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Uso da inteligência artificial é tema principal da 19ª Semana da Engenharia. Evento acontece entre os dias 12 e 16 de maio
O campus Goiabeiras da Ufes vai sediar entre os dias 12 e 16 de maio a 19ª Semana da Engenharia (Seng), que terá como tema Inteligência Artificial e Otimização de Projetos na Engenharia. São esperados cerca de 500 estudantes de Engenharia em busca de expandir seus conhecimentos por meio de palestras, workshops, minicursos, visitas técnicas e outras atividades com a presença de profissionais de referência no mercado.
O evento, organizado pela Liga Acadêmica das Engenharias e pela Associação Capixaba de Engenheiros de Minas (Acemin), ainda está com inscrições abertas. A compra de ingressos é feita neste link.
Entre os palestrantes confirmados estão Thiago Coutinho (CEO da Voitto), Cristiano Santos (consultor de marketing digital e mídias sociais), Samara Paganini (consultora sênior em Inovação e Estratégia na Deloitte), Poliana Krüger (presidente da Federação de Associações de Mulheres da Engenharia, Agronomia e Geociências) e Joel Krüger (presidente da Mútua-Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas).
Programação
Durante a Semana da Engenharia, os participantes terão capacitações sobre o uso da IA na engenharia, consultoria de engenharia e vendas, curso de pilotagem de profissional de drones e oficina de robótica, entre outras. Também será possível conhecer projetos de extensão desenvolvidos dentro da Ufes, além de informações sobre o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo Júnior (Crea-Jr) e sobre iniciativas voltadas à inserção e ao desenvolvimento de estudantes no mercado de trabalho.
A abertura do evento terá um painel com o tema O papel das instituições na formação, inserção e valorização dos novos profissionais, que será abordado por representantes dos principais órgãos da engenharia, entre eles o presidente do Crea/ES, Jorge Silva; o vice-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Nielsen Christianni; e o vice-presidente e diretor de benefícios da Mútua, Evânio Nicoleit. Na sequência do painel, Nielsen Christianni ministrará a palestra magna sobre Ética no uso da Inteligência Artificial e das Cidades Inteligentes.
O evento contará ainda com visitas técnicas a empresas como ArcelorMittal, Vale, Sette Casas, Base 27, Timenow, Findeslab, Cesan e Terceira Ponte, entre outras. Também serão realizados painéis sobre mercado de trabalho, gestão de projetos e protagonismo feminino na engenharia. Um dos destaques será o painel Mulheres na Engenharia: Desafios e Oportunidades, além de painel com o grupo de pesquisa Engenharia por Elas.
Todas as informações sobre a 19ª Semana da Engenharia estão disponíveis no perfil do Instagram e no site do evento.
Categorias relacionadas EnsinoPrograma de extensão Florescer Saúde abre seleção para membros voluntários
Estudantes de graduação e pós-graduação da Ufes que se interessem na relação entre saúde e natureza e em temas como agroecologia, educação, sociedade e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) podem se inscrever para atuarem como voluntários do programa de extensão Florescer Saúde: Cultivando Vidas. Serão ofertadas dez vagas destinadas a alunos de quaisquer cursos, desde que tenham disponibilidade mínima de três horas semanais para a realização de atividades no entorno da Clínica Escola Interprofissional em Saúde (Ceis/Ufes), no campus de Maruípe. As inscrições se encerram no dia 15 de maio.
O processo seletivo contará com verificação documental (formulário de inscrição e regularidade da matrícula); avaliação da grade curricular, visita técnica (para que os candidatos conheçam as instalações do programa); e entrevista individual. O resultado final será divulgado no dia 27 de maio por e-mail e no perfil do Florescer no Instagram.
Os estudantes selecionados atuarão no programa por um semestre letivo, período que poderá ser renovado por interesse do voluntário e da coordenação. No final da participação, o aluno que apresentar resultado satisfatório receberá certificado emitido pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex/Ufes).
Espaços humanizados
O programa é coordenado pela enfermeira da Ufes Sara Luiz, que, desde 2021, cria espaços humanizados de caráter coletivo e colaborativo que sirvam como instrumentos pedagógicos teóricos-práticos para o desenvolvimento de ações terapêuticas, atividades de promoção da saúde, práticas integrativas e complementares (PICs), educação em saúde e educação ambiental voltados para a comunidade interna e externa à Universidade.
De acordo com a enfermeira, a ideia é ocupar e transformar espaços ociosos nos arredores da Ceis/Ufes por meio de ações de paisagismo e plantio agroecológico de alimentos e ervas medicinais cultivados nos Laboratórios Vivos, que incluem horta comunitária, jardim sensorial, jardim de abelhas nativas e espaço de compostagem. “A proposta é criar espaços coletivos potentes de interação e reflexão no meio universitário, que permitam trocas de vivências e experiências, promoção de cidadania, empoderamento, autonomia, resgate de saberes e práticas tradicionais, e promoção de saúde e qualidade de vida para as pessoas”, explica.
Bolsista do programa, a estudante do sétimo período de Fonoaudiologia Larissa Bessa diz que o Florescer a possibilitou entrar em contato com estudantes e profissionais de outras áreas, enriquecendo suas aptidões profissionais e pessoais. “É uma experiência por meio da qual você consegue construir um conhecimento de forma multidisciplinar. Além disso, quando a gente está nos períodos iniciais, não temos tanta oportunidade prática de vivências em saúde coletiva. Ao participar do programa, a gente tem a chance de ter contato com pacientes e entender as demandas daqueles indivíduos”, finaliza.
Categorias relacionadas ExtensãoA história dos movimentos de esquerda do interior paulista é tema de livro lançado por professor da Ufes
Recuperar a história das esquerdas no Brasil, mais especificamente no interior de São Paulo durante o século XX, é o ponto central do livro recém-lançado Uma História das Esquerdas no Interior Paulista. A obra foi organizada pelo professor Rodrigo Molina, do Departamento de Educação, Política e Sociedade (DEPS) da Ufes, em parceria com Fabiana Junqueira, doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho está disponível gratuitamente em formato de e-book. Clique aqui para acessar.
Composto por oito capítulos, o livro aborda experiências de movimentos estudantis, operários, lutas políticas, resistência à repressão e a atuação em diferentes cidades do interior de São Paulo, como Piracicaba, Limeira, Fernandópolis e Sorocaba. Os capítulos são assinados por pesquisadores de diversas formações acadêmicas – como História, Educação, Sociologia e Economia – além de militantes, sindicalistas, lideranças comunitárias, gestores públicos e outros atores que construíram a história das esquerdas no interior paulista.
Para Rodrigo Molina, recuperar as experiências históricas das esquerdas é essencial para o debate do que foi a esquerda na história do Brasil, especialmente no interior paulista, onde surgiram lutas operárias, camponesas, diversos movimentos sociais e partidos. “A ideia de centralizar a análise no interior paulista é extremamente importante, pois a maior parte dos estudos históricos centralizam análises nas capitais, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, explicou.
Com mais de 200 páginas, a obra demorou três anos para ser concluída. Alguns dos capítulos, conforme explicam os autores, são resultados de pesquisas acadêmicas, incluindo dissertações de mestrado e teses de doutorado.
“Em alguns casos, para a leitura de um único capítulo, foram lidas mais de duas mil páginas de documentos do antigo Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS) – um acervo importante e que está sob custódia do Arquivo Público do Estado de São Paulo”, complementou Fabiana Junqueira.
Conhecimento científico
Nesse mergulho em narrativas e arquivos históricos, o livro traz à tona eventos pouco conhecidos no mundo acadêmico ou fora dele. Há também um esforço em valorizar o conhecimento científico.
“Um dos objetivos deste livro foi mostrar, por meio da ciência da História, que a esquerda é complexa e plural, diferente de alguns setores sociais contemporâneos extremistas que mostram uma visão panfletária e tendencialmente negativa da esquerda”, ressaltou Molina.
Com a intenção de entender e ampliar o olhar sobre experiências progressistas no País, os organizadores planejam uma nova edição do livro. “Pretendemos explorar outras regiões e cidades, para além do Estado de São Paulo. Seria muito interessante, por exemplo, compreender as lutas nos interiores da região sudeste, como é a realidade capixaba, ou mineira, e até mesmo nordestina, pois as barreiras e limites geográficos impostos pelos mapas políticos dos estados são ultrapassados quando pensamos em questões históricas, culturais ou econômicas”, conclui Molina.
Categorias relacionadas Ensino“Vamos nos conectar ainda mais com a sociedade”, afirma o reitor Eustáquio de Castro em balanço sobre os 71 anos da Universidade
A Ufes completou 71 anos na última segunda-feira, 5. Em paralelo, a atual gestão, conduzida pelo reitor Eustáquio de Castro e pela vice-reitora Sonia Lopes, completou seu primeiro ano à frente da Universidade. Em um breve balanço, eles traçaram um panorama dos avanços e desafios da instituição, além de anunciar algumas novidades.
“Imagine a quantidade de profissionais formados na nossa Universidade nesses 71 anos? A Ufes tem esse papel extremamente relevante para a sociedade e a história recente do Espírito Santo se confunde com a história da Ufes. Apesar de alguns ataques despropositados, não cabe mais discutir a importância da Universidade. Obviamente temos sempre o que melhorar e é isso que buscamos. Vamos nos conectar ainda mais com a sociedade”, afirmou o reitor.
Castro disse também que nesse primeiro ano de gestão a administração buscou melhorar a governança da Ufes e uma das ações neste sentido foi a criação da Diretoria de Governança, Controles Internos e Integridade. Ele lembrou que recentemente a Ufes alcançou o primeiro lugar em transparência, entre mais de 300 instituições pesquisadas. “Entretanto, mais importante que a governança, a gestão precisa melhorar as condições de permanência do estudante na instituição, e que isso não seja apenas uma ação dessa gestão, mas que se transforme numa política da Universidade. Nesse sentido foi criada a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade e houve um fortalecimento da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade”, destacou.
Se internamente a gestão prioriza a permanência do estudante, externamente tem criado condições para aproximar a Ufes da sociedade e do mercado de trabalho. Com esse propósito foi criada a Superintendência de Projetos e Inovação e a Agência de Inovação da Ufes (Inova Ufes), estreitando as parcerias com instituições públicas e privadas.
Com exclusividade, o reitor anunciou duas conquistas para os estudantes que já estão em andamento. A instalação do sistema de ar-condicionado no restaurante universitário do campus de Goiabeiras, em Vitória, e a abertura de um novo curso de Medicina, no Centro Universitário Norte do Espírito Santo, em São Mateus.
“Trabalhamos para manter a curva de crescimento da Ufes”, afirma o reitor.
Compromisso com a sociedade
Já a vice-reitora, Sonia Lopes, reiterou que a Ufes é, hoje, uma instituição consolidada e essencial para o desenvolvimento científico, social e cultural do Espírito Santo. “Com 71 anos de história, a Universidade se afirma como espaço de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, sempre comprometida com a democracia, a inclusão e a produção de conhecimento voltada para a transformação da sociedade. Ainda assim, os desafios permanecem grandes. Enfrentamos as limitações orçamentárias, as desigualdades sociais que atravessam nossa comunidade universitária e a necessidade de constante inovação nos processos acadêmicos e administrativos”, disse.
Para ela, o primeiro ano da gestão foi um tempo de escuta, reconstrução e cuidado com as pessoas. O foco tem sido fortalecer a gestão democrática, ampliar a permanência estudantil, qualificar as condições de trabalho e estudo, e garantir que todas e todos tenham espaço para viver plenamente o tempo da universidade.
Fundada em 5 de maio de 1954, a Ufes possui quatro campi universitários – Goiabeiras e Maruípe, em Vitória; e nos municípios de Alegre, no sul do Estado; e São Mateus, no norte capixaba. Atualmente, a Universidade oferece 103 cursos de graduação presencial, com a oferta anual de cerca de 5 mil vagas. Na pós-graduação, são 62 cursos de mestrado acadêmico e profissional, e 32 de doutorado.
Estudam na Ufes cerca de 20 mil estudantes na graduação presencial e 3.500 na pós-graduação. A instituição possui um quadro com cerca de 1.800 professores efetivos e 2 mil técnicos administrativos.
Categorias relacionadas InstitucionalUfes terá representante em Programa de Desenvolvimento de Líderes do governo federal
A diretora de Governança, Controles Internos e Integridade (DCGI) da Ufes, Fabíola Bastos, foi selecionada para participar da 5ª edição do Programa LideraGOV de Desenvolvimento de Líderes da administração pública federal. Apenas duas pessoas do Espírito Santo foram selecionadas para essa turma do programa, que é coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pela Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
O LideraGOV é voltado à formação estratégica de altos executivos do serviço público federal, com potencial de liderança e visão transformadora para os desafios da gestão pública brasileira. Para a atual edição, foram selecionados 50 servidores de diversos órgãos federais de todo o Brasil.
Fabíola Bastos celebrou a aprovação e afirmou que a participação no programa lhe dará a oportunidade de compartilhar os conhecimentos adquiridos com outros gestores da Universidade.
“Participar do LideraGOV será uma experiência única para o aprimoramento da minha qualificação em liderança estratégica, com potencial de multiplicar o conhecimento aprendido com as pessoas gestoras e equipes da Ufes. Além disso, o LideraGov tem o diferencial de envolver, necessariamente, os gestores imediatos em algumas etapas da escola de formação de líderes, com entrevistas e propostas de ações para contribuição prática a desafios vivenciados pela instituição de origem da participante”, destacou.
O evento de abertura do curso começa nesta quarta-feira, 7, e vai até sexta-feira, 9, em Brasília, com uma programação que reunirá lideranças públicas e especialistas em gestão e inovação. Depois, o curso seguirá com aulas remotas ao vivo e atividades complementares síncronas e assíncronas, até fevereiro de 2026.
Categorias relacionadas InstitucionalUfes apresenta experiências em conferência nacional sobre internacionalização da educação superior
Servidores da Secretaria de Relações Internacionais (SRI) representaram a Ufes na conferência da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), evento anual que visa fortalecer a internacionalização das instituições de ensino superior (IES). A conferência aconteceu em Brasília, entre os dias 26 e 30 de abril, e contou ainda com a presença do reitor Eustáquio de Castro, que participou das atividades do dia 29 no chamado President’s Day, data dedicada aos reitores das IES.
A equipe da SRI realizou três apresentações na conferência. O secretário de Relações Institucionais, Felipe Guimarães, discutiu questões que envolvem o intercâmbio virtual, enquanto o administrador da Divisão de Mobilidade para a Ufes, Frederico Rigoni, apresentou a experiência da mobilidade de estrangeiros para a Universidade (chamada mobilidade incoming) e os desafios da gestão do Programa de Estudantes-Convênio/Português como Língua Estrangeira (PEC/PLE).
A Faubai é o maior evento sobre educação internacional da América Latina e reúne cerca de 800 pessoas de diversas instituições, incluindo universidades e institutos públicos e privados, que participam de oficinas, mesas redondas e sessões de palestras. “É um evento no qual temos a oportunidade de compartilhar as boas práticas da Ufes na área de gestão da internacionalização, incluindo atividades relacionadas a acordos internacionais, mobilidade internacional (tradicional e virtual) e ensino-aprendizagem de idiomas para fins acadêmicos”, explica Guimarães.
Além do reitor da Ufes, do secretário da SRI e do administrador da Divisão de Mobilidade para a Ufes estiveram presentes no evento a chefe da Divisão de Idiomas, Christie Vieira, e a tradutora/intérprete da Divisão de Acordos e Cooperação, Raquel Soprani. “Foi uma oportunidade de nos capacitarmos de forma a estarmos mais preparados para lidar com as crescentes demandas que chegam à SRI. Trata-se de um evento essencial para o bom andamento das atividades do setor”, conclui Guimarães.
Foto: SRI
Categorias relacionadas Internacional'Democracia brasileira mostrou resiliência, mas deve crescer em qualidade', diz ex-ministro em aula magna do curso de Direito
Estudantes, professores e autoridades do meio jurídico capixaba prestigiaram na manhã desta terça-feira, 6, a Aula Magna Inaugural do Curso de Direito referente ao primeiro semestre letivo de 2025. O evento, realizado no Cine Metrópolis, contou com uma palestra do ex-ministro da Justiça e professor de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo (USP), José Levi Mello do Amaral Jr., que falou sobre Democracia e Jurisdição Constitucional.
Ao abrir o evento, o reitor Eustáquio de Castro destacou seu papel de “provocação intelectual”. "A aula magna é, por excelência, um espaço de escuta e de provocação intelectual, que nos convida a olhar para os fundamentos do nosso campo de conhecimento, para os dilemas do tempo presente e para as possibilidades de transformação social que a universidade pode – e deve – assumir. O tema da aula nos instiga a refletir sobre as relações recíprocas entre democracia representativa e jurisdição constitucional, tendo o processo constitucional como instrumento de promoção e defesa dos Direitos Humanos", disse.
Além do reitor, participaram da mesa de abertura o procurador-geral de Justiça, Francisco Berdeal; o defensor público-geral do Estado, Vinícius Chaves; e os desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo Fernando Bravin e Sérgio Ricardo de Souza.
A aula contou ainda com a presença do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação em exercício, Wagner dos Santos; do diretor do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), Hélio Zanquetto Filho; do coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGDIR), Claudio lannotti; do chefe do Departamento de Direito, Marco Olsen; do coordenador do Colegiado, Tiago Gonçalves; dos ex-coordenadores do PPGDIR Francisco Vieira Lima Neto e Valesca Moschen; da representante discente do PPGDIR, Rubia Mafort; e da representante do Centro Acadêmico Roberto Lyra Filho, Thamires Marques.
Resiliência democrática
Durante a palestra, Mello do Amaral afirmou que a democracia brasileira já mostrou sua resiliência, mas deverá agora crescer em qualidade. "Estamos próximos de completar 50 anos de democracia, o que indica estabilidade. Vivemos a alternância de grupos de poder. Tudo isso mostra a resiliência da nossa democracia. Agora o próximo passo é crescer em qualidade. Eu tenho uma análise otimista: nós estamos indo bem!", avaliou.
E prosseguiu: "O 8 de janeiro foi uma tragédia abjeta. Nós sobrevivemos, o que denota a resiliência democrática no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes, durante sua posse como presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] disse que a democracia não é um caminho 'fácil, exato ou previsível, mas é o único caminho'. Ele tem toda razão, fora da democracia, vivemos um estado de natureza ou, ainda pior, de caos", destacou.
O ex-ministro lembrou ainda que é necessário recato do judiciário. "O juiz não exerce vontade própria, exerce julgamento. É o primeiro artigo da Constituição: todo poder emana do povo, que deve exercê-lo direta ou indiretamente através dos seus representantes eleitos. O Direito exige humildade para reconhecer as leis aprovadas por aqueles que detêm o voto da população. Não faço crítica ao STF, que sempre teve equilíbrio. O STF é muito menos ativista do que as caricaturas por aí sugerem. Quando o Supremo foi ativista? Posso citar exemplos, foram poucos, mas resultaram no diálogo", disse ele, citando entre os exemplos as regras da verticalização das coligações e da fidelidade partidária.
O debate foi mediado pelos professores do Departamento de Direito Ricardo Gueiros e Geovany Jeveaux. Após a palestra do ex-ministro, o espaço foi aberto para perguntas dos presentes.
Fotos: Jaqueline Vianna
Categorias relacionadas EnsinoLorenzo Luchi é reconduzido ao cargo de diretor do Centro Tecnológico e Roberta Lima Gomes assume como vice-diretora
Em solenidade realizada no Cine Metrópolis nesta segunda-feira, 5, o reitor Eustáquio de Castro deu posse à nova direção do Centro Tecnológico (CT), composta pelo professor do Departamento de Engenharia Civil Lorenzo Ruschi e Luchi, no cargo de diretor, e pela professora do Departamento de Informática Roberta Lima Gomes, no cargo de vice-diretora. A nova direção estará à frente do Centro no período 2025-2029.
A cerimônia contou com a presença da vice-reitora Sonia Lopes, de gestores da Universidade, docentes, técnicos administrativos e estudantes do Centro, além de representantes da sociedade civil.
O reitor Eustáquio de Castro destacou o reconhecimento do trabalho da gestão anterior por meio da recondução do diretor ao cargo e expressou a expectativa de trabalho em conjunto para o enfrentamento de questões como o combate à evasão e a manutenção e expansão da estrutura física. Também colocou a importância do CT em projetos externos da Universidade: “Temos grandes projetos em andamento para os quais precisaremos do apoio do Centro Tecnológico, com suas especificidades, como o projeto de adaptabilidade climática, a ser desenvolvido com o Governo do Estado, que vai atender 78 prefeituras do Espírito Santo. Para essa e outras parcerias enormes que estão vindo, nós precisaremos do apoio de todos vocês, especialmente das suas lideranças”.
A vice-reitora Sonia Lopes afirmou que, por meio de uma nova gestão, a Universidade celebra a renovação do compromisso com a educação pública, de qualidade, com a ciência e com o futuro do nosso país: “o Centro Tecnológico ocupa uma posição estratégica na Universidade, por ser um espaço dinâmico de formação, responsável por formar profissionais altamente qualificados, de excelência, e por desenvolver soluções concretas para os desafios da sociedade. Assim, o professor Lorenzo e a professora Roberta assumem uma posição de liderança que é uma honra, mas ao mesmo tempo uma grande responsabilidade”.
Compromissos
ImagemO professor Lorenzo Ruschi e Luchi enfatizou que a visão da nova diretoria para o CT é de crescimento, inovação e colaboração, com a inclusão de todos. Destacou, entre as demandas a serem enfrentadas, o combate à evasão, a oferta de novos cursos de engenharia no período da noite, atendendo à necessidade social, e a reforma e expansão da estrutura física: “Vamos seguir dialogando com a Superintendência de Infraestrutura sobre a construção do CT 14, já em licitação, e sobre a necessidade de um novo CT 5, que seria estratégico para o Centro Tecnológico”, explicou.
O diretor se comprometeu também a dar continuidade às conquistas alcançadas no mandato anterior, como o investimento na estrutura para os projetos de extensão existentes e futuros. Além disso, afirmou que vai auxiliar os pesquisadores nas prospecções junto às entidades e empresas, fortalecendo a parceria já iniciada com as instituições externas. “No mandato anterior, estreitamos as relações com empresas e entidades como Petrobras, Findes, Sesi, Crea e Corpo de Bombeiros, abrindo assim novas possibilidades de projetos de pesquisa fundamentais para os nossos laboratórios”, lembrou.
Desafios
A professora Roberta Gomes destacou os desafios que serão apresentados à gestão eleita, ao buscar atender as necessidades dos cursos do Centro, de contínua atualização pedagógica, modernização da infraestrutura e conexão com as demandas da sociedade e do mercado: “Enfrentamos barreiras como as limitações orçamentárias, que impactam na manutenção das estruturas, no investimento em inovação e na expansão das atividades, e os entraves de processos administrativos complexos e altamente regulados, que são essenciais para garantir a transparência e a responsabilidade pública, porém em muitos momentos desafiam a necessidade de agilidade e de inovação”, explicou.
A vice-diretora empossada também destacou a urgência de fortalecer o acolhimento e a permanência estudantil, especialmente do público feminino, atraindo e apoiando a permanência das mulheres, não só estudantes, mas também técnicas e professoras: “Esse é um desafio bastante complexo, pois envolve mudar normas culturais que perpetuam a desigualdade de gênero no Brasil e no mundo, com a noção de que a engenharia ou a computação seja um campo masculino”, explicou a professora, que é a segunda mulher a assumir um cargo de direção na história do CT.
Fotos: Serena Singulani
Categorias relacionadas InstitucionalInscrições abertas para o Programa de Bolsa Permanência. Reuniões tira-dúvidas acontecem nesta quarta e quinta-feira
A Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad) publicou edital para novas inscrições no Programa de Bolsa Permanência (PBP) do Ministério da Educação (MEC), dirigido a estudantes de graduação indígenas e quilombolas. Pessoas interessadas podem se inscrever até o dia 16 de maio, na página do Programa. O valor da bolsa pago aos beneficiados será de R$ 1.400.
Clique aqui para acessar o edital.
O candidato deve apresentar documentação que comprove seu pertencimento ao público-alvo do programa e sua matrícula em curso presencial de graduação, sendo necessário cursar no mínimo 240 horas no período vigente (salvo casos específicos devidamente justificados). Entre os requisitos, também estão não ter ultrapassado dois semestres do tempo regulamentar do curso de graduação em que estiver matriculado, não receber bolsa vinculada ao curso de Pedagogia Intercultural Indígena e não ter concluído curso superior.
Estudantes com cadastro e documentação completa serão classificados de acordo com os critérios estabelecidos no edital. Aqueles que não forem contemplados dentro do quantitativo de vagas disponíveis formarão cadastro de reserva para a ocupação das vagas que surgirem, em fluxo contínuo.
Reuniões tira-dúvidas
A Saad vai realizar duas reuniões on-line para que estudantes interessados possam tirar suas dúvidas. A primeira será nesta quarta-feira, dia 7, às 17 horas; e a segunda será na quinta-feira, dia 8, às 11 horas. Os endereços das salas virtuais estão informadas no edital.
Questionamentos também podem ser enviados pelo e-mail programabolsapermanencia@ufes.br e pelo número 3145-9441 (WhatsApp). As informações completas podem ser obtidas no Edital disponível aqui.
Arrecadação municipal e regularização fundiária são temas de evento gratuito na Ufes, nesta quarta, 7. Inscrições limitadas
Especialistas, gestores públicos e representantes de instituições de pesquisa se reunirão nesta quarta-feira, dia 7, no Seminário de Cooperação Técnica, para discutir estratégias e experiências voltadas à melhoria da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e à regularização fundiária em municípios capixabas. Pessoas ligadas à gestão pública municipal podem se inscrever neste link e participar do evento, que é gratuito e acontecerá das 8h30 às 11h30, no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos (LabPetro/Ufes), localizado no campus de Goiabeiras. As inscrições são limitadas.
O seminário é organizado pelo Laboratório das Cidades (LabCidades/Ufes) e será dividido em duas partes: no turno da manhã, as discussões serão em torno da temática Aumentando a arrecadação municipal. Os palestrantes abordarão formas de aumentar a arrecadação do IPTU e reduzir a dívida ativa; e uso da inteligência artificial para aumentar a eficiência da comunicação com o contribuinte. Já na parte da tarde, o tema será Acelerando a regularização fundiária e a discussão será em torno do plano diretor municipal, do plano municipal de cidades inteligentes e do projeto de regularização fundiária para os municípios capixabas.
De acordo com o coordenador do LabCidades, Everlam Montibeler, o seminário será uma oportunidade para os participantes conversarem sobre parcerias estratégicas entre a Ufes e os municípios capixabas: “A ideia é possibilitar o desenvolvimento conjunto de projetos que irão proporcionar melhorias significativas na arrecadação tributária e na gestão fundiária, impulsionando o desenvolvimento econômico e social”.
Outras informações podem ser obtidas no perfil do LabCidades no Instagram.
Em evento sobre biossegurança, reitor destaca papel da Ufes na busca por soluções inovadoras e alerta para abordagem ética
O reitor Eustáquio de Castro representou a Ufes na solenidade de abertura do 10º Encontro Bienal de Biossegurança (EBBio 2025), que começou nesta segunda-feira, 5, no Centro de Treinamento Dom João Batista, em Vitória. O evento reúne profissionais e pesquisadores de instituições públicas e privadas, do Brasil e de outros países da América do Sul, envolvidos na biossegurança de organismos geneticamente modificados (OGMs) e seus derivados.
Durante os dois dias, o EBBio 2025 contará com palestras de especialistas que abordarão os mais recentes resultados científicos e tecnológicos envolvendo OGMs, mesas-redondas com membros da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e especialistas da área, além de sessões de pôsteres e uma feira de exposição de produtos e serviços.
Eustáquio de Castro destacou a relevância do encontro, principalmente em um momento em que os avanços tecnológicos exigem respostas cada vez mais rápidas, mas, ao mesmo tempo, fundamentadas na ciência e guiadas pela responsabilidade coletiva.
“É importante discutirmos sobre sustentabilidade, inteligência artificial, biotecnologia e tantos outros temas sensíveis de maneira ética. Traduzir a ciência de forma clara, acessível e transparente para a população é, hoje, uma missão tão relevante quanto desenvolver a própria ciência. Não basta apenas inovar – é preciso comunicar com responsabilidade, promovendo confiança pública e participação social. Ao debatermos com múltiplas vozes todos esses temas complexos, estamos contribuindo para isso”, disse.
Marco regulatório
O reitor destacou ainda que a construção de marcos regulatórios convergentes no Cone Sul é estratégica para que os países possam enfrentar desafios comuns e avançar com mais segurança, eficiência e soberania em direção à bioinovação. Ele afirmou que a Ufes, enquanto universidade pública, de qualidade e socialmente referenciada, tem um papel central nesse processo. “É nas universidades que se forma o pensamento crítico, se constrói conhecimento e se desenvolvem soluções inovadoras para problemas complexos”, afirmou.
Além do reitor da Ufes, a mesa de abertura contou com a presença do coordenador geral da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, Rubens Nascimento; do presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, Leandro Astarita; e da presidente do EBBio 2025 e da Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) da Ufes, Patrícia Fernandes.
O 10º Encontro Bienal de Biossegurança segue até esta terça, dia 6. Mais informações estão disponíveis no site do evento.
O que são os OGMs
De acordo com a Embrapa, Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), ou transgênicos, são organismos que receberam um gene de outro organismo doador, alterando seu DNA e, consequentemente, algumas de suas características. Na natureza, as alterações ou mutações naturais ocorrem com frequência. No caso de um OGM, cientistas controlam essa alteração.
Pesquisas com OGMs ou transgênicos buscam soluções para problemas que afetam a humanidade, como doenças, fome ou alterações drásticas no clima. Um dos principais objetivos, por exemplo, é desenvolver plantas resistentes a doenças e pragas agrícolas para tornar a agricultura menos dependente da aplicação de produtos químicos, melhorando a qualidade do alimento.
Foto: Assessoria - Fest
Categorias relacionadas InstitucionalBiblioteca Central recebe exposição com obras voltadas para pessoas com deficiência visual
A Biblioteca Central da Ufes recebe, até o dia 30 de junho, a exposição Arte em Braile, com 34 obras de Dejair Paulo. Composta por trabalhos de arte têxtil, desenhos impressos com relevo e criações em caneta 3D, a mostra propõe uma experiência tátil para pessoas com deficiência visual.
Cada obra da exposição, explica o artista, vem acompanhada de descrições em Braile que exploram texturas e transmitem o significado poético das composições. “São obras que exploram a linguagem sensorial por meio do tato. Todas apresentam contornos, texturas e relevos, além de palavras em Braile que atravessam as composições, permitindo que pessoas cegas desfrutem da experiência artística. Pessoas videntes também são convidadas a apreciar a arte por meio do toque”, diz.
Além do recorte temático voltado para pessoas com deficiência visual, a exposição defende a inclusão da população negra, segundo o autor, pois reúne obras que destacam sua beleza e sua importância na ocupação dos espaços culturais .”Os textos em Braile presentes nas obras trazem palavras de empoderamento voltadas à valorização da negritude. A exposição se propõe, primeiramente, como uma experiência sensível e representativa para pessoas cegas, sem deixar de enfatizar a importância da presença preta na arte e na cultura”, afirma.
Artista plástico formado pela Ufes, Dejair de Paulo lembra que o processo criativo da exposição remonta pesquisas e vivências em outras mostras que realizou no Museu do Pescador, no Museu Vale e na Casa Porto. “Percebi que, de forma espontânea, as pessoas ‘tateavam’ as obras”, diz. A partir dessa experiência, ele completa, “comecei a expandir o sentido das obras para além do visual, incorporando a arte tátil e o uso do braile”.
Arte em Braile pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7 às 21 horas, no segundo andar da Biblioteca Central, próxima ao Laboratório de Acessibilidade Informacional e Inclusão.
Categorias relacionadas CulturaInscrições abertas para encontros de acolhimento a mulheres estudantes e de apoio acadêmico para calouros
A Pró-Reitoria de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes) realiza nesta quarta-feira, 7 de maio, o evento Roda de Conversa sobre Questões de Gênero, voltado especialmente para mulheres estudantes de graduação. O encontro acontece das 18 às 20 horas na Sala Multimídia Nazian, localizada na Biblioteca Central, no campus de Goiabeiras.
A iniciativa propõe um espaço acolhedor e seguro para o diálogo, a troca de experiências e reflexões sobre temas relacionados às questões de gênero enfrentadas no ambiente universitário e na vida pessoal. A roda de conversa busca fortalecer vínculos e ampliar a escuta entre as participantes, contribuindo para a construção de um ambiente acadêmico mais justo e inclusivo.
Apoio acadêmico
Já a partir de quinta-feira, dia 8, a Propaes vai promover três encontros de apoio acadêmico dirigidos a estudantes ingressantes. Eles vão acontecer nos dias 8, 15 e 22 de maio, também na Sala Multimídia Nazian, das 10 às 12 horas.
Os encontros serão realizados pela equipe de Monitoramento e Acompanhamento Acadêmico da Propaes e vão abordar temas como Transição do Ensino Médio para o Ensino Superior; Técnicas para organização e planejamento dos estudos; e Estratégias diversificadas de aprendizagem.
Pessoas interessadas em participar dos dois eventos devem se inscrever, gratuitamente, pelo site ae.ufes.br, na aba "Eventos". Haverá emissão de certificados de participação.
Categorias relacionadas EnsinoUfes desenvolve sistema que classifica grãos de café a partir do processamento digital de imagens e inteligência artificial
A Ufes está desenvolvendo um aplicativo que visa realizar a classificação sensorial do café a partir do processamento digital de imagens e inteligência artificial, indicando a nota de Qualidade Global (QG) da bebida a partir dos grãos cereja recém-colhidos na lavoura. A QG é a escala usada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais para classificar o fruto.
A ideia da pesquisa liderada pelo professor Samuel Silva, vinculado ao Departamento de Engenharia Rural da Ufes (campus de Alegre), é facilitar a vida do produtor rural, direcionando o processamento e o beneficiamento pós-colheita, com o objetivo de identificar lotes de café com maior qualidade.
“O sistema ainda não é operacional, porque está em nível de prototipagem. Mas o modelo computacional está pronto. A ideia é construir um sistema operacional que trabalhe com um modelo de aprendizado por reforço”, explica Silva.
Para o desenvolvimento do projeto, informações de grãos de lavouras do Espírito Santo e de Minas Gerais com qualidade sensorial já conhecida foram inseridas no sistema, gerando uma biblioteca com amostras de diferentes grãos de café. Com base nisso, é feito o processo de classificação. “A partir da resposta espectral dos grãos, obtido com uso de uma câmara com iluminação controlada e usando um sensor RGB, conseguimos chegar a bons resultados”, diz o professor, que coordena o Laboratório de Mecanização e Agricultura de Precisão e Digital (LabMAP).
Critérios como aroma, sabor, corpo, amargor, adstringência e outros são levados em consideração pela Associação Brasileira de Cafés Especiais para definir se um café é tradicional ou especial, sendo que, dentro dessa última classe, existem subdivisões de 70 a 100 pontos. Convencionalmente, esse processo ocorre pela avaliação de provadores.
Diferencial
A margem de erro dos provadores é semelhante ao desvio obtido no estudo, que leva em consideração a média global da qualidade sensorial do café. Mas há um diferencial: para a classificação por provador é preciso colher o café, secar, beneficiar, torrar e moer. Já o projeto desenvolvido pela Ufes faz a análise diretamente com os grãos de café cereja, após a colheita, sem passar por todas as etapas convencionais.
“O sistema convencional envolve a ação humana. Provadores altamente treinados, com o paladar aguçado e capaz de fazer a classificação. Só que o processo é demorado, e o agricultor só vai ter informação da qualidade depois do beneficiamento e na hora da classificação. O que a gente propõe é uma medida que dê direcionamentos de lotes específicos para a produção de cafés especiais”, afirma Silva.
Impactos
No processo convencional pós-colheita, os grãos que são destinados a cafés especiais passam, em geral, por um processo de lavagem e separação de grãos verdes e cerejas. Depois o cereja, na maioria dos casos, é descascado e despolpado na fase de fermentação para, em seguida, ser seco. O professor pontua que isso gera uma quantidade de água residuária relativamente grande e que pode eutrofizar cursos d’água, ou seja, tornar uma fonte de água excessivamente rica em nutrientes, minerais e materiais orgânicos, acarretando desequilíbrios ecológicos.
Segundo ele, o benefício econômico e ambiental do sistema proposto “está na possibilidade de orientar quais lotes serão vendidos como commodity (grãos para comercialização internacional em larga escala), com um custo menor para o produtor e sem gerar impactos ambientais”. Também é possível delimitar os grãos que podem ser processados como café especial.
Tecnologia
O pesquisador lembra que as tecnologias estão cada vez mais presentes no meio rural brasileiro. Desde a década de 1990, o país tem aplicado preceitos de agricultura de precisão, principalmente com máquinas e soluções importadas de outros países. Nos últimos anos, no entanto, foram desenvolvidas soluções e ferramentas voltadas para a realidade nacional.
De acordo com o docente, nenhuma das soluções está direcionada especificamente para a cafeicultura, pois, apesar de haver diversos empresários no ramo, a maior parte dos produtores corresponde a pequenos agricultores com menor poder aquisitivo. Nesse sentido, o LabMAP quer desenvolver alternativas tecnológicas para aprimorar sistemas de manejo.
“Nós estamos inseridos em uma região produtora de café; o Espírito Santo é o maior produtor de café canephora do Brasil e é expressivo na produção de café arábica. Então, temos uma responsabilidade social de devolver tecnologia para pequenos agricultores. É um projeto oportuno, pois além da formação acadêmica [dos envolvidos], há os pilares de extensão e pesquisa que envolvem o desenvolvimento de soluções e tecnologias voltadas para aqueles que nos circundam”, detalha Silva.
O próximo passo do estudo consiste em ampliar os dados utilizados para a classificação dos grãos e transformar o que é um protótipo em algo que seja operacional.
Imagem: Gideon Putra/ Pixabay
Em seu primeiro ano de atividades, Diretoria de Governança celebra parcerias institucionais e fortalece a cultura da governança pública na Ufes
A Diretoria de Governança, Controles Internos e Integridade (DGCI) da Ufes encerrou o mês de abril celebrando seu primeiro ano de atividades. Vinculada à Reitoria, a diretora foi criada com a missão de fortalecer os pilares da boa governança pública, da transparência, da integridade, da gestão orientada a evidências, do gerenciamento de riscos integrado à estratégia e ao planejamento e do aprimoramento contínuo nos processos administrativos da instituição.
“Desde sua criação, buscamos atuar de forma transversal e dialógica com diversas áreas da Universidade, promovendo alinhamento às diretrizes dos marcos legais – como o Decreto nº 9.203/2017, que dispõe sobre a política de governança da administração pública federal – e contribuindo para o fortalecimento dos processos decisórios e do controle institucional”, afirma a diretora de Governança, Controles Internos e Integridade, Fabíola Bastos.
Ao longo desse primeiro ano, a Diretoria se destacou pelo compromisso com a integridade, pelo assessoramento oferecido às equipes técnicas e aos gestores, e pela promoção de uma cultura organizacional alinhada às boas práticas de gestão. O trabalho é reconhecido por gestores da Ufes.
“Todos esses avanços na concepção de gestão, de governança, de mitigação de riscos e de continuidade são fundamentais e podem colocar a Ufes em novos patamares. Os avanços na Proex [Pró-Reitoria de Extensão], por exemplo, teriam sido muito mais difíceis sem essa nova visão de gestão, de governança e de tratamento dos riscos”, afirma o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe.
Imagem Em março, a DGCI ministrou uma capacitação sobre gestão de riscos para gestores da ProexTransparência e eficiência
Para o diretor de Contabilidade e Finanças, Douglas Caliman, “a Diretoria de Governança e Controle Interno tem desempenhado um papel fundamental no aprimoramento da transparência e da eficiência administrativa dentro da Universidade, promovendo boas práticas de governança e fortalecendo os processos de controle interno”.
“Acredito ser esse o caminho a seguir. Avalio como pertinente a atuação da DGCI. É pouco tempo de existência, mas com contribuições muito importantes”, complementa o diretor da Biblioteca Central da Ufes, Fábio Medina.
O reconhecimento das ações veio, também, do Tribunal de Contas da União (TCU), por meio da 4ª Diretoria Técnica (Universidades) da Secretaria de Controle Externo da Educação, que parabenizou a DGCI pelo 1° lugar em Transparência Ativa conquistado no mês de aniversário da unidade.
“Ao celebrar este primeiro ano, a DGCI reafirma seu compromisso com o fortalecimento institucional e a construção de uma Ufes mais íntegra, eficiente e orientada para resultados”, destaca Fabíola Bastos.
Categorias relacionadas InstitucionalReitor e pesquisadores da Ufes participam de simpósio sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde de trabalhadores rurais
O reitor Eustáquio de Castro participou, na manhã desta quarta-feira, 30, da conferência de abertura do 3º Simpósio Capixaba de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. O evento, realizado na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Vitória, teve como tema Mudanças Climáticas e a Saúde dos Trabalhadores Rurais: desafios e perspectivas.
A conferência de abertura contou com a presença do juiz auxiliar da Presidência do TRT da 17° região, Fábio Eduardo Paixão; do subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso; e do chefe do Núcleo Especial de Vigilância em Saúde do Trabalhador (Nevisat), Frederico Felipe de Freitas.
Além deles, compuseram a mesa o procurador do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), Bruno da Fonseca; e a coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Maria Rita de Boni.
Em sua fala, o reitor da Ufes destacou que a crise climática atinge de forma desigual os sujeitos sociais, ressaltando que os trabalhadores do campo estão entre os mais expostos e vulnerabilizados. Ele ainda salientou o papel da Universidade como agente de formação crítica comprometida com a justiça ambiental, saúde coletiva e direitos humanos. “Como produtora de conhecimento, temos contribuído com pesquisas que analisam as relações entre trabalho, sofrimento e resistência, inclusive nas zonas rurais e nas áreas diretamente afetadas pelas mudanças climáticas”, enfatizou.
Imagem“A ciência tem muito a dizer — e muito a ouvir — quando é colocada em diálogo com os saberes dos trabalhadores, dos povos tradicionais, dos movimentos sociais e das instituições de justiça”, complementou Castro.
Debates
Ao longo do dia, mesas redondas reuniram especialistas para debater temas centrais da saúde dos trabalhadores. A primeira delas, realizada pela manhã, com o tema O impacto das mudanças climáticas na saúde dos trabalhadores rurais, contou com a presença dos professores e pesquisadores da Ufes Rafael Catão, professor do Departamento de Geografia e pesquisador do Laboratório de Geografia da Saúde; José Geraldo Mill, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas e dos Programas de Pós Graduação em Ciências Fisiológicas e Saúde Coletiva; e Luciana Vieira, médica dermatologista do Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica (PAD/Ufes), que atua na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer de pele no Espírito Santo. A mediação da mesa ficou sob responsabilidade de Frederico Felipe de Freitas, chefe do Nevisat.
Abril Verde
O simpósio foi realizado pela Secretaria da Saúde (Sesa) do Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Nevisat em comemoração ao Abril Verde. A campanha é dedicada às ações de conscientização e prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
O evento teve como público-alvo os profissionais da área de vigilância em Saúde do Trabalhador, profissionais de saúde, membros do Judiciário envolvidos na temática, sindicatos, pesquisadores, estudantes e demais profissionais que atuam na área de Saúde e Segurança do Trabalho.
Fotos: Thiago Sobrinho e Assessoria de Comunicação do TRT-17
Categorias relacionadas InstitucionalUfes comunica com pesar o falecimento do ex-professor do Departamento de Direito Ronaldo Alves
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento do ex-professor do Departamento de Direito Ronaldo Alves, ocorrido nesta quarta-feira, 30. O velório acontece em São Paulo, onde será realizada a cerimônia de cremação.
O professor lecionou na Ufes por 18 anos, no período de 1978 a 1996.
Em nome de toda a comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos do professor.
Categorias relacionadas InstitucionalProjeto realiza atendimentos gratuitos para orientação profissional e planejamento de carreira. Inscrições abertas
Você se sente perdido profissionalmente ou tem pensado em mudar de carreira? O projeto de extensão Orientação Profissional e de Carreira (OPC), vinculado ao Departamento de Psicologia (DPSI/Ufes), está com inscrições abertas para atendimentos gratuitos, individuais e em grupos, que visam oferecer apoio psicológico para pessoas de todo o estado que estejam repensando suas trajetórias profissionais ou precisam de apoio para fazer escolhas de carreira.
As inscrições podem ser feitas mediante preenchimento deste formulário até o dia 12 de maio, com oferta de 20 vagas para a comunidade acadêmica da Ufes e dez para o público externo. Os encontros presenciais acontecerão no Núcleo de Atendimento em Psicologia, localizado no prédio Cemuni VI do campus de Goiabeiras, a partir do mês de maio, enquanto as reuniões remotas terão início em agosto.
Intervenção
A OPC é um processo de intervenção psicológica e educacional pautado em conhecimento científico, suporte psicológico qualificado e técnicas de orientação eficazes. “É direcionado a quem deseja fazer escolhas mais conscientes no campo do trabalho e da formação profissional, apoiando o participante na identificação de seus interesses, valores, habilidades e condições de vida”, explica o professor do DPSI Alexsandro de Andrade, coordenador do projeto. De acordo com ele, falta de oportunidade e reconhecimento, baixos salários, insatisfação no que faz e busca por um chamado não vivido estão entre os principais motivos que levam as pessoas a pensar em mudar de carreira.
A intervenção é voltada para adolescentes, jovens adultos, universitários, profissionais (tanto do mercado de trabalho quanto em situação de desemprego ou em planejamento para aposentadoria) e para empresas e instituições públicas de educação, saúde e gestão. Segundo Andrade, os atendimentos são especialmente direcionados para jovens universitários que começam a pensar em mudar de curso ou estudantes finalistas que têm medo ou ansiedade sobre o futuro profissional. “Pessoas que já trabalham devem buscar orientação quando pensam em mudar de emprego, estão insatisfeitas com a atual carreira ou estão desempregadas”, sinaliza.
Categorias relacionadas ExtensãoClínica Escola da Ufes oferece serviços gratuitos à população
Localizada no campus de Maruípe, a Clínica Escola Interprofissional de Saúde oferece cerca de 500 atendimentos gratuitos nas áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia Ocupacional. Além dos serviços prestados à população, o espaço também é um ambiente de aprendizado para os estudantes de diferentes cursos.
Entre os diversos projetos de extensão que promovem suas atividades na clínica estão o que atende pessoas com sequelas de queimadura, o que auxilia pessoas com sobrepeso e obesidade, o que realiza implantes cocleares para pessoas com perda auditiva e o que desenvolve adaptações para melhorar a vida de pessoas com dificuldade na realização de ações do dia a dia. O espaço ainda conta com tecnologia de ponta, como é o caso do exoesqueleto que auxilia pessoas com dificuldade de locomoção.
“Os atendimentos visam dar mais qualidade de vida aos pacientes para que eles se tornem cada vez mais cidadãos e possam participar, reivindicar e ter seus direitos garantidos”, ressalta a professora recém aposentada do curso de Terapia Ocupacional Gilma Coutinho, que presidiu a Clínica Escola desde a sua inauguração, em março de 2019, até março deste ano.
Estrutura
A Clínica Escola conta com mais de 2.800 metros quadrados distribuídos em três andares e mais de 108 salas, entre laboratórios de pesquisa e espaços de atendimento.
Para ter acesso aos serviços, as pessoas devem ser encaminhadas por profissionais de saúde. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (27) 3335-7253 ou no site clinicaescola.ufes.br.
Categorias relacionadas Extensão Pesquisa SaúdeNúcleo de Apoio Contábil e Fiscal da Ufes realiza nesta terça, 29, live sobre declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física
O Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) da Ufes realiza nesta terça-feira, 29, uma live no Instagram às 19h30. A transmissão contará com a presença das professoras e coordenadoras do projeto na Ufes, Marília Nascimento, e no Centro Universitário Salesiano (Unisales), Julyana Goldner, que irão explicar como o NAF pode ajudar com dúvidas e pendências na declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) à Receita Federal, cujo prazo é até 30 de maio.
A live é organizada em parceria com o programa para juventude do Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRCES-Jovem), e será transmitida nos perfis do NAF Ufes, do NAF Unisales e do CRCES-Jovem. “Nosso público alvo são pessoas que não têm acesso às tecnologias para realizar a declaração”, afirma Nascimento.
O NAF é um projeto de extensão que oferece serviços contábeis e fiscais gratuitos para pessoas físicas e jurídicas, ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento técnico e prático dos alunos dos cursos de Ciências Contábeis. Além do apoio na elaboração e das orientações sobre a Declaração de Ajuste Anual do IRPF, o auxílio na inscrição e na obtenção de informações cadastrais de CPF também está incluso nos serviços do NAF, assim como orientações às obrigações principais e acessórios do Microempreendedor Individual (MEI).