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PPGL organiza evento sobre escrita literária, literatura e cinema com a participação do cineasta André Queiroz
Palestras, debate, exibição de filmes e lançamento de livro fazem parte da programação do evento Literatura e Cinema: As Urgências do Agora, organizado pelo grupo de pesquisa Crítica e Experiência Estética, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL). O encontro tratará de assuntos como escrita literária, literatura e cinema e acontecerá no campus de Goiabeiras entre os dias 9 e 11 de dezembro. Na ocasião, serão exibidos os filmes Araguaia, Presente!, João Parapeito (em sessão especial) e Solanas Explicado às Crianças, obras de autoria do escritor, cineasta e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) André Queiroz, que participará de conversas com a plateia após as apresentações. A entrada é gratuita e aberta ao público.
Dos três filmes que serão apresentados na mostra, dois (Solanas Explicado às Crianças e João Parapeito) têm colaboração do PPGL e do Estúdio de Música da Ufes, que realizou a gravação, o arranjo e a mixagem de uma das músicas da trilha sonora. A execução ficou por conta do professor Gaspar Paz (autor da música Confluências, que compõe a trilha de Solanas) e da professora do PPGL Júnia Zaidan (que interpreta a música Último ato, de Camila Cristina e Floriano Santos).
“O evento mostra resultados de uma colaboração que vem se consolidando entre integrantes do grupo de pesquisa e pesquisadores de várias universidades brasileiras. A comunidade acadêmica e o público em geral terão a oportunidade de debater com o diretor e ainda acompanhar, em primeira mão aqui em Vitória, o lançamento de seus ensaios sobre cinema”, ressalta Paz, que é responsável pelo prefácio do livro-ensaio Cinema e luta de classes na América Latina, de autoria de Queiroz. A obra, que será lançada durante o evento, trata do cinema como peça motriz de disparo do pensamento crítico que toma os conflitos históricos, políticos, sociais e culturais latino-americanos sob o prisma de luta de classes na etapa atual de avanço do capitalismo.
“O evento é significativo por mimetizar o próprio caráter multiartista do professor André Queiroz, que é um excelente escritor, poeta, ensaísta, cineasta, pesquisador. Quando ele se aproxima de um tema, procura extravasá-lo em diferentes perspectivas de atuação. Ele tem um tipo de formação que é pouco comum hoje em dia”, avalia o professor.
Referências
André Queiroz é coordenador do grupo de pesquisa Cinema e Arte na América Latina, vinculado ao Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs/UFF), que é parceiro do PPGL em várias ações. Recentemente, seu filme Solanas Explicado às Crianças recebeu cinco prêmios pelo júri popular no Festival de Cinema de Santo André, dentre os quais estão Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz e Melhor Ator.
Atualmente, ele tem se dedicado ao estudo sobre a América Latina a partir da obra do cineasta argentino Fernando Pino Solanas e à colaboração com o projeto Vida e obra de Gerd Bornheim, desenvolvido pelo grupo de pesquisa capixaba com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). “Sua participação tem sido fundamental para o descortino da obra do filósofo brasileiro e para o estabelecimento de outras perspectivas de pesquisa”, diz Paz.
Queiroz avalia que serão dias de atividades muito ricas e diversas: “O público capixaba é sempre muito atencioso ao que se está produzindo no contemporâneo, seja no cinema, na literatura, nas artes ou na música. As referências que tenho sobre a riqueza do universo de produção artística, diverso e contínuo, assim como a acuidade da percepção crítica dos trabalhos que são desenvolvidos na Universidade, no PPGL, é expressão disso”.
Categorias relacionadas PesquisaCampus de Alegre sedia 1º Seminário de Vulnerabilidade Socioambiental e debate importância das Unidades de Conservação
O campus de Alegre sediou nesta quarta-feira, 4, o 1º Seminário de Vulnerabilidade Socioambiental: Unidades de Conservação e Sociedade. O evento, que promoveu uma discussão sobre a preservação ambiental e o impacto das atividades humanas, foi coordenado pelo Grupo de Estudos em Análise de Riscos e Desastres (Geard) e motivado pela tragédia da enchente ocorrida neste ano no município.
“Nos preocupa como os profissionais do futuro vão se posicionar em relação às tragédias que enfrentamos hoje”, destacou a professora do Departamento de Ciências Biológicas e coordenadora do Geard, Juliana Lanna.
Organizado como parte das atividades da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, o evento contou com mesas temáticas que abordaram a importância das Unidades de Conservação para a proteção da biodiversidade, apresentando diferentes perspectivas sobre o papel das UCs na preservação ambiental, e o programa de concessão dos parques capixabas à iniciativa privada e seus riscos socioambientais.
Encaminhamentos
O seminário destacou a necessidade de integrar sociedade, academia e gestores públicos em ações concretas para proteger as UCs, considerando sua importância para a biodiversidade e como defesa contra desastres naturais.
O evento também reforçou o papel da Ufes como espaço de diálogo sobre questões socioambientais e alertou para a urgência de preservar as riquezas naturais do Espírito Santo, diante das pressões econômicas e climáticas. Em paralelo, o Geard reafirmou seu compromisso com a análise de riscos e a atuação em políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental.
Categorias relacionadas Meio ambienteEstreia desta semana no Cine Metrópolis, novo filme de Anna Muylaert satiriza papeis de gênero
Depois dos sucessos Que Horas Ela Volta e Mãe Só Há Uma, a diretora Anna Muylaert retorna à ficção com a sátira O Clube das Mulheres de Negócios, que estreia nesta quinta-feira, 5, no Cine Metrópolis. O novo filme da cineasta é o destaque da programação, que conta com dois outros longas nacionais – Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes, e Praia Formosa, de Julia De Simone – até o dia 11 de dezembro.
Destaque do Festival de Gramado deste ano, O Clube das Mulheres de Negócios reúne um elenco estrelado: Rafael Vitti, Luis Miranda, Irene Ravache e Louise Cardoso são alguns dos intérpretes que atuam no filme. Num universo fictício onde os papeis de gênero estão trocados, as mulheres detêm todo o poder político, financeiro e sexual, enquanto os homens são educados para serem submissos. O conflito da trama dispara quando dois jornalistas precisam entrevistar um grupo de mulheres poderosas em um clube de luxo.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 5 a 11 de dezembro:
O Clube das Mulheres de Negócios, de Anna Muylaert (Brasil, 2024)
Num mundo imaginário em que os estereótipos de gênero estão invertidos, o clube de campo frequentado por poderosas mulheres de negócios recebe a visita de dois jornalistas. Enquanto as sócias almoçam, três onças escapam do onçário, desencadeando um jogo de negação, mentiras e ataques que pode acabar mal.
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil/Itália/Líbano, 2024)
Em 1949, dois irmãos católicos, Emilie e Emir, partem de um Líbano na iminência da guerra em busca de uma nova vida em território estrangeiro, numa viagem rumo a um Brasil desconhecido. Quando Emilie se apaixona por Omar, um comerciante muçulmano residente em Manaus, o ciúme do irmão trará graves consequências. Neste épico íntimo do diretor Marcelo Gomes, baseado em romance de Milton Hatoum, o encontro entre culturas distantes entrelaça questões coletivas de memória, tradição e pertencimento, num relato ao rés da pele que lança um olhar cuidadoso às histórias fundacionais de imigrantes no país.
Praia Formosa, de Julia de Simone (Brasil/Portugal, 2024)
Em seu primeiro longa ficcional, Julia de Simone mistura tempos ao redor da região do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro. Tomando como protagonista Muanza, mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização, o filme vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaPesquisa da Ufes dá origem a e-book gratuito sobre constituição de políticas afirmativas em escolas do sul do estado
Um longo estudo acerca das ações e experiências de ensino nas escolas da região do Caparaó (sul do Espírito Santo) voltadas às práticas antirracistas e à materialização da Lei nº 10.639 deu origem à obra Políticas afirmativas na região do Caparaó: processo de implantação e implementação da Lei nº 10.639/2003 nas redes municipais de ensino, que acaba de ser lançada em formato de e-book e pode ser adquirida gratuitamente por meio deste link. Criada em 2003, a nova legislação alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana no ensino fundamental e médio.
O e-book foi organizado pelas professoras Marileide França, do Centro de Educação (CE), Simone Anastácio, do Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS) e Yone Maria Gonzaga, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FaE/UFMG). A obra contou com a participação de pesquisadores da Faculdade Latino-Americana de Ciências Florestais (Flacso/Brasil), do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores (PPGEEDUC), do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) e das secretarias municipais de ensino da região do Caparaó.
A pesquisa foi desenvolvida entre 2009 e 2024, período no qual os pesquisadores analisaram a formação continuada dos profissionais da educação básica dos municípios; desenvolveram estudos teóricos e práticos da Educação das Relações Étnico-Raciais (Erer) que sustentam as ações dos profissionais da educação básica; e promoveram debates e reflexões sobre a política e gestão da Erer, considerando as produções científicas e as práticas vivenciadas nos contextos locais.
A região do Caparaó abrange 11 municípios: Guaçuí, Alegre, Bom Jesus do Norte, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, São José do Calçado, Iúna, Ibatiba, Ibitirama, Irupi e Muniz Freire. Além desses, Jerônimo Monteiro e Vargem Alta também participaram da pesquisa, que, dentre outros fatores, apontou pela necessidade de financiamento, de criação de legislações específicas sobre o assunto, da inserção da Lei nº 10.639/03 no currículo e da realização de formação continuada.
França acredita que o e-book vai impulsionar a produção de conhecimentos teóricos e práticos na perspectiva da Erer de forma coletiva, com vistas à equidade racial: “Esperamos que este livro possa contribuir com reflexões e com a constituição de políticas afirmativas nas gestões dos sistemas municipais de ensino e práticas antirracistas nas escolas”.
Categorias relacionadas PesquisaPaulo Nakatani recebe título de professor emérito da Ufes: "A docência e a pesquisa não são trabalhos individuais"
Reconhecido internacionalmente por suas pesquisas nas áreas de Economia e Política Social, Paulo Nakatani recebeu o título de professor emérito da Ufes das mãos do reitor da Universidade, Eustáquio de Castro, em cerimônia com a presença de autoridades universitárias, professores, estudantes, amigos e familiares do pesquisador. A outorga do título aconteceu nesta quarta-feira, 4, em sessão solene do Conselho Universitário, realizada no Auditório Carlos Drummond de Andrade, na Biblioteca Central da Ufes.
Proposta pelo professor Celso Bissoli, chefe do Departamento de Economia, e pela professora Ana Ferraz, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS), a outorga do título foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário, presidido pelo reitor da Ufes. “Quando a proposta de concessão do título chegou, não tivemos dúvida em encaminhar para o Conselho. E foi aprovada por unanimidade, fazendo jus à sua trajetória acadêmica”, disse Eustáquio de Castro.
Segundo o reitor, além da reconhecida carreira intelectual, Nakatani representa a vocação da Universidade em atuar socialmente sobre o seu entorno. “É o que temos dito por aí: a Universidade precisa atravessar a [Avenida] Fernando Ferrari, não pode ficar ilhada como fonte de conhecimento”, afirmou o reitor.
Legado
Ex-aluno de Nakatani no Departamento de Economia, Celso Bissoli ressaltou a postura do professor na sala de aula e nas orientações de projetos de pesquisa. “Ele cultivou não só mentes, mas corações comprometidos com a construção de um mundo melhor. Seu legado não pode ser expresso em números de publicações. Seu verdadeiro legado está na história de seus alunos, que em sua grande maioria, hoje, são profissionais que seguem seus valores: respeito pelo próximo, compromisso com a justiça e constante busca por aprimoramento”, disse Bissoli.
Para a professora Ana Ferraz, colega de Nakatani no PPGPS, a atuação do professor no curso de pós-graduação transcendeu a linha de pesquisa a que ele estava vinculado, Reprodução e estrutura do capitalismo contemporâneo, tornando os estudos desenvolvidos no curso mais interdisciplinares, além de fortalecer o intercâmbio com centros de pesquisa estrangeiros.
“De um lado, o professor se destacou nos convênios de cooperação e pesquisa com grandes centros de pesquisa em nível mundial. De outro, contribuiu de forma dedicada na criação de condições para enviar estudantes do PPGPS para o exterior e recepcionar estudantes e professores de diversas origens na Ufes”, disse Ana Ferraz.
Segundo ela, a produção teórica do professor Nakatani ultrapassou as fronteiras da Universidade e reverberou na classe trabalhadora. “Seu compromisso com a crítica fundamentada e profunda do capitalismo contribuiu para que sua produção se espalhasse pelas muitas formas de organização da classe trabalhadora, alimentando a luta e sendo alimentada por ela. Esta é outra característica do professor Paulo Nakatani: seu vínculo orgânico com as lutas políticas da classe trabalhadora”, afirmou.
Trajetória
Estudioso de temas como capitalismo contemporâneo, socialismo e política econômica, monetária e fiscal, Paulo Nakatani se graduou em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná em 1971, cursou mestrado na Universidade Paris Nanterre, doutorado na Universidade de Picardie Jules Verne e pós-doutorado na Universidade Sorbonne Paris-Nord e na Universidade Complutense de Madrid.
Professor da Ufes desde 1992, Nakatani se aposentou pela Universidade em agosto de 2023, após 50 anos de exercício da docência. Na Universidade, ele participou das criações dos programas de pós-graduação em Economia, em 1994, e em Política Social, em 2004. Durante sua carreira, ele também foi professor colaborador da Escola Nacional Florestan Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política e membro do Observatório Internacional da Crise e do Fórum Mundial de Alternativas.
Para Nakatani, embora o título de professor emérito seja concedido em seu nome, muitos professores e estudantes contribuíram para elevar sua produção acadêmica à condição de referência. “A docência e a pesquisa não são trabalhos individuais, são trabalhos de todo um grupo. Sempre encontrei colegas, estudantes e orientandos que se interessaram em contribuir com o nosso trabalho. Uma série de pessoas, de várias gerações, que me permitiram chegar aqui”, disse.
Foto: Leandro Reis
Categorias relacionadas InstitucionalEquipe da DGCI faz visita técnica à UFRN, referência em governança institucional
Fortalecer a cultura organizacional da Ufes no que diz respeito à inovação, à sustentabilidade institucional e ao pertencimento da comunidade universitária – movida por esse desafio, a equipe da Diretoria de Governança, Controles Internos e Integridade (DCGI) da Universidade fez uma visita técnica à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cuja Secretaria de Governança Institucional (SGI) é referência nacional na área.
Durante a visita, realizada na última semana de novembro, a equipe conheceu o sistema de governança da UFRN, a fim de buscar experiências que possam contribuir para a gestão da Ufes.
No último dia de visita, a diretora de Governança, Controles Internos e Integridade (DCGI) da Ufes, Fabíola Bastos, acompanhou a rotina de trabalho do setor da SGI e também encontrou o vice-reitor Henio Miranda, a quem agradeceu pela receptividade.
“A contribuição dessa experiência chega a ser imensurável, pois aprendemos muito aqui, disse a diretora, que destacou o trabalho realizado pela Secretaria de Governança da UFRN. “A SGI consegue atuar como bússola para a universidade. Os resultados obtidos pela UFRN são resultado do trabalho coletivo que tem um maestro: a SGI”, afirmou.
Para o secretário de Governança Institucional da UFRN, Severino Cesário de Lima, a visita de outras instituições permite à universidade contribuir para o desenvolvimento da excelência da governança pública.
Referência
A UFRN é referência nacional na área de governança institucional, sendo apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como a melhor instituição no levantamento de governança, sustentabilidade e gestão entre as 387 organizações da administração pública federal.
De acordo com o secretário, o destaque da UFRN foi conquistado a partir do trabalho de coordenação da SGI e cooperação de todas as unidades envolvidas, com as quais existe uma relação sinérgica e voltada a um objetivo comum. “Quando existe o monitoramento cooperativo de ações, todos já entendem que uma governança de excelência conduz a resultados finalísticos de qualidade”, explicou o gestor, ao citar como exemplo as avaliações positivas realizadas por órgãos externos, como o Ministério da Educação (MEC), que neste ano inseriu a UFRN entre as 25 universidades brasileiras com conceito máximo, consideradas de excelência.
Além do monitoramento de ações realizado internamente, a SGI desenvolve ações como o Comitê de Governança Acadêmica, que estuda grandes temas e busca iniciativas estratégicas para o alcance de bons resultados no ensino, na pesquisa e na extensão. Essas iniciativas foram apresentadas à equipe da Ufes, que ainda visitou outras unidades da UFRN.
“Agora iremos propor um cronograma de ações de curto, médio e longo prazo, principalmente nas áreas de governança orçamentária, gestão de pessoas, gestão de dados e proteção de dados pessoais", detalhou Fabíola Bastos.
Fotos: SGI/UFRN
Categorias relacionadas InstitucionalProfessora da Ufes integra equipe de projeto selecionado por agência de pesquisa chilena
A professora Kyria Finardi, do Departamento de Linguagens, Cultura e Educação (DLCE) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Ufes, na qualidade de pesquisadora internacional associada, integra a equipe de um projeto selecionado pela Agência Nacional de Investigação e Desenvolvimento (Anid) do Chile para obter financiamento no desenvolvimento de suas atividades.
Intitulado Rede de investigação sobre o desenvolvimento da competência intercultural no ensino e aprendizagem de inglês como língua internacional - RECIDiN, o projeto tem como objetivo a criação de uma rede de investigadores que trabalham com línguas estrangeiras para promover a incorporação da abordagem intercultural no contexto do ensino-aprendizagem do inglês como língua internacional, promovendo a inclusão, o respeito à diversidade presente na sala de aula e a mobilidade.
A iniciativa é liderada pela pesquisadora Valeria Sumonte Rojas, da Universidade Católica do Maule (UCM), no Chile. Participam também as pesquisadoras Lidia Fuentealba e Carmen Mella (UCM), Andrea Lizasoain (PUC) e Angie Quintanilla (UDEC), juntamente com o estudante de graduação Esteban Ayala Herrera. Em colaboração internacional, o projeto envolve, além de Kyria Finardi, a pesquisadora Constanza Tolosa, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia.
Intercâmbio e mobilidade
A interculturalidade é um dos quatro pilares estabelecidos pelo Ministério da Educação do Chile dentro dos Padrões da Profissão Docente para carreiras de Pedagogia em Inglês e está alinhado com a recente atualização das Bases Curriculares chilenas.
Segundo a professora Finardi, dentre as ações previstas para o projeto estão o intercâmbio e a mobilidade entre as instituições envolvidas. “Estamos muito felizes porque a aprovação desse projeto com financiamento internacional coloca a Ufes em destaque no seu trabalho de internacionalização”, afirma.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas Internacional PesquisaDia Internacional da Pessoa com Deficiência: Ufes avança na construção de uma política de inclusão e acessibilidade
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, a Ufes comemora a ampliação das Comissões Permanentes de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade nos centros de ensino e o estágio avançado da revisão dos normativos que serão a base para a Política de Inclusão e Acessibilidade da Universidade. Até maio de 2025, a documentação deverá estar pronta para análise pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe). A informação é da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade (Siac), por meio da titular da pasta, Cinthya Oliveira.
“Estamos dando continuidade a um processo já iniciado em 2018, mas cuja política não foi instituída no papel. Agora, queremos ampliar o diálogo sobre inclusão e acessibilidade no ambiente universitário para que essa política seja abraçada por toda a comunidade acadêmica. Assim, nosso primeiro investimento foi o fortalecimento das comissões permanentes, com mais três centros de ensino formando seus grupos, além dos sete que já tinham. Amanhã [quarta-feira, 4] teremos uma visita técnica ao último centro que ainda não formou sua comissão e esperamos sair com boas notícias”, afirma Oliveira.
O trabalho atual das comissões e da Siac é de revisão dos documentos normativos que preconizam os direitos do aluno com deficiência, a inclusão e a acessibilidade, identificando as barreiras que são enfrentadas pelas pessoas com deficiência, para disponibilizar os recursos e as metodologias para eliminação desses obstáculos.
“A partir daí vamos formar um comitê interinstitucional, convocar o Ministério Público, a Defensoria Pública do Espírito Santo, o Tribunal de Contas, instituições privadas de ensino superior e outros agentes externos que podem nos auxiliar na implementação da nossa política. Acreditamos que quanto mais democrático for o processo de construção de uma política, mais responsável pela implementação dessa política a comunidade vai se sentir”, diz a secretária.
Outro movimento importante que está sendo feito pela Siac é a formalização de um termo de cooperação com a Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo para estabelecer uma rede intersetorial para atendimento às pessoas com deficiência. A ideia é que os direitos negados por agentes externos à Universidade, mas com impacto na vida acadêmica, sejam encaminhados e tratados pela Defensoria.
Anticapacitismo
A Ufes atende hoje 522 alunos com deficiência, sendo 168 com transtorno do espectro autista (TEA), 140 com deficiência física, 129 com visão monocular ou baixa visão, 41 com deficiência auditiva, 35 com deficiência intelectual e nove totalmente surdos. Implementar uma educação inclusiva e anticapacitista é desafio permanente.
“É preciso desconstruir aqueles caminhos tortos que nos trouxeram até aqui, que nos fazem, muitas vezes, de forma um tanto natural, acreditar que a deficiência é um defeito, que a deficiência é um impedimento, que a deficiência requer lugares segregados, apartados da sociedade e que imputam a noção de que a deficiência é um problema individual do sujeito, o que não é”, defende Oliveira.
Segundo a secretária, o que impede a participação das pessoas com deficiência em igualdade de condições com todas as pessoas são as barreiras que a própria sociedade produz.
“Não posso dizer que uma pessoa cadeirante não participou de um evento porque o auditório é no segundo andar e ela não conseguiu subir a escada. Devo dizer que uma pessoa com deficiência foi impedida de participar de um evento porque o espaço não é acessível para todas as pessoas. Então, essa transposição de pensamento nos faz avançar em relação a uma universidade mais acessível. A acessibilidade não é só arquitetônica, mas ela é atitudinal e é comunicacional”, afirma.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas Assistência estudantil InstitucionalUfes concede título de professor emérito a Paulo Nakatani
Pesquisador de renome internacional e professor aposentado do Departamento de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS) da Ufes, Paulo Nakatani recebe, nesta quarta-feira, 4, o título de professor emérito da Universidade. A solenidade acontece no Auditório Carlos Drummond de Andrade, na Biblioteca Central da Ufes, a partir das 15 horas.
Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná em 1971, Nakatani cursou mestrado na Universidade Paris Nanterre, doutorado na Universidade de Picardie Jules Verne e pós-doutorado na Universidade Sorbonne Paris-Nord e na Universidade Complutense de Madrid.
Estudioso de temas como capitalismo contemporâneo, socialismo e política econômica, monetária e fiscal, Nakatani ingressou como professor titular na Ufes em 2016. Entre outras atividades, ele também foi professor colaborador da Escola Nacional Florestan Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política e membro do Observatório Internacional da Crise e do Fórum Mundial de Alternativas.
Categorias relacionadas InstitucionalRefugiada venezuelana conclui curso de Serviço Social na Ufes: “Sou muito agradecida à Universidade”
A colação de grau da turma de Serviço Social, realizada no dia 11 de novembro deste ano, teve um significado de conquista e gratidão para a estudante Angela Providencia David Cueva. Pouco antes de completar 63 anos, a venezuelana, que veio para Vitória em 2018 após a morte do filho, entrou na Ufes em 2020 por meio da reserva de vagas para refugiados.
“Eu sinto muita gratidão pelo Brasil, porque o país é muito solidário. Também sou muito agradecida à Ufes, que tem me dado apoio desde que eu ingressei através do programa de ações afirmativas, nas cotas para refugiados”, afirma ela.
A vida de Angela não tem sido fácil desde que deixou a família na Venezuela em busca de explicações para a morte do filho, que tinha 29 anos quando foi assassinado no Bairro República, na capital capixaba.
“Eu deixei tudo no meu país e vim para cá. Naquele momento, a situação também estava complicada no meu país. Então, decidi vir e procurar o corpo do meu filho único. Ele era formado, tinha estudado Publicidade no meu país, falava vários idiomas e veio para o Brasil para trabalhar. Me mandava dinheiro, e iria para a Nova Zelândia quando aconteceu de ser roubado e assassinado”, lamenta ela.
Angústia
A investigação do assassinato ainda não foi concluída, o que traz angústia a Angela. “Há seis anos, eu vou lá perguntar e respondem que estão investigando”.
Em Vitória, ela contou com a ajuda da Defensoria Pública da União, da Defensoria Pública Estadual, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e da Cátedra Sérgio Vieira de Melo, uma parceria da Ufes com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), além de amigos do filho e igreja.
“Na Ufes, durante o curso, fui bolsista da Cátedra e de projetos de pesquisa, participei de jornadas de iniciação científica. Também fiz a publicação de um artigo. Aproveitei todas as oportunidades na Universidade. Aqui, quem não estuda é porque não quer”, diz ela.
Os planos para o futuro? “Eu penso em continuar no Brasil, porque aqui tem muitas oportunidades profissionais. Só que tem que estudar, se preparar”, aconselha.
Reserva de vagas
A reserva de vagas para refugiados foi implementada na Ufes em 2010, por meio da Resolução nº 66 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A resolução garante vagas nos cursos de graduação da Universidade para solicitantes de refúgio, refugiados, portadores de visto humanitário e migrantes vindos de locais onde a ONU considera haver grave violação de direitos humanos.
Até 2022, a solicitação de vaga era feita por meio de protocolo na Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), mediante apresentação de requerimento e cédula de identidade expedida pela Polícia Federal e comprovação de escolaridade mínima. A partir de 2022, a Ufes passou a publicar edital do processo seletivo.
O edital da seleção para ingresso em 2025 foi publicado nesta segunda-feira, 2.
Foto: Sueli de Freitas
Categorias relacionadas Ensino InternacionalPrograd realiza fórum nesta quinta-feira, 5, para discutir ações em cursos de licenciatura da Ufes
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd/Ufes) realiza nesta quinta-feira, 5, das 10 às 16 horas, o Fórum das Licenciaturas da Ufes. O evento será presencial e acontecerá no auditório do prédio IC-II (IC 2), no campus de Goiabeiras.
O Fórum é dirigido a coordenadores e vice-coordenadores de cursos, presidentes de Núcleos Docentes Estruturantes (NDE) e diretores de Centros de Ensino dos campi de Goiabeiras, Alegre e São Mateus. A proposta do evento é abrir um espaço para debates e análises sobre as legislações e as políticas de formação dos profissionais da educação e de articulação de ações referentes aos cursos de licenciatura.
Ao final, o objetivo é apresentar as discussões para subsidiar possíveis ações e decisões referentes aos cursos de licenciatura na Ufes.
O evento contará com uma conferência da professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Carolina Cherfem. Ela é pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Escola do Campo e Agroecologia, e tem como principais temas de estudos a educação do campo e as mulheres camponesas, com ênfase na coexistência das relações sociais de sexo, raça e classe no meio rural.
Categorias relacionadas EnsinoUfes realiza seminário em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos. Inscrições abertas
A Ufes realiza nos dias 10 e 11 de dezembro o seminário Direitos Humanos: Reflexões e desafios contemporâneos, em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro. A programação acontecerá no Cine Metrópolis e na Biblioteca Central da Ufes (ambos no campus de Goiabeiras) e contará com palestras, exibição de curta-metragem, exposição de banners e lançamento de livro. Veja abaixo a programação completa.
O evento é gratuito e aberto ao público. Pessoas interessadas em participar devem se inscrever neste link.
“O Dia Internacional dos Direitos Humanos é uma data muito representativa, que nos faz lembrar da importância de garantirmos os direitos de todos os cidadãos e de todas as cidadãs. Nossa proposta é, além de celebrar a data, promover debates e reflexões sobre o que já foi conquista e quais desafios ainda permanecem para que possamos avançar na promoção e na defesa dos direitos humanos”, afirma a vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, que coordena o seminário.
O evento terá início às 14 horas, com uma apresentação da cantora Sol Pessoa, cuja trajetória é marcada pela luta por respeito e igualdade. Na sequência, haverá uma mesa de abertura com a presença de conselheiros de Direitos Humanos.
Às 15 horas, uma conferência sobre o tema do evento será ministrada pela professora e coordenadora da revisão do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e do Plano Decenal Nacional dos Direitos Humanos das Crianças e Adolescentes (PDNDHCA), Luizane Guedes; e pela professora e curadora do projeto E eu, Mulher Preta (exposição fotográfica que questiona a invisibilidade da mulher preta), Marilene Pereira, que apresentará vivências práticas dos Direitos Humanos em territórios.
No dia 10, a programação será encerrada às 17 horas, com um café de confraternização no hall do cinema.
No dia 11, o evento será realizado na Biblioteca Central a partir das 17 horas, com uma exposição de projetos e pesquisas sobre Direitos Humanos desenvolvidos por projetos de extensão e grupos de pesquisa da Ufes.
No local também haverá o lançamento do livro Brasil e as disputas do tempo presente: da Ditadura Militar às Comissões da Verdade (1964-2024), de autoria do professor do Departamento de Arquivologia e do Programa de Pós-Graduação em História Pedro Ernesto Fagundes. A obra procura demarcar pesquisas realizadas no Espírito Santo sobre a ditadura militar e os dilemas que ainda hoje perpassam essa temática.
Veja abaixo a programação completa:
Dia 10/12 (Cine Metrópolis)
- 14h: Abertura com apresentação da cantora Sol Pessoa
- 14h15: Mesa de abertura
- 14h30: Breve apresentação dos Conselheiros de Direitos Humanos
- 14h45: Exibição de curta-metragem sobre a temática
- 15h: Conferência: Direitos Humanos - Reflexões e Desafios Contemporâneos com as professoras Luizane Guedes e Marilene Pereira
- 16h: Debate sobre a conferência
- 17h: Encerramento com café de confraternização
Dia 11/12 (Biblioteca Central)
- 17h: Exposição de banners sobre Direitos Humanos (andar térreo) e lançamento do livro Brasil e as disputas do tempo presente: da Ditadura Militar às Comissões da Verdade (1964-2024)
Categorias relacionadas InstitucionalEvento celebra os 20 anos do Marco Legal da Inovação e inaugura a Inova Ufes. Inscrições abertas até 10 de dezembro
Estão abertas as inscrições para a Comemoração dos 20 anos do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação: estratégias para o fomento da pesquisa, extensão e inovação e lançamento da Inova Ufes. Organizado pela Ufes e pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), o evento acontece no dia 10 de dezembro, às 8h30, no Cine Metrópolis, e marca os 20 anos da legislação que incentiva a inovação no Brasil. As comunidades internas da Ufes e do Ifes e a sociedade como um todo estão convidadas a participar. As pessoas interessadas devem se inscrever por meio desta página.
O evento contará com o lançamento oficial da Inova Ufes, agência que busca ampliar as ações da Universidade nessa área, organizada na Superintendência de Projetos e Inovação (Spin). Durante a programação, será inaugurada a pedra fundamental da Inova Ufes, cuja sede será no edifício em frente ao Cine Metrópolis.
Dentro da Ufes, a organização do evento é feita pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e pela Inova Ufes. Segundo o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe, o encontro servirá para discutir a importância da Lei nº 10.973, que incentiva a inovação no Brasil.
“Vamos refletir sobre o quanto esse marco legal da inovação abriu espaço para novos valores e para a criação de tecnologias, inclusive as sociais. A extensão é justamente esse diálogo da Universidade com o seu entorno, por isso será um momento de pensar sobre como fomentar essa inovação juntamente com a extensão e a pesquisa, ouvindo projetos de extensão e agências de fomento com iniciativas inspiradoras”, detalha o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe.
Inovação na Ufes
A Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, possibilitou legalmente que as universidades públicas participassem de processos de inovação junto com outras instituições. “Na inovação, cada um tem o seu papel: empresas, governo, sociedade civil e universidade”, explica a superintendente de Projetos e Inovação, Miriam de Magdala.
Ela lembra que a inovação não ocorre apenas no campo da tecnologia, mas trata de um campo muito diverso, ou seja, está relacionada também às soluções criativas que atendam à necessidade social. Esses processos podem decorrer de pesquisa, mas também de extensão universitária, pela possibilidade de cooperação direta com variados setores da sociedade, inclusive com cooperação entre diferentes áreas do conhecimento.
Desde 2008, a Ufes tem setor para a inovação, que inicialmente foi responsável pelo registro de propriedade intelectual de patentes, cultivares, softwares, modelos de utilidade e marcas. Esses conhecimentos protegidos são considerados inovação quando geram produtos ou serviços, ou seja, quando há transferência de tecnologia. Uma possibilidade para transformar essas ideias em negócios é a criação de empresas. A Ufes apoia o nascimento de empresas inovadoras por meio das incubadoras Espaço Empreendedor (no campus de Goiabeiras, em Vitória), Incubadora Sul Capixaba (em Alegre, em parceria com o Ifes) e Inova Alegre (no mesmo município).
A partir da fundação da Inova Ufes, esse apoio se ampliará, uma vez que a agência funcionará também como um escritório de projetos que ajudará na identificação de potenciais de inovação dentro da Universidade, bem como na captação de recursos que ajudem a viabilizá-los. As áreas de inteligência artificial, saúde, agronegócio e economia azul (uso sustentável dos recursos dos oceanos) são estratégicas para a Universidade na atual gestão.
Categorias relacionadas InstitucionalPesquisadores da Ufes realizam palestras, oficinas e outras atividades em evento sobre design no Centro de Vitória
O projeto de extensão SDesign, vinculado ao Departamento de Gemologia da Ufes, realiza a SDesign: Perspectivas no Hub ES+ na Praça Costa Pereira, 30 (centro de Vitória), de 4 a 7 de dezembro. Parte da quarta edição da Festa da Criatividade (FestCria), o evento é voltado para estudantes, professores, profissionais e interessados em design com o objetivo de compartilhar conhecimentos, atualizações e reflexões sobre as novidades emergentes na área.
As inscrições são gratuitas e ficam abertas durante a realização do evento, limitadas à disponibilidade de vagas. Haverá emissão de certificados aos participantes. Pessoas interessadas devem se inscrever na página da SDesign.
A iniciativa vai contar com palestras, rodas de conversas, oficinas, debates, mesas redondas, shows, entre outras atividades. A programação completa está disponível na página e no Instagram do evento.
A estudante de Design Bruna Piteres, coorganizadora do evento, destaca que a SDesign existe há mais de uma década e por muito tempo ficou sem acontecer, sendo retomado no ano passado, celebrando os 25 anos do curso. A escolha do local desta edição, segundo ela, tem dupla importância: reforçar os pilares da Ufes (ensino, pesquisa e extensão) e servir como um convite, principalmente aos estudantes, a explorar o centro de Vitória.
“Apesar de ser um evento de Design, o SDesign é aberto a todos que tenham interesse na área: estudantes, profissionais ou amantes do Design. Tendo curiosidade, já é bem-vindo”, convida a estudante.
Debate na terça
Além da SDesign, pesquisadores da Ufes participam de um bate-papo sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na economia criativa e nas iniciativas de ensino, pesquisa e extensão. Intitulado Conexões Ufes.IA, o encontro acontece dentro da programação da FestCria, nesta terça-feira, 3, das 14 às 17 horas, no Hub ES+.
Participam da conversa os professores Vítor Estevão (Departamento de Informática - Centro Tecnológico); Hellen Leite (Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais - Centro de Educação); Anselmo Neto (Departamento de Engenharia Elétrica - Centro Tecnológico); Hugo Cristo (Departamento de Design - Centro de Artes) e Daniela Zanetti (Departamento de Comunicação Social - Centro de Artes). A mediação será da superintendente de Projetos e Inovação da Ufes, Miriam de Magdala
Segundo Vítor Estevão, o objetivo do encontro é discutir como a Universidade tem concentrado seus esforços para desenvolver uma inteligência artificial capixaba e aproximar os atores de pesquisas realizadas em diferentes centros de ensino, como Engenharia, Artes, Educação, Ciências, Saúde, entre outros. “Todos os centros da Universidade têm alguma iniciativa para pensar as consequências dos avanços recentes da IA nas suas respectivas áreas”, comenta o professor.
A Festa da Criatividade (FestCria) é realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), com apoio da TVE, Hub ES+ e SDesign, e com produção da Puri Produções. O evento faz parte do Projeto Hub ES+, vinculado ao Programa Estadual de Desenvolvimento da Economia Criativa no Espírito Santo (ES+Criativo), coordenado pela Gerência de Economia Criativa (Gecria/Secult), e conta com recursos do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec) e da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI).
Categorias relacionadas Ensino Extensão PesquisaUfes comunica com pesar o falecimento do médico e professor aposentado Milton Octavio Costa
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento do médico e professor aposentado Milton Octavio Costa, ocorrido nesta sexta-feira, 29. O velório será realizado a partir das 9 horas deste sábado, 30, no Cemitério Jardim da Paz (localizado em Serra), onde às 12 horas ocorrerá o sepultamento.
Costa ingressou na Ufes em 1971 e se aposentou em 2004, após mais de 30 anos de atuação no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e no Hospital Universitário Antonio Cassiano de Moraes (Hucam-Ufes).
Em nome de toda a comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos do professor.
Ação no Centro de Vitória vai conscientizar sobre HIV/Aids e oferecer testes rápidos à população. Dia 2 de dezembro, às 9h
Por meio do Laboratório de Inovação para o Cuidado em Saúde (Linc/Ufes), a Ufes promove no dia 2 de dezembro uma iniciativa que apoia a luta contra o HIV e incentiva a conscientização, o combate ao preconceito e o acesso ao tratamento, além de oferecer testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite B. A ação, que integra a campanha nacional Dezembro Vermelho, é gratuita, voltada para pessoas maiores de 16 anos e acontecerá na Praça Costa Pereira, no centro de Vitória, das 9 às 13 horas.
Durante a ação, profissionais da área da saúde darão orientações, aconselhamentos e tirarão dúvidas sobre profilaxia pré-exposição (PrEP), pós-exposição (PEP) e sobre como é viver com HIV/Aids na atualidade. Haverá também distribuição de autotestes, preservativos e lubrificantes aos participantes.
Dados
No próximo domingo, dia 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, doença causada pelo vírus HIV. Segundo estimativas dos boletins epidemiológicos, o HIV está presente em cerca de um milhão de pessoas no Brasil e, em 2023, 1.200 novos casos foram registrados somente no Espírito Santo. “Esses dados reforçam a necessidade de mobilização na luta contra o HIV, a Aids e outras ISTs [infecções sexualmente transmissíveis], que representam importantes problemas de saúde pública”, avalia uma das coordenadoras do Linc, Kérilin Rocha.
A campanha nacional Dezembro Vermelho busca destacar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da oferta de tratamento para o HIV/Aids e outras ISTs na rede pública de saúde.
A ação de conscientização agendada para o dia 2 é realizada pela Ufes em parceria com a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP/ES), a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) e a Prefeitura de Vitória (PMV).
Educação e cuidado
Criado em 2022, o Laboratório de Inovação para o Cuidado em Saúde visa desenvolver soluções inovadoras na área da educação farmacêutica e do cuidado ao paciente por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. É um grupo de pesquisa formado por professores e estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação em Farmácia que atuam sob coordenação dos professores do Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCFA) Dyego Carlos Araújo e Kérilin Rocha.
Dentre os trabalhos já desenvolvidos pela equipe do Linc estão: campanha pelo uso racional de medicamentos; pesquisa na temática da prevenção do HIV e cuidado com as pessoas vivendo com HIV; estudo inédito sobre saúde mental de professores da rede estadual do Espírito Santo; e avaliação de ansiedade e depressão entre estudantes da Ufes.
Categorias relacionadas Extensão SaúdeGestores e técnicos negros de instituições públicas do estado realizam encontro inédito na Ufes para compartilhar experiências de gestão
A pessoa negra e a gestão pública: conhecer, organizar e avançar! é o tema central do 1º Encontro Estadual de Gestores, Técnicos e Coordenadores Negros do Espírito Santo, evento que pela primeira vez reunirá profissionais negros que atuam nas esferas federal, estadual e municipal de várias cidades do estado. O encontro acontecerá no dia 6 de dezembro, no campus de Goiabeiras, tendo entre seus principais objetivos o mapeamento dos profissionais que atuam em áreas estratégicas do setor público, o estreitamento dos laços de cooperação e o compartilhamento de experiências bem-sucedidas na gestão pública.
O encontro acontecerá na sequência das celebrações em torno do Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra (20 de novembro). Coordenado pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad/Ufes), o evento conta com a organização de profissionais negros que atuam em diversas instituições públicas do estado, como Secretaria de Comunicação (Secom/Ufes), Secretaria de Educação do Governo do Estado do Espírito Santo (Sedu/ES), Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Nova Venécia, Associação de Diretores e Ex-Diretores de Escolas Públicas do Espírito Santo (Adires) e Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab/Ufes).
Reflexão
O encontro tem sido pensado desde o segundo semestre de 2023, quando um grupo de gestores e ex-gestores negros passou a se reunir para refletir sobre a trajetória de pessoas negras com atuação no movimento negro e nos espaços de gestão pública nos 78 municípios do Espírito Santo. Segundo o secretário de Ações Afirmativas e Diversidade da Ufes, Gustavo Forde, as reflexões apontaram para o fato de que, desde os anos 1990, há mais de dez instâncias governamentais da Região Metropolitana de Vitória ocupadas por pessoas negras comprometidas com o combate ao racismo em espaços governamentais.
De acordo com Forde, o poder público no estado dispõe de um número razoável de pessoas negras ocupando cargos e funções estratégicas, o que favorece o compartilhamento de experiências profissionais e o estreitamento e o fortalecimento de diálogos entre os gestores negros mais antigos e os que ingressaram mais recentemente. “Identificamos a necessidade de gestores, coordenadores e técnicos negros com atuação nos diversos municípios e nas várias áreas da gestão pública do estado se encontrarem para nos conhecermos e nos organizarmos com o objetivo de avançarmos mais e melhor, visando à implantação e implementação de políticas públicas de interesse da população negra urbana e rural do estado”, conclui.
Mais informações sobre o 1º Encontro Estadual de Gestores, Técnicos e Coordenadores Negros do Espírito Santo podem ser obtidas por este e-mail e no site do evento.
Categorias relacionadas InstitucionalTrabalho sobre proteção planetária realizado na Ufes é destaque em seminário promovido pela Nasa
Um trabalho sobre proteção planetária realizado na Ufes foi destaque no evento internacional Science and Planetary Protection in Advance of Human Missions Seminar (Seminário de Ciência e Proteção Planetária em Antecipação às Missões Humanas) realizado pela National Aeronautics and Space Administration (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço - Nasa). O seminário ocorreu de forma virtual e reuniu pesquisadores de diversas partes do mundo para discutir a preparação de missões humanas no espaço e avanços da proteção planetária.
O trabalho From equipment miniaturization to universal microbial testing: a real-time, personalized, and portable planetary protection (Da miniaturização de equipamentos ao teste microbiano universal: uma proteção planetária em tempo real, personalizada e portátil), produzido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Ufes, foi apresentado no evento pela professora Débora Dummer e pelo doutorando Matheus Casotti na sessão Instruments and Tech Development: A Panel Discussion (Instrumentos e desenvolvimento tecnológico: um painel de discussão).
Segundo a professora, a Diretoria de Missões Científicas da Nasa está promovendo uma série de eventos virtuais destinados a discutir os objetivos científicos prioritários e as lacunas de conhecimento sobre Proteção Planetária a serem abordados antes da presença humana na superfície de Marte.
“Esses eventos apresentam tópicos-chave de discussão e lacunas de conhecimento, liderados por especialistas da comunidade científica e baseados nos dados mais recentes disponíveis. Ficamos muito felizes em participar representando a Ufes em um evento tão importante. Nosso trabalho foi muito elogiado e bem recebido pelos outros pesquisadores e membros da Nasa”, destacou.
Dummer integrará o grupo de pesquisadores responsável por compilar os dados apresentados no evento, a fim de compor um material a ser publicado pela Nasa.
Categorias relacionadas PesquisaEstudante de Ciências Biológicas recebe prêmio de melhor trabalho de pesquisa da Sociedade Botânica do Brasil
A estudante Maria Ineida de Aguiar, finalista do curso de Ciências Biológicas da Ufes, recebeu o Prêmio Verde, concedido pela Sociedade Botânica do Brasil (SBB), pelo melhor trabalho de pesquisa realizado por estudantes de graduação. A premiação ocorreu durante o 74º Congresso Nacional de Botânica (CNBot), realizado este mês em Brasília.
O trabalho apresentado pela estudante – Florística de um fragmento florestal da Mata Atlântica e sua contribuição para corredores ecológicos de uma região biodiversa – relatou os resultados de seu projeto de Iniciação Científica, realizado sob orientação da professora Valquíria Dutra na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Macaco Barbado, um posto avançado de reserva da biosfera da Mata Atlântica, localizado no município de Santa Maria de Jetibá.
A professora orientadora explica que a pesquisa teve como objetivo conhecer as espécies desta Unidade de Conservação, a fim de verificar a qualidade do fragmento e seu papel na formação de corredores ecológicos no Domínio Atlântico. Entre os resultados encontrados, foram listadas 266 espécies de angiospermas, reunidas em 169 gêneros e 67 famílias, sendo 20 espécies endêmicas do estado.
“Ainda foram registradas sete novas ocorrências para a flora do Espírito Santo, 38 espécies ameaçadas de extinção e três ainda não descritas pela ciência. A qualidade do fragmento se mostrou alta ao preservar espécies endêmicas, ameaçadas e abrigar espécies novas. Os resultados encontrados ressaltam a importância da RPPN Macaco Barbado no cenário atual da Mata Atlântica, preservando espécies-chave e contribuindo com corredores ecológicos”, afirma Valquíria Dutra, que também é curadora do Herbário Vies, localizado no campus de Goiabeiras.
Estímulo à pesquisa
O Prêmio Verde é oferecido pela SBB desde 1992 e tem o objetivo de estimular a formação de recursos humanos e a pesquisa científica em botânica. Os candidatos ao prêmio precisam elaborar um artigo inédito, que é apresentado no formato oral e de pôster durante o CNBot.
Foto: Arquivo pessoal
Categorias relacionadas EnsinoAção pelo Diabetes oferecerá atendimentos gratuitos para prevenção da retinopatia diabética, neste sábado, 30
Neste sábado, 30, o Ambulatório de Oftalmologia do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam/Ufes) realizará a 5ª edição da Ação pelo Diabetes, mutirão que oferece atendimento oftalmológico gratuito para pacientes diabéticos do Sistema Único de Saúde (SUS), que estão com o acompanhamento médico atrasado. Os atendimentos acontecerão das 7 às 12 horas e terão como público-alvo pacientes encaminhados das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do próprio Ambulatório, que estavam na fila para exame de retina.
O mutirão é realizado anualmente pela equipe do Núcleo Avançado de Retina e Pesquisa em Oftalmologia (Narpo/Ufes) e a previsão é que nesta edição sejam atendidos 300 pacientes. Segundo o coordenador do Narpo, Thiago Cabral, isso só é possibilitado devido à utilização de um dispositivo chamado Eyer, um retinógrafo portátil que realiza exames de fundo de olho e analisa as imagens com uso de inteligência artificial (IA). “Essa tecnologia não só permite um processo de triagem ágil no dia do evento como oferece uma solução para diminuir as longas filas de espera do SUS”, explica.
A Ação pelo Diabetes envolve cerca de 50 voluntários, dentre os quais estão médicos oftalmologistas, residentes, estudantes do curso de Medicina, enfermeiras e pessoal de apoio administrativo. “A ideia é que a gente possa fazer esse mutirão mais frequentemente, uma vez que o uso da IA agiliza o exame. Esse atendimento de 300 pessoas demoraria de seis a sete horas e nós conseguimos fazer em duas horas. É um grande estímulo para a população e para nós, médicos”, avalia Cabral.
A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes que lesa os vasos da retina, podendo levar à cegueira. O professor estima que atualmente 17 milhões de brasileiros têm diabetes e a retinopatia diabética acometa de 30 a 40% dessas pessoas: “Todo paciente que é diabético precisa fazer exame de retina pelo menos uma vez por ano e há uma dificuldade de agendamento na rede do SUS. Então, a gente faz esse mutirão para que pessoas com dois anos de exame atrasado consigam realizá-lo conosco”.
Foto: Narpo/Ufes
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