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Revista internacional publica artigo de professores da Ufes sobre metodologia inovadora no ensino da Medicina
Um artigo publicado por professores da Ufes na revista acadêmica Medical Science Educator (Educador de Ciências Médicas) aponta mudanças no ensino da Medicina no século XXI e propõe a incorporação de softwares e ferramentas de Bioinformática, aplicados à Oncogenética, de forma integrada ao contexto médico, potencializando a interdisciplinaridade e a aplicabilidade dos conteúdos.
A Oncogenética é a área da Medicina que une Genética e Oncologia, estudando o impacto de mutações hereditárias na incidência e biologia dos tumores. Segundo o estudo, a característica central da educação contemporânea é a mudança de uma prática com foco no indivíduo para um foco social, político e até ideológico.
O artigo intitulado Transforming Medical Genetics Teaching: An Innovative Approach with Problem-Based Learning (Transformando o ensino de genética médica: uma abordagem inovadora com aprendizagem baseada em problemas) é de autoria dos professores do Departamento de Ciências Biológicas (DCBio) da Ufes Débora Meira e Iúri Drumond, ambos do Núcleo de Genética Humana e Molecular (NGHM) e docentes do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec).
“Nosso estudo buscou construir, padronizar e aplicar a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) no ensino da disciplina de Genética Médica para o curso de Medicina da Ufes, visando contribuir para a consolidação do estudo dos determinantes genéticos das doenças e suas aplicações na educação e prática médica, de forma a fornecer exemplos possíveis de condutas médicas, dadas as diferentes realidades vivenciadas pelos médicos. É uma metodologia inédita no Brasil”, afirma a professora Débora Meira.
Estudo de caso
Por meio da aplicação da ABP, os estudantes receberam um estudo de caso na área de Aconselhamento Genético/Oncogenética para aplicar seus conhecimentos em conjunto com o uso de diferentes ferramentas e softwares, com o objetivo de exemplificar um modelo de conduta médica para essa condição específica.
“Os resultados indicam que o modelo de aula proposto foi construído, padronizado e aplicado de forma eficiente à turma do terceiro semestre do curso de Medicina. Os estudantes avaliaram positivamente a aplicação e o uso da metodologia na atividade proposta, destacando seus efeitos positivos para a formação médica. O uso deste modelo de aula, baseado na metodologia de ABP, favorece o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes necessárias recomendadas nos documentos norteadores da formação médica, no âmbito da Genética Médica, de forma a incentivar a prática do cuidado personalizado nos anos formativos”, destaca.
Meira informa ainda que a utilização do método de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) foi implementada de forma complementar aos métodos tradicionais de ensino na área médica, uma vez que a abordagem visou proporcionar aos alunos uma perspectiva prática dos conhecimentos teóricos adquiridos.
Categorias relacionadas EnsinoSaneamento no campus de Goiabeiras: começa em abril uma das maiores obras de infraestrutura da Ufes
Está previsto para o mês de abril de 2025 o início das obras para construção da nova rede de saneamento do campus de Goiabeiras, contemplando redes de água, drenagem e esgoto. O investimento será de R$ 16.554.695,40 e os recursos são provenientes de emendas parlamentares da bancada capixaba no Congresso Nacional.
O processo de licitação para escolha da empresa foi concluído no dia 17 de dezembro. A obra será realizada pela empresa mineira Black Engenharia LTDA, que venceu a licitação. O critério de julgamento foi o menor preço.
Os projetos executivos deverão ficar prontos num prazo máximo de três meses. Segundo o superintendente de Infraestrutura da Ufes, Alessandro Mattedi, considerando o tempo para execução do projeto e de obra, a previsão é que tudo esteja concluído em abril de 2027.
“Essa contratação é o resultado de um trabalho conjunto da Ufes, da Cesan e da bancada capixaba que deverá viabilizar uma das maiores obras de infraestrutura básica para a nossa Universidade”, afirmou.
Ele destaca que os projetos de saneamento referentes à rede de esgotamento foram viabilizados por meio de parceria da Ufes com a Cesan em 2022. Já os projetos para a nova rede de água e drenagem foram contratados separadamente pela Superintendência de Infraestrutura da Ufes.
O superintendente afirma ainda que a contratação foi homologada e o valor de R$ 8 milhões já está empenhado. Outra emenda com o valor restante da obra já está garantida para 2025.
MEC divulga edital com datas e critérios para o Sisu 2025. Inscrições começam dia 17 de janeiro
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quinta-feira, 26, o Edital nº 35/2024, sobre o cronograma e os critérios do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2025. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, no período de 17 a 21 de janeiro. O resultado da chamada regular será divulgado no dia 26 de janeiro, no Portal Único de Acesso.
Para se inscrever no processo seletivo do Sisu 2025 é necessário que o estudante tenha o ensino médio completo, tenha participado da edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tenha zerado a prova de redação. Estão impedidas de se inscrever as pessoas que declararam ter participado do Enem 2024 na condição de treineiro, ou seja, quem participou do exame para fins de autoavaliação antes mesmo de concluir o ensino médio.
Em 2025, a edição do Sisu terá somente uma etapa de inscrição de candidatos para as vagas ofertadas pelas instituições participantes (entre elas, a Ufes). Com isso, os inscritos podem disputar as vagas ofertadas para o ano inteiro, participando da seleção uma única vez. Todos os estudantes selecionados dentro das vagas disponíveis, tanto na chamada regular como por meio da lista de espera, deverão realizar a matrícula na universidade no período indicado no edital.
Serão ofertadas vagas para cursos com início previsto das aulas tanto no primeiro como no segundo semestres de 2025, de acordo com os termos de adesão assinados pelas instituições públicas de ensino superior que aderiram a essa edição da seleção unificada. O candidato não poderá escolher em qual semestre vai ingressar, porque isso dependerá de sua classificação no curso pretendido.
Segundo a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufes, a previsão é que o termo de adesão da Universidade ao Sisu 2025 seja divulgado até esta sexta-feira, 27. O documento - que traz informações sobre os cursos que serão ofertados, número de vagas, notas mínimas exigidas e o peso de cada resultado obtido pelo candidato no Enem - será publicado no site sisu.ufes.br.
Classificação
Todos os candidatos inscritos no Sisu serão classificados conforme o seu desempenho no Enem 2024, primeiramente na modalidade de ampla concorrência. Em seguida, é prevista a reserva de vagas ofertadas pela Lei de Cotas. O objetivo é beneficiar, sem distorções, os candidatos realmente demandantes de política compensatória para acesso ao ensino superior.
A oferta de vagas reservadas observará a proporção de estudantes de escolas públicas, de baixa renda, com deficiência, pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Todas as instituições de educação superior participantes do Sisu 2025 adotarão os dados de distribuição de vagas conforme os percentuais atualizados do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Lista de espera
A lista de espera poderá ser utilizada pelas instituições de educação superior participantes, durante todo o ano, para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular. O candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 26 a 31 de janeiro, também pelo Portal Acesso Único.
O Sisu foi instituído pela Portaria Normativa nº 2, de 26 de janeiro de 2010, e atualmente está regulamentado pela Portaria Normativa nº 21, de 5 de novembro de 2012. O Sistema reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior do Brasil que aderiram ao processo seletivo vigente. A maioria das instituições participantes são da rede federal de ensino superior, com destaque para universidades e institutos federais.
Categorias relacionadas EnsinoPalestra gratuita explica como são medidas as distâncias no universo. Evento será dia 28/12, na Praça da Ciência
Como são medidas as distâncias no universo? Para explicar esse tema, o projeto Universo no Parque promove neste sábado, 28, a palestra Medindo distâncias no Universo, que será ministrada pela pesquisadora em Astronomia Anna Carolyna Breda. O evento será às 10 horas, na Praça da Ciência (localizada na Enseada do Suá, em Vitória), e tem entrada gratuita e aberta ao público. Será fornecido certificado para universitários interessados em horas complementares.
Nesta edição, a pesquisadora falará também sobre as principais unidades de medida astronômicas, como o ano-luz e a parsec (usada para medir distâncias intergalácticas), além dos métodos mais utilizados para mensurar distâncias cósmicas.
O Universo no Parque é um evento mensal de divulgação científica organizado pelo Núcleo de Astrofísica e Cosmologia (Núcleo Cosmo/Ufes) e pelo Programa de Pós-Graduação em Astrofísica, Cosmologia e Gravitação (PPGCosmo) da Ufes, em parceria com a Praça da Ciência. Seu objetivo é levar ao grande público as discussões científicas sobre o universo, de modo que sejam difundidas para a sociedade e não fiquem restritas ao meio acadêmico.
Mais informações estão disponíveis no site do projeto.
Nova edição da Revista PET Economia aborda temas como desemprego, racismo e direitos reprodutivos. Acesso gratuito
Desemprego, adoecimento generalizado, racismo e direitos reprodutivos são alguns dos temas abordados na nova edição da Revista PET Economia Ufes. A publicação, coordenada pelo professor do Departamento de Economia Vinícius Pereira, chega ao nono número, analisando como as questões econômicas estão interligadas a aspectos sociais contemporâneos. O material pode ser acessado neste link.
Com textos produzidos por integrantes do PET Economia, a nova revista intitula-se Neoliberalismo: as novas faces do velho jogo. A escolha visa abordar as mazelas de um modelo “caracterizado pela precarização do mercado de trabalho, pela exacerbação do individualismo e pela retirada do protagonismo do Estado na resolução de problemas sociais”, conforme explicou Kayky de Oliveira, estudante do 4º período de Ciências Econômicas e bolsista do PET Economia Ufes.
“O título da edição busca evidenciar que, embora essas questões sejam fenômenos atuais, elas estão intrinsecamente ligadas a aspectos históricos do capitalismo. São as mesmas lições de ontem, repetidas e endossadas pelos ideólogos de hoje”, acrescentou o bacharel em Ciências Econômicas Matheus Maia, que é coautor dos textos À Margem do Futebol no Brasil, Cannabis: uma questão de saúde pública e Maria da Conceição Tavares: ontem, hoje e sempre.
Crise do Capital
Um dos pontos levantados pelo professor Pereira para explicar as constantes crises e reinvenção do sistema capitalista abordadas ao longo das páginas da Revista PET Economia é que elas são um fenômeno intrínseco a esse sistema econômico.
Segundo ele, as crises desempenham um papel fundamental nesse processo. “Sim, a crise é um fenômeno intrínseco ao desenvolvimento do capitalismo, pois representa um papel essencial, o de limpar o terreno para o grande capital, eliminando os capitais excedentes, aqueles menos eficientes”, afirmou.
“No entanto, a cada nova crise cíclica do capital, a forma de reprodução do capitalismo mundial se renova, isto é, reinventam-se velhas formas de exploração, dando-lhes uma nova roupagem histórica, objetivando com isso sair da crise. No entanto, a nova aparência apenas disfarça, e às vezes oculta, a mesma e velha essência do interesse privado”, analisou o docente.
Desenvolvimento acadêmico
Para Pereira, a importância dos petianos na produção da revista é fundamental para o desenvolvimento acadêmico e profissional desses discentes. “Participar proporciona aos estudantes não apenas o aprimoramento na escrita acadêmica e na pesquisa por fontes bibliográficas confiáveis, mas também o desenvolvimento de uma visão ampla e integrada do mundo, articulada com os conteúdos abordados ao longo do curso de Ciências Econômicas da Ufes”, reforçou.
“Muitos petianos egressos destacam-se em diferentes setores do mercado de trabalho, atuando em empresas privadas, instituições financeiras, setor público e na docência, o que pode evidenciar a ampla gama de competências desenvolvidas durante sua trajetória no programa. Espera-se desenvolver no petiano o olhar atento às particularidades do desenvolvimento de nossa sociedade, de forma que sejam formados enquanto agentes da transformação social”, concluiu o professor.
Categorias relacionadas EnsinoMensagem à comunidade
Estamos chegando ao fim de um ano muito importante para a história de nossa Universidade. Em 2024, a Ufes completou 70 anos! Uma trajetória de sete décadas marcada por crescimento, realizações, promoção da cidadania e inclusão.
Mas, mais importante que a trajetória da instituição são as histórias individuais que a Ufes ajudou a construir. Em nossas salas de aula, há 70 anos milhares de vidas são transformadas pelo poder da educação, milhares de profissionais se formam e ingressam no mercado de trabalho contribuindo para a sociedade. Em nossos laboratórios, milhares de pesquisas foram e continuam sendo desenvolvidas, estimulando o avanço científico, solucionando demandas sociais e impactando a vida das pessoas.
Essas são algumas das razões que fizeram de 2024 um ano especial. E chegamos ao seu final agradecendo a todas as pessoas que se dedicam para fazer da Ufes uma universidade cada vez melhor, não só para todos e todas que aqui estudam e trabalham, mas para toda a sociedade.
Desejamos que 2025 seja ainda mais próspero, com saúde, paz e justiça social para todos os povos.
Boas festas!
Eustáquio de Castro
Reitor
Sonia Lopes
Vice-reitora
Revista laboratório do curso de Jornalismo volta a circular. Nova edição aborda temas que impactam cotidiano de estudantes e da população
Após um hiato de cinco anos, a revista Primeira Mão está de volta! Produzida por estudantes do curso de Jornalismo da Ufes, a publicação chega à sua 160ª edição abordando temas que impactam o cotidiano da população capixaba e do público universitário. O novo número da revista laboratório pode ser acessado no site do Universo Ufes e também neste link.
Um dos motivos para a ausência de publicações da revista tem a ver com a pandemia e as mudanças que esse período ocasionou. “Nós tivemos a pandemia, que nos obrigou a repensar as formas de produzir as atividades e ainda estamos ajustando. Mas nesse tempo outras atividades foram desenvolvidas pelos professores do curso de Jornalismo para que os estudantes tivessem a formação adequada”, explica a professora do Departamento de Comunicação Social Ruth Reis, orientadora do projeto.
A nova edição não apenas retoma a periodicidade da publicação, que existe desde o início da década de 1990, como reafirma sua importância enquanto espaço de aprendizagem e experimentação, tanto para futuros profissionais quanto para as diferentes gerações de jornalistas formados pela Ufes.
“A revista é um espaço de aprendizagem no qual os estudantes têm condições de experimentar as diferentes dimensões do fazer jornalístico: a ética, a técnica, a estética, a política, além das diferentes funções e da convivência com os colegas nessas diferentes posições”, ressalta a orientadora.
Ainda de acordo com a professora, o projeto está alinhado com a nova realidade das universidades brasileiras. “Também é importante destacar que a revista é um exemplo de atividade extensionista neste momento em que se discute a curricularização da extensão, com a incorporação desta na carga horária de ensino das universidades”, destaca.
Novos ângulos e perspectivas
Editora-chefe da edição, a estudante Lara Santoro compartilhou quais foram os principais desafios para entregar o novo número da revista Primeira Mão ao público. Segundo ela, a principal proposta foi buscar novos ângulos e perspectivas para assuntos que são abordados pelos veículos de comunicação diariamente.
“A professora Ruth Reis queria que a gente saísse disso e buscasse o diferente. Como a gente busca o diferente falando de temas que são muito abordados? Foi um desafio”, destaca a estudante, que assinou uma matéria sobre o crescimento no número de cursos de Medicina em faculdades particulares no País.
Mais do que diferentes abordagens jornalísticas, Ruth Reis explica que a produção da Revista está atrelada às mudanças atuais no campo da comunicação e avanço da inteligência artificial. Para ela, um dos principais desafios é valorizar o jornalismo como fonte de informação de qualidade em meio a uma enormidade de conteúdos disponíveis.
“É também atualizar as formas de produzir o conteúdo jornalístico, preservando os princípios mais centrais, como a fidelidade aos acontecimentos nos relatos produzidos, o cuidado no tratamento das questões para que sejam apreendidas e narradas em suas múltiplas perspectivas, foco no interesse público etc”, acrescenta.
Futuro
Agora com a revista entregue, a equipe já começa a se preparar para produzir novos números. A meta é que ainda neste período letivo circulem três edições do Primeira Mão. E, se depender dos estudantes que tocam o projeto, o público da revista vai continuar lendo reportagens que dialoguem diretamente com seu dia a dia.
“É o nosso objetivo buscar essas pautas, que encaixem com o modo de pensar e ver o mundo dos estudantes universitários. Estamos sempre buscando ir nessa linha. E buscar assuntos para além da Universidade, como a gente fez nessa edição, mas sempre numa linguagem e numa abordagem que faça sentido para a gente e para o nosso público-alvo”, prometeu Lara Santoro.
Para Ruth Reis, além do desafio jornalístico, existe a tarefa de fazer com que o produto chegue ao receptor, ou seja, ao público desejado. “Fazemos isso hoje por meio das redes sociais, o que abre outra etapa de atividades que antes não tínhamos. Bastava mandar a publicação para a gráfica e distribuí-la. Agora temos mais trabalho e necessidade de articulação e sintonia de toda a turma de estudantes para que tudo saia como planejado”, conclui a professora.
Foto: Divulgação
Pesquisa inédita no ES investiga variações genéticas de pacientes e predisposição a tipos hereditários de câncer
Um projeto de pesquisa inédito no Espírito Santo começou a ser implantado por professores da Ufes no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam-Ufes) na área de Oncogenética. Intitulado “Implementação e Desenvolvimento do Serviço de Aconselhamento Genético em Oncogenética fundamentado em Testes Genéticos no Hucam/Espírito Santo”, o projeto investiga variações genéticas relacionadas à predisposição ao câncer hereditário em pacientes do Hospital.
Coordenada pelos professores do Departamento de Ciências Biológicas (DCBio) Débora Meira e Iúri Drumond, ambos do Núcleo de Genética Humana e Molecular (NGHM) e docentes do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec), a pesquisa visa realizar testes para identificar síndromes genéticas em pacientes Hucam oferecendo também Aconselhamento Genético em Oncogenética. Esta iniciativa busca integrar e expandir os conhecimentos e práticas em genética e oncogenética por meio de uma abordagem interdisciplinar e multidisciplinar.
“O projeto é pioneiro e preenche uma lacuna significativa nos serviços de saúde disponíveis, uma vez que o SUS na região não oferece testes genéticos e Aconselhamento Genético em Oncogenética de forma abrangente, desenvolvendo e aplicando técnicas avançadas de testes genéticos”, afirma a professora Débora Meira.
Exames de DNA
Ela destaca que o câncer é uma das maiores causas de mortalidade global, sendo que muitos tipos de tumores estão associados a fatores hereditários. Assim, ao entender as mutações específicas da população, diagnósticos precoces, precisos e custo-efetivos poderão ser desenvolvidos, assim como estratégias de intervenção, tratamentos específicos e aconselhamentos genéticos poderão ser estruturados para oferecer qualidade de vida para as famílias afetadas e seus descendentes.
“Em síntese, neste projeto realizamos exames de DNA para avaliação de síndromes genéticas em pacientes do Hucam que se enquadrem nos critérios da Agência Nacional de Saúde Suplementar, assim como realizamos o Aconselhamento Genético em Oncogenética desses pacientes. Serão realizados 72 exames genéticos, com possibilidade de rastrear gratuitamente até seis familiares em caso de resultado positivo. O teste abrangerá 101 genes relacionados a síndromes de câncer hereditário, usando o Sequenciamento de Nova Geração (NGS) para uma análise detalhada, incluindo variações no número de cópias (CNV)”, explica Meira.
A pesquisa envolve especialistas de várias áreas, como medicina, psicologia e ética, para assegurar uma abordagem holística, e a utilização de tecnologias de ponta em genética, promovendo o acesso a testes e fornecendo suporte integral aos pacientes.
A professora afirma que também está prevista a realização de simpósios e eventos com participação ampla de instituições educacionais e de pesquisa locais, nacionais e internacionais a fim de compartilhar o conhecimento.
“Este projeto representa uma oportunidade de unir diferentes campos do conhecimento e instituições para avançar na aplicação de testes genéticos e Aconselhamento Genético em Oncogenética, visando melhorar a saúde e o bem-estar da população do Espírito Santo, onde tais serviços ainda não são amplamente oferecidos. È uma forma de impulsionar o bem-estar das pessoas por meio da prevenção do câncer hereditário e da promoção da qualidade de vida dos pacientes do Hucam e de suas famílias”, conclui.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeVeja como fica o funcionamento dos restaurantes universitários da Ufes durante o recesso acadêmico
Devido aos recessos acadêmicos e de final de ano, o atendimento nos restaurantes universitários da Ufes será suspenso do dia 23 de dezembro ao dia 3 de janeiro. As equipes da Diretoria de Gestão dos Restaurantes (DGR) vão aproveitar o período para realizar atividades de balanço, inventário e manutenção programada dos restaurantes, entre outras.
Já entre os dias 6 e 21 de janeiro, os restaurantes universitários funcionarão apenas para almoço e em horário reduzido devido ao horário especial de funcionamento na Universidade. O atendimento será realizado nos seguintes horários:
RUs de Goiabeiras, Alegre e São Mateus: das 11h00 às 12h30min;
RUs de Maruípe e Jerônimo Monteiro: das 11h30min às 12h30min.
Nesse período, o Setor de Cadastro do campus de Goiabeiras funcionará das 9h30 às 12h30.
A partir do dia 22 de janeiro, os restaurantes universitários retomarão o atendimento para almoço e jantar nos horários habituais.
Categorias relacionadas InstitucionalCapes aprova doutorados em Direito, Engenharia Civil e Agricultura Tropical na Ufes
A Ufes vai oferecer doutorados em Direito Processual, Engenharia Civil e Agricultura Tropical. O Conselho Técnico Científico da Educação Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta sexta-feira, 20, a aprovação das solicitações encaminhadas pelo Programa de Pós-graduação em Direito Processual (PPGDIR) e pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC), ambos funcionando no campus de Goiabeiras. Já a decisão referente ao pedido do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical (PPGAT), que funciona em São Mateus, saiu em novembro.
Os próximos passos são as autorizações de funcionamento dos cursos pelo Ministério da Educação (MEC) e os trâmites internos na Ufes para a abertura dos processos seletivos. A expectativa, segundo o diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), Wagner dos Santos, é que os editais para formação das primeiras turmas sejam lançados até o segundo semestre de 2025. O número de vagas para cada curso ainda será definido por cada programa de pós-graduação.
Com esses novos cursos aprovados, a Universidade fecha o ano de 2024 com sete novos doutorados e um novo mestrado. Isso porque, em outubro, foram aprovados os doutorados em Agroquímica e em Tecnologia de Alimentos, no campus de Alegre; em Nutrição e Saúde e em Comunicação e Territorialidades, nos campi de Maruípe e Goiabeiras, respectivamente; e o mestrado em Ciências da Natureza, no campus de São Mateus.
A Universidade contabiliza nos seus programas de pós-graduação 110 cursos, sendo 64 mestrados e 46 doutorados. Do total de mestrados, são 51 acadêmicos e 13 profissionais. Já entre os doutorados, 45 são acadêmicos e um profissional.
“Isso é fruto de muito trabalho coletivo, da parceria com os programas de pós-graduação, da colaboração dos nossos coordenadores e do acompanhamento sistemático da PRPPG. O doutorado coloca o programa de pós-graduação em outro nível. Nossa experiência mostra a elevação dos indicadores, com a produção acadêmica e o ineditismo presente nas pesquisas. Nossa meta enquanto Universidade é fortalecer os PPGs para que todos tenham mestrado e doutorado”, afirma Wagner dos Santos.
Direito
Para o coordenador do PPGDIR, Cláudio Iannotti, o doutorado em Direito Processual “é uma conquista inédita para todo o Estado do Espírito Santo”. Ele destaca: “o nosso programa é o único do Brasil em universidade pública na área de concentração em Direito Processual, agora com mestrado e doutorado. Nós formaremos mestres e doutores em Direito para todo o Espírito Santo em uma Universidade pública e gratuita, num curso que tem 17 professoras e professores com uma vasta publicação de livros e artigos de amplitude nacional e internacional”.
Engenharia
Quem também está comemorando neste fim de ano é o grupo que esteve à frente do processo para a conquista do doutorado na Engenharia Civil, como salientou o coordenador do PPGEC, Élcio Cassimiro. “O grupo que chegou há 14 anos e os professores mais antigos são os responsáveis por essa conquista. É uma alegria muito grande. Formamos uma comissão que trabalhou com muito afinco para a aprovação do doutorado. O sentimento do grupo é de dever cumprido. Com o doutorado, pretendemos ampliar os horizontes com novas parcerias nacionais e internacionais. Abre-se o leque para nossos pesquisadores e para a qualificação dos profissionais que se formam e atuam no Espírito Santo”.
Agricultura Tropical
O professor Edilson Schmildt, coordenador do PPGAT/Ufes, destacou a consolidação de um projeto que começou em 2010, em São Mateus, já tendo titulado 178 mestres. “Agora teremos doutorado com início previsto para agosto de 2025 em duas linhas de pesquisa: Biotecnologia, Fisiologia e Melhoramento de Plantas em Ambiente Tropical; e Tecnologias e Sistemas de Produção em Culturas Tropicais”, informou ele.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaSenador Fabiano Contarato visita o CAP Criarte e ouve demandas da comunidade escolar
O Colégio de Aplicação (CAP) Criarte/Ufes, no campus de Goiabeiras, recebeu na manhã desta sexta-feira, 20, a visita do senador capixaba Fabiano Contarato. Durante a visita, solicitada pela Associação de Pais e Amigos do Colégio de Aplicação do Criarte/Ufes (Apeac), o parlamentar ouviu as demandas da comunidade escolar e de profissionais da instituição.
Estiveram presentes no encontro o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro; a vice-reitora, Sonia Lopes; a diretora do CAP/Criarte, Maria José Soprani; a pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progep), Josiana Binda; o diretor do Centro de Educação, Reginaldo Sobrinho, professores, funcionários e pais de alunos que estudam no Colégio.
Um dos pedidos feitos durante a reunião foi o apoio do senador para articular junto à Secretaria de Educação do Ministério da Educação (MEC) a disponibilização de vagas para docentes de carreira de ensino básico e tecnológico (EBTT) e para técnicos administrativos em educação. Desde 2016, o Colégio possui três turmas fechadas devido à falta de profissionais, impedindo o atendimento a 45 crianças.
Além disso, a comunidade apresentou ao senador a intenção de ampliar o atendimento do CAP/Criarte para o Ensino Fundamental I e II. Atualmente, o Colégio oferta apenas vagas na Educação Infantil, com 125 crianças atendidas. “Nossa intenção é buscar esse apoio, que precisamos para dar andamento aos processos que já estão em Brasília”, explicou Maria José Soprani, diretora do CAP/Criarte.
ImagemArticulação
Para a vice-reitora, o movimento feito por pais, responsáveis e profissionais que atuam no Colégio é positivo. “Fico feliz que essa articulação tenha sido uma iniciativa das famílias e da escola, para que nós possamos avançar no que precisamos dentro do nosso CAP/Criarte e pensar novos níveis de ensino”, ressaltou.
De acordo com Josiana Binda, pedidos como esses já foram feitos pela Ufes, por meio da Progep, ao MEC. Binda lembrou que, em 2022, o MEC autorizou a Criarte a se tornar um Colégio de Aplicação. “A autorização veio, mas na prática a gente não conseguiu, pois é preciso de professores, técnicos e demais recursos”, reforçou a pró-reitora.
Segundo Cleuber Guterres, membro da Apeac, uma possível expansão do Colégio seria um ganho para a sociedade capixaba. “Acho que o Espírito Santo vai ganhar demais se tivermos a oportunidade de exercer a autorização que o MEC deu e oferecer essa Educação Infantil e Fundamental Federal”, destacou.
Apoio
ImagemO senador Fabiano Contarato, por sua vez, expressou o seu comprometimento em fazer a interlocução entre a comunidade escolar e o Ministério da Educação (MEC), e ressaltou a necessidade de aumentar o número de professores em instituições federais.
“Se for o caso, vou lá pessoalmente para tentar fazer esse trabalho, que é um trabalho de sedução, e não é fácil. Posso falar com vocês que não é um trabalho fácil”, disse o parlamentar.
O CAP/Criarte existe há 48 anos e atualmente atende a 125 estudantes nos turnos matutino e vespertino. Desde o início do ano letivo de 2023, o antigo Centro de Educação Infantil (CEI) Criarte se tornou Colégio de Aplicação (CAP) Criarte/Ufes.
Fotos: Assessoria do senador
Categorias relacionadas EnsinoEspaços culturais do campus de Goiabeiras terão mudanças em horários de funcionamento a partir do dia 23 de dezembro
Os espaços culturais do campus de Goiabeiras da Ufes terão seus horários de funcionamento alterados do dia 23 de dezembro a 21 de janeiro de 2025, em função do horário especial adotado nesse período. A medida segue a Portaria Normativa nº 209/2024, que autoriza a redução da jornada de trabalho dos servidores da Universidade para seis horas diárias, devido à consequente diminuição das demandas de serviços pela comunidade universitária.
A Livraria da Ufes, que comercializa os títulos publicados pela Editora da Ufes (Edufes), funcionará de segunda a sexta-feira, das 7 às 13 horas. Entre os dias 2 e 17 de janeiro, o atendimento será realizado apenas por este e-mail.
Localizado no Centro de Vivência, o Cine Metrópolis não funcionará durante o horário especial e retornará do recesso no dia 23 de janeiro. Já o Teatro Universitário voltará com sua programação cultural no dia 11 de fevereiro, com apresentação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses).
As galerias de arte funcionarão para serviços internos de segunda a sexta-feira, embora não estejam com exposições abertas ao público. A Galeria de Arte e Pesquisa (GAP) abrirá das 7 às 13 horas, enquanto a Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu) funcionará das 8h30 às 13h30.
ImagemMuseu de Ciências da Vida e Planetário
O Museu de Ciências da Vida (MCV) estará de recesso entre os dias 22 de dezembro e 14 de janeiro, mantendo apenas atividades internas voltadas para manutenção, recuperação e restauração do acervo. De 15 a 21 de janeiro, o MCV estará aberto para visitação das 9 às 13 horas. A partir do dia 22, o museu retornará ao seu atendimento regular: das 8h30 às 12 horas e das 14 às 17h30.
O Planetário de Vitória iniciará sua programação especial de férias no dia 26 de dezembro. Até 31 de janeiro, o Planetário atenderá o público de terça a quinta-feira, com apresentações das 14 às 17h45, e às sextas-feiras, das 14 às 19h30. As sessões são gratuitas e acontecem por ordem de chegada. Os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes de cada apresentação.
Categorias relacionadas Cultura ExtensãoProfessor da Ufes lança guias sobre a aplicação de geotecnologias e alcança marca de 40 publicações gratuitas na carreira
Oferecer um guia prático para profissionais e estudantes sobre as potencialidades de equipamentos de captura e processamento de imagens aéreas: essa é a proposta dos e-books Planejamento de voo com o Drone Harmony: passo a passo e Processamento de imagens aéreas com WebODM: passo a passo, lançados este mês pelo professor do Departamento de Engenharia Rural da Ufes, Alexandre dos Santos.
Os e-books são gratuitos e estão disponíveis para download nestes links: Planejamento de Voo com o Drone Harmony; Processamento de Imagens Aéreas com WebODM.
As obras foram produzidas e publicadas em parceria pelo Laboratório de Geotecnologia (LabGagen) do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE) da Ufes, pelo Laboratório de Geoprocessamento (LabGeo) do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes - Alegre) e pelo portal Mundo da Geomática, referência na área de geotecnologias.
Em Planejamento de voo com o Drone Harmony: passo a passo a intenção é simplificar o processo de planejamento de voos automatizados, abordando desde os primeiros passos na plataforma até a configuração de missões específicas. Já Processamento de imagens aéreas com WebODM: passo a passo tem a proposta de guiar o leitor por todas as etapas necessárias para o processamento de imagens aéreas utilizando uma plataforma de código aberto, que tem ganhado notoriedade por sua acessibilidade e eficiência.
Marco na carreira
Além de sua contribuição para o ensino, os livros são a 39ª e 40ª obras gratuitas produzidas pelo professor Alexandre dos Santos, que também atua nos programas de pós-graduação em Ciências Florestais da Ufes e da Universidade Federal de Viçosa. Toda sua produção científica aborda temas relacionados às áreas de meio ambiente e geotecnologias.
“Acredito na democratização do conhecimento. O acesso a informações científicas de qualidade é essencial para o avanço do desenvolvimento tecnológico e ambiental, além de promover o aprendizado contínuo”, afirma o professor.
Ele também atribui a conquista à parceria com sua equipe, com o Ifes e com o portal: “A multidisciplinaridade e a integração harmônica de uma equipe correspondem ao sucesso de um trabalho em conjunto. Essas colaborações são fundamentais para o sucesso dos projetos e para a disseminação do conhecimento científico".
Categorias relacionadas EnsinoPrograma de extensão mais antigo da Ufes completa 40 anos nesta quinta, 19
O programa de extensão mais antigo na Ufes completa 40 anos de existência nesta quinta-feira, 19. Denominado Promoção de Cuidados Primários de Saúde em uma Comunidade e atualmente coordenado pelo médico e professor do Departamento de Medicina Social Ipojucan José de Almeida, o programa desenvolve projetos vinculados às áreas de saúde da mulher, da criança, do adolescente e do adulto, e é o braço extensionista do Centro de Estudos de Promoção em Alternativas de Saúde (Cepas/Ufes).
Com sede no município de Serra, o Cepas atende a famílias locais desde 1984, em uma trajetória marcada pela assistência à comunidade e pela superação de desafios com ajuda mútua. Inicialmente, o centro exercia suas atividades no Morro da Caixa d’Água, em João Neiva. Em 1987, mudou seu local de atuação para o distrito Cristal, na mesma cidade, e, em 1990, para o loteamento Laranjeiras, em Jacaraípe, onde se mantém até os dias atuais.
De acordo com o sociólogo e professor aposentado do Departamento de Medicina Social Pedro Fortes, coordenador do Cepas, o Centro tem 1.327 famílias cadastradas, que foram atendidas em algum momento pelas equipes de universitários. O intuito do projeto é capacitar profissionais em formação. “Nosso trabalho é orientar”, afirma.
Prevenção
O centro oferece serviços envolvendo os cuidados primários de saúde – trabalho semelhante ao que os postos de saúde oferecem –, conciliando prevenção e orientações, de forma mais próxima ao dia a dia das famílias da comunidade de Jacaraípe.
O professor ressalta que a atenção primária é uma forma muito eficaz de resolver problemas de saúde evitando os casos mais graves, que necessitam de cuidados de média ou alta complexidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que muitas doenças presentes na nossa sociedade podem ser resolvidas com prevenção e vacinação – o sarampo, por exemplo, tem uma diminuição de 75% dos diagnósticos após a imunização e cuidados para evitar o contágio.
O trabalho com as famílias envolve visitas domiciliares – nas quais os integrantes da casa são orientados em relação aos cuidados com a saúde, higiene e alimentação – e encontros na sede, além de integrações nas escolas com as crianças e adolescentes.
Atendimento multidisciplinar
Apesar de ter sido pensado inicialmente para fortalecer a formação de estudantes de Medicina, discentes de vários outros cursos também participam, o que enriquece a possibilidade de fornecer um atendimento multidisciplinar, que envolve o bem-estar físico e mental das pessoas. “Saúde não é ausência de doença, saúde é também ter qualidade nas atividades do cotidiano”, diz Fortes.
Esse entendimento reforça as conclusões da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada em 1978, que apontam que, para se ter saúde, é preciso que haja o bem-estar completo entre o físico, o mental e o social, indicando que para uma pessoa ser saudável, não basta a ausência de doenças.
Foto: Acervo do projeto
Categorias relacionadas ExtensãoLeilão de bens inservíveis da Ufes supera expectativa e arrecada R$ 1,7 milhão
O leilão de bens inservíveis realizado pela Ufes no período de 28 de outubro a 8 de novembro arrecadou 1 milhão e 700 mil reais. O valor arrecadado será aplicado em pequenas obras e na aquisição de novos equipamentos.
Para o diretor de Materiais e Patrimônio da Universidade, Renato Fraga, o resultado foi um sucesso. “A estimativa era arrecadarmos de 500 a 700 mil reais, mas chegamos ao valor de 1,7 milhão de reais. Foram vendidos 10 mil itens divididos em 150 lotes e o sucesso desse leilão se deve à internet. Foi a primeira vez que fizemos um leilão on-line com a oportunidade de vender para todo o Brasil. Isso fez com que as expectativas fossem superadas”, explica. Em termos comparativos, o último leilão realizado pela Ufes, em 2018, arrecadou pouco mais de 300 mil reais.
Foram vendidos veículos, equipamentos médicos e hospitalares, equipamentos de laboratório, impressoras, telefones, computadores, geradores, aparelhos de ar-condicionado, geladeiras, micro-ondas, mobiliário em geral e sucatas. Toda a operação foi aberta e visível ao público em geral.
O sucesso de um leilão não se mede apenas pelo valor arrecadado. “Você já imaginou o custo para se guardar 10 mil itens? E o trabalho que dá isso? Há uma responsabilização por cada item e quem tem a guarda desses bens pode ser responsabilizado. Há um grande valor que é a desocupação de espaço. Com o leilão abrimos espaço para iniciarmos um novo processo de armazenamento de novos bens em desuso dando o dinamismo que a gestão patrimonial precisa”, ressalta Fraga.
Apoio à produção científica
Por outro lado, a gestão patrimonial da Ufes é fundamental para o processo de produção científica, que demanda a aquisição de equipamentos e materiais. A Diretoria de Materiais e Patrimônio da Ufes, vinculada à Pró-Reitoria de Administração, é responsável pela aquisição de quase todos os equipamentos das áreas de pesquisa da Universidade, tanto compras nacionais quanto internacionais. "Acredito que contribuímos muito para a produção científica da Ufes”, estima o diretor.
O leilão de bens inservíveis da Ufes visa a desmobilização e venda de itens patrimoniais que não são mais úteis para a instituição. Os principais objetivos da ação são gerar receita com a venda de bens que não têm mais utilidade; promover a destinação correta de bens, permitindo que aqueles ainda utilizáveis sejam adquiridos por novos proprietários, fomentando a sustentabilidade; proporcionar um processo público e acessível a todos os interessados; e liberar as áreas ocupadas pelos inservíveis, permitindo sua reutilização.
Foto: Diretoria de Materiais e Patrimônio/Ufes
Categorias relacionadas InstitucionalReitor e vice-reitora da Ufes se reúnem com gestores da Universidade para balanço do ano de 2024
O reitor Eustáquio de Castro e a vice-reitora Sonia Lopes realizaram nesta quinta-feira uma reunião de balanço para apresentar as principais realizações da gestão no ano de 2024. Participaram da reunião gestores que estão à frente de unidades administrativas estratégicas da Ufes: pró-reitores, superintendentes, secretários e diretores.
O reitor destacou que esta gestão, iniciada no dia 23 de março, priorizou inicialmente a governança, por identificar a necessidade de implementação de ferramentas de controle e de acompanhamento dos processos. “É importante termos uma visão mais global da Universidade, entender como a Universidade funciona, não ficar presos à burocracia”, alertou.
Ele também falou sobre a aproximação da Ufes com outras instituições e ressaltou que o balanço é positivo.
“Penso que esse ano evoluímos bastante, o balanço é muito positivo. Tivemos maior aproximação com a sociedade e junto a órgãos federais e estaduais, prefeituras e bancada parlamentar. As pessoas não podem se esquecer de que estão aqui para prestar serviço. É essa visão que temos que passar da Universidade”, disse aos gestores.
Para a vice-reitora Sonia Lopes, o encontro também foi um momento para reafirmar o compromisso da instituição com a sociedade: “Estamos aqui não só para olhar para trás e celebrar o que construímos em 2024, mas também para reafirmar o compromisso com aquilo que nos move: o impacto que a Ufes gera na vida das pessoas e na sociedade como um todo. Afinal, somos uma universidade de todos e para todos – alunos, técnicos, professores e também a sociedade capixaba, que confia na nossa missão”.
A reunião foi realizada no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos da Ufes (LabPetro), no campus de Goiabeiras. Ao longo de toda a tarde, os gestores apresentaram as principais realizações de suas unidades.
Ao final, o reitor da Ufes sinalizou as prioridades da gestão para 2025. “No nosso plano de gestão vamos colocar: unificação de dados da Universidade, tramitação mais fluida dos processos, diminuição da burocracia, entendimento dos processos", pontuou.
Foto: Thereza Marinho
Categorias relacionadas InstitucionalEstudantes cadastrados no Proaes e sorteados para bolsas de estudo de língua estrangeira no nível iniciante devem se matricular nesta quinta, 19
Estudantes cadastrados no Programa de Assistência Estudantil da Ufes (Proaes/Ufes) que foram sorteados para bolsas de estudo de língua estrangeira no Núcleo de Línguas da Ufes no nível iniciante devem realizar sua matrícula exclusivamente nesta quinta-feira, 19.
Clique aqui para ver o resultado do sorteio.
O preenchimento das vagas será feito por ordem de atendimento on-line, por meio do portal do candidato, cujo acesso está disponível no site do Núcleo. As orientações para matrícula também estão disponíveis no Anexo III do edital nº 11/2024 publicado pela Pró-Reitoria de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes).
O sorteio de bolsas de estudo de língua estrangeira no Núcleo de Línguas da Ufes foi realizado no dia 16 de dezembro. Foram sorteadas 20 bolsas e, após a análise dos recursos, o resultado não foi alterado.
Esta modalidade de auxílio tem a finalidade oferecer ao estudante cadastrado no Proaes o acesso ao estudo de uma língua estrangeira por meio de bolsa no Núcleo de Línguas da Ufes, nas modalidades iniciante e avançado.
Categorias relacionadas Assistência estudantilProjeto de extensão Gamificação e Tecnologia recebe menção honrosa em encontro de divulgadores de ciência
O projeto de extensão Gamificação e Tecnologia: um desafio para o ensino dos conhecimentos em saúde recebeu menção honrosa no 3° Encontro Brasileiro de Divulgadores de Ciência (EBDC), realizado em São Paulo. O reconhecimento foi motivado pela forma criativa de impactar o aprendizado de ciências e biologia, promovendo jogos e torneios gamificados entre os estudantes.
O projeto, coordenado pela professora Márcia Cunha, do Departamento de Desportos do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), utiliza uma linguagem mais acessível para ensinar, de forma dinâmica e divertida, crianças e adolescentes.
Promovido pelo laboratório Bioinov@tec, o projeto foi desenvolvido em parceria com o Laboratório de Designs, Ilustração e Jogos (Ladij/Ufes), a Secretaria Municipal de Educação de Vitória (Seme/PMV) e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Experimental da Ufes, localizada no campus de Goiabeiras. O processo de aplicação da metodologia propõe diversas fases, contendo intervenções pedagógicas, reuniões de estudo e experiências em laboratório, pensadas estrategicamente para tornar o ensino mais eficiente, sem perder seus fundamentos.
A estudante universitária Sâmela Santos representou o projeto no EBDC e esteve em todas as fases do seu desenvolvimento. Ao participar do encontro, o grupo de extensão buscava encorajar outros extensionistas e educadores a utilizarem a metodologia de gamificação, além de divulgar o uso de jogos sérios associados à tecnologia para potencializar o processo de ensino-aprendizagem para as novas gerações. “A tecnologia digital deve ser nossa aliada, não um motivo de receio, especialmente em ambientes científicos”, afirma a professora Márcia Cunha.
Para além disso, o projeto de extensão busca levar mais conhecimento tecnológico para a comunidade, inclusive para estudantes que não têm acesso a recursos como a realidade aumentada e a virtual, trabalhando a possibilidade de utilizá-las para estimular o conhecimento e o aprendizado.
Foto: Acervo do projeto
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Metodologia de gamificação do ensino é desenvolvida em disciplina da Ufes
Categorias relacionadas Ensino ExtensãoMais cinco cursos da Ufes alcançam nota máxima do MEC
Mais cinco cursos de graduação da Ufes obtiveram nota máxima (5) em avaliações feitas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC).
O curso de Geografia/Licenciatura aumentou sua nota de 3 para 5, e o de Educação do Campo/Licenciatura (campus de São Mateus) subiu de 4 para 5. Já Ciência da Computação/Bacharelado, História/Licenciatura e Educação Física/Licenciatura receberam a equipe do Inep para a primeira avaliação e já alcançaram a nota 5.
As avaliações ocorreram entre os dias 11 de novembro a 11 de dezembro. Nesse período foram avaliados também os cursos de Engenharia de Produção/Bacharelado e Intercultural Indígena/Licenciatura, que nessa primeira visita do MEC receberam nota 4.
Os cursos de Ciências Biológicas EaD, Gemologia/Bacharelado e Física mantiveram a nota 4, como na avaliação anterior.
A secretária de Avaliação Institucional da Ufes, Leila Massaroni, avaliou que “a atribuição dos melhores conceitos pelo Inep/MEC demonstra todo o investimento dispensado pela instituição para o aprimoramento da formação/educação ofertada pelos cursos”.
Categorias relacionadas EnsinoCentro de Memórias do curso de Enfermagem inaugura nesta quarta, 18, vitrine de bonecas que retratam a história mundial da profissão
Uma coleção composta por 55 bonecas que retratam as indumentárias e as personalidades da Enfermagem mundial, brasileira e capixaba será apresentada ao público nesta quarta-feira, dia 18, das 10 às 11 horas, no auditório do Departamento de Enfermagem (DE), no campus de Maruípe. As bonecas foram idealizadas e produzidas pela professora do DE Roseane Rohr e serão doadas ao Centro de Memórias do Curso de Enfermagem (Cemenf/Ufes), que, depois da inauguração, realizará a exposição de maneira permanente, já que a coleção fará parte das ações de preservação e valorização do patrimônio histórico da Enfermagem.
As bonecas ilustram diferentes períodos históricos, desde o medieval e a era cristã (quando a Enfermagem não era profissionalizada), passando pela era moderna, até a profissionalização dos enfermeiros no Brasil, em 1923. Algumas das enfermeiras pioneiras do curso da Ufes, criado em 1976, também são retratadas na coleção e foram convidadas a participar da inauguração da vitrine.
No início da estruturação da coleção, em 2007, Rohr contou com as parcerias do estilista Josué Vasconcelos e de Eurídice Vargas (mãe de Rohr e incentivadora do projeto) na criação e confecção das vestimentas. O trabalho de pesquisa histórica, documental e iconográfica ficou a cargo da professora, que até os dias atuais cuida de detalhes como cabelo e acessórios para que as caracterizações estejam o mais próximo possível da realidade. “Eu também tive o apoio de alguns estudantes de Enfermagem, que colaboraram no início do projeto com a estruturação de biografias de enfermeiras que integraram a primeira etapa da coleção”, lembra ela.
Homenagens
A coleção contava com 25 bonecas quando foi apresentada ao público pela primeira vez, no fim de 2007, durante uma atividade organizada pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex/Ufes). “Neste evento, homenageamos a professora Maria Edla Bringuente, mostrando a boneca caracterizada com seu uniforme quando foi estudante de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense [UFF]”, explica Rohr.
Ao longo dos anos, as bonecas celebraram várias profissionais, como as professoras Laurinda do Espírito Santo, Maria Tereza Coimbra e Ângela Simões, pioneiras na implantação do curso de Enfermagem da Ufes; e Maria Helena Amorim, que atuou em prol da humanização do parto no município da Serra e criou o Programa de Reabilitação de Mulheres Mastectomizadas do Hospital Santa Rita. “Conhecer o protagonismo de mulheres que romperam barreiras para seu ingresso no mercado de trabalho e também fizeram coisas muito importantes para a história é fundamental”, avalia Rohr. A coleção ainda retrata os primeiros enfermeiros civis e militares do Hospital da Polícia Militar (HPM).
Segundo Rohr, a coleção de bonecas é relevante por revelar a história de uma profissão ainda pouco conhecida pela sociedade: “O enfermeiro é um profissional graduado que possui grande relevância social, mas que ainda é confundido com profissionais de nível médio (técnico e auxiliar de enfermagem). Eles também são importantes, porém a sociedade precisa conhecer mais a história da nossa profissão, que é predominantemente feminina, embora tenhamos homens na Enfermagem em diversos períodos da história”.
Acesso
A coleção de bonecas faz parte do rol de atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão vinculado ao DE Imagens da Vida: Arte, Saúde, História, que utiliza a arte como recurso educativo para a compreensão de temas relacionados à história, ciência, cultura, saúde, meio ambiente e enfermagem. Durante o evento de inauguração da vitrine de bonecas, Rohr assinará um termo de doação de sua coleção particular, transferindo a responsabilidade pela manutenção das bonecas para o Cemenf/Ufes, que, em novembro, completou 15 anos de existência. “Podemos considerar nosso Centro de Memórias como o primeiro museu de história da Enfermagem do Espírito Santo”, ressalta ela, que coordena o Centro juntamente com a professora do DE Daniela Malta.
Para ela, esta doação ao acervo histórico do Cemenf/Ufes possibilitará que todas as pessoas tenham acesso à informações sobre a trajetória de personalidades importantes para o campo da Enfermagem em nível mundial. “Desejamos que a coleção alcance não somente os profissionais, mas que as crianças sejam encantadas pela Enfermagem”, conclui.
Fotos: Cemenf/Ufes
Categorias relacionadas Institucional Saúde