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Inscrições abertas para seminário gratuito sobre educação das relações étnico-raciais
Entre os dias 8 e 10 de julho, pesquisadores da Ufes vão se reunir no campus de Goiabeiras para discutir temas referentes à educação das relações étnico-raciais (ERER), com o objetivo de contribuir com a ampliação da agenda de pesquisa da área no Brasil. A abertura do seminário As contribuições da diáspora africana para a Lei nº 10.639/2003: diálogos entre Brasil e Moçambique será no Teatro Universitário e as demais atividades acontecerão no Centro de Educação. Haverá emissão de certificado aos participantes.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 20 de junho por meio do preenchimento deste formulário. As pessoas interessadas em apresentar trabalhos em andamento, concluídos ou de práticas pedagógicas exitosas (que tenham relação com os temas abordados no evento) devem enviar os resumos até o dia 5 de junho por meio deste link.
A programação do seminário conta a conferência de abertura Nossos passos vêm de longe: contribuições das línguas bantu para o ensino de história e cultura afro-brasileira, conduzida pelo professor da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), Armindo Ngunga. Além disso, apresentação cultural, painéis e mesas temáticas e minicursos fazem parte das atividades do evento, que contará com a participação de professores da Ufes e de pesquisadores de outras instituições do Espírito Santo, além de São Paulo, Pará, Brasília, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Veja aqui a programação completa.
O seminário é organizado pelos programas de pós-graduação em Ensino Básico e Formação de Professores (PPGEEDUC); em Educação (PPGE); Profissional em Educação (PPGPE); em Letras (PPGL) e outros que abordam questões referentes à ERER e que desenvolvem ações de extensão e pesquisas articuladas com as comunidades quilombolas e aos sistemas educacionais da região sul do estado.
Segundo a coordenadora do seminário, Marileide França, a ideia é que o evento trate da produção coletiva dos conhecimentos teóricos e práticos que sustentam as políticas e ações de gestores e profissionais da educação básica e do ensino superior com vistas à equidade racial. “Nesse sentido, com base no diálogo com pesquisadores de diferentes estados brasileiros e de Moçambique, vamos buscar refletir e construir ações e políticas públicas voltadas a ERER”, destaca.
O seminário foi selecionado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), que apoia eventos científicos relacionados à questão racial e suas políticas públicas por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Categorias relacionadas EnsinoObservatório do curso de Comunicação promove evento aberto sobre animação nesta segunda-feira, 2
O Observatório do Cinema e Audiovisual Capixaba (Ocac), vinculado ao Departamento de Comunicação da Ufes, e a Atrom Produções promovem nesta segunda-feira, dia 2, um evento aberto sobre animação com a presença do professor e animador Lauro Assis. Será às 18h30, no auditório do Centro de Artes, localizado no prédio Cemuni IV.
O evento faz parte da promoção do curso gratuito do Estúdio Escola de Criação, criado no Rio de Janeiro, que chega a Vitória. Voltado para jovens de 16 a 24 anos, residentes nos municípios da Grande Vitória, o curso estará com inscrições abertas a partir de segunda-feira, 2, até o dia 15 de junho no site do estúdio, onde também está disponível o regulamento completo.
Segundo os organizadores, “com metodologia estruturada a partir da simulação de um estúdio profissional, o curso promove uma experiência imersiva, na qual os alunos aprendem na prática enquanto desenvolvem coletivamente um curta-metragem autoral”.
A formação é gratuita e os jovens terão lanche e transporte nos dias das aulas. O curso é financiado pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC).
Ocac
O Ocac foi criado em 2023 como parte de um projeto de extensão coordenado pelo professor do Departamento de Comunicação Arthur Fiel e tem a proposta de funcionar no modelo think tank (laboratório de ideias), criando um espaço de realização e difusão de pesquisas, análises e estudos de interesse público relacionados ao setor audiovisual capixaba e nacional. O projeto também disponibiliza dados para agentes culturais e gestores públicos para o desenvolvimento de ações e políticas dedicadas ao campo audiovisual.
Foto: Priscila Trajano/Divulgação
Categorias relacionadas ExtensãoStartups aprovadas em edital começam trajetória no Espaço Empreendedor da Ufes
Projetos inovadores idealizados por estudantes, pesquisadores e empreendedores ligados à Ufes começaram suas jornadas na Universidade nesta sexta-feira, 30. Aprovadas no Programa de Incubação - Edital nº 001/2025 do Espaço Empreendedor da Ufes, as 15 startups assinaram os contratos de incubação – que preveem a transformação de suas ideias em produtos, processos e serviços para a sociedade – em cerimônia no Cine Metrópolis.
A solenidade contou com a presença do reitor da Ufes, Eustáquio de Castro; da superintendente de Projetos e Inovação, Miriam de Magdala; do gerente-executivo do Espaço Empreendedor, Marcelo Sarcinelli; do Conselho Deliberativo da Superintendência de Projetos e Inovação (Spin); e de representantes dos projetos aprovados.
O Programa de Incubação terá duração de 24 meses, podendo ser renovado por mais 12, mediante avaliação da gestão do Espaço Empreendedor. Dentre as 15 propostas aprovadas, 13 são de novas empresas e duas (Lume Robotics e BRAERC) são reingressantes. Veja abaixo a lista das startups selecionadas.
Um ano de Inova Ufes
A superintendente Miriam de Magdala destacou a missão da Spin – conhecida como Inova Ufes – diante das demandas da sociedade, no dia em que a superintendência completa um ano de existência. “A Inova Ufes foi uma forma de ampliar o que tínhamos antes, na Diretoria de Inovação Tecnológica. O que importa realmente para nós é a transferência de tecnologia para que as pessoas se beneficiem dela”, afirmou.
Segundo o reitor, a criação da Inova Ufes alavancou o cenário do empreendedorismo no Espírito Santo. “Em um ano de Spin, fortalecemos as empresas com presença na Universidade, transformando ideias em produtos de forma ordenada e com qualidade”, disse ele, ressaltando a importância do Programa de Incubação na concretização de propostas inovadoras: “Às vezes temos ideias sem ter resultado, e isso não pode acontecer”.
As propostas aprovadas serão conduzidas pela Universidade de acordo com as características de cada projeto, explicou o gerente-executivo do Espaço Empreendedor, Marcelo Sarcinelli. “Nesses últimos dois anos, desenvolvemos trilhas de incubação a partir de estudos nas maiores incubadoras do Brasil. Cada empresa terá um tratamento diferenciado, adequando o grau de maturidade da startup numa trilha que será muito eficiente”, disse.
Confira a lista das startups selecionadas:
Rastro do Brasil Tecnologia Mesh - Automação via Internet das Coisas (IoT), em dispositivos cotidianos como rastreadores e alarmes, com a criação de uma rede MESH offgrid que dispensa operadoras tradicionais.
HOD-S - Conecta trabalhadores e empregadores rurais, promovendo empregabilidade e inclusão digital, com uma aplicação PWA que pode ser utilizada mesmo sem acesso à internet.
PeterAI - Desenvolve um framework de consultoria de investimentos baseado em inteligência artificial, oferecendo análise, recomendação e monitoramento financeiro.
Metroplex - Plataforma de logística que utiliza inteligência para o carregamento eficiente de cargas em caminhões, redução de veículos em operação e otimização de rotas.
UpFlow - Desenvolve soluções especializadas para a garantia de escoamento na indústria, com análises técnicas voltadas para incrustações, parafinas, hidratos, corrosão, entre outros.
Genética para Monitoramento Ambiental - Desenvolve tecnologia de sequenciamento de DNA e análises químicas para identificar genes de resistência, biomarcadores e realizar monitoramento ambiental.
GrowForest - Plataforma do tipo Software como Serviço que aplica inteligência artificial e machine learning para modelar o crescimento e a produção florestal.
Caminhos do Imperador pelo Vale do Itapemirim - Resgata e promove um capítulo da história do Espírito Santo ao criar um roteiro turístico e cultural entre os municípios de Marataízes e Itapemirim, refazendo o percurso da comitiva de Dom Pedro II em 1860.
Incuba Pocares - Iniciativa de economia solidária e inclusão social que visa fomentar a geração de renda por meio da produção e comercialização de produtos feitos por usuários, familiares e trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e serviços de saúde mental.
Livre de Dívidas - Aplicativo que orienta o usuário em sua jornada financeira: da superação do endividamento à construção de uma vida financeira saudável e sustentável, até se tornar um investidor.
InnChemical - Atua na fronteira da inovação científica, desenvolvendo soluções sustentáveis em polímeros, resinas, membranas, mineração e reciclagem.
Jonnpo Tecnologia LTDA - Com foco em dados e desempenho, a plataforma entrega insights estratégicos que potencializam resultados e aproximam empresas de seus clientes.
GoLogGo - Oferece uma solução completa para o transporte seguro, com motoristas terceirizados e monitoramento inteligente que utiliza reconhecimento facial, análise emocional e rastreamento GPS com inteligência artificial.
Lume Robotics - Sistema robótico avançado, composto por hardware e software que confere a um veículo a capacidade de trafegar de modo totalmente autônomo, sem a necessidade de um motorista humano.
BRAERC - Plataforma de gestão visual que converte arquivos de construção civil convencionais em plantas interativas, dispensando licenças caras de CAD e gerando, em tempo real, medições, dashboards de produtividade e relatórios automáticos.
Foto: Leandro Reis
Categorias relacionadas Institucional PesquisaCiclo de debates sobre América Latina realiza mesa sobre Política, cultura e intelectuais em Cuba pós-revolução
A Ufes recebeu na noite desta quinta-feira, 29, as historiadoras Mariana Villaça e Silvia Miskulin, que participaram da mesa Política, cultura e intelectuais em Cuba pós-revolução. O evento, realizado no auditório do prédio IC-2, integra o ciclo de debates Horizontes Latino-Americanos: Diálogos Culturais e Acadêmicos e é preparatório para a 27ª Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba (Conasol), que acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de junho, no campus de Goiabeiras.
Villaça, professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) atua na área de História da América Contemporânea e falou sobre O cinema cubano no contexto da Revolução: conquistas, debates e desafios. Já a professora da Licenciatura em Ciências Humanas da Faculdade Sesi de Educação e autora da pesquisa Diálogos e tensões entre os intelectuais mexicanos e cubanos, Silvia Miskulin, abordou o tema Os intelectuais e a política cultural cubana.
A mesa contou com a presença dos professores da Ufes Camila Grejo, coordenadora do Laboratório de Estudos de História Política e Intelectual nas Américas (LEHPI/Ufes), e Fábio Muruci, pesquisador do pensamento político e intelectual latino-americano.
“Esse evento que nós idealizamos foi muito importante para ajudar a despertar o interesse acerca das discussões sobre Cuba. Essas pesquisadoras têm trabalhos de muito destaque aqui no Brasil e falaram sobre cinema, cultura política, intelectuais no pós-revolução cubana e as relações estabelecidas entre essas pessoas e as instituições. O LEHPI se envolveu nisso diretamente, com a participação dos estudantes do curso de História”, afirmou Grejo.
Ela lembrou ainda que, como parte do ciclo de debates, foram realizadas, ao longo do mês de maio, uma conferência com o professor Fábio Muruci sobre a trajetória e o papel de José Martí na formação do pensamento latino-americano, e a exibição do primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher cubana, o filme De cierta maneira, de Sara Gómez.
Para fechar a programação, nesta sexta, 30, haverá uma festa latina, com apresentação da banda Combo Latino, caricaturas ao vivo e comidas e bebidas típicas da América Latina. O evento acontece a partir das 18h30, no Centro Cultural Triplex Vermelho, no Centro de Vitória, e é aberto ao público. “Será um momento de confraternização, para reunir todas as pessoas que se interessaram em saber mais sobre Cuba”, disse a professora.
Conasol
A 27ª Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba (Conasol) será coordenada pelo Movimento Capixaba de Solidariedade com Cuba (MCSC), em parceria com o Instituto Agir para o Desenvolvimento da Cidadania e apoio institucional da Pró-Reitoria de Extensão da Ufes.
Com caráter nacional e internacional, a Convenção constitui um espaço estratégico de articulação entre organizações, movimentos sociais, sindicatos, instituições acadêmicas e culturais comprometidas com a solidariedade internacional, a autodeterminação dos povos e a defesa da soberania de Cuba e de toda a América Latina. A programação do evento está disponível no site https://conasol.ufes.br/.
Foto: Organização do evento
Ufes Jazz Festival apresenta shows gratuitos no campus de Goiabeiras de 2 a 4 de junho
Após um intervalo de quatro anos, o Ufes Jazz Festival volta a movimentar o campus de Goiabeiras com shows gratuitos. Músicos de renome nacional, projetos musicais da Universidade e artistas do cenário musical capixaba – entre professores, estudantes e egressos da Ufes – se apresentam de segunda-feira, 2 de junho, até quarta, dia 4.
Os shows acontecem no Teatro Universitário, no auditório do prédio Cemuni IV e no Cine Metrópolis. Haverá ainda uma jam session com um trio de jazz e artistas convidados no último dia do evento, no Bar 426, em Jardim Camburi. Veja a programação completa abaixo.
Realizado pelo projeto de extensão Educação e Música em parceria com a Secretaria de Cultura da Ufes (Secult/Ufes), o festival conta, no primeiro dia, com o show do aclamado compositor e violonista Guinga, além de apresentações do grupo Suindara e de Gean Pierre Trio & Victor Polo.
O projeto Piano Performance abre o segundo dia, que tem ainda shows de Paulo Prot Quarteto, Julia Nali & Miguel Rabello e Alexandre Borges Sexteto & Poti Menezes. Já o último dia tem na programação o projeto Roda de Samba Ufes Raiz, a exibição do filme Carlos Papel 70 e jam session, que encerra o evento.
Educação e Música
Segundo o professor Gean Pierre, coordenador do projeto Educação e Música, a curadoria do festival procurou abranger artistas participantes da iniciativa, além de músicos apoiadores e selecionados em edital do projeto Estúdio de Música. “E o Guinga (foto) é um desejo antigo do projeto, somos fãs!”, diz o professor.
ImagemRealizado desde 2016, o projeto Educação e Música promove ações de fruição, fomento e intercâmbio como parte do processo formativo dos estudantes, ocupando os espaços da Universidade com programações musicais gratuitas.
“Já queríamos retomar o festival no ano passado, mas esperamos mais um pouco para fazermos isso de maneira mais satisfatória e organizada. Nesse tempo, o projeto organizou outras ações, como o Sarau Edmúsica e o Canal Música Ufes. O apoio da Secult/Ufes foi primordial para realizarmos o evento com mais estrutura”, afirma.
Música local
A retomada do Ufes Jazz Festival atende uma demanda de valorização da música produzida na cena universitária e local, afirma o secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges.
“Queremos fortalecer os projetos já existentes e retomar alguns que, por diversos motivos, não conseguiram se manter após a pandemia de covid-19”, diz Borges. “O Ufes Jazz é um dos poucos festivais universitários de jazz no Brasil. Nossa ideia é transformá-lo em referência nacional”.
Com parte da programação realizada no Teatro Universitário, o evento leva revelações da música universitária a um dos palcos mais representativos do Espírito Santo. “É praticamente o único teatro público em atividade nos últimos dez anos no estado. Absorvemos a produção local de dança, teatro, música, apoiando projetos de estudantes, técnicos e professores”, afirma Borges, que anuncia ainda outro projeto cultural para este ano: “Estamos em fase final de planejamento para a realização do Festival Universitário de Música da Ufes. Teremos eliminatórias em Alegre e São Mateus, e as finais no Teatro Universitário”.
Confira as atrações do Ufes Jazz Festival 2025:
2 de junho, segunda-feira
Teatro Universitário (ingressos esgotados)
18h - Suindara
19h20 - Gean Pierre Trio e Victor Polo
20h40 - Guinga
3 de junho, terça-feira
Auditório do Cemuni IV (sujeito a lotação)
14h - Projeto Piano Performance
Teatro Universitário (ingressos esgotados)
18h - Paulo Prot Quarteto
19h20 - Julia Nali e Miguel Rabello
20h40 - Alexandre Borges Sexteto e Poti Menezes
4 de junho, quarta-feira
Auditório do Cemuni IV (sujeito a lotação)
14h - Projeto Roda de Samba Ufes Raiz
Cine Metrópolis (sujeito a lotação)
18h - Exibição do filme Carlos Papel 70
Bar 426, em Jardim Camburi
19h20 - Jam session
Ufes sedia 1º Encontro de Educação Ambiental com atividades junto a escolas, palestras, exibição de filmes e visitas guiadas
Começa na segunda-feira, 2, no campus de Goiabeiras, o 1º Encontro de Educação Ambiental do Centro de Educação Ambiental do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos em Educação Ambiental (NIPEEA), vinculado ao Centro de Educação (CE) da Ufes. O evento vai até o dia 6 de junho e, em paralelo, serão realizados o III Seminário de Meio Ambiente e o 5º Ecologias Insubmissas. As atividades integram as comemorações dos 50 anos do Centro de Educação e dos 20 anos do NIPEEA.
Segundo o professor do Departamento de Educação, Política e Sociedade da Ufes Soler Gonzalez, coordenador do Encontro, os eventos têm como público de interesse estudantes, professores da graduação e da pós-graduação, e professores da Educação Básica. Pessoas interessadas em participar podem obter mais informações no perfil do projeto de extensão Narradores da Maré no Instagram.
“O evento marca os aniversários do NIPEEA e do Centro de Educação e, ao mesmo tempo, será o primeiro encontro do Centro de Educação Ambiental, com atividades junto a escolas públicas e participação de parceiros que nos acompanham há 11 anos no projeto. Isso tudo de uma forma oportuna, já que dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Também vale destacar que esse ano o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) reconheceu o NIPEEA como Centro de Educação Ambiental, então isso nos dá a possibilidade de oferecermos processos de formação e projetos com escolas”, lembra Soler Gonzalez.
A programação do encontro conta com atividades com escolas, sessões de cinema com curtas-metragens de animação sobre mudanças climáticas no Cine Metrópolis, visitas monitoradas pelo campus da Ufes, apresentações culturais e mesas redondas.
Confira a programação completa:
2 de junho, segunda-feira, campus de Goiabeiras
9h às 11h - Aula de campo com visita mediada
14h às 16h - Aula de campo com visita mediada
19h às 20h30 - Aula de campo com visita mediada
*Agendamentos por meio do e-mail nipeea@gmail.com.
3 de junho, terça-feira, anfiteatro do Centro de Educação
18h às 19h - Lanche compartilhado e painel cultural (sarau cultural com microfone aberto)
19h às 21h30 - Relatos de experiência do Grupo de Pesquisa Território de Aprendizagens Autopoiéticas
19h às 19h30 - Apresentação de projetos de Iniciação Científica e de extensão
19h30 às 20h10 - Apresentação de dissertações de mestrado
20h10 às 20h50 - Apresentação de teses de doutorado
20h50 às 21h10 - Encerramento e considerações finais
4 de junho, quarta-feira, Cine Metrópolis
Exibição de curtas-metragens no contexto da Educação Ambiental e mudanças climáticas:
- O Conto da Baleia (3 minutos)
- A Baleia e o Tesouro (5 minutos)
- O Dia da Torta Capixaba (4 minutos)
- Dia do Manguezal (8 minutos)
- Amor Mascarado (7 minutos)
- Projeto Tempo Chuva Porã (5 minutos)
- Disque Quilombola (13 minutos)
*Horários: manhã (das 9h às 11h); tarde (das 14h às 16h); noite (das 19h às 21h).
5 de junho, quinta-feira, auditório do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE)
13h às 14h - Credenciamento, acolhida e painel cultural com o Projeto Instrumentarte Congo na Escola - EMEF Adão Benezath
14h às 14h30 - Abertura oficial e exibição do clipe Narradores da Maré
14h30 às 15h30 - Conferência de abertura: Educação Ambiental e Interseccionalidade: reflexões sobre racismo ambiental e injustiça climática, com Victor de Jesus
15h30 às 16h - Lanche e painel cultural com a banda de congo Amores da Lua, de Santa Marta, Vitória
16h às 17h - Mesa: Avanços e desafios da Educação Ambiental Capixaba, com Graça Lobino, Andressa Fernandes e Flávia Ribeiro
17h às 18h - Mesa: 20 anos de trajetória do NIPEEA/Ufes, com Martha Tristão, Flávia Ribeiro, Soler Gonzalez, Andreia Teixeira Ramos e Helen Moura Pessoa Brandão
18h às 18h30 - Espaço exibidor, ocupação pedagógica e painel cultural com a banda de congo Panela de Barro, de Goiabeiras Velha, Vitória
18h30 às 19h - Lanche e painel cultural com as Guerreiras Tupinikim de Caieiras Velha, Aracruz
19h às 20h - Conferência de encerramento: Povos indígenas: territórios, culturas e outras ecologias, com Edson Kayapó
20h às 20h30 - Encerramento: painel cultural Samba, com Guilherme Tupinambá
6 de junho, sexta-feira, auditório do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE)
9h às 12h - Defesa pública de mestrado: Educação Escolar Indígena e Imagens e Narrativas dos Povos Indígenas nos Livros Didáticos de História do Ensino Fundamental, no município de Aracruz/ES, com Gefferson Pereira Marques
*Banca examinadora: Soler Gonzalez, Debora Araújo e Edson Kayapó.
Categorias relacionadas ExtensãoDia de África é celebrado na Ufes com palestras, desfiles e apresentações culturais
Ao longo desta quinta-feira, dia 29, o auditório do Centro de Educação (CE), no campus de Goiabeiras, recebeu um grande público para prestigiar o evento Dia de África na Ufes, que foi organizado pela Liga dos Universitários Africanos (LUA) em parceria com as secretarias de Ações Afirmativas e Diversidade (SAAD), de Cultura (Secult) e de Comunicação (Secom); o Núcleo de Estudos (Neab); e o bloco afro Coisas de Negres.
O evento contou com a presença do reitor da Universidade, Eustáquio de Castro, e da vice-reitora, Sonia Lopes, de representantes do movimento negro capixaba, membros da LUA, pesquisadores, estudantes e servidores da Ufes. Na abertura, Castro enfatizou a importância da celebração do Dia de África, especialmente pela quantidade significativa de estudantes do continente na Ufes. Atualmente, a Universidade conta com 124 alunos de origem africana, incluindo graduandos, pós-graduandos e integrantes do Programa de Estudantes-Convênio/Português-Língua Estrangeira (PEC-PLE).
“Esta comemoração é uma maneira de a Universidade se conectar mais com o continente africano e isso é extremamente importante porque, se olharmos do ponto de vista da cultura e da ciência, nós temos uma ligação muito forte com a África. Essa integração e as reflexões que sairão desse encontro vão trazer um ganho muito grande para nossa comunidade”, avaliou o reitor.
A vice-reitora ressaltou que o evento é um momento de afirmação, reconhecimento e fortalecimento dos laços históricos, culturais e científicos que unem o Brasil ao continente africano: “Este evento nos convida a refletir sobre as muitas formas de produção de conhecimento que emergem das experiências africanas e afrodiaspóricas. Valorizar essas vozes é um passo para uma universidade verdadeiramente democrática, plural e comprometida com a justiça social”.
Além do reitor e da vice-reitora, participaram da mesa de abertura o coordenador do bloco Coisas de Negres, Edson Bonfim; a coordenadora do Neab, Marluce Simões; o representante da Rede de Matriz Africana (Rema), Geová Silva; o representante da Secretaria de Relações Internacionais (SRI), Frederico Rigoni; o secretário de Ações Afirmativas e Diversidade, Gustavo Forde; o presidente da LUA, Evrad Ngalamou; e o coordenador do Centro de Estudos da Cultura Negra no Estado do Espírito Santo, Luiz Carlos Oliveira.
Um dos fundadores da LUA, o camaronense Ngalamou relembrou a história por trás do dia 25 de maio, data em que o mundo celebra o Dia de África: “Foi nesta data, em 1963, em Abdis Abbeba [capital da Etiópia], que se criou a Organização da Unidade Africana (OUA) com o objetivo de defender e emancipar o continente africano. Como africanos que somos, este dia nos recorda as lutas pela independência do continente africano contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre da opressão econômica e intelectual”.
Valores negro-africanos
A conferência de abertura ficou sob responsabilidade do mestre e doutor em Educação Severino Lepê Correia, que falou sobre ciência, cosmovisão e valores civilizatórios negro-africanos no Brasil e sobre cultura organizacional antirracista. Para ele, que é pesquisador do Núcleo de Identidades e Memórias do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco (PPGE/UFPE), é “valorosamente necessário” que a história do povo africano seja reescrita e refeita, a fim de que as criações, as lutas políticas e as construções africanas deixem de ser invisibilizadas pelos colonizadores.
“Nós precisamos descongelar essa parte para que voltemos à atividade para a qual nossos ancestrais e nossos antepassados nos designaram, para que possamos dar continuidade a uma relação de equidade na qual a lei, a justiça, os benefícios, as glórias e o sucesso possam ser coisas de todos e não apenas do colonizador que submeteu os povos indígenas e os povos negros. Então, é muito importante reler, reescrever e repensar essa história para sairmos desse ‘conto da carochinha’ e darmos continuidade a tudo aquilo que nossos antepassados deixaram para que pudéssemos estar aqui hoje”, ressaltou o intelectual.
Na sequência, o público acompanhou a palestra África através do sabor, ministrada pelo chef congolês e professor de gastronomia africana Chez Kimberly, que tratou de temas como educação e culinária e a culinária como ponte cultural. Ele também apresentou alguns “pratos que contam histórias”, como fufu (mandioca com farinha de milho ou banana) e sekelembe (folhas africanas secas com molho de amendoim, gengibre e cebola).
Na parte da tarde, o evento teve prosseguimento com duas mesas redondas. Na primeira, os estudantes africanos António Sambú (graduação em Engenharia da Computação), Josefina Silva (doutorado em Política Social), Cesário Lopes (doutorado em Educação) e Nobi Symphorienne (graduação em Medicina) conversaram sobre o tema Celebrar o Dia da África na Universidade: vivências e vozes de estudantes internacionais com trajetórias africanas no espaço acadêmico e, da segunda, participaram os pesquisadores do Neab Osvaldo Martins e Cleyde Amorim e o coordenador do Coisas de Negres, Edson Bomfim, que abordaram questões que envolvem a temática Patrimônio de África e diáspora afrobrasileira: cultura e sociedade.
Desfile e apresentações musicais
Durante a tarde ainda aconteceu o desfile de tecidos e roupas africanas Riquezas e significados. No início da noite, as apresentações culturais foram abertas pelo bloco afro Coisas de Negres, que atua pela valorização da cultura afro-brasileira, pelo fortalecimento das lutas negra, feminista, anti-LGBTfóbica e contra todas as formas de preconceito e discriminação. O show do bloco foi seguido pela dupla Eri e Eugênio, que cantou para o público algumas músicas tradicionais de Cabo Verde.
Um desfile de tranças e danças africanas fechou a celebração em torno do Dia de África na Ufes.
Foto: Adriana Damasceno e Ana Oggioni
Categorias relacionadas Cultura InternacionalDiretor e vice-diretor do Centro de Ciências Exatas tomam posse para o quadriênio 2025-2029
Em solenidade realizada no Auditório do Centro de Ciências Exatas (CCE), nesta quarta-feira, 28, o reitor Eustáquio de Castro deu posse ao diretor e ao vice-diretor do CCE, respectivamente, Etereldes Gonçalves e Rafael Ferreira. Pró-reitores, professores, servidores técnico-administrativos, estudantes e familiares da gestão eleita estiveram presentes na cerimônia, que contou com uma apresentação do Instituto Serenata D’Favela, coordenado pela professora Luciene Chagas, da Prefeitura Municipal de Vitória.
Reeleito para o quadriênio 2025-2029, agora ao lado do professor Rafael Ferreira, Etereldes Gonçalves lembrou de sua trajetória desde o início de sua formação em escolas públicas de ensino fundamental e médio até o ingresso na Ufes como estudante e, por fim, como professor do CCE.
“Ninguém chega neste cargo apenas porque quer. Não fiz doutorado em Matemática pensando em dirigir um Centro. Isso é reflexo do que fazemos na nossa trajetória acadêmica. A recondução é sinal de que o trabalho que fizemos foi reconhecido pela comunidade”, afirmou o diretor.
O professor também destacou o trabalho coletivo de todos servidores e os estudantes do Centro. “Ninguém promove mudanças à base do chicote. Elas são feitas com convencimento, estratégia, e assim as pessoas vão percebendo as melhorias”, disse.
Já Rafael Ferreira salientou a importância do CCE por abrigar diversos cursos que contribuem para o desenvolvimento científico e técnico da sociedade, “transcendendo os muros da Universidade”. Ele enfatizou também o “senso de responsabilidade histórica” que tem ao ser o primeiro professor negro a ocupar a gestão do Centro: “É um avanço de toda a comunidade acadêmica no reconhecimento por diversidade”, disse.
Também presente na solenidade, a vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, ressaltou a posição estratégica do CCE na Ufes, em razão da qualidade das pesquisas e da excelência dos cursos. “Os desafios da gestão universitária são muitos, mas também são muitas as possibilidades de realização. A confiança depositada pela comunidade é reflexo da trajetória de compromisso, ética e dedicação que ambos construíram ao longo dos anos”, afirmou.
LabMaker
O reitor Eustáquio de Castro, oriundo do CCE, aproveitou a presença dos jovens do Instituto Serenata D’Favela para anunciar a intenção de instalar mais uma unidade do LabMaker – espaço voltado à experimentação, à criatividade e ao desenvolvimento de projetos científicos – no Morro do Quadro, bairro que abriga a sede do Instituto. O espaço integra o Programa Mais Ciência na Escola Capixaba, desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com a Ufes e com as secretarias municipais de Educação, que está promovendo a abertura de 30 unidades do LabMaker nas escolas da Rede Estadual.
“O que fazemos na Ufes é para a nossa sociedade, para nossos adolescentes e crianças. Somos referência em ciência, tecnologia e inovação, e precisamos interagir mais com o nosso entorno”, disse o reitor.
Categorias relacionadas InstitucionalCafé com Astronomia promove observação noturna com telescópio na Praça de Domingos Martins neste sábado, 31
O projeto Café com Astronomia, promovido pelo Clube de Astronomia Hubble da Escola Estadual Teófilo Paulino, de Domingos Martins, com apoio do Núcleo de Astrofísica e Cosmologia da Ufes (Cosmo/Ufes), terá mais uma edição neste sábado, 31. A atividade inclui palestras e observação noturna com telescópio na praça principal da cidade.
O evento tem início às 17 horas na Biblioteca Municipal de Domingos Martins. O encontro contará com a palestra A mais familiar e estranha força: a gravidade, do professor do Departamento de Física da Ufes Davi Rodrigues.
Em seguida, membros do Clube Hubble vão falar sobre objetos astronômicos visíveis no céu. Completando a programação, serão feitas observações do céu com telescópios. A organização pede que os visitantes levem sua caneca para o café.
Categorias relacionadas ExtensãoCine Metrópolis exibe relançamentos de Jorge Furtado e estreia nacional de documentário sobre esclerose múltipla
O Cine Metrópolis apresenta, a partir desta quinta-feira, 29, uma programação dedicada ao cinema nacional. Os destaques ficam por conta do relançamento em 4K de dois filmes dirigidos por Jorge Furtado: Ilha das Flores (1989) e Saneamento Básico, o Filme (2007). As sessões contam com cópias restauradas digitalmente, que serão exibidas em conjunto.
Ilha das Flores é um curta-metragem que se tornou um marco do cinema brasileiro. Com linguagem direta e montagem dinâmica, o filme constrói uma crítica social ao abordar a cadeia de produção do alimento e o descarte de resíduos, revelando a desigualdade no acesso aos recursos básicos.
Já Saneamento Básico, o Filme é uma comédia que acompanha moradores de uma pequena cidade que tentam produzir um filme para conseguir verba pública para construir uma fossa. O roteiro questiona a burocracia e o descaso com serviços essenciais, ao mesmo tempo em que homenageia o próprio ato de fazer cinema. O elenco conta com grandes nomes do audiovisual brasileiro, como Wagner Moura, Fernanda Torres, Camila Pitanga e Lázaro Ramos.
Além dos filmes de Jorge Furtado, o Cine Metrópolis recebe também a estreia do documentário Memórias de Um Esclerosado, dirigido por Rafael Corrêa e Thais Fernandes. O filme acompanha a rotina e os pensamentos de um homem diagnosticado com esclerose múltipla, em um relato pessoal e direto sobre a convivência com a doença.
Seguem em cartaz os filmes Homem com H, ficção inspirada na vida de Ney Matogrosso, e O Bem Virá, documentário sobre as forças das mulheres do sertão brasileiro.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 29 de maio a 4 de junho:
Ilha das Flores + Saneamento básico, o Filme (Relançamentos em 4K), de Jorge Furtado (Brasil, 1989 e 2007)
Relançamento de duas grandes obras da carreira de Jorge Furtado. Em Ilha das Flores, a partir de um tomate, descobrimos o drama dos moradores de Ilha das Flores, que procuram alimento no lixo. Em Saneamento Básico, o Filme, uma pequena comunidade de descendentes de italianos enfrenta problemas de saneamento no sul do Brasil. A cidade não tem dinheiro para resolver a questão, mas os moradores decidem usar a verba para a produção de um filme de ficção para viabilizar a construção da fossa.
Memórias de Um Esclerosado, de Rafael Corrêa e Thais Fernandes (Brasil, 2024)
Na busca por respostas e um pouco de aventura, o cartunista brasileiro Rafael Corrêa decide fazer um filme para organizar suas memórias e descobrir se é a morte de um sapo a origem de sua doença degenerativa.
Homem com H, de Esmir Filho (Brasil, 2025)
Dono de uma voz inconfundível e de performances memoráveis, Ney Matogrosso morava com os pais e irmãos na pequena cidade de Bela Vista (MS). Os embates com o pai, que insistia que o menino “virasse homem”, levaram Ney a se afastar da família, antes de enveredar pela vida artística. Anos depois de sair de casa, em São Paulo, estreou como vocalista dos Secos e Molhados, dando início às performances históricas que o definiram como um dos maiores artistas brasileiros da atualidade.
O Bem Virá, de Uilma Queiroz (Brasil, 2025)
13 mulheres, 13 ventres, 13 esperanças, uma foto. E uma busca pelas mulheres que, em 1983, em uma seca no sertão do Pajeú pernambucano, lutaram pelo direito à sobrevivência, num contexto em que ser mulher era se limitar à função de administrar a miséria.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaFlor de café conilon pode ser usada na produção de chá
A potencial utilização das flores da Coffea canephora (café conilon) na produção de chás foi o resultado de uma pesquisa desenvolvida pela Ufes, por meio do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, do Centro Universitário do Norte do Espírito Santo (Ceunes), em São Mateus, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade do Porto (Portugal). A pesquisa identificou os principais compostos bioativos das flores do conilon e fez a caracterização de seus perfis voláteis e sensoriais em infusões.
Segundo o professor Fábio Parteli, do Ceunes/Ufes, “a pesquisa deixa claro que as flores de café conilon têm grande potencial para o mercado de chás, pois proporcionam um produto com qualidades químicas, aromas e sabores extraordinários”. Ele diz, contudo, que muitos estudos devem ainda ser realizados até mesmo para saber quais genótipos são melhores para a produção de chá. “O trabalho foi pioneiro e muito ainda há de ser feito para otimizar processos, levantar custos e viabilidade econômica” afirmou Parteli.
A pesquisa foi realizada com seis genótipos de árvores de conilon (Verdim R, B01, Bicudo, Alecrim, 700, CH1) cultivadas em Nova Venécia, noroeste do Espírito Santo. Oito compostos de ácido clorogênico, sete ácidos fenólicos e os alcaloides cafeína e trigonelina foram quantificados em todos os extratos florais.
Em artigo publicado na revista Foods, os pesquisadores afirmam que “esses compostos são conhecidos por influenciar o sabor da semente do café e estão diretamente relacionados às suas ações antioxidantes e anti-inflamatórias in vivo e, consequentemente, às suas propriedades benéficas à saúde”.
Sabor e aroma
As infusões foram caracterizadas por um painel sensorial composto por nove avaliadores treinados (com idades entre 28 e 58 anos) do Brasil e dos Estados Unidos, com um mínimo de 200 horas de experiência na avaliação de diferentes produtos alimentícios e 50 horas de experiência na avaliação de chás ou infusões. Para gerar descritores sensoriais, seis amostras de infusões de flores de conilon foram apresentadas aos avaliadores.
De acordo com o resultado da avaliação, foram identificados nas flores 85 compostos orgânicos voláteis (que evaporam rapidamente). Floral, jasmim e flor-de-laranjeira, herbal, café verde, amadeirado e doce foram os atributos sensoriais mais citados para fragrância, aroma e sabor. “O que é interessante nesse chá [de flores de conilon] é que, além de ter compostos bioativos, também tem sabor e aroma maravilhosos”, diz a professora da UFRJ Adriana Farah.
A comercialização de flores de café poderá beneficiar consumidores e produtores, agregando valor à produção de café. “Esperamos que esse trabalho contribua para o desenvolvimento futuro de rodas de aromas e sabores de flores de café e para a consolidação do consumo de chá de flores de café em todo o mundo, para estimular o uso de todas as partes nobres da planta de café, aumentando a renda dos agricultores e apoiando a Agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030”, finalizam os pesquisadores no artigo.
Atualmente, o conilon é uma das principais espécies comercialmente exploradas no mundo, respondendo por cerca de 45% do mercado de café. O Vietnã é o maior produtor e exportador mundial de conilon. O Brasil é o segundo maior produtor da espécie.
Categorias relacionadas PesquisaUfes e Ministério Público do ES firmam parceria para ações de qualificação técnica. Iniciativa fortalece a atuação jurídica no estado
A Ufes firmou um acordo de cooperação mútua com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para a realização de ações de formação no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Direito Processual (PPGDIR). O convênio – que tem como foco o intercâmbio de conhecimento, a qualificação técnica e o fortalecimento das atividades de ensino e pesquisa voltadas à atuação jurídica e institucional – foi assinado em solenidade ocorrida nesta quarta-feira, 28, no Salão Rosa, localizado no prédio ED II, no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE).
Estiveram presentes o reitor da Universidade, Eustáquio de Castro; a vice-reitora, Sonia Lopes; o procurador-geral de Justiça do MPES, Francisco Berdeal; o diretor do Centro de Estudos de Aperfeiçoamento Funcional do MPES (CEAF/MPES), Hermes Zaneti Júnior; o coordenador do PPGDIR, Cláudio Iannotti; servidores da Ufes e do MPES; e estudantes do CCJE.
Na ocasião, o reitor afirmou que o acordo entre as instituições simboliza o compromisso da Universidade com a defesa dos direitos humanos, a promoção da justiça social e a valorização do saber científico. “Mais do que uma cooperação técnico-acadêmica, trata-se de um gesto institucional que afirma, com firmeza, que só é possível avançar na construção de uma sociedade mais justa quando ciência, educação e justiça caminham juntas”, afirmou.
Ele disse ainda que o ato abrirá portas para outras parcerias: “Basta o primeiro que depois os demais vêm de forma mais fluida”.
Segundo a vice-reitora, a parceria é um exemplo de atuação das instituições públicas, como a Ufes e o MPES, como agentes transformadores da sociedade. “Uma parceria como esta nos convida a sair do lugar confortável do discurso e nos provoca a pensar e agir juntos. Nenhuma instituição pública cumpre seu papel de forma isolada”, disse Lopes.
O procurador-geral de Justiça do MPES, Francisco Berdeal, destacou que o acordo assinado com a Ufes ajuda a aproximar o MPES das demandas da sociedade: “Precisamos de mais moradia, saúde, educação, preservação do meio ambiente. Nisso a Ufes tem excelência, porque tem cientistas da mais alta qualidade em todas as áreas. Quando essas instituições se associam, a sociedade sai ganhando”.
Atuação
Administrado pelo CEAF/MPES, o convênio terá duração de cinco anos, com possibilidade de renovação, e prevê atividades técnico-didáticas nas modalidades presencial e a distância. Segundo Hermes Zaneti Júnior, diretor do CEAF, estão no escopo do acordo cerca de 40 atividades como encontros acadêmicos para apresentação de pesquisas do PPGDIR, cursos, reuniões técnicas, grupos de estudos e seminários na Região Metropolitana de Vitória e no interior do estado.
“Uma iniciativa como esta fortalece o sistema jurídico e representa uma abertura para a realidade social, pois o direito processual interfere na vida das pessoas. Trata-se de um plano ambicioso e de alto nível técnico e acadêmico”, afirmou o diretor do CEAF.
Para o coordenador do PPGDIR, o professor Cláudio Iannotti, o acordo beneficiará principalmente as camadas mais vulneráveis da sociedade capixaba. “O direito processual não pode ser visto sem atuar na base. Ele deve agir para a melhoria das condições de vida dos brasileiros, sobretudo daqueles mais vulneráveis”, disse.
Categorias relacionadas InstitucionalReitoria da Ufes recebe representantes da Liga dos Universitários Africanos e acolhe demandas dos estudantes
O reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, e a vice-reitora Sonia Lopes receberam na tarde desta quarta-feira, 28, representantes da Liga dos Universitários Africanos (LUA). O encontro foi realizado na véspera do Dia de África na Ufes, que acontece nesta quinta-feira, 29, e tratou de pautas relativas aos estudantes estrangeiros que cursam a Universidade.
O presidente da LUA, Evrad Ngalamou, entregou ao reitor uma carta com algumas demandas, como apoio para acolhimento, alojamento e a cessão de um espaço físico para atividades pedagógicas e artísticas voltadas para a cultura africana. Os pedidos foram acolhidos pelo reitor.
“Nesta quinta-feira sediaremos o Dia de África na Ufes e resolvemos, então, tratar de alguns temas que são importantes e inclusive dar alguns encaminhamentos. Dentro do que for possível no nosso arcabouço jurídico, faremos tudo o que pudermos fazer para atender as pautas desses alunos. Teremos na SRI [Secretaria de Relações Internacionais] recursos para ajudar na instalação dos alunos recém-chegados. Dentre as pautas necessárias, a moradia é a mais desafiadora, mas estamos buscando, inclusive, uma residência para acolher os alunos internacionais que chegam à Universidade. Tudo o que pudermos fazer, nós faremos”, disse Eustáquio de Castro.
Evrad Ngalamou afirmou que o custo de vida em Vitória é elevado e muito longe da realidade dos familiares dos estudantes africanos: “Precisamos de apoio para que o estudo não fique em terceiro plano na vida dos estudantes”. Ele disse ainda que a LUA foi fundada em 2017 e desde então vem sendo um espaço fundamental para conectar os estudantes com os diversos setores da Universidade. “E é isso que buscamos. O Dia de África está nesse contexto e é um evento significativo de diálogo e cultura”, disse o presidente da Liga.
ImagemEstudantes, representantes da LUA, membros da equipe da SRI e professores estiveram presentes no evento, que aconteceu na sala de sessões da Secretaria de Órgãos Colegiados Superiores (Socs) da Ufes. O secretário de Ações Afirmativas e Diversidade da Universidade, Gustavo Forde, declarou que este é um marco importante: “Sobre essa agenda, meu sentimento pessoal é que é um dia histórico. A Ufes tem 70 anos, eu estou aqui há 30 anos. Não me recordo de ter nessa sala, onde as mais importantes decisões da Ufes são tomadas, dezenas de nações africanas representadas por alunos e pesquisadores”, disse.
Forde estava acompanhado do professor da Universidade Federal de Pernambuco Lepê Correia, que será um dos palestrantes do Dia de África. “Todos os dias é Dia de África no Brasil, somos o segundo país com mais negros no mundo”, lembrou Lepê.
Fotos: Jaqueline Vianna
Categorias relacionadas Assistência estudantil InternacionalSilenciamentos de vivências culturais são temas de conferência gratuita na Ufes. Evento começa dia 31/5
“Tanto o ruído que silencia quanto o silêncio que amplifica expõem hierarquias políticas, sociais, culturais e epistemológicas, bem como ideologias, sensibilidades e estéticas coletivas em conflito nas sociedades contemporâneas”. Assim o professor do Departamento de Comunicação Social (DCS) Pedro Marra apresenta a questão principal que será discutida por pesquisadores nacionais e internacionais durante a IV Conferência Internacional de pesquisa em Sonoridades (CIPS), evento que acontecerá em formato on-line neste sábado, dia 31, e, presencialmente, entre os dias 4 e 7 de junho, das 9 às 21 horas.
As atividades se distribuirão entre o Teatro Universitário e o Centro de Artes (CAr) (campus de Goiabeiras) e as inscrições para o público geral podem ser feitas neste link, até o dia 30. Membros da comunidade universitária que queiram receber certificado de participação devem se inscrever mediante envio de e-mail para pedromarra@gmail.com.
A IV CIPS tem cunho acadêmico e artístico e trará palestras, performances, exposição e mesas temáticas com apresentação de trabalhos de pesquisadores da Europa e das Américas Latina e do Norte. As conferências principais serão proferidas pela professora sênior de música popular na The Open University (Reino Unido) Marie Thompson, que pesquisa questões ligadas a ciberfeminismo, som, tecnologia, surdez e culturas auditivas; e pela professora das universidades federais do Sul da Bahia (UFSB) e de Minas Gerais (UFMG) Rosângela de Tugny, que estuda cantos dos povos ameríndios e coordena a formação de agentes agroflorestais do povo Tikmũ’ũn.
A CIPS é realizada bianualmente pelo Grupo de Estudos em Imagens, Sonoridades e Tecnologias (Geist), que estuda as relações entre diferentes tecnologias, práticas sociais e elementos da cultura audiovisual. O Geist é formado por pesquisadores da Ufes, das universidades federais Fluminense (UFF) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos - RS), além de pesquisadores independentes, que consideram a cultura audiovisual algo fundamental para o entendimento do contexto sociopolítico contemporâneo.
Discussões
Representante da Ufes na CIPS, Marra explica que, ao adotar os silêncios como tema, a conferência busca tratar tanto de perspectivas discursivas mais formalistas no espectro musical, quanto trazer a discussão para os campos social e político, analisando o silenciamento de povos, vivências e de repertórios culturais. “A gestão dos territórios em que vivemos está sempre atravessada por lutas que articulam questões de classe, etnia, gênero, orientação sexual, deficiências e diversidades, direito à cidade e do antropoceno e essas são as questões que discutiremos ao longo da conferência”, ressalta o professor.
Após o período do evento, cartazes com códigos de barras (QR codes) serão afixados em locais de grande circulação de pessoas na cidade de Vitória. Os códigos darão ao público acesso a registros das performances e das obras de arte sonora apresentadas durante a conferência, incluindo as falas dos artistas.
A programação completa do evento está disponível no site da Conferência.
Categorias relacionadas PesquisaRepresentantes de consulado chinês visitam a Ufes para estreitar parcerias de cooperação acadêmica
Estreitar ainda mais os laços com o Brasil por meio de convênios entre as universidades nas mais diversas áreas do conhecimento: esse foi o objetivo de uma comitiva do Consulado Chinês ao visitar a Ufes no final da manhã desta terça-feira, 27. Eles foram recebidos pela vice-reitora Sonia Lopes e ofereceram o consulado como ponte para o diálogo entre a Ufes e as universidades da China.
“Temos uma forte intenção em intensificar esse intercâmbio com as universidades chinesas. Estamos aqui para tratar de todos os pontos possíveis para apresentarmos ao grupo que irá compor o acordo de cooperação – não só no aprendizado do mandarim, que é uma grande demanda, mas também no aprendizado da rica cultura da China. Estou muito feliz em recebê-los”, disse a vice-reitora.
Entre os membros da comitiva do país asiático, estavam a consulesa geral da China no Rio de Janeiro, TianMin; a vice-consulesa Can Zeng; o conselheiro Jin Yanhui; e o correspondente da Agência de Notícias Xinhua no Rio de Janeiro, Zhao Yan.
“A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o Brasil é o primeiro país da América Latina com parceria estratégica com nosso país. Queremos ir além, para um futuro compartilhado e mais justo e sustentável. Esse é o melhor momento histórico para isso”, disse TianMin.
Além da vice-reitora Sonia Lopes, participaram do encontro com a comitiva chinesa a chefe de gabinete da Reitoria, Ana Paula Bittencourt; o diretor de Relações Interinstitucionais da Universidade, Gustavo Cardoso; a chefe da Divisão de Acordos de Cooperação da Secretaria de Relações Internacionais (SRI), Maria José Pontes; a secretária executiva da SRI, Christie Zon; e o coordenador do Núcleo de Línguas, Mário Cláudio Simões.
Em outubro do ano passado, dois professores da Ufes fizeram uma visita técnica à Universidade Politécnica de Shenzhen (SZPU), com a qual a Ufes já tem parcerias. O objetivo da missão é estender para as áreas tecnológicas a colaboração que já existe no campo dos idiomas.
Fotos: Jaqueline Vianna
Categorias relacionadas Institucional InternacionalDançarinos do programa de extensão Fordan são premiados em festival internacional de dança
Estudantes da Ufes e membros da comunidade capixaba que fazem parte do corpo de dançarinos do programa de extensão Fordan: cultura no enfrentamento às violências foram premiados na segunda edição do Grande Prêmio Internacional de Dança do Espírito Santo, festival que aconteceu no Teatro Universitário no último final de semana e contou com mostras competitivas de balé clássico e neoclássico, dança contemporânea, jazz, danças urbanas e estilo livre. A equipe do Fordan foi a única representante da Ufes na competição e conquistou o terceiro lugar em duas categorias: Estilo Livre - Conjunto Avançado; e Dança Contemporânea - Conjunto Avançado.
O Fordan foi premiado com as coreografias Viral e Diva, desenvolvidas pelos coreógrafos, dançarinos e professores de dança do Laboratório Instrumental de Dança (Lida/Fordan) Ruan Loureiro e Janayna Gomes, respectivamente. Na coreografia Viral, dez bailarinos apresentam os efeitos de um vírus, abordando o poder de disseminação da internet. “A ideia foi refletir sobre o mundo virtual, principalmente a partir da relação com o celular e as redes sociais, e como esse espaço tem sido utilizado para a reprodução de violências sobre os corpos, sobretudo de pessoas negras”, explica Loureiro, professor das oficinas de jazz.
Já em Diva, quatro bailarinas trataram do empoderamento das mulheres, mostrando uma personalidade feminina glamurosa e bem-sucedida que foi ganhando destaque em espaços que antes eram ocupados majoritariamente por homens. “A relação da coreografia com os Direitos Humanos é debater o lugar da mulher frente a uma sociedade patriarcal, na qual apenas os homens têm voz. É direito de todas as mulheres usufruir da liberdade política e sexual, do acesso à justiça e à educação, da igualdade salarial e da independência financeira”, avalia Gomes, responsável pelas aulas de stiletto do Lida.
Para o especialista em Ensino da Dança e coordenador do Núcleo de Cultura do Fordan, Everton de Oliveira, as premiações recebidas pelos dançarinos reafirmam a excelência do trabalho artístico e pedagógico desenvolvido pelo programa, fortalecendo a visibilidade do projeto no cenário da dança e contribuindo para sua legitimação junto à comunidade acadêmica e à sociedade. “A participação do Fordan foi marcada pelo trabalho coletivo e pela valorização de temáticas fundamentais, como os Direitos Humanos, que permeiam todas as modalidades oferecidas pelo programa. Essas premiações reafirmam a qualidade artística do grupo e a relevância do seu trabalho no cenário, refletindo nosso compromisso com a arte, a inclusão e a formação crítica por meio da dança”, ressalta.
Espaço de expressão
O programa de extensão Fordan: cultura no enfrentamento às violências é um projeto social criado em 2005 pela professora do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) Rosely Pires, que, além de oferecer oficinas de dança para a comunidade acadêmica e para toda a sociedade capixaba, atua no enfrentamento da violência sofrida por mulheres, crianças, jovens e pessoas em vulnerabilidade social. Segundo Oliveira, o Fordan se utiliza da dança para criar espaços seguros de expressão, escuta e reconstrução subjetiva, nos quais as mulheres atendidas podem ressignificar suas vivências, recuperar a autoestima e transformar a arte em uma ferramenta de resistência, cura e transformação.
Algumas oficinas e ensaios foram realizados nas salas do CEFD em uma parceria articulada pela direção do Centro com a organização do evento, o que viabilizou a participação dos bailarinos do Fordan a partir de cotas gratuitas de apresentação e de envolvimento em oficinas. “Esta parceria objetivou oferecer oportunidades de aperfeiçoamento artístico, imersões e vivências aos estudantes. Foi uma parceria produtiva, que resultou em prêmios e reconhecimento ao Fordan”, avalia a diretora do CEFD, Zenólia Figueiredo.
Para Everton de Oliveira, a participação do Fordan em eventos como o Grande Prêmio Internacional de Dança vai além da exibição artística. "Ela está diretamente ligada à missão social do projeto, especialmente no que se refere ao acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade e vítimas de violência. A arte, neste contexto, reafirma o compromisso do Fordan com os Direitos Humanos e com a promoção de uma cultura de paz e equidade de gênero”, conclui.
Fotos: Divulgação
Categorias relacionadas Cultura ExtensãoDia do ceramista é celebrado nesta quarta, 28, com atividades lúdicas e gratuitas no campus de Goiabeiras
Em comemoração ao Dia do Ceramista, celebrado nesta quarta-feira, 28 de maio, o Laboratório de Cerâmica da Ufes e a Associação de Ceramistas do Espírito Santo (Cerames) estão organizando uma sequência de atividades lúdicas e instrutivas sobre a cerâmica, que acontecerá na sede do Laboratório (sala 5 do prédio Cemuni 4) e no entorno do Centro de Artes, no campus de Goiabeiras. O evento será realizado ao longo da tarde, se estendendo ao período noturno, e terá toda a sua programação baseada em uma temática central: o fogo.
A celebração é gratuita e aberta a todos os públicos interessados nas técnicas de produção artesanal de cerâmicas.
Este é o quarto ano em que o Laboratório de Cerâmica da Ufes e a Cerames organizam atividades para comemorar o Dia do Ceramista. A programação desta edição conta com uma queima primitiva em fogueira, conhecida como queima em forno de buraco, às 13 horas; apresentações (masterclasses) com demonstrações práticas dos ceramistas premiados Acélio Rubens (às 14 horas) e Mikka Wenz (às 15 horas); e palestra sobre a relação entre fogo e ancestralidade com a professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional (PPGPsi/Ufes) Leila Domingues (às 18 horas). O evento se encerra às 19 horas com a apresentação do violonista Igor DG e de Raku, uma técnica japonesa de queima de cerâmica.
De acordo com a coordenadora do Laboratório de Cerâmica, Isabela Frade, o Dia do Ceramista na Ufes é um evento muito animado, que atrai um grande público: “Nós mostramos a presença da cerâmica na Universidade e a importância da cerâmica no estado do Espírito Santo, especialmente na cidade de Vitória, onde temos vários ceramistas, pessoas com um trabalho muito bom. Há um campo bastante ativo aqui”.
Categorias relacionadas EnsinoProjeto de combate à febre do oropouche foca em estratégias integradas e já considera desenvolvimento de vacina
Desenvolver estratégias integradas de enfrentamento à febre oropouche baseadas em técnicas de manejo de culturas e controle do vetor, vigilância epidemiológica, vigilância genômica, intervenção direta sobre os cuidados do paciente e identificação de biomarcadores para facilitar o diagnóstico; futuramente, trabalhar para o desenvolvimento de uma vacina. Esses são os objetivos do projeto Enfrentamento da febre do oropouche no Espírito Santo, apresentado em evento realizado na tarde desta segunda-feira, 26, no auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes, em Maruípe, Vitória.
A cerimônia de formalização da parceria entre a Ufes e o Governo do Estado para proteger a população capixaba da febre de oropouche reuniu o reitor Eustáquio de Castro, o secretário de estado da Saúde, Tyago Hoffmann; o secretário de estado de Agricultura, Enio Bergoli; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), Rodrigo Varejão; o coordenador geral do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES), Rodrigo Rodrigues; o membro da equipe do projeto no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), José Aires; o diretor do CCS, Helder Mauad; e o coordenador do projeto na Ufes, professor Daniel Gomes, que também está à frente do Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade.
Segundo Gomes, a febre do oropouche é a principal arbovirose presente no Estado hoje, com 60% do total de casos nacionais em terras capixabas. O levantamento é de dezembro de 2024 até o dia 13 de maio último. Nesse período, foram 6.693 casos positivos de febre oropouche, sendo que 120 foram de transmissão vertical, de gestantes para fetos. “Tivemos confirmados dois óbitos, mas em análise há cerca de oito mortes. Então, isso mostra que é uma doença bastante importante, com desdobramentos inclusive ligados à saúde pública”, afirmou.
Vacina
O projeto, segundo o professor, tem dois grandes focos de pesquisas: um deles, supervisionado diretamente pelo Incaper, está associado à questão do manejo de culturas e o controle do vetor. O segundo envolve a Ufes em colaboração com o Lacen, que é ligado à saúde. “Nós [da Ufes e Lacen] vamos pensar diferentes estratégias, uma abordagem ligada à vigilância epidemiológica, outra à vigilância genômica, principalmente nas questões de mutações, e outra que são os desdobramentos clínicos com estudos da imunopatogênese e com as práticas clínicas mais voltadas para intervenção junto ao paciente. Por fim, [vamos trabalhar] a identificação de biomarcadores, principalmente voltados para desenvolvimento tecnológico de métodos de diagnóstico e, quem sabe, até uma vacina que poderia ser utilizada contra a arbovirose”, afirmou.
O professor explicou que, atualmente, o diagnóstico da doença é feito por método molecular, na qual a amostra precisa chegar no Laboratório Central para poder ser processada. “A ideia é montar testes rápidos, kits, que podem ser usados pelas prefeituras para fazer o discernimento de diferentes arboviroses: dengue, zika, oropouche. Isso daria maior celeridade no tratamento. E mais para frente, a gente está trabalhando com a possibilidade do desenvolvimento de uma vacina. Não neste prazo de três anos, que é o prazo do projeto. Uma vacina demanda muito mais tempo para ser testada, mas a gente tem essa visão de continuidade do projeto para o desenvolvimento de uma vacina futura”.
Sobre os recursos, o professor informou que já foram repassados cerca de R$ 3,8 milhões à Ufes e existem parcelas a serem liberadas à medida que as entregas do projeto forem feitas. Os aportes financeiros da Fapes para a Ufes e o Incaper somam R$ 6 milhões. A expectativa é que as pesquisas tragam benefícios sociais para as populações vulneráveis, que estão próximas às áreas de transmissão, para profissionais de saúde e também benefícios econômicos para o setor produtivo.
Parcerias
O reitor Eustáquio de Castro ressaltou a parceria com o governo do Estado, lembrando que a iniciativa “está em acordo com uma das linhas da nossa gestão na Ufes, que é a promoção da saúde”. O reitor afirmou que os projetos de saúde estão cada vez mais “ganhando robustez” e falou da ideia de trazer um centro de pesquisa para dentro da Universidade: “Isso nós estamos já tratando; está mais ou menos estabelecido quais serão os laboratórios que vão ocupar esse centro”.
O reitor também falou das ações integradas, “de longa data”, na área da agricultura e destacou que “a nossa estratégia é trabalhar alinhado com aquilo que o Espírito Santo demanda na área da agricultura”. Ele lembrou de outras iniciativas desenvolvidas em conjunto com o Estado, como na área de ciências oceânicas, na qual já foi feito aporte de recursos, e falou dos projetos para a Amazônia Azul Capixaba, “um projeto que já está nas mãos do governador”.
O secretário da Agricultura, Enio Bergoli, elogiou a parceria entre o governo do Estado e a Ufes, e lembrou a atuação do Incaper, órgão que vai fazer 70 anos. “A gente tem competência técnica, gera conhecimento e os produtores e produtoras rurais se apropriam desse conhecimento. Assim, a gente consegue ser competitivo no Brasil e fora do país”, disse. Ele aposta na identificação de mecanismos naturais capazes de reduzir a população de insetos que transmitem o vírus da oropouche. “Assim como [o grupo da] saúde, em breve, nós vamos estar disponibilizando muitos resultados parciais que já vão ajudar no controle desse problema”.
O secretário da Saúde, Tyago Hoffmann, contou que, quando chegou à pasta, em janeiro, se deparou com um “batalhão" de pessoas da Agricultura, da Universidade, e da Saúde, para uma reunião sobre oropouche. “Rapidamente, eu e o secretário da Agricultura acertamos com o governador o financiamento para essa importante pesquisa”, comentou, referindo-se aos R$ 6 milhões que estão sendo disponibilizados pelo Estado, por meio da Fapes, para o projeto.
“A Fapes é o nosso braço de pesquisa; é um instrumento para que possamos fazer esse tipo de trabalho”, afirmou o secretário, destacando que a gestão aposta “sempre na ciência”. Ele lembrou que, durante a pandemia da covid-19, “criamos um grupo de trabalho com pessoas do nosso Instituto Jones [dos Santos Neves] e da Ufes, e desenvolvemos as melhores projeções para avaliar a evolução da doença e, consequentemente, a necessidade de leitos hospitalares, de enfermaria e UTI. Nenhum capixaba, nenhum capixaba morreu aqui no Estado do Espírito Santo sem conseguir acessar um leito hospitalar”, registrou.
O representante do Incaper no evento, José Aires, destacou que o órgão já busca estratégias no meio rural para evitar a doença. “Nós estamos formando uma equipe multidisciplinar para atuar no campo, junto ao agricultor”, lembrando que a mosca transmissora (conhecido como mosquito maruim) está sobretudo em áreas rurais associadas a algumas culturas, como é o caso da bananeira. Assim, afirmou, o Incaper vai trabalhar para desenvolver estratégias de manejo do inseto vetor e das plantações.
Daniel Gomes também lembrou as parcerias com as secretarias municipais de saúde: “Já estamos tendo uma interação grande com as secretarias no que diz respeito aos pacientes, busca de amostras. Então, esse panorama mostra como o projeto integra o Governo do Estado, a Universidade Federal do Espírito Santo e os governos municipais em prol da resolução de um grande problema ligado ao Espírito Santo”.
Polo de produção de conhecimento
Na avaliação do professor da Ufes e coordenador do Lacen, Rodrigo Rodrigues, um marco importante desse projeto “é o Espírito Santo estar capacitado para enfrentar outros desafios que virão”. O segundo destaque é que o Espírito Santo se consolida como um polo de produção de conhecimento em níveis nacional e mundial. “Nós estamos olhando a doença como um todo, indo do vetor à ponta, que seria a evolução final dessa doença, e, possivelmente, com desenvolvimento de protocolos não só de diagnóstico e prevenção, mas também de tratamento. Então, é um projeto extremamente arrojado”.
O diretor do CCS, Helder Mauad, ressaltou que esse projeto, além de importante contribuições para o enfrentamento da oropouche, também tem um viés acadêmico de valor. “Nós temos aqui nessa plateia vários pós-graduandos, e essa forma [integrada] de enfrentamento à doença serve como um exemplo dentro de uma área tão importante, que são a saúde coletiva e as doenças infecciosas”.
Desde o início do projeto, no ano passado, os pesquisadores da Ufes já têm cinco artigos aceitos em revistas internacionais, e três deles já publicados.
O presidente da Fapes, Rodrigo Varejão, afirmou que, desde o ano passado, a ação da Fundação está focada na área de saúde. “Graças à iniciativa de vocês, a gente está conseguindo fazer esse enfrentamento que envolve uma rica articulação de instituições aqui presentes”. Ele reforçou a competência de pesquisadores, estudantes de mestrado, doutorado e da graduação com condição de fazer o enfrentamento do oropouche. “Essas iniciativas [da Fapes] que estão sendo executadas é para que vocês sejam os protagonistas para enfrentar os grandes desafios do nosso Estado”. Varejão anunciou para o mês de junho “o maior edital de pesquisa da Fapes”, na ordem de R$ 28 milhões. “Todas as áreas de conhecimento serão contempladas, inclusive a saúde”, afirmou.
Fotos: Sueli de Freitas
Dia de África na Ufes: estudantes africanos organizam evento com palestras e atividades culturais gratuitas nesta quinta, 29
Mundialmente celebrado no dia 25 de maio, o Dia de África será lembrado na Ufes com um evento que abordará a temática Diálogos de Pesquisa Afro-centrada: Ciência, Cultura e Contextos e acontecerá na próxima quinta-feira, 29, das 8 às 19 horas, no auditório Ieda Aboumrad (Centro de Educação, campus de Goiabeiras). Ao longo de todo o dia, o público participará de palestras e mesas-redondas, conhecerá tecidos e roupas africanas por meio de um desfile e acompanhará atividades culturais em uma programação que visa celebrar o aniversário de fundação da Unidade Africana (atual União Africana), que se deu no dia 25 de maio de 1963. O evento é gratuito e as pessoas interessadas em participar devem se inscrever por meio deste link.
O Dia de África na Ufes é organizado pela Liga dos Universitários Africanos (LUA) em parceria com as secretarias de Ações Afirmativas e Diversidade (SAAD), de Cultura e de Comunicação da Ufes; o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab); e o bloco afro Coisas de Negres. O evento será aberto por uma conferência proferida pelo intelectual pernambucano Severino Lepê Correia, que falará sobre Ciência, cosmovisão e valores civilizatórios negro-africanos no Brasil. Lepê Correia é radialista, professor, especialista em História, mestre em Literatura e Interculturalidade e integra o conselho consultivo da Revista Palmares - Cultura Afro-Brasileira, periódico do Ministério da Cultura. Cantor e compositor, ele também faz parte do grupo musical Boca Coletiva, que divulga músicas afro-latinas e afro-brasileiras.
As atividades matutinas seguirão com a palestra África através do sabor, proferida pelo chef Chez Kimberly, e, após intervalo, o período da tarde terá início com a mesa redonda Celebrar o Dia de África na Universidade: vivências e vozes de estudantes internacionais com trajetórias africanas no espaço acadêmico. Na sequência, o público acompanhará o desfile Tecidos e roupas africanas: riquezas e significados e a segunda mesa redonda, Patrimônio de África: cultura e sociedade. As atividades culturais encerram a programação do evento.
Intercâmbio cultural
Estudantes que participam da LUA. Na segunda fila, de camisa verde, Evrad Ngalamou. Ao seu lado, Quetinha Augusto.A LUA é uma associação civil fundada em 2017 pelos estudantes Evrad Ngalamou (de Camarões) e Ynnamileh Djonnu (da Guiné-Bissau) e, desde o início, é a principal responsável pela realização do Dia de África na Ufes. “Esta data tem se consolidado como um espaço de valorização da presença africana na comunidade acadêmica, de promoção do intercâmbio cultural e de fortalecimento da identidade dos estudantes africanos. Esta e outras ações da LUA têm fortalecido a presença institucional da população africana na Ufes, garantindo o reconhecimento da sua contribuição para a Universidade e para a sociedade capixaba”, avalia o atual presidente da Liga, Ngalamou, aluno do nono período de Engenharia da Computação.
Segundo a SRI, a Ufes conta com 88 estudantes, incluindo graduandos e integrantes do Programa de Estudantes-Convênio/Português-Língua Estrangeira (PEC-PLE), vindos de 15 países do continente africano, dentre os quais estão Angola, Quênia, República Democrática do Congo, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana e Moçambique. Já na pós-graduação, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) contabiliza 36 estudantes, dos quais 15 fazem cursos de mestrado e 21, de doutorado.
Reflexão
A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCCon) Quetinha Augusto está entre esses alunos. Moçambicana, ela conta que a adaptação no Brasil foi facilitada pela similaridade do idioma e pelo acolhimento da comunidade acadêmica da Ufes, especialmente dos conterrâneos participantes da Liga. Para a estudante, o Dia de África é um momento especial de reflexão: “É lembrar da nossa luta contra a colonização europeia, valorizar a nossa história, a nossa cultura e a nossa tradição, mas também é um momento para pensar num futuro mais justo, com mais desenvolvimento para o nosso continente. É importante lembrar que a África tem muito a oferecer ao mundo”.
O caboverdiano naturalizado brasileiro Jair Silva (um dos entrevistados da série especial Consciência Negra) já passou por todas as fases pelas quais estão passando seus conterrâneos africanos na Ufes. Morador do Brasil há 28 anos, ele fez graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica na Universidade e, atualmente, é professor e vice-coordenador do programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE), além de pesquisador do Laboratório de Telecomunicações (LabTel/Ufes). Ele define como “importantíssimas” as comemorações em torno do Dia de África. “Celebrar esta data é significativo tanto por causa das ligações histórico-culturais entre os continentes quanto pelas discussões que visam à manutenção de programas de colaboração, tais como o PEC-G [Programa de Estudantes-Convênio de Graduação] e o PEC-PG [Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação], assim como para a celebração de novas formas de convênio”, conclui.
Foto: Adriana Damasceno
Categorias relacionadas Institucional InternacionalUfes e Governo do Estado fazem a abertura oficial de projeto de enfrentamento a oropouche nesta segunda-feira, 26
A abertura oficial dos trabalhos do projeto Enfrentamento às Arboviroses no Estado do Espírito Santo será realizada na próxima segunda-feira, 26, às 14 horas, no auditório Rosa Maria Paranhos, no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes, localizado no campus de Maruípe. Trata-se de uma parceria entre a Universidade e o Governo do Estado, anunciada no mês de fevereiro último, em evento no Palácio Anchieta, visando à adoção de medidas para enfrentar a febre do oropouche em território capixaba.
Na ocasião, o reitor Eustáquio de Castro destacou a relevância do projeto, tendo em vista que o Espírito Santo concentra 95% dos casos de oropouche no Brasil. “Vamos, junto com pesquisadores de outras instituições capixabas, colocar todo o nosso conhecimento e infraestrutura de laboratórios nesse trabalho para buscar as melhores formas de combater e controlar esse mal”, afirmou o reitor.
O projeto é coordenado pelo Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Ufes, com participações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/Sesa); da Secretaria de Estado de Agricultura, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf); e com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
Pesquisas em curso
Os três grupos envolvidos nas pesquisas já estão em funcionamento, sob a coordenação do professor Daniel Gomes, que também é o dirigente do NDI. O projeto conta com a colaboração dos professores do Departamento de Patologia da Ufes Edson Delatorre e Rodrigo Rodrigues – atualmente coordenador do Lacen/Sesa.
Uma das frentes de pesquisa investigou o primeiro óbito por febre oroupouche no Espírito Santo, confirmado oficialmente em dezembro de 2024 pela Sesa. Um artigo científico sobre o caso foi publicado na última segunda-feira, 19, na revista científica inglesa Lancet Infectious Diseases, com o título Unraveling the pathogenesis of Oropouche virus (Desvendando a patogênese do vírus oropouche).
O artigo descreve como a infecção pelo oropouche contribuiu para o óbito da paciente. Para identificar os fatores por trás do agravamento da doença, os pesquisadores analisaram dados virológicos, histopatológicos e imunológicos. O estudo também investigou como a resposta inflamatória descontrolada pode ter causado danos severos a órgãos como fígado, pulmões e rins, levando à falência múltipla.
“Trata-se da análise mais completa já realizada sobre um caso fatal de oropouche, revelando o potencial devastador do vírus – antes associado apenas a febres leves e autolimitadas – para desencadear complicações fatais. Os resultados reforçam a necessidade de monitorar casos graves e entender os mecanismos por trás dessas formas agressivas da doença”, afirma Delatorre.
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