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Dois estudos da Ufes contribuem para a produção científica sobre doença falciforme
A Ufes conduz duas pesquisas que abordam a doença falciforme sob diferentes perspectivas: uma dedicada à organização e ao acesso aos serviços de saúde e outra às alterações celulares relacionadas à doença – uma condição genética hereditária, com poucas possibilidades de cura, que modifica a forma e o funcionamento dos glóbulos vermelhos, comprometendo o transporte de oxigênio e desencadeando crises dolorosas, isquemia e outras complicações graves. O objetivo comum dos estudos é ampliar a compreensão dos impactos da enfermidade, que acomete entre 5% e 7% da população mundial, além de contribuir para o cuidado de populações afetadas e para a melhoria do atendimento, do diagnóstico e da qualidade de vida dos pacientes.
A pesquisa Caracterização topográfica e espectral de eritrócitos e drepanócitos por microscopia de força atômica e Espectroscopia Raman, que está sendo desenvolvido por Lizandra Sarmento no Programa de Pós-Graduação em Bioquímica (PPGBiq/Ufes) em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), busca compreender os mecanismos celulares associados à fisiopatologia da doença e gerar dados comparativos entre células normais e falcêmicas, aperfeiçoando o entendimento molecular e o potencial diagnóstico da condição.
Já o estudo Acesso aos serviços de saúde por pessoas com doença falciforme em Angola, conduzido pela pesquisadora angolana Suraya Roberto Filho no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC/Ufes), analisa como o sistema de saúde do país africano responde às necessidades dessas pessoas, identificando barreiras, lacunas e desafios na organização do cuidado. O trabalho visa contribuir para a redução dos efeitos adversos da doença mediante melhorias no sistema de saúde, elaborar recomendações para formulação de políticas públicas, aprimorar práticas assistenciais e fortalecer a cooperação científica entre Brasil e Angola.
As pessoas com doença falciforme podem apresentar sintomas como palidez ou icterícia, fraqueza, crises dolorosas frequentes em várias partes do corpo, inchaço das mãos e pés (especialmente em crianças), infecções recorrentes, atraso no crescimento, alterações visuais e, em casos mais graves, acidente vascular cerebral (AVC). O diagnóstico é realizado principalmente pela triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho, preferencialmente entre o terceiro e quinto dia de vida.
Teste do pezinho: uma das principais formas de diagnosticar a doençaAbordagem molecular
No estudo desenvolvido pela biomédica Sarmento o foco é a investigação molecular da doença falciforme. Orientada pelas professoras Marcella Porto (PPGBiq/Ufes e Ifes) e Glória Viégas (Ifes), a pesquisa combina Microscopia de Força Atômica e Espectroscopia Raman para observar, em detalhes, como as hemácias normais e falcêmicas se diferenciam em estrutura, rigidez e composição química. Segundo a pesquisadora, essas análises permitem identificar marcadores que podem tornar o diagnóstico mais preciso e auxiliar no acompanhamento clínico, favorecendo intervenções personalizadas.
Entre 2014 e 2020, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) registrou 1.087 novos casos de crianças diagnosticadas com doença falciforme no Brasil, uma incidência de cerca de quatro casos a cada dez mil nascidos vivos. O Ministério da Saúde estima que haja, atualmente, entre 60 mil e cem mil pacientes com a patologia no país. “A doença falciforme tem alta prevalência, especialmente em populações afrodescendentes, e representa um importante desafio para a saúde pública devido à sua complexidade clínica e ao impacto significativo na qualidade de vida. Embora haja avanços no manejo clínico, ainda existem lacunas no entendimento das características biomédicas e das variações clínicas, o que limita o desenvolvimento de tecnologias diagnósticas e terapêuticas eficazes”, ressalta.
Segundo ela, o uso de técnicas precisas possibilita um diagnóstico precoce e sensível, além de um monitoramento detalhado da progressão da doença, permitindo ajustes terapêuticos personalizados mais adequados: “Com os dados obtidos sobre alterações na rigidez da membrana celular e nos compostos moleculares, os profissionais de saúde podem compreender melhor as variações fenotípicas e desenvolver planos de cuidado individualizados, contribuindo para um manejo clínico mais eficaz e para a prevenção de complicações”.
As amostras utilizadas são coletadas em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Espírito Santo (Hemoes). As análises por microscopia óptica, força atômica e Espectroscopia Raman ocorrem no Laboratório Multiusuário de Experimentação (LabMInst/Ufes), no Grupo de Estudos em Microscopia (Gem/Ifes) e no Programa Interdisciplinar de Promoção e Atenção à Saúde (Pipas/Ifes). “Ufes e Ifes são instituições públicas comprometidas com ensino, pesquisa e extensão. São, portanto, instituições irmãs que desenvolvem diversas parcerias e este projeto é mais uma delas, contribuindo com informações qualificadas sobre a doença falciforme, muitas vezes negligenciadas pela comunidade”, destaca a coorientadora Viégas.
Saúde em Angola
Imagem Em Angola, a doença atinge cerca de 20% da populaçãoA socióloga Suraya Roberto Filho concentra seu estudo nas barreiras enfrentadas por pessoas com doença falciforme em Angola – um grupo expressivo, já que a condição atinge cerca de 20% da população. Para compreender como os serviços de saúde são organizados e como esses usuários conseguem (ou não) acessar os cuidados necessários, a pesquisadora analisa documentos oficiais, como legislações e diretrizes, examina políticas públicas e realiza entrevistas com profissionais e gestores de Luanda, capital do país.
Orientada pelas professoras da Ufes Carolina Esposti e Luciana Nascimento, a pesquisadora verificou que seu país apresenta uma distribuição desigual de unidades de saúde e de determinantes sociais do cuidado, situação que também se reflete na disponibilidade de profissionais, medicamentos e equipamentos, predominantemente concentrados em áreas urbanas. “Isso dificulta a padronização do acesso das pessoas com doença falciforme, que, infelizmente, têm um quadro fisiopatológico muito instável. O deslocamento em busca de atendimento gera custos adicionais, o que contribui para a ausência de estatísticas confiáveis sobre essas patologia”, afirma.
Para a pesquisadora, estudar remotamente sobre a doença, tendo Angola como contexto de investigação, representa uma motivação “patriótica, social e política” e uma forma de contribuir com seu país. Segundo ela, a formação em uma instituição brasileira – “país com a maior diáspora africana com a doença falciforme” – tem ampliado seu desenvolvimento acadêmico, oferecendo acesso à literatura atualizada, debates metodológicos e comparações internacionais: “O Brasil possui uma cultura de produção, comprometimento e promoção científica de destaque e que muito admiro”.
Limitações
O ambiente virtual ajuda a superar barreiras geográficasRoberto Filho reconhece que a distância impõe limites, como a impossibilidade de observar diretamente os serviços de saúde ou realizar entrevistas presenciais, mas afirma que essas dificuldades têm se mostrado transformadoras. “A experiência e o profissionalismo da minha orientadora e coorientadora me permitem desenvolver estratégias metodológicas mais colaborativas, envolvendo pessoas que estão em Angola. Isso fortalecerá a credibilidade e a contextualização dos resultados desse rico estudo. Felizmente, o ambiente virtual também tem o seu lugar na pesquisa científica e tem me auxiliado bastante nessa jornada”, destaca.
A coorientadora Nascimento acrescenta que produzir conhecimento com recursos limitados e enfrentar barreiras geográficas e culturais é desafiador, mas avalia que a experiência tem sido enriquecedora graças ao trabalho conjunto do grupo interprofissional. Segundo ela, a colaboração e a diversidade de formações das pesquisadoras fortalecem o percurso investigativo e serão essenciais para a conclusão do estudo. “O desenvolvimento da pesquisa no âmbito da Ufes é estratégico para o êxito dos objetivos propostos, considerando sua capacidade instalada e a trajetória consolidada da Universidade em ações de pesquisa, ensino e extensão, realizadas em âmbito nacional e internacional”, conclui.
A pesquisa de Roberto Filho tem previsão de conclusão em agosto do próximo ano, enquanto a de Sarmento deve ser finalizada entre maio e junho de 2027.
Fotos: Biblioteca Virtual de Enfermagem, Agência Senado, Organização Mundial de Saúde e arquivo das pesquisadoras
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeCampus de Alegre recebe visita de Comissão para avaliar a implementação do curso de Medicina
O campus de Alegre recebeu nesta semana a visita da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento das Escolas Médicas (Camem), que verificou in loco a viabilidade de implementação do curso de Medicina no campus. Em outubro, o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, apresentou a proposta de criação do novo curso e recebeu uma resposta favorável do secretário de Educação Superior, Marcus Vinícius David.
A visita foi realizada pelos professores e membros da Camem Carolina Paz e George Azevedo na quarta e quinta-feira, dias 10 e 11, e foram acompanhados pela diretora do Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS), Taís Soares; pelo chefe de Gabinete da Reitoria, Gustavo Cardoso; pelo presidente da comissão para elaboração do Projeto Pedagógico de Curso (PPC), Genival dos Santos Júnior; e por outros gestores da Universidade. A comissão também se reuniu com prefeitos de municípios da região e com gestores municipais e estaduais da área de Saúde.
Na avaliação da diretora do CCENS, a visita foi muito positiva. “Tanto o professor George quanto a professora Carolina vivem uma realidade de campus no interior, e isso é importante porque nós estamos falando da implementação de um curso também em um campos no interior. Os diálogos foram muito proveitosos e acredito que eles saíram com uma impressão positiva daqui de Alegre. As orientações que eles nos passaram foram muito significativas”, afirmou.
Taís Soares ressaltou que a Camem atua no sentido de favorecer a criação do curso: “Nos orientam e dizem o que devemos fazer para ter um curso de qualidade. Com a criação do curso, a Camem fará visitas semestrais para acompanhar o andamento do curso”.
A expectativa é que o novo curso de Medicina seja criado a partir de 2027.
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Categorias relacionadas InstitucionalHucam vai ofertar cerca de 1.800 atendimentos adicionais neste sábado, 13
O Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam/Ufes) vai ofertar neste sábado, 13, cerca de 1.800 atendimentos adicionais (fora da rotina habitual da unidade hospitalar), entre exames, diagnósticos, consultas e cirurgias de diversas especialidades. É o maior mutirão da história do hospital realizado em um único dia. A iniciativa integra a última edição de 2025 do Dia E – Ebserh em Ação, que oferecerá, simultaneamente, consultas, exames e cirurgias nos 45 hospitais universitários federais da Rede Ebserh em todo o país.
Serão atendidos pacientes da fila do Sistema Único de Saúde (SUS) previamente agendados, ampliando o acesso da população ao atendimento especializado e contribuindo para a redução do tempo de espera por uma consulta ou procedimento. Estão previstos no Hucam/Ufes consultas e procedimentos nas áreas de Cirurgia Geral, Dermatologia, Ginecologia, Oftalmologia, Gastroenterologia e Urologia.
O Dia E tem interface direta com o programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, e reforça o compromisso dos hospitais da Rede Ebserh com o SUS e com a assistência pública de qualidade.
Rede Ebserh
O Hucam/Ufes é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do SUS ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Categorias relacionadas SaúdePesquisa da Ufes sobre ensino de história e cultura afro na rede básica é apresentada em evento sobre igualdade racial
Os pilares para a implementação efetiva da Lei nº 10.639/2003 – que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, públicas e privadas – são formação obrigatória e aprofundada dos professores; revisão curricular e de materiais didáticos dentro do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD); financiamento contínuo; e criação de estruturas institucionais de monitoramento. As recomendações estão na pesquisa realizada na Ufes intitulada Nossos passos vêm de longe: as contribuições da diáspora africana para a Lei 10.639/2003, apresentada nesta quinta-feira, 11, no Seminário de Pesquisas em Rede – Igualdade Racial, que aconteceu em Brasília.
O evento foi promovido pelo Ministério da Igualdade Racial, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que busca valorizar a produção científica de pesquisadores negros e negras, promover a troca de experiências, a socialização e o fortalecimento das redes de pesquisa e inovação social voltadas à promoção da igualdade racial. O estudo realizado na Ufes foi apresentado pelas professoras Débora Araújo (coordenadora da pesquisa), Marileide França e Ozirlei Marcilino, todas do Departamento de Teorias de Ensino e Práticas Educacionais da Ufes.
Desafios e propostas
A coordenadora da pesquisa, Débora Araújo, apresentou desafios e propostas para a implementação da leiA pesquisa analisou 309 trabalhos produzidos em programas de pós-graduação em educação, ensino e correlatos de instituições públicas brasileiras. O objetivo foi analisar os desafios e propostas para a implementação da Lei nº 10.693 relatados em teses e dissertações no período de 2014 a 2024.
“A análise desse material revela que, apesar de fragilidades estruturais, o campo de pesquisa está evoluindo para abordagens mais complexas e profundas, buscando romper com o modelo simplório de inclusão cultural”, afirma a professora Débora Araújo.
O projeto Nossos passos vêm de longe foi desenvolvido no âmbito da área de Educação das Relações Étnico-Raciais (Erer) do Centro de Educação da Ufes. A equipe foi composta por 32 pessoas, entre docentes, estudantes e egressos da graduação e da pós-graduação da Ufes, além de docentes das universidades federais de Viçosa (UFV), do Recôncavo da Bahia (UFRB), de Ouro Preto (Ufop) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
As análises e os resultados da pesquisa serão publicados em diversos formatos, em especial num livro que está em produção.
Fotos: Divulgação
Ekaterina Bessmertnova lançará clipe e apresentará canções do seu primeiro trabalho solo no projeto Som na Sexta
A cantora russa Ekaterina Bessmertnova é quem vai iluminar o projeto de extensão Som na Sexta de dezembro, nesta sexta-feira, 12, a partir das 18 horas. Ela lançará clipe e apresentará show com canções do seu primeiro trabalho solo e clássicos da MPB. O evento musical, que é gratuito e aberto ao público, acontecerá na sede do Instituto Marlin Azul, localizado na Rua Oscar Rodrigues de Oliveira, 570, no Bairro Jardim da Penha, em Vitória, próximo à Rua da Lama. Cantora profissional naturalizada brasileira e radicada em Vitória há nove anos, Bessmertnova lançará no Som na Sexta o clipe da música Contra os Ventos e as Marés, do seu primeiro álbum solo.
Neste seu primeiro EP, lançado em 2024, ela interpreta cinco canções do maestro e compositor Célio Paula, inspirada pelas memórias afetivas dos verões de sua terra natal e pela vivência em solo tropical. Contra os Ventos e as Marés, que também dá título ao álbum, reflete a compreensão de que nada do que existe é fixo e estático, a partir de uma poesia sobre o acaso e as desventuras do amor. Ainda integram o EP as faixas Oitizeiro, Aprumar, Pé de Goiaba e Sai de Reto Olho Gordo.
Com sua voz potente e timbre aveludado, Ekaterina compartilha com o público canções populares, combinando ritmos como o samba, a bossa nova, o ijexá e a valsa. Para celebrar o lançamento do clipe, ela fará uma apresentação especial com todas as cinco músicas do álbum e uma seleção de clássicos da música popular brasileira.
Acompanham a cantora na apresentação do Som na Sexta o compositor, guitarrista, violonista, pesquisador acadêmico, professor de violão e guitarra da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) Victor Polo; a violoncelista da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses) e professora de violoncelo no projeto Vale Música Liana Meirelles; e o percussionista da Oses, produtor e professor Léo de Paula.
Trajetória
Ekaterina Bessmertnova se especializou em Canto Popular e Jazz na Academia Estatal das Artes de Ufá, na República do Bascortostão, na Rússia. Tem experiência profissional como professora de canto na Escola Pública Municipal de Música (para crianças e jovens), solista de big band e em apresentações diversas em casas de shows, restaurantes e bares na sua cidade natal. Desde 2018, atua como professora de canto em escolas de música de Vitória.
Ekaterina se destacou como cantora solista nos projetos Mulheres na Música, com a Camerata Sesi (2025); Voz e Percussão com Léo de Paula (2024, 2025); Tributo a Dona Ivone Lara (2024, 2025); Trilhas de Novela, com a Camerata Sesi (2024); Recital-palestra Musicalidade Bantu no Brasil, em Bogotá, Colômbia (2024); e Abertura oficial do movimento Outubro Rosa no Palácio Anchieta (2021, 2023, 2024 e 2025), entre outros. Foi semifinalista do Prêmio da Música Capixaba na categoria Intérprete (2024 e 2025).
Som na Sexta
O projeto Som na Sexta - IMA Musical nasceu da parceria entre o Instituto Marlin Azul e o Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA) da Ufes e do desejo comum de promover encontros musicais informais, na primeira sexta-feira de cada mês. Em cada edição, um ou mais artistas são convidados para a apresentação de um pequeno conjunto de peças de compositores locais, nacionais ou internacionais. O objetivo do projeto de extensão é criar um espaço/tempo para que estudantes e profissionais do estado se apresentem em um ambiente descontraído, aproximando a arte das pessoas.
Foto: Divulgação
Categorias relacionadas CulturaMinistro da Educação entrega Carteira Nacional Docente a reitor, vice-reitora e professora da Ufes, em solenidade em Brasília
O reitor Eustáquio de Castro, a vice-reitora Sonia Lopes e a professora do Departamento de Educação, Política e Sociedade (DEPS/Centro de Educação) Patrícia Rufino, representando os docentes da Ufes, receberam do ministro da Educação, Camilo Santana, a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB). A entrega aconteceu durante uma solenidade realizada na noite desta quarta-feira, 10, em Brasília, em que o ministro entregou a carteira pessoalmente para cada reitor, vice-reitor e docente homenageado das universidades federais.
O evento, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), marcou o encerramento das atividades do Colégio de Reitores do ano de 2025. Além de Santana, a cerimônia contou com a presença das ministras Ester Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Marcus Vinicius David; e do presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), José Geraldo Ticianeli.
Na ocasião, o ministro destacou os avanços na área da educação promovidos pelo governo federal. “Com o apoio do presidente Lula, celebramos o fim de mais um ano. Ano em que ampliamos o quadro de docentes e técnicos das universidades, com reajuste nos salários e nas carreiras dos servidores federais. Garantimos recomposição orçamentária para as instituições, o fortalecimento das políticas de assistência estudantil e melhoria na infraestrutura com entrega de várias obras do Novo PAC. E com a Carteira Nacional Docente do Brasil, reforço o compromisso com o trabalho de quem faz a Educação. Viva os professores, técnicos e gestores das universidades federais", celebrou.
Benefícios
Reitores, vice-reitores e docentes das universidades federais presentes na cerimôniaIniciativa do Ministério da Educação (MEC), a CNDB reconhece a importância do trabalho dos professores, facilitando o acesso a benefícios exclusivos para educadores das redes pública e privada, em todos os níveis e etapas da educação.
"São coisas simples, mas que fazem toda a diferença quando se pensa em valorização de uma carreira. A gente sente que a proposta é retomar a valorização do professor e de fazer com que a população brasileira acredite na importância desse profissional. Foi uma solenidade linda e emocionante", afirmou Patrícia Rufino, que foi indicada pelo reitor Eustáquio de Castro para representar os professores da Ufes.
A CNDB facilita o acesso a vantagens como descontos em eventos culturais nos cinemas, teatros e shows. Também assegura os benefícios do programa Mais Professores para o Brasil, como ferramentas de trabalho, cartões de crédito com condições diferenciadas, descontos em hotéis e outras parcerias em negociação pelo MEC. A carteira possui status de documento oficial e tem validade de dez anos.
Fotos: Ministério da Educação
Estudante de Engenharia Civil é premiada em congresso internacional por desenvolvimento de software. Programa será adotado no curso
A estudante do curso de Engenharia Civil Mariana Zeni foi premiada no 46º Congresso Ibero-Latino-Americano de Métodos Computacionais em Engenharia (Cilamce 2025), na categoria Research Beginners (Iniciantes em pesquisa), pelo desenvolvimento do software StifFEM, que reúne o conteúdo da disciplina Análise Estrutural III, contribuindo para o aprendizado dos estudantes. O programa foi desenvolvido sob orientação do professor Marcos Rodrigues e, a partir de agora, será adotado na disciplina.
O ponto de partida foi um trabalho cuja proposta era consolidar os conhecimentos da matéria por meio de uma implementação computacional. Segundo a professora Gabriela Fonseca, que ministrou a disciplina à época, muitos estudantes enfrentavam dificuldades na parte de programação. "Não foi o caso dela. Com base na ideia geral do trabalho e sob orientação de Rodrigues, ela desenvolveu um programa bastante completo, com interface gráfica e funcionalidades que abrangem todo o conteúdo da disciplina. Ele também apresenta ao usuário algumas etapas intermediárias da solução, o que é muito interessante para quem está aprendendo análise matricial de estruturas”, conta.
Para Rodrigues, o prêmio é um reconhecimento merecido e representa o início da trajetória da estudante como engenheira e pesquisadora, já que o trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Iniciação Científica (PIIC/Ufes).
“Isso reforça a relevância do apoio da Universidade e dos órgãos de fomento à iniciativas como essa. Sinto-me feliz, não apenas pelo prêmio, mas pela qualidade do aplicativo. Seu trabalho contribui significativamente para o aprendizado de novos estudantes e para as pesquisas conduzidas no Departamento de Engenharia Civil e no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil”, analisa.
Aplicação
Demonstração do funcionamento do software para o público presenteA estudante explica que o desenvolvimento do software durou cerca de um ano e meio e ele ainda vem sendo aperfeiçoado. A ideia de disponibilizá-lo para uso na disciplina sempre esteve em mente, uma vez que ele foi pensado para que o estudante tenha uma fonte confiável de conferência de seus exercícios e adaptável às diferentes estruturas que ele queira modelar.
“O curso de Engenharia Civil, para quem leva a sério, é bem puxado, a gente passa muito tempo estudando para entender ideias complexas e abstratas, às vezes. É essencial ter um software tão adaptável quanto o StifFEM, que nos ajuda entender o processo de maneira clara, poupando tempo e contribuindo para fixarmos o conteúdo”, conta.
Para ela, a premiação veio como um reconhecimento não só pelo trabalho desenvolvido, mas também por todo o esforço feito para concluir os estudos. “Entre o curso técnico em Edificações e a graduação, são quase dez anos – um período em que renunciei muitas coisas para alcançar boas notas e oportunidades. Diante da premiação e da vivência com diferentes pessoas que tive no Cilamce, é gratificante saber que todas as escolhas valeram à pena”, finaliza.
Congresso
O 46º Congresso Ibero-Latino-Americano de Métodos Computacionais em Engenharia (Cilamce 2025) reuniu professores, pesquisadores e desenvolvedores de tecnologia de diversos países em Vitória na última semana de novembro. O seminário ocorre regularmente desde 1977, com foco no avanço da pesquisa científica básica e de suas aplicações nas áreas de Ciências e Engenharia, visando ampliar as fronteiras do conhecimento relacionado aos Métodos Computacionais.
Segundo a organização, o evento tem grande relevância para o desenvolvimento do Brasil e de seus países parceiros, incluindo Portugal, Argentina, Chile, Itália e Espanha.
Fotos: Divulgação
Categorias relacionadas EnsinoPesquisadoras da Ufes ministram formações sobre educação especial na Universidade de Cabo Verde
A professora do Centro de Educação Mariangela de Almeida e a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) Islene Vieira ministram nesta quinta-feira, 11, a formação Pesquisa-Ação e Gestão de Educação Especial, na Faculdade de Educação e Desporto da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV). A formação, dirigida a estudantes e docentes da Uni-CV, é fruto de uma parceria entre a instituição e o PPGE/Ufes.
As formações acontecerão durante todo o dia e abordarão os temas Ensino em multiníveis: desafios e possibilidades para a educação e Perspectivas e práticas de pesquisa-ação.
Segundo a Faculdade de Educação e Desporto cabo-verdiana, as formações serão ministradas pelas pesquisadoras, “reconhecidas por sua contribuição nas áreas da educação especial, ensino em multiníveis e pesquisa-ação”. A Ufes também foi mencionada como “uma instituição de referência na educação internacional”.
A professora Mariangela de Almeida é coordenadora do Grupo de Pesquisa Formação, Pesquisa-Ação e Gestão em Educação Especial (Grufopees) e membro do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação Especial (Neesp) do Centro de Educação. Já Islene Vieira atua como assessora da Educação Especial na Secretaria Municipal de Educação da Serra e é membro do Grufopees.
Categorias relacionadas InstitucionalPavivis seguirá atendendo no Hucam, informa a Administração Central da Ufes
A Administração Central da Ufes informa que o Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Pavivis), projeto de extensão do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), continuará atendendo no Hucam.
Sobre a mudança do local de atendimento do Programa, a Administração da Universidade afirma que não tinha conhecimento desta iniciativa e pediu a suspensão da medida.
A Administração Central da Ufes reconhece a relevância do Pavivis, que este ano completa 27 anos de atuação, prestando atendimento gratuito às vítimas de abusos sexuais. O programa oferece acompanhamento médico, psicológico, social e laboratorial a pessoas em situação de violência sexual, além de suporte e orientação também aos familiares por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Categorias relacionadas ExtensãoUfes vai aderir a Protocolo de Prevenção e Enfrentamento da Violência contra a Mulher nas Universidades Públicas
A Ufes vai aderir ao Protocolo Único de Prevenção, Proteção e Enfrentamento da Violência contra a Mulher nas Universidades Públicas Brasileiras. O documento é uma iniciativa da Associação dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) em atenção a um pedido do Ministério das Mulheres.
O protocolo visa padronizar e fortalecer as ações de combate à violência de gênero nas instituições de ensino superior do país e tem entre os principais objetivos proteger mulheres em situação de violência nas universidades; prevenir situações de assédio, abuso ou violência; coibir práticas discriminatórias; e garantir acolhimento integral às vítimas, respeitando suas necessidades emocionais, psicológicas, sociais e jurídicas.
Para o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, o combate à violência contra a mulher deve ser uma causa abraçada por toda a sociedade. “Nossa adesão ao protocolo é uma demonstração do quanto a escalada da violência de gênero nos preocupa. A adoção de medidas para inibir essas práticas na nossa comunidade universitária e proteger as vítimas é uma das prioridades da nossa gestão que, por meio de um novo modelo de governança, já vem criando estruturas que possam atuar com eficácia neste processo”, afirma.
Medidas
O Protocolo Único de Prevenção, Proteção e Enfrentamento da Violência contra a Mulher nas Universidades Públicas Brasileiras propõe medidas como a criação de Núcleos de Acolhimento e Proteção à Mulher em todas as universidades; atendimento sigiloso e humanizado; encaminhamento imediato para medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha; garantia de sigilo de dados pessoais para as denunciantes; e a criação de uma Ouvidoria Feminina que atue em parceria com a Ouvidoria geral, entre outras.
“O que buscamos é criar um ambiente mais seguro para nossas estudantes, técnicas, professoras e funcionárias terceirizadas”, destaca o reitor.
Para falar sobre o protocolo, a assessora especial do Ministério das Mulheres, Lygia Pupatto, participará nesta quinta-feira, 11, da 184ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que acontece em Brasília.
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Ufes estuda viabilidade de mestrado profissional em Educação voltado para professores de escolas do campo
Representantes do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes) apresentaram à Ufes uma proposta de parceria para a oferta de uma turma do curso de mestrado profissional em Educação, voltada especificamente para professores que trabalham nas escolas do campo. O projeto está em tramitação pelos conselhos deliberativos da Universidade e, se aprovado, o curso poderá ser ofertado no próximo ano letivo. A expectativa é que o aporte de recursos para custeio do curso venha de emendas parlamentares.
Segundo o coordenador do Centro de Formação e Reflexão (CFR) do Mepes, Felipe Pomuchenq, a proposta surgiu a partir de uma demanda interna para potencializar a formação dos profissionais da rede e fortalecer a educação do campo e a pedagogia da alternância: “A oferta do curso de mestrado em Educação possibilitará a atualização e o desenvolvimento acadêmico, além de promover pesquisas e projetos sobre a educação do campo e pedagogia da alternância, contribuindo no aprimoramento de suas práticas e na melhoria da qualidade da educação”, afirmou.
O reitor Eustáquio de Castro afirmou que será uma satisfação para a Ufes poder atender a esta demanda, que reafirma o compromisso da Universidade com a democratização do acesso ao conhecimento, a valorização das identidades rurais e o fortalecimento das ações voltadas às populações do campo. "Queremos contribuir ainda mais para a formação de pesquisadores e profissionais capazes de compreender, investigar e transformar os contextos rurais, promovendo práticas educativas que respeitem a diversidade cultural, produtiva e territorial dessas populações", disse.
A reunião para a apresentação do projeto de parceria foi realizada na segunda-feira, dia 8, na sala de reuniões da Reitoria. Além do reitor e de Pomuchenq, estiveram presentes as professoras do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE), Cleyde Amorim e Renata Duarte; o presidente e coordenador do Mepes, Darci Schaefer; a diretora de Relações Interinstitucionais da Ufes, Ana Beatriz Fonseca; e os assessores do senador Fabiano Contarato, Roberto Carlos, e do deputado federal Helder Salomão, Renato Laures.
O Mepes é uma organização social sem fins lucrativos que atua principalmente na área da educação do campo e desenvolvimento rural sustentável, com o objetivo principal de promover o homem por meio da melhoria da qualidade de vida no meio rural.
Na foto: Felipe Pomuchenq, Roberto Carlos, Cleyde Amorim, Eustáquio de Castro, Renato Laures, Renata Duarte, Darci Schaefer e Ana Beatriz Fonseca.
Livro comemora 50 anos do curso de Comunicação Social da Ufes. Lançamento será nesta quinta, 11
A formação em Comunicação Social na Ufes completa meio século este ano e será celebrada com um livro especialmente escrito para contar esta história: Quinquagenário – 50 anos do curso de Comunicação Social da Ufes. O lançamento da obra, com distribuição gratuita de exemplares, será realizado nesta quinta, dia 11, a partir das 9 horas, no Auditório do Centro de Artes da Ufes, localizado no no prédio Cemuni IV, no campus de Goiabeiras.
Idealizado e organizado pelo professor do Departamento de Comunicação Social José Antonio Martinuzzo, ex-aluno do curso de Jornalismo da Universidade, o livro tem apresentação do reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, e a participação de 12 alunos e ex-alunos na produção dos textos.
Com três cursos de graduação – Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Cinema e Audiovisual –, o atual Departamento de Comunicação Social (Depcom) já formou 3.043 profissionais, contrariando a previsão inicial: o curso foi criado para graduar apenas 240 profissionais e ser extinto, ainda nos anos 1970.
O livro traz a listagem completa de todos os profissionais graduados ao longo deste meio século de formação em Comunicação Social na Ufes. Da história institucional aos vários currículos dos cursos, os capítulos abordam também a adoção de políticas de inclusão, a atuação do movimento estudantil, a criação da pós-graduação, entre outros fatos.
Ao longo desse percurso, já são 183 professores com passagem pelo Depcom, que também ancora o Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades, com mestrado e doutorado.
A edição do livro teve o apoio institucional da Organização das Cooperativas Brasileiras do Espírito Santo (OCB/ES) e da GSA Gráfica e Editora.
Categorias relacionadas InstitucionalUfes e Governo do Estado discutem parceria para a gestão do Hospital Roberto Silvares, em São Mateus
O reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, recebeu na manhã desta terça-feira, 9, o secretário de Estado da Saúde Tyago Hoffmann, para discutirem a possibilidade de uma parceria entre o Governo do Estado e a Universidade para que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) faça a gestão do Hospital Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), localizado no município de São Mateus. A proposta vem sendo discutida desde a aprovação do curso de Medicina no campus da Ufes na cidade.
Além do reitor e do secretário, participaram do encontro o diretor do Centro de Ciências da Saúde, Helder Mauad (CCS); o membro do Conselho de Curadores da Ufes Fernando Bissoli; a pró-reitora de Bem-Estar Comunitário, Ana Paula Bittencourt; o chefe de gabinete, Gustavo Cardoso; e a subsecretária de Estado de Atenção à Saúde, Carolina Sanches.
De acordo com o reitor, em setembro foi enviado um documento ao Ministério da Educação pedindo a incorporação do hospital pela EBSERH. Para ele, a parceria será benéfica, visto que a unidade servirá como um campo de estudos, oportunizando aos estudantes estágios e residências, a exemplo do que ocorre no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam/Ufes).
Na foto: Carolina Sanches, Ana Paula Bittencourt, Gustavo Cardoso, Tyago Hoffmann, Eustáquio de Castro, Helder Mauad e Fernando Bissoli“É importante a participação do Governo do Estado, da Ufes, da EBSERH e do Ministério da Educação (MEC), porque, no final, quem autoriza é o ministro. É um processo complexo, mas estamos negociando, buscando recursos e formas de viabilizar”, assegura.
Assistência
Segundo o secretário, uma vez firmada a parceria, o estado ajudará a arcar com custos, investimentos e contratualização. “É uma relação que o governador tem total interesse em construir, pois entendemos que a gestão da EBSERH é extremamente competente e que, à frente daquele hospital, ajudará muito os capixabas. Queremos preencher os vazios assistenciais daquela região”, pontua.
Atualmente o Hospital Roberto Arnizaut Silvares passa por reforma, com previsão de término em março de 2026. O local oferta 197 leitos e especialidades como clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ortopedia, neurocirurgia, urologia, vascular, cirurgia plástica reparadora e cirurgia buco-maxilo-facial. A estimativa é que outras especialidades sejam incorporadas, entre elas oncologia e cirurgia cardiológica de alta complexidade.
Fotos: Divulgação/Sesa e Tatiana Moura
Categorias relacionadas InstitucionalCampus de Goiabeiras vai sediar o 1º Encontro de Negros, Negras e Cotistas da Ufes. Inscrições abertas
Nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, o campus de Goiabeiras sedia o 1º Encontro de Negros, Negras e Cotistas da Ufes, o Enufes, que traz como tema Ufes é nosso quilombo: reconhecer as raízes para construir o futuro. De acordo com a organização, o evento gratuito tem como objetivo traçar construções coletivas para enfrentamento ao racismo, por meio da resistência dos movimentos sociais e estudantis. As inscrições estão abertas e podem ser feitas neste link.
O encontro discutirá temáticas abrangendo os eixos Ensino, Pesquisa, Extensão e Permanência e Pertencimento. No eixo Ensino serão tratadas cotas para docentes e discentes, currículo, análise no novo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e incentivo à construção da carreira. Já no que tange à Pesquisa e à Extensão serão debatidos estudos envolvendo relações étnico-raciais, fomentos de projetos de extensão sobre raça e cotas nos projetos de extensão. O eixo Permanência e Pertencimento trará análises das ações afirmativas e dos espaços de acolhimento para estudantes negros da Universidade. As atividades serão realizadas no Centro de Artes (CAr) e no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD).
A programação contempla grupos de trabalho e rodas de conversa, que abordarão a autoestima das pessoas negras por meio da estética, afirmação da ancestralidade, divisão racial do trabalho, saúde da população negra, Lei n° 12.711 e acesso à Universidade, produção de arte e cultura negra no Espírito Santo, entre outros.
Espaços
A diretora de Relações Étnico-Raciais do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e coordenadora-geral do Enufes, Sofia Iothi, afirma que o evento surgiu a partir da crescente necessidade, de estudantes negros e negras, de espaços para pensar o ensino, a pesquisa e a extensão antirracista, bem como o pertencimento à Universidade.
“A partir dessa demanda, o DCE construiu o 1º Enufes, em parceria com a Secretaria de Ações Afirmativas (Saad), para ser um espaço formativo, político e cultural”, assegura.
Ainda durante o evento haverá a entrega de um manifesto à Reitoria e às direções de centros de ensino, além da construção de um documento político contra o extermínio da juventude negra, que será enviado ao Governo do Estado.
A programação completa está disponível no perfil do DCE no Instagram.
Categorias relacionadas InstitucionalAlunos do Cap Criarte produzem livros em que recriam clássicos da literatura infantil. Exemplares foram entregues ao reitor e à vice-reitora
Quem acha que escrever livros é coisa de gente grande está enganado, e quem prova isso é a turma do grupo 2M do Colégio de Aplicação (CAp) Criarte Ufes. Ao longo de dois meses os pequenos escreveram dois livros, recriando clássicos da literatura infantil e narrando fatos do dia a dia, mas com um detalhe: os enredos foram conduzidos por eles, com muito entusiasmo e diversão. Na manhã desta terça-feira, 9, foi o dia da entrega de exemplares ao reitor, Eustáquio de Castro, e à vice-reitora, Sonia Lopes.
As obras foram intituladas Era um vez histórias criativas do grupo 2M e Histórias de Amizade em Quatro Contos Infantis, que recria os clássicos Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, A Formiga e Cigarra e A Lebre e a Tartaruga. A organização ficou por conta da pedagoga Flávia Sperandio, da professora Amanda Savergnini, da auxiliar de turma Regina Quirino e da monitora Cecília Radinz.
Savergnini conta que a escrita surgiu a partir do interesse das crianças por histórias clássicas e contemporâneas, que ocupam um espaço importante no dia a dia delas no CAp Criarte. Para a construção das narrativas foram compartilhadas imagens de personagens de histórias já conhecidas e objetos familiares. A partir desse contato, os pequenos escritores selecionaram as imagens e, coletivamente, foram construindo as histórias, sendo que cada um complementava o enredo iniciado pelo outro. Ao longo da leitura, os alunos percebem associações tanto com personagens de contos conhecidos quanto com momentos vivenciados no colégio ou em família.
Futuro
Imagem Alunos apresentando o livro à vice-reitoraNa visão da vice-reitora, a oportunidade de ter uma educação infantil de qualidade dá à criança a possibilidade de um futuro promissor. “Eu achei a visita espetacular, porque elas são os mais jovens estudantes da Universidade e esperamos que elas tenham condições de seguir em frente em suas formações. A gente espera que a Universidade pública e gratuita resista, para que elas tenham um futuro muito promissor dentro da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada”, analisa.
Para Savergnini as crianças tiveram uma experiência significativa, que possibilitou dar voz às suas ideias, incentivar a criatividade e estimular a imaginação. “Ao compartilhar histórias e pensamentos, elas ampliam o repertório social, cultural e imaginativo”, conclui.
Com simplicidade infantil, a aluna Olívia Ataíde resumiu como foi a experiência de produzir o livro: "Eu achei muito legal porque eu adoro os meus amigos".
Fotos: Elisa Zamperlini
Categorias relacionadas EnsinoUfes inicia campanha para regularização de acesso aos restaurantes universitários
A Ufes vai iniciar nesta quarta-feira, 10, uma campanha para regularização do acesso aos Restaurantes Universitários (RUs) dos campi de Goiabeiras e Maruípe. A medida é necessária devido ao aumento do número de usuários internos e visitantes (pessoas que não fazem parte da comunidade universitária) que estão pulando as roletas para se alimentar de graça, muitas vezes desacatando e ameaçando trabalhadores terceirizados que atuam no local ou mesmo pessoas que acessam o restaurante regularmente.
A partir do dia 10, as pessoas da comunidade universitária que estiverem na fila dos restaurantes serão identificadas e, estando com o cadastro regular, receberão uma ficha e poderão se encaminhar à roleta de acesso ao salão de refeições.
Pessoas da comunidade universitária que estiverem com cadastro irregular serão encaminhadas para uma sala onde terão o cadastro regularizado. Em caso de falta de créditos, elas poderão se dirigir ao caixa para comprar créditos e pagar a refeição.
Além disso, para aqueles que fizerem biometria haverá a distribuição de canecas, conforme a disponibilidade do estoque. Embora a biometria seja facultativa, o acesso ao RU deve ser identificado, podendo ser feito a partir da digitação do CPF e apresentação de documento de identificação com foto.
Estudantes com cadastro irregular e que declarem não ter recursos para custear a refeição serão cadastrados e receberão o Acesso Provisório Emergencial por Segurança Alimentar - Apressa RU. Esse recurso, válido por sete dias, foi criado para atender casos emergenciais em que o estudante, por barreiras financeiras, cadastrais ou outras, não consegue acessar o RU. Com o benefício, o estudante poderá fazer sua refeição e será encaminhado para atendimento técnico da equipe de assistência estudantil para regularização.
“Nenhum estudante ficará sem comer porque não tem dinheiro para pagar a refeição. Atualmente, 70% dos acessos aos restaurantes são de estudantes assistidos que têm 100% de isenção e acessa o RU gratuitamente. Aquele estudante que não tiver condições financeiras de arcar com o custo da refeição e que, por algum motivo, ainda não esteja cadastrado no Programa de Assistência Estudantil, será encaminhado para regularizar sua situação, sem custo. O objetivo é garantir que o acesso ocorra com dignidade, de forma regular, mesmo que de forma gratuita”, afirma o diretor de Gestão de Restaurantes, Iury Pessoa.
Já pessoas da comunidade externa terão que se dirigir ao caixa para adquirir o ticket de acesso, no valor de R$ 9,50. Pessoas em situação de vulnerabilidade social que não tenham condições de custear a refeição serão encaminhadas para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População de Rua (Centro-Pop) Continental, localizado em Goiabeiras, gerido pela Prefeitura Municipal de Vitória e que oferece refeições (café da manhã, almoço, café da tarde e jantar) a pessoas em vulnerabilidade social.
Recursos
Pessoa explica que a catraca ou roleta não serve apenas para controlar quem entra e sai. Ela é a ferramenta que identifica quem acessa. Essas informações subsidiam a Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) para a destinação de recursos às instituições federais de educação superior (Ifes), além de subsidiar as políticas de alimentação da Ufes.
“Para nós o estudante não é um número, ele é uma pessoa. Nossas políticas são voltadas para pessoas e, por isso, precisamos saber quem acessa para cruzar com seu perfil (região de moradia, composição familiar, restrições alimentares, região de origem, etc). Sem o registro, não há dado, o que compromete o repasse de verba e o direcionamento de nossas políticas, que já estão sendo ampliadas com a oferta de sobremesa, café da manhã nos RUs de Alegre e jantar em Maruípe, entre outras ações. É preciso que os usuários dos RUs se identifiquem para garantir a segurança e a qualidade da alimentação”, ressalta.
Ele explica ainda que todo usuário não cadastrado como servidor ou estudante é considerado visitante. Essas pessoas devem cumprir com todas as regras dos RUs, incluindo o pagamento da tarifa cheia (R$ 9,50) e a obrigatoriedade do cadastro.
A campanha para regularização do acesso aos Restaurantes Universitários (RUs) será estendida posteriormente aos campi de Alegre e São Mateus.
Benefícios
Atualmente, estudantes de graduação presencial regularmente matriculados na Ufes e que tenham renda familiar bruta mensal per capita de até dois salários mínimos têm direito ao Benefício RU (BRU), que consiste na isenção de 100% (gratuidade total) no valor das refeições nos RUs.
Estudantes com esse perfil de renda podem solicitar o benefício por meio do Portal da Assistência Estudantil, sem que seja necessário esperar a abertura de edital.
“A análise é automática e instantânea. O sistema cruza seus dados com o CadÚnico e bases da Ufes. Se a renda per capita for inferior a dois salários mínimos, o deferimento é imediato”, afirma Iury Pessoa.
Já o Apressa RU é uma medida excepcional para garantir que ninguém fique sem alimentação por burocracia ou dificuldades pontuais. Ele garante refeições gratuitas imediatas a estudantes de graduação ou pós-graduação, estudantes de outras Ifes em trânsito e filhos de estudantes com idade de até 6 anos em situação de vulnerabilidade alimentar imediata, falta de dinheiro pontual, bloqueio de sistema ou perda de documentos. O benefício pode ser solicitado diretamente na entrada do restaurante, procurando a equipe da Diretoria de Gestão de Restaurantes (DGR).
Os estudantes contam ainda com o Auxílio Estudantil Emergencial Temporário (AEET), que assegura acesso gratuito ao RU e suporte financeiro para garantir a segurança alimentar em momentos de crise com alteração repentina na realidade socioeconômica, como em casos de desemprego na família ou falecimento de provedor.
O benefício é dirigido a estudantes de graduação presencial com renda de até 1,5 salário mínimo per capita e pode ser solicitado imediatamente após a ocorrência do fato que alterou a condição financeira por meio de contato com a equipe de Serviço Social da Pró-Reitoria de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes).
Pessoa lembra ainda que todo estudante da Ufes não cadastrado nas políticas anteriores é subsidiado: “É o subsídio universal de 70%, em que os estudantes pagam apenas 30% do custo de cada refeição”.
Foto: Ana Oggioni
Categorias relacionadas Assistência estudantilUfes recebe prêmio do Hub Base 27 na categoria Base Educação
A Ufes recebeu o prêmio de 3º lugar do Hub Base 27, na categoria Base Educação, ao lado do Instituto Federal de Educação (Ifes). O prêmio é uma homenagem às organizações que mais se destacaram em projetos e investimentos em inovação durante o ano.
Na cerimônia de premiação realizada na última quinta-feira, 4, representaram a Universidade a superintendente de Projetos e Inovação, Miriam de Magdala, e o professor do Departamento de Administração César Tureta.
Na avaliação de Magdala, “o reconhecimento pelo Hub Base 27 da importância da Ufes como parceira demonstra que estamos conseguindo, cada vez mais, nos aproximar das empresas, de modo específico, e da sociedade, de modo geral, para a promoção da inovação”.
Para o professor Tureta, “esse é um prêmio de engajamento das instituições de ensino com as atividades do Base 27 e um incentivo para maior participação”. Ele afirmou ainda, que “a parceria permite que os alunos interajam com as empresas e vivenciem a prática, participando de eventos e levando o conhecimento desenvolvido na Universidade”.
Na foto, a diretora de Inovação do Base 27, Pollyana Polez; Miriam de Magdala; César Tureta; e a CEO do Base 27, Michele Janovik.
Aproximação com o mercado
Segundo ele, as atividades visam criar uma ponte entre a academia e as empresas mantenedoras do hub e suas parceiras. "Essa ponte cria possibilidades de o estudante da Ufes fazer alguma atividade ou trabalho de conclusão de curso em alguma dessas empresas, além de interagir com profissionais e gestores das mantenedoras do hub. É uma aproximação muito rica, especialmente no que diz respeito aos estudantes conhecerem como funciona a inovação, terem contato com profissionais e gestores das empresas que são mantenedoras e parceiras do Base 27, o que é importante para a formação acadêmica e para o acesso a estágios e até contratações”, destacou.
O Hub 27 é uma base de inovação localizada no Espírito Santo, que busca contribuir para uma formação voltada ao conhecimento em inovação, desenvolvimento de soluções para desafios reais do mercado através da pesquisa e conexão dos alunos com o mercado de trabalho.
Na mesma categoria foram premiadas a UniSales, na segunda colocação, e a Fucape, em primeiro lugar.
Categorias relacionadas InstitucionalFeira vai expor e comercializar produção das oficinas de trabalho e renda dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) nesta quinta, 11
Expor e comercializar a produção das oficinas de geração de trabalho e renda dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), na perspectiva da Economia Popular e Solidária: essa é a missão da V Feira de Economia Solidária e Saúde Mental, que acontece na próxima quinta-feira, 11, das 9h às 16h, na Praça Duque de Caxias, em Vila Velha. A iniciativa é uma ação de extensão envolvendo estudantes dos cursos de Terapia Ocupacional e Serviço Social da Ufes, integrantes do projeto Saúde mental e atenção psicossocial: trabalho, arte, cultura e educação permanente, coordenado pelas professoras Adriana Leão e Fabíola Leal, dos Departamentos de Terapia Ocupacional e Serviço Social, respectivamente.
Serão apresentados ao público produtos artesanais, de higiene e limpeza, comestíveis, bazar, entre outros, todos elaborados e confeccionados por pessoas usuárias de 11 Caps da Grande Vitória, do interior do estado e de outros empreendimentos econômicos solidários. Além disso, haverá programação cultural com recital de poesias, oficina de percussão e apresentação do bloco carnavalesco Que Loucura.
Leão assinala que o foco da proposta é garantir o acesso ao mundo do trabalho como um direito, e não como ocupação com viés terapêutico. "Na ótica da atenção psicossocial, as pessoas não são caracterizadas como pacientes, mas como usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e, mais especificamente, nessa ação, trabalhadoras dos empreendimentos econômicos solidários”, explica.
Enfrentando estigmas
Ela reforça que, para além de fomentar o processo de reabilitação psicossocial das pessoas usuárias dos Caps, garantindo o acesso ao mundo do trabalho e proporcionando movimentos de circulação e participação social, a feira viabiliza a ocupação de espaços da cidade.
“É um importante aspecto de enfrentamento da estigmatização social, que é uma forma de violência que restringe direitos, silencia as experiências de vida e legitima práticas de exclusão. Já para os estudantes, a vivência desse movimento contribui com a formação profissional, na futura produção de práticas e estratégias inclusivas e cidadãs”, destaca.
A V Feira de Economia Solidária e Saúde Mental é uma realização do Grupo de Políticas Públicas e Práticas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, vinculado ao curso de Terapia Ocupacional, e do Grupo Fênix, ligado ao curso de Serviço Social, em parceria com os Caps. A ação conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Vila Velha e a renda obtida será dividida entre as pessoas que participaram do processo, sendo parte direcionada para a manutenção de cada um dos projetos.
Categorias relacionadas ExtensãoEspaço Empreendedor realiza primeira maratona de soluções inovadoras com estudantes nesta quarta, 10
Cerca de 60 estudantes – entre estudantes e egressos da Ufes e alunos de Centros Estaduais de Educação Técnica (CEETs) – se reunirão na Ufes na próxima quarta-feira, 10, para participar da i9 Maratona de Inovação (Hackathon), evento em que devem apresentar soluções inovadoras diante de desafios de diversas áreas. Promovido pelo Espaço Empreendedor, incubadora de startups da agência de inovação da Ufes, a Inova Ufes, a hackathon será realizada no auditório da Biblioteca Central, localizada no campus de Goiabeiras, a partir das 8 horas.
As inscrições para suplentes e estudantes dos CEETs ainda seguem abertas por meio deste link. O evento celebra cinco anos de funcionamento do Espaço Empreendedor da Ufes.
Ao longo da manhã, os estudantes participarão de capacitações e receberão orientações a respeito dos temas da maratona. Em seguida, serão divididos em cinco equipes, por sorteio, e trabalharão em salas exclusivas à tarde, com apoio de mentores, nas soluções que deverão apresentar, em formato de pitch (exposição curta de uma ideia), para uma banca avaliadora composta por representantes de instituições estratégicas e especialistas convidados.
As três melhores propostas receberão prêmios em dinheiro – R$ 1,5 mil para o vencedor, R$ 1 mil para o segundo lugar e R$ 500 para o terceiro –, que serão divididos entre os integrantes da equipe. Todos os participantes da maratona terão direito a certificado.
Além de estudantes e egressos da Ufes, já está confirmada a participação de estudantes dos CEETs Emílio Nemer (Castelo), Giuseppe Altoé (Vargem Alta), Talmo Luiz Silva (João Neiva) e Vasco Coutinho (Vila Velha).
As propostas contemplarão os temas Cidades Inteligentes, incluindo mobilidade urbana, gestão de recursos e participação cidadã; Saúde e Bem-Estar Social e Ambiental, com tecnologias para ampliar o acesso à saúde e práticas sustentáveis; e Transformação Digital e Inteligência Artificial para Micro e Pequenos Negócios, abrangendo ferramentas digitais para aumentar a competitividade e a eficiência de empresas.
Dinâmica do mercado
Segundo o gerente executivo do Espaço Empreendedor, Marcelo Sarcinelli, a dinâmica do evento simula práticas do mercado, como trabalho em equipe, uso de metodologias ágeis, pressão por prazo e foco em resultados.
“Queremos proporcionar uma experiência prática, imersiva e colaborativa para desenvolver soluções inovadoras que respondam a desafios regionais. A iniciativa promove integração entre equipes multidisciplinares, estimula a criatividade e fortalece a cultura empreendedora e tecnológica”, afirma Sarcinelli.
Ele destaca que a hackathon é estratégica para os participantes e para a Ufes, porque aproxima a academia do setor produtivo: “O evento fomenta inovação aplicada e contribui para o fortalecimento do ecossistema de startups e incubadoras no Espírito Santo, consolidando sua missão de conectar conhecimento acadêmico às demandas do mercado”.
A i9 Maratona de Inovação (Hackathon) conta com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti/ES), do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
Categorias relacionadas EnsinoProfessora do Centro de Educação representará docentes da Ufes em solenidade para entrega da Carteira Nacional Docente do Brasil
A professora do Departamento de Educação, Política e Sociedade (DEPS/Centro de Educação) Patrícia Rufino, assessora de Relações Políticas com a Comunidade Acadêmica, vai representar todos os docentes da Ufes na solenidade de entrega da Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB) organizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O evento, a ser realizado na próxima quarta-feira, 10, acontecerá em Brasília e marcará o encerramento das atividades do Colégio de Reitores do ano de 2025.
Para a professora, mais que um documento, a CNDB é o símbolo de uma carreira. “A gente se destaca não só por receber uma carteira docente, mas por defender a profissão. Isso, para mim, tem muita representatividade", afirma.
A história de Rufino com a Universidade é longa. São mais de 25 anos divididos entre graduação, pós-graduações e docência. O primeiro curso foi Geografia, seguido do mestrado e doutorado em Educação, pois ser professora era um sonho de menina, sempre acalentado pela família. Com brilho nos olhos, ela confessa se sentir parte da história da instituição. “Ser docente me possibilitou fazer as denúncias que eu preciso fazer e inserir o meu corpo onde ele precisa estar, porque esse corpo negro fala de uma perspectiva de pertencimento e de exclusão. A sala de aula me levou também às militâncias que eu fui construindo e exercendo, me levou a participar de ações dentro a Universidade, juntamente com o Movimento Negro, que nos possibilitaram refundar o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), um coletivo que a gente defende com muita garra e honra”, destaca.
Rufino acredita que sua indicação para representar a Ufes na solenidade – feita pelo reitor Eustáquio de Castro – se deu por conta das pautas que defende, de enfrentamento ao racismo institucional e de luta por equidade na Universidade.
Carteira
A aprovação do Projeto de Lei nº 41/2025, que criou a Carteira Nacional de Docente no Brasil (CNDB), ocorreu em agosto deste ano e a entrega do documento teve início em outubro, mês em que se comemora o Dia do Professor. O documento de identificação, emitido pelo Ministério da Educação (MEC), é destinado aos professores da educação pública e privada nas esferas federal, estadual e municipal, e garante descontos em eventos culturais, como cinema, teatro e shows. Veja aqui como obtê-lo.
A carteira ainda dá ao docente o direito de usufruir o desconto de 15%, exclusivo a esses profissionais, nas tarifas de diárias de hotéis, a partir da parceria firmada entre a pasta e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional). Além disso, cada profissional com o documento tem acesso a um cartão de crédito vinculado à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, sem anuidade.
A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de valorização e qualificação do magistério da educação básica, bem como de incentivo à docência no país.
Foto: Tatiana Moura
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