “Falar sobre os biomas do Brasil levanta as questões ambientais e políticas. E está na hora de fazermos de fato este enfrentamento”, afirmou.
“Grande festa do conhecimento”, segundo o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe, o evento oferece oficinas, minicursos, debates e apresentações culturais na tenda da Jornada Integrada de Extensão e Cultura, organizada pela Pró-Reitoria de Extensão. “São dias intensos que mobilizam toda a Universidade e integram ensino, pesquisa e extensão”, disse.
Orientação
A pró-reitora de Graduação, Regina Godinho, ressaltou a importância de abrir as portas para os estudantes que sonham em ingressar na Ufes, já que muitos deles ainda não escolheram a profissão que desejam seguir. Organizada pela Pró-Reitoria de Graduação, a Mostra de Profissões apresentará as atividades dos cursos de graduação a partir desta terça-feira, 12, ajudando na reflexão dos futuros universitários a respeito de suas vidas profissionais.
“A Mostra de Profissões exerce papel fundamental na vida escolar dos estudantes. Para além da orientação profissional, o evento possibilita reduzir o stress e a ansiedade dos estudantes em relação à Universidade. Ainda há muitas dúvidas em relação ao ensino superior e à Ufes. Muitos estudantes sequer sabem que a Ufes é uma instituição de ensino público”, disse.
Também a partir desta terça, estudantes da Ufes começam a apresentar projetos de pesquisa e iniciação científica desenvolvidos na Universidade, dentro da programação da Jornada de Iniciação Científica, Inovação e Pós-Graduação. Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Valdemar Lacerda Júnior, serão mais de 1.300 estudantes dos quatro campi da Ufes apresentando seus projetos ao público. “Isso mostra a pujança da pesquisa na Universidade”, disse o pró-reitor.
Também fizeram discursos de abertura o coordenador do evento, Gustavo Cardoso, que deu boas-vindas aos participantes, e a representante da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil (Propaes), Deborah Provetti.
ImagemBiodiversidade
Após os discursos, o professor da Ufes e diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), Sérgio Mendes, proferiu a palestra Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais. Mendes começou sua exposição explicando as características dos biomas brasileiros e destacou a importância de sua preservação para o planeta.
“O Brasil é o país com a maior diversidade biológica do mundo. Dentre os países com a chamada megabiodiversidade, o Brasil é o maior deles. Temos entre 15% e 20% de toda a biodiversidade do planeta. Portanto, a preservação dos biomas é fundamental não só para eles próprios, como para o planeta como um todo”, disse o diretor do INMA.
Os biomas prestam “serviços ecossistêmicos”, segundo Mendes, auxiliando na regulação climática; regulação e purificação da água; polinização agrícola; sequestro e retenção de carbono; proteção dos solos; e no turismo e no lazer. “Evitar o desmatamento e restaurar os ecossistemas são de extrema importância para mitigar as mudanças climáticas, pois temos um processo cíclico: as mudanças climáticas favorecem a destruição dos biomas e a destruição dos ecossistemas naturais aumentam as mudanças climáticas”, disse.
Saberes tradicionais
Mendes também discorreu sobre os saberes de comunidades tradicionais, muitas vezes inseridas em contextos de destruição dos biomas. Para ele, os saberes tradicionais são essenciais para a preservação dos ecossistemas, uma vez que oferecem práticas inovadoras e sustentáveis de agricultura, captação de água, extração sustentável de produtos e técnicas para produção de fertilizantes orgânicos, por exemplo.
“As comunidades tradicionais detêm conhecimentos transmitidos por várias gerações, que são importantes para a conservação do bioma e para o conhecimento científico. Além disso, alguns usos, como as plantas medicinais, têm potencial econômico enorme”, afirmou Mendes.
ImagemProjeto
Depois da palestra, a professora Mônica Tognella apresentou as atividades do projeto de extensão Manutenção do Estoque Natural: Experiências Compartilhadas com a Comunidade Extrativista (Enec), vinculado ao Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas da Ufes (DCAB). Desde dezembro de 2023, a iniciativa vem restaurando os manguezais da bacia dos rios Piraquê-Mirim e Açú, no município de Aracruz.
A ideia é combater a degradação do bioma nessas áreas, contribuindo para a mitigação das “emergências climáticas”, como definiu a professora. “Não podemos falar mais em mudanças, temos que falar em emergência”, disse. Por meio de ações como oficinas, cursos, cartilhas de plantio, treinamento, seleção de agentes sociais e monitoramento do bioma, a equipe do projeto tenta proteger e revitalizar a vida marinha. garantindo um legado para as gerações futuras.
Programação
A programação da Semana do Conhecimento é gratuita e acontece neste mês nos quatro campi da Ufes: de 11 a 14 em Goiabeiras e Maruípe; de 19 a 22 em Alegre; e de 25 a 27 em São Mateus. Veja a lista completa de atividades no hotsite do evento.
Fotos: Leandro Reis
Categorias relacionadas InstitucionalCongresso no Centro de Artes reúne pesquisadores internacionais em conferências e debates sobre criatividade e inovação
Conferências, minicursos, mesas-redondas e apresentações culturais movimentam o Centro de Artes da Ufes a partir desta terça-feira, 12, durante o 4º Congresso Internacional de Criatividade e Inovação (Cici): Poética, Ética e Crítica para a Recriação da Cidadania. O evento acontece até quinta-feira, 14, e conta com a presença de pesquisadores de países como México, Portugal, França e Uruguai.
Realizado pela Associação Brasileira de Criatividade e Inovação (Criabrasilis) em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA), o congresso parte de pesquisas atreladas à inovação e à criatividade para discutir temas relacionados à saúde, artes e educação, visando a promoção da inclusão e da transformação social. As inscrições para o evento se encerraram, mas é possível participar das atividades na condição de ouvinte, caso haja vagas nas salas ou no auditório.
Um dos convidados do evento é o secretário da Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, Fabrício Noronha, que mediará a mesa Criatividade e Inovação nas Instituições, com participação de Décio Coutinho (Brasil), Jorge Pinto (Arábia Saudita) e Victoria Contreras (México), na quarta, às 9 horas.
Único programa de pós-graduação no Espírito Santo que possui linha de pesquisa dedicada ao estudo da criatividade e da inovação, o PPGA tem criado oportunidades de cooperação com diversos setores da cultura local, nacional e internacional, segundo a professora do PPGA e presidente do Cici, Stela Maris Sanmartin.
“Trata-se de uma ação determinante na formação de agentes culturais, bem como da comunidade interessada nos debates atuais da área. Realizar o congresso em Vitória coloca a Ufes no contexto internacional de investigação sobre criatividade e inovação, ação fundamental para o PPGA consolidar seu papel fomentador da ampliação desses estudos no Brasil”, afirma a professora.
Exposição
A programação do Cici inclui ainda lançamento de livros e a abertura da exposição criAtivAção, na Galeria de Arte e Pesquisa (GAP), na quarta-feira, 13, às 18h30. A mostra apresenta a produção de 15 artistas e pesquisadores do Grupo de Extensão e Pesquisa em Criatividade, Educação e Arte (GEPCEAr) da Ufes, com curadoria da professora Regina Lara, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), de São Paulo.
“Serão apresentados trabalhos bidimensionais em desenho, pintura, escultura, instalações e fotografia”, explica a professora Stela Maris Sanmartin, coordenadora do GEPCEAr. A exposição fica aberta na GAP até o dia 30 de novembro.
Veja mais informações e a programação completa do CICI na página do congresso.
Categorias relacionadas EnsinoEstudo da Ufes sobre automação fica entre os três melhores trabalhos apresentados em Congresso Brasileiro de Automática
Estudantes e professores do Departamento de Engenharia Elétrica receberam uma menção honrosa pelo artigo apresentado no XXV Congresso Brasileiro de Automática (CBA2024), realizado no Rio de Janeiro. O evento reuniu pesquisadores e profissionais da academia e da indústria para apresentação de pesquisas abordando aspectos da engenharia elétrica, com foco em controle e automação. O trabalho premiado é assinado pelos estudantes Fellipe Spagnol, Natan dos Santos Rosa, Lucas Nunes e Wolmar Araujo Neto, e conta com a contribuição dos professores Rafael Cordeiro, Mário Sarcinelli Filho e Daniel Villa.
O artigo propõe uma metodologia de controle para conduzir um robô de forma mais segura por determinado trajeto, evitando obstáculos em seu caminho. Foi avaliado o desempenho de diferentes técnicas para controle de robôs autônomos em tarefas cooperativas. Essas tarefas, por exemplo, são executadas com um robô terrestre andando por uma estrada enquanto um robô aéreo voa sobre ele, realizando uma vistoria mais ampla do ambiente. Utilizando esses equipamentos e seguindo uma metodologia que considera técnicas de espaço nulo e uma estrutura virtual, foram alcançados resultados promissores e que podem contribuir para pesquisas futuras.
A teoria na prática
O estudante Fellipe Spagnol, que foi quem apresentou o artigo em palestra oral, declara que poder aplicar os conceitos teóricos em um estudo prático foi a principal contribuição acadêmica do projeto. Ele afirma ainda que, em cursos de engenharia, muitos conceitos são complexos e difíceis de serem absorvidos devido à ausência de aplicações para resolver problemas.
“Escuto de colegas que nós estudamos muitas coisas que não iremos utilizar na prática, o que acaba desanimando a maioria. Então, para mim, essa menção honrosa é um grande incentivo. Ver que o nosso trabalho foi reconhecido como um dos melhores da graduação do país inteiro mostra que estamos no caminho certo, incentivando a continuar estudando e desenvolvendo mais trabalhos.
Para o professor Mário Sarcinelli Filho, estimular a participação dos alunos em eventos acadêmicos é muito positivo, pois promove a divulgação científica e estimula os estudantes a seguirem a carreira acadêmica. Ele pondera ainda que a interação com alunos de outras instituições colabora na autoavaliação. “Ao interagir com estudantes de outras instituições é possível visualizar trabalhos, aprender, comparar e reconhecer também que os nossos projetos são muito significativos perto de outros. Essa observação panorâmica resulta em uma grande motivação para os alunos”, afirma Sarcinelli.
Categorias relacionadas EnsinoLabCidades abre processo seletivo para bolsistas. Inscrições até 17 de novembro
O Laboratório de Projetos Inteligentes (LabCidades) da Ufes está com inscrições abertas para o preenchimento de duas vagas para bolsistas. Uma vaga é direcionada a estudantes de qualquer graduação presencial na Universidade, a outra é reservada para alunos da graduação em Ciências Econômicas da Instituição. Pessoas interessadas devem se inscrever até o dia 17 de novembro, por este e-mail.
Os candidatos selecionados receberão bolsas financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), no valor de R$ 700 mensais, a partir de dezembro. As etapas do processo de seleção são avaliação curricular, prova prática (desafio) e entrevista com os recrutadores. A coordenação do projeto comunicará por e-mail aos candidatos inscritos sobre a data e o local em que ocorrerão a entrevista e a prova prática (desafio).
O edital com todas as informações sobre a seleção pode ser acessado neste link ou no arquivo anexado abaixo. O resultado do processo seletivo será disponibilizado até o dia 30 de novembro, por meio de e-mail enviado aos inscritos. Mais informações também estão disponíveis no perfil do LabCidades no Instagram.
LabCidades
Sediado no campus de Goiabeiras da Ufes, o Laboratório de Projetos Inteligentes é uma iniciativa voltada à pesquisa e ao desenvolvimento de soluções inteligentes para os desafios urbanos contemporâneos, buscando explorar o potencial dos dados e da tecnologia para promover a sustentabilidade, a eficiência e a inclusão nas cidades.
Edital Categorias relacionadas ExtensãoSemana do Conhecimento começa nesta segunda, 11, com aula magna, Mostra de Ciências e Jornada de Extensão e Cultura
Os primeiros passos dos futuros estudantes da Ufes começam na próxima segunda-feira, 11, data da abertura da Semana do Conhecimento nos campi de Goiabeiras e de Maruípe. O evento apresenta as instalações e as atividades dos cursos de graduação da Universidade, seus projetos de extensão, de pesquisa, e diversas informações sobre ingresso, assistência estudantil e internacionalização.
A programação da Semana do Conhecimento é gratuita e acontece neste mês nos quatro campi da Ufes: de 11 a 14 em Goiabeiras e Maruípe; de 19 a 22 em Alegre; e de 25 a 27 em São Mateus. Veja a lista completa de atividades no hotsite do evento.
A cerimônia de abertura ocorre no Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras, a partir das 9 horas, e conta com aula magna do professor Sérgio Mendes, diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), dialogando com o tema Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais, proposto pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Além da aula, a programação de abertura conta com uma exposição da professora Mônica Tognella, do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas da Ufes (DCAB), apresentando as atividades do projeto de extensão Manutenção do Estoque Natural: Experiência Compartilhadas com a Comunidade Extrativista.
Programação
Ainda na segunda-feira, tem início a Mostra de Ciências no campus de Goiabeiras, com atividades interativas para os estudantes, incluindo experimentos científicos e estratégias inovadoras em tecnologia. A mostra conta com salas temáticas que exploram as possibilidades dos cursos de Biologia, Estatística, Física, Matemática e Química, além dos shows de Química e de Física. Organizado pelo Centro de Ciências Exatas (CCE), o evento acontece no Prédio Didático do IC-I e no auditório do CCE, até o dia 14.
Também na segunda, a Ufes começa a promover a Jornada Integrada de Extensão e Cultura, que oferece oficinas e minicursos para toda a comunidade, além de atividades culturais e formativas, como apresentações de dança, sessão de cinema, debates sobre desenvolvimento local, meio ambiente e saúde. Sob o tema A extensão e suas contribuições para o desenvolvimento local e comunitário, a Jornada apresenta as ações dos projetos de extensão da Universidade, nas mais diversas áreas do conhecimento. A programação ainda conta com a Feira de Economia Solidária e Saúde Mental do Espírito Santo, reunindo produtos feitos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de todo o estado.
Promovida pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), a Jornada acontece na Tenda da Extensão, montada ao lado do Teatro Universitário, no campus de Goiabeiras. As oficinas e minicursos ocorrem de forma híbrida.
Graduação e pesquisa
Ao longo da semana, milhares de estudantes de todo o Espírito Santo visitam os campi de Goiabeiras e Maruípe para a Mostra de Profissões, que acontece na terça e quarta-feira, 12 e 13 de novembro, respectivamente. Durante a atividade, os estudantes podem visitar laboratórios, salas de aulas e ambientes de projetos e programas desenvolvidos daquela área. Guiados por monitores, os futuros universitários recebem informações sobre o conteúdo dos cursos, carreira acadêmica e perspectiva de atuação nos diversos setores da profissão.
Os projetos de pesquisa e iniciação científica dos estudantes dos campi de Vitória estarão expostos na tenda montada ao lado da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), no campus de Goiabeiras, nos dias 12 e 13, dentro da programação da Jornada de Iniciação Científica, Inovação e Pós-Graduação. Nos estandes, os estudantes apresentarão à comunidade as ações realizadas, as justificativas dos projetos e os resultados alcançados. As áreas contempladas são Engenharias; Ciências Exatas e da Terra; Ciências da Saúde; Ciências Humanas; Linguística, Letras e Artes; Ciências Sociais Aplicadas; e Ciências Biológicas.
Profissionais do Hucam farão exames gratuitos e ação educativa sobre câncer de próstata na sede do Vitória FC neste sábado, 9
O Vitória Futebol Clube, tradicional Alvianil de Bento Ferreira, empresta suas cores para a campanha Novembro Azul - Goelada é Cuidar da Saúde. Neste sábado, dia 9, das 9h ao meio-dia, com apoio de profissionais do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam/Ufes), integrante da Rede Ebserh, a sede do clube estará aberta ao público para ações de educação em saúde, orientação nutricional, recreação infantil, aferição de pressão arterial e glicemia, além de triagem para coleta de exame de sangue específico para checar risco de câncer de próstata. É estimado o atendimento de 200 homens ao longo da manhã.
O trabalho será realizado pela equipe do Serviço de Urologia do Hucam/Ufes, reconhecido no cenário regional pela excelência de seus especialistas e na formação de profissionais da área da Saúde. A iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso a informações essenciais sobre a saúde masculina e desmistificar o preconceito diante do câncer de próstata. Essa é mais uma ação de responsabilidade social do Vitória FC e Hucam/Ufes, unindo esporte e saúde na conscientização sobre o câncer de próstata e reafirmando o compromisso do clube com a comunidade.
“Para nós, da diretoria do Vitória Futebol Clube, é uma honra poder participar de uma campanha de tanta relevância para os homens. Essas ações são de grande importância para a saúde e conhecimento. Conscientizar é sinônimo de salvar vidas, e, por tal razão, o Vitória apoia essa campanha”, afirma o presidente do clube, José Augusto Mattos, em nome da diretoria.
O médico Alex Carvalho, diretor e responsável pelo departamento médico do Vitória, também destaca a importância de dar visibilidade para essa pauta: “É uma honra podermos usar o prestígio do clube, a sua notoriedade, em parceria com o Serviço de Urologia do Hucam, e trazer atenção sobre esse tema tão importante, para que mais pessoas possam ter consciência da necessidade do diagnóstico precoce”.
O professor Lauro Vasconcellos, superintendente do Hucam/Ufes, destaca que, com esta ação, o Hucam cumpre o seu papel de ser referência em informar corretamente à sociedade sobre questões de saúde pública, como nesta campanha. "O azul do Vitória FC no nosso Novembro reforçam a memória dos capixabas para o combate ao câncer de próstata", afirma.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que o câncer de próstata representa 29,2% dos casos de câncer nos homens no Brasil.
Sobre a doença
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela se localiza abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens, após os tumores de pele. Ele acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada. A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado e potencialmente fatal.
Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 50 anos, ou dos 45, se houver histórico familiar, devem ir anualmente ao urologista para realizar o toque retal e fazer o exame de PSA no sangue. Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal.
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