Portal UFES
Projeto Universo no Parque realiza palestra sobre estrelas binárias neste sábado, dia 30
O projeto Universo no Parque apresentará neste sábado, dia 30, uma palestra sobre estrelas binárias. O evento é gratuito, aberto ao público e terá início às 10 horas, no auditório da Praça da Ciência, localizada na Enseada do Suá, em Vitória.
A palestrante convidada é Cláudia Vilega Rodrigues, pesquisadora titular e chefe da Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os trabalhos dela têm foco em astrofísica estelar, binárias em interação e meio interestelar. Será fornecido certificado para universitários interessados em horas complementares.
Segundo os organizadores, além da órbita de planetas em torno de estrelas, como ocorre no caso do sistema solar por causa da gravitação, é possível que corpos de massa comparável orbitem em torno um do outro, girando em volta de um centro de massa comum. Quando isso acontece com estrelas, elas são chamadas de binárias. A palestra abordará a frequência desses sistemas binários em nossa Galáxia, sua importância para a astronomia e alguns tipos de sistemas binários de maior interesse.
O Universo no Parque é um projeto de divulgação científica do Departamento de Física da Ufes, desenvolvido pelo Núcleo de Astrofísica e Cosmologia (Núcleo Cosmo/Ufes) e pelo Programa de Pós-Graduação em Astrofísica, Cosmologia e Gravitação (PPGCosmo). Seu objetivo é levar ao grande público as discussões científicas sobre o universo, de modo que sejam difundidas para a sociedade e não fiquem restritas ao meio acadêmico.
Categorias relacionadas ExtensãoComédia com Arlete Salles e Edwin Luisi chega ao Teatro Universitário nesta sexta-feira, 29
Depois de temporadas de sucesso pelo Brasil, angariando mais de 300 mil espectadores, a peça Ninguém dirá que é tarde demais chega ao Teatro Universitário. Protagonizada por Arlete Salles e Edwin Luisi, a comédia terá sessões nesta sexta-feira, 29, e no sábado, 30, às 20 horas, e no domingo, 1º de dezembro, às 17 horas. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Sympla ou na bilheteria do teatro, até sexta, das 14 às 19 horas.
Na trama da peça, Luiza (Arlete Salles) recebe em casa o neto Márcio (Pedro Medina), por causa da pandemia de covid-19. Em paralelo, Felipe (Edwin Luisi) passa por problemas financeiros e passa a morar com o filho Mauro (Alexandre Barbalho). Vizinhos anônimos – com as paredes grudadas – Luiza e Felipe começam a implicar um com o outro, sem se conhecerem. Até que um dia, com máscara e álcool em gel nas mãos, eles se encontram rapidamente na rua, ainda sem saber que são vizinhos.
Com uma temática sensível, Ninguém dirá que é tarde demais aborda o amor na terceira idade, tendo como pano de fundo o isolamento social durante a pandemia. De forma leve e cômica, o jogo cênico proposto na encenação de Amir Haddad reforça e abre espaço para atuações marcantes do casal protagonista, composto pelo celebrado Edwin Luisi, dono de diversos prêmios em teatro durante seus mais de 50 anos de carreira, e da atriz Arlete Salles, responsável por tantos personagens marcantes da televisão brasileira.
“Ainda não elaboramos todas as perdas que a pandemia provocou, mas entender o que já passou e o que ainda estamos vivendo através da perspectiva do humor, da tolerância e do amor é a proposta da comédia”, explica o ator e roteirista da peça, Pedro Medina.
Foto: Guga Melgar/Divulgação
Categorias relacionadas CulturaConsciência Negra: primeira terapeuta ocupacional do estado, professora Gilma Coutinho pesquisa a reabilitação física de pacientes
Primeira profissional terapeuta ocupacional (TO) do Espírito Santo, a professora do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) e especialista em reabilitação física Gilma Coutinho é a personagem que encerra a série especial que, durante o mês de novembro, retratou a trajetória acadêmica de oito dos 419 professores da Ufes que se autodeclaram pretos ou pardos. A série foi realizada em comemoração ao Dia da Consciência Negra (20), que pela primeira vez foi feriado nacional. A série também fez parte das celebrações em torno dos 70 anos da Universidade.
Até 2009, quando se tornou uma das 42 professoras negras do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus de Maruípe, Coutinho atuou na implantação do serviço de TO no Centro de Reabilitação Física do Estado do Espírito Santo (Crefes), onde trabalhou por 28 anos, foi sócia em uma clínica de Fisioterapia e atuou com atendimento domiciliar (home care).
Mestre em Ciências Fisiológicas pela Ufes e doutora em Ciência da Educação pela Universidades del Mar (Chile), ela tem como principal linha de pesquisa a Reabilitação Física, com ênfase em Tecnologia Assistiva (TA) e Funcionalidade. Atualmente, coordena o Laboratório de Análise Funcional e Ajudas Técnicas (Lafatec/Ufes), que desde 2013 desenvolve ações de extensão e pesquisa, buscando compreender o fenômeno da deficiência e seu impacto na vida social e comunitária. “Nossos objetivos são o desenvolvimento de estudos sobre a funcionalidade humana e a tecnologia assistiva direcionadas à intervenção terapêutica em crianças, adultos e idosos com disfunções sensório-motoras por meio da pesquisa, de eventos científicos e dos projetos de extensão e grupos de estudos”, explica.
Projetos
O projeto Tecnologia Assistiva e Terapia Ocupacional para a Comunidade (Tato Comunidade) é uma das ações desenvolvidas pela equipe do Lafatec/Ufes. O Tato presta atendimentos à pessoa idosa e à pessoa com deficiência (PcD), visando proporcionar independência funcional no desempenho ocupacional das atividades e garantir a melhoria da qualidade de vida e a inclusão social com o uso de dispositivos de tecnologia assistiva.
Outra atividade ligada ao Lafatec/Ufes é o projeto Uso da Impressora 3D como Recurso para Produção de Dispositivos de Tecnologia Assistiva (próteses, órteses e adaptações) na Atuação da Terapia Ocupacional (Tato 3D). A equipe de professores e profissionais do Tato 3D proporciona ao estudante de graduação em TO o aprendizado para uso da impressora 3D para confecção de órteses, adaptações e próteses de membros superiores.
Coutinho ainda atua em ações de extensão relacionadas às tecnologias assistivas que têm como foco a investigação sobre os efeitos do uso dos dispositivos de TA no desempenho de ocupações e a pesquisa sobre as políticas públicas desenvolvidas para o uso da tecnologia e o acesso por PcD. “Por meio da extensão, realizamos pesquisas em nível de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso, com a previsão de ampliação para pesquisas de especialização, mestrado e doutorado em parceria com pesquisadores de outros departamentos da Ufes e de outras instituições de ensino superior”, avalia.
ImagemA professora também lidera o grupo de Estudos em Terapia Ocupacional e Reabilitação Física, Tecnologia Assistiva e Funcionalidade, que desenvolve pesquisas sobre as bases da funcionalidade humana, especialmente aquelas relacionadas com o uso do membro superior nas tarefas do cotidiano e busca evidências científicas que justifiquem os procedimentos terapêuticos na reabilitação física e na TO. “As pesquisas envolvem temas relacionados à reabilitação do membro superior, terapia da mão, TO, realidade virtual na reabilitação física, TA e órteses, manufatura de TA em 3D e suas respectivas análises de funcionalidade, com abordagem da cinemática e biomecânica e análise dos materiais”, diz.
História
Coutinho liderou a equipe que, no ano 2000, implementou o primeiro curso superior de TO no estado. Essa graduação, em uma faculdade privada, ficou em atividade por cerca de dez anos, e em paralelo ela ajudava na estruturação do DTO da Ufes, tornando-se a primeira coordenadora do departamento. “Quando o curso começou, em 2009, fomos duas professoras até 2011, então ministrei várias disciplinas. Atualmente, ministro Corpo e Movimento (4º período), Cotidiano (5º período) e Prática Assistida de Terapia Ocupacional na Infância - Área Física (6º período)”, ressalta.
Ela se diz orgulhosa por ser uma professora negra no DTO e na Ufes, e por poder olhar para o passado e ver a história que ajudou a construir. Coutinho cita dois episódios como os mais marcantes em sua trajetória: quando teve início a primeira graduação em TO e quando os primeiros estudantes se formaram: “Trabalhar arduamente e implantar o projeto pedagógico do curso de TO em uma universidade pública foi mais do que um sonho – foi a vitória de uma mulher preta que não pensou em desistir e que sempre acreditou que era possível”.
Atualmente, Coutinho está em seu segundo mandato como presidente do Conselho Consultivo e Deliberativo da Clínica Interprofissional em Saúde (Ceis/Ufes) do CCS, formado por servidores e estudantes dos cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e TO. “Foi mais um desafio quando fui eleita para presidir. Acredito que o motivo da eleição foi por acompanhar a construção da Ceis e pelo meu empenho em tornar esse espaço acadêmico mais do que de ensino: é devolver para a comunidade um serviço de assistência pública pelo Sistema Único de Saúde”, conclui.
Fotos: Arquivo pessoal
Categorias relacionadas InstitucionalÚltimos dias para responder à Pesquisa de Autoavaliação Institucional. Participe!
Termina neste sábado, 30, o prazo para servidores docentes e técnicos participarem da Pesquisa de Autoavaliação Institucional realizada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Ufes. O prazo para estudantes responderem ao questionário vai até 9 de dezembro. Os links para acesso à pesquisa estão disponíveis nesta página.
O objetivo da pesquisa – realizada todos os anos desde 2004 – é conhecer a opinião da comunidade acadêmica sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão ofertadas pela Ufes. Depois de identificar fragilidades e potencialidades da instituição relativas ao ano vigente, os dados apurados na pesquisa servirão de base para a elaboração do Relatório de Avaliação Institucional (RAI) de 2024.
A realização da autoavaliação é uma das diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e é item obrigatório para as Instituições de Ensino Superior (IES). Na Ufes, ela é conduzida pela CPA, responsável pela coordenação dos processos de avaliação, sistematização e apresentação de informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com o apoio da Secretaria de Avaliação Institucional (Seavin).
Os resultados da pesquisa ficarão disponíveis para a consulta da comunidade a partir de 31 de março de 2025, no site da CPA. A Comissão também encaminha cópia dos relatórios para todas as unidades administrativas a fim de que as sugestões de melhorias indicadas sejam incorporadas aos planejamentos setoriais.
Categorias relacionadas InstitucionalFilme baseado em livro de Milton Hatoum estreia no Cine Metrópolis nesta quinta-feira, 28
Duas estreias nacionais renovam a programação do Cine Metrópolis nesta quinta-feira, 28. Baseado no livro homônimo de Milton Hatoum, Retrato de um Certo Oriente chega ao cinema pelas mãos do diretor Marcelo Gomes, autor de filmes celebrados, como Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo e Cinema, Aspirinas e Urubus. O Metrópolis também começa a exibir Praia Formosa, de Julia de Simone, longa premiado no Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba.
Retrato de um Certo Oriente acompanha a vinda de dois imigrantes libaneses católicos, Emilie e Emir, para o Brasil, fugidos da guerra do Líbano em 1949. Durante a viagem de navio, Emilie inicia uma relação amorosa com o comerciante muçulmano Omar. O conflito cultural e religioso escala quando os imigrantes chegam à região amazônica, território habitado pelos povos originários.
O tema das origens também está no centro de Praia Formosa, primeiro longa de Julia de Simone. A trama tem como protagonista Muanza, uma mulher oriunda do Reino do Congo, traficada para o Brasil no século XIX, que desperta nos dias atuais no Rio de Janeiro. Ao se deparar com uma cidade onde o passado e o presente colidem, Muanza embarca em uma busca profunda por suas origens e pela compreensão de sua própria história.
Seguem em exibição no Cine Metrópolis o drama Malu, de Pedro Freire, e Maputo Nakuzandza, ficção experimental de Ariadine Zampaulo.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 28 de novembro a 4 de dezembro:
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil/Itália/Líbano, 2024)
Em 1949, dois irmãos católicos, Emilie e Emir, partem de um Líbano na iminência da guerra em busca de uma nova vida em território estrangeiro, numa viagem rumo a um Brasil desconhecido. Quando Emilie se apaixona por Omar, um comerciante muçulmano residente em Manaus, o ciúme do irmão terá graves consequências. Neste épico íntimo do diretor Marcelo Gomes, baseado em romance de Milton Hatoum, o encontro entre culturas distantes entrelaça questões coletivas de memória, tradição e pertencimento, num relato ao rés da pele que lança um olhar cuidadoso nas histórias fundacionais de imigrantes no país.
ImagemPraia Formosa, de Julia De Simone (Brasil/Portugal, 2024)
Em seu primeiro longa ficcional, Julia de Simone mistura tempos ao redor da região do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro. Tomando como protagonista Muanza, mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização, o filme vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres.
Malu, de Pedro Freire (Brasil, 2024)
Malu, uma mulher de meia idade com um passado glorioso, vê-se presa em um caos existencial. A complexa relação com sua mãe conservadora e sua filha adulta torna a crise ainda mais aguda, em meio a momentos de carinho e alegria entre as três. Um retrato de uma mulher em busca da melhor versão de si mesma.
Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo (Brasil, 2022)
Num formato experimental, o longa apresenta o dia a dia na capital de Moçambique. Os jovens saem das casas noturnas e nos quintais as mulheres começam o dia. Cinco histórias que se desenvolvem paralelamente: um homem correndo pela cidade, uma mulher chegando de viagem, um turista passeando, um homem no transporte público e a rádio anunciando o desaparecimento de uma noiva.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaPesquisadores da Ufes mapeiam dados de mortalidade e sobrevida de pacientes com câncer de próstata no ES
A partir do diagnóstico de câncer de próstata e início do tratamento em hospitais da Rede de Atenção Oncológica do Espírito Santo, a probabilidade de os pacientes sobreviverem por pelo menos cinco anos é de 87,7%. O dado é de uma pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Ufes (PPGSC), que analisou a expectativa de vida e os fatores associados ao risco de morte pela doença.
Entre os anos de 2000 e 2020, foram registrados 13.519 casos de pacientes que procuraram atendimento hospitalar no Espírito Santo por câncer de próstata. Segundo dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC/ES) utilizados na pesquisa, essa neoplasia afeta principalmente homens mais velhos, casados e com níveis educacionais mais baixos.
O professor associado no Departamento de Matemática Aplicada da Ufes (DMA) Wesley Grippa, autor da pesquisa, destaca que o cenário capixaba não difere do nacional, apresentando tendência de aumento no número de casos. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima mais de 70 mil novos casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025. O Inca revela que o câncer de próstata é a segunda maior causa de morte por tumores entre os homens.
“Os fatores de risco são idade avançada, fatores genéticos, histórico familiar de câncer e fatores hormonais, além de fatores ambientais, como a exposição a agrotóxicos. Outros estudos apontam que etnia também é um fator de risco: afro-americanos e asiáticos, por exemplo, apresentam maior incidência e maior agressividade no tipo do câncer de próstata”, explica Grippa.
Alerta
A campanha mundial Novembro Azul alerta a população masculina anualmente sobre a importância do combate ao câncer de próstata. O exame de toque retal (Exame Digital Retal - EDR) é o método de rastreamento mais utilizado devido à sua eficiência. A avaliação do Antígeno Prostático Específico (PSA) também serve como método para diagnosticar se a pessoa tem neoplasia, sendo realizado através de um exame de sangue. Contudo, esse método não é o mais indicado, pois outros fatores podem causar elevação de PSA, como as prostatites, hiperplasia prostática benigna e a manipulação da próstata.
“Muitos homens evitam ou adiam consultas médicas e exames de rotina, o que pode atrasar a detecção do câncer de próstata, especialmente em estágios iniciais, quando o tratamento costuma ser mais eficaz e menos invasivo. No presente estudo, ficou demonstrado um risco de óbito significativamente maior para pacientes nos estágios II, III e IV, em comparação com pacientes diagnosticados no estágio I, ressaltando assim a importância de diagnósticos precoces. A negligência masculina à saúde pode estar associada à visão tradicional de masculinidade, que desestimula a busca por ajuda médica”, alerta o professor do Departamento de Enfermagem da Ufes Luís Carlos Lopes-Júnior, orientador da pesquisa e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Oncologia (GEPONC/CNPq).
A partir do diagnóstico do câncer de próstata, a cada dez anos, a probabilidade de morte pela doença aumenta em 10%. Segundo Grippa, os pacientes também apresentam um risco de morte elevado quando a doença se espalha para outras áreas do corpo (metástase).
As opções para o tratamento são amplas, visando ao controle da doença e a garantia de uma boa qualidade de vida ao paciente. Cada abordagem leva em consideração a evolução e o tipo histológico do tumor, bem como as características do paciente, como idade, comorbidade e preferências pessoais.
Contribuições
Lopes-Júnior pondera que os resultados encontrados a partir dos dados dos RHC/ES podem auxiliar na tomada de decisões para subsidiar programas de rastreamento e tratamento na Rede de Atenção Oncológica do Estado, “além de orientar o aprimoramento de políticas públicas na área de oncologia com vistas ao planejamento de ações eficazes à vigilância do câncer nos diversos níveis de atendimento da Rede de Atenção à Saúde”.
A pesquisa recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e contou com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, que forneceu os dados por meio da Vigilância do Câncer.
Leia a matéria completa no site da Revista Universidade.
Imagem: Agência Gov
Categorias relacionadas Pesquisa SaúdeHerbário de São Mateus completa 18 anos com 18 mil plantas catalogadas e ações de educação ambiental
Herbários são coleções científicas de plantas secas que servem de base de apoio para pesquisas em diversas áreas científicas. Um exemplo desse espaço é o Herbário Sames, localizado no campus da Ufes em São Mateus, que este mês completa 18 anos de existência com um acervo de 18 mil plantas catalogadas, representativas dos ambientes de restinga e florestas de tabuleiros situados no norte capixaba e sul da Bahia.
Os trabalhos realizados por membros do Herbário já resultaram em descobertas de novas espécies de plantas. Além disso, o local ele é fundamental para a preservação da biodiversidade, auxiliando estudos de pesquisadores de diversas áreas, como Ciências Biológicas, Farmácia e Agronomia.
“O Herbário Sames oferece um importante suporte na formação de recursos humanos na graduação e na pós-graduação, como o curso de Biologia Vegetal da Ufes, e agora o curso de pós-graduação em Ciências da Natureza”, ressalta o professor do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas Luis Fernando Tavares, um dos coordenadores do Herbário ao lado do professor Guilherme de Antar, do mesmo departamento.
Atualmente, além de Tavares e Antar, o Herbário Sames conta com a colaboração do biólogo Michel Ribeiro e de bolsistas de apoio técnico e de iniciação científica.
Descobertas
Embora as florestas do Espírito Santo já tenham sido estudadas por diversos pesquisadores, elas continuam revelando descobertas importantes para o conhecimento da biodiversidade capixaba. “Quanto mais a gente estuda essas florestas, vai a campo e coleta plantas, mais encontramos espécies que ainda não eram do conhecimento da ciência”, destaca Tavares.
Uma dessas descobertas foi feita no Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra. Trata-se de uma nova espécie de mirtácea, planta da família das goiabas, que foi batizada com o nome de Eugenia itaunensis em homenagem ao local em que foi coletada pela primeira vez.
O Herbário Sames também trabalha com a produção de mudas de plantas em risco de extinção. Esse é o caso da jueirana-facão, espécie da família Dinizia, que pode chegar a 40 metros de altura e é apontada como ameaçada de extinção. “Essa árvore é um verdadeiro tesouro nas nossas florestas”, afirma o coordenador.
ImagemEducação ambiental
Mais do que fonte primária de informação da flora capixaba, suporte para pesquisa ou descobertas de novas espécies de plantas, o trabalho realizado no Herbário Sames também contribui para estimular a importância da preservação ambiental para as novas gerações.
O espaço desenvolve ações de educação ambiental que envolvem estudantes de escolas de nível fundamental e médio localizadas na região de São Mateus. “O Herbário é fundamentalmente um espaço que conecta as pessoas à diversidade”, enfatiza Tavares.
Para o futuro, a coordenação do Herbário trabalha em projetos que visam contribuir para programas de recuperação ambiental. Um deles consiste na criação de um catálogo das plantas das unidades de conservação que ficam no norte do Estado, que ficará hospedado na página do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. “Esses catálogos são uma ferramenta importantíssima para auxiliar na gestão das unidades de conservação, onde órgãos que controlam essas unidades, como ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] e Iema [Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos], poderão revisar ou planejar a gestão delas”, afirma.
Fotos: Acervo do Herbário
Categorias relacionadas Ensino Extensão Meio ambiente PesquisaUniversidade Aberta à Pessoa Idosa doa cem peças de crochê para instituições do sul do Espírito Santo
Mais de cem peças de crochê produzidas por participantes do Programa Universidade Aberta à Pessoa Idosa (UnAPI) foram entregues ao Serviço Social do Centro de Convivência do Idoso do município de Venda Nova do Imigrante, no sul do Espírito Santo. Além de beneficiar instituições de Venda Nova, as peças também foram partilhadas com entidades dos municípios de Muniz Freire e Jerônimo Monteiro.
As peças – sapatinhos, mantas, gorros, cueiros, porta-garrafa, boinas, cachecóis, entre outras – foram produzidas no período de agosto a novembro desse ano, durante as oficinas do projeto Crochetando Arte e Doando Afeto. A doação foi realizada no dia 19 de novembro por um grupo de 15 participantes do Programa.
No Centro de Convivência de Venda Nova, além da doação das peças, o grupo na UnAPI também promoveu atividades com os idosos atendidos no local. “Promovemos uma seção de alongamento com uma professora de Educação Física e oficinas de dança sênior e zumba sênior. A receptividade foi excelente”, destacou a servidora aposentada Cláudia Paiva, que coordena a oficina de crochê no campus de Goiabeiras.
Troca de experiências
A oficina de crochê tem por finalidade proporcionar novos conhecimentos na arte do crochê e apresentar novas técnicas e ideias para criação de peças, além de estimular a criatividade, a sociabilidade e a troca de experiências entre as participantes.
Atualmente, o projeto conta com cerca de 30 participantes entre estudantes de graduação e idosos cadastrados ou não na UnAPI. Alguns participantes fazem seus crochês em casa e entregam peças prontas ou "quadradinhos" no guichê da Biblioteca Central da Ufes, onde a oficina funciona.
Os encontros são abertos a todas as pessoas interessadas e acontecem às quartas-feiras, das 9 às 13 horas, no hall da Biblioteca. Não é necessário inscrição prévia, e para participar basta comparecer levando linha e agulha.
Sobre a UnAPI
A Universidade Aberta à Pessoa Idosa é um programa de extensão vinculado ao Departamento de Serviço Social da Ufes, que atende a cerca de 180 pessoas por semestre. Por meio da educação continuada para pessoas a partir dos 60 anos, o Programa tem a finalidade de auxiliar no fortalecimento da cidadania dos idosos como sujeitos de direitos, inseridos em um contexto político, econômico e sociocultural.
A UnAPI oferece atividades que ajudam a combater o etarismo e desmistificar a velhice, muitas vezes vista de forma negativa, sendo tratada como doença ou problema, e não como resultado de um processo orgânico natural.
Mais informações estão disponíveis no perfil da UnAPI no Instagram.
Fotos: Divulgação/UnAPI
Livros lançados por professor da Ufes abordam novas tecnologias e aplicações de robôs aéreos e terrestres
Produzido por meio de uma parceria internacional entre professores da Ufes e da Universidad Nacional de San Juan, da Argentina, o livro Control of Ground and Aerial Robots (Controle de Robôs Terrestres e Aéreos) detalha a compreensão acadêmica referente ao controle e ao desenvolvimento tecnológico de robôs aéreos e terrestres. O estudo é assinado pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Ufes, Mário Sarcinelli Filho, e pelo professor da instituição argentina, Ricardo Carelli.
O livro é fruto de uma antiga parceria acadêmica. Ao longo dos anos, os autores do livro trabalharam juntos, criando diversas oportunidades para estudantes, como a publicação de artigos, participação em congressos e a oportunidade de intercâmbios entre Brasil e Argentina.
“Com base na nossa experiência profissional, Carelli e eu propomos uma técnica de controle abrangente, que permite o gerenciamento de um sistema baseado em um robô ou em vários. No capítulo cinco do livro, por exemplo, a gente aborda o controle de sistemas de múltiplos-robôs. E é a partir desse capítulo que eu escrevo o segundo livro, Controle de Sistemas Multirrobôs, um livro que aprofunda a cooperação entre vários robôs, propondo diversas aplicações”, explica Sarcinelli.
ImagemAplicações
Entre as propostas de aplicação está um sistema para entregar mercadorias com a utilização de drones. A aeronave opera a atividade em conjunto com outro veículo, como um caminhão de entregas, que se moveria pelas ruas fornecendo uma referência para os drones que estão entregando os pacotes, possibilitando que eles retornem e pousem nele. Essa pesquisa está em desenvolvimento no Laboratório de Automação Inteligente e Robótica (LAB-AIR), que integra o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Ufes (PPGEE).
O professor destaca que, em contexto brasileiro, o desenvolvimento desse tipo de tecnologia é necessário, mas segue tendo muita dificuldade para sua implantação. “Essa aplicação está no topo da literatura nos últimos dias, mas aqui no Brasil há uma dificuldade para aplicar esses estudos, pois carece de adaptações e até de uma legislação específica”, detalha Sarcinelli.
Os livros são destinados a professores, pesquisadores e estudantes da área de Engenharia Elétrica e estão disponíveis no acervo da Biblioteca Central, podendo também ser adquiridos nos sites da editoras Springer Nature e Blucher.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaProfessores da Ufes lançam livro no encerramento da Jornada de Extensão no campus de São Mateus
O encerramento da XII Jornada de Extensão, realizada no campus de São Mateus como parte da programação da Semana do Conhecimento, contará com o lançamento do volume 4 da coleção Matemática no Espírito Santo – História, formação de professores e aplicações. O evento será nesta quarta-feira, 27, às 19 horas, no Restaurante Porto Bier, em São Mateus.
A coleção é organizada pelo professor aposentado da Ufes, Joccitiel Dias e pela professora do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), Andressa Cesana. O volume 4 reúne textos de 17 autores de diversas instituições de ensino superior além Ufes, como o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), o Centro Universitário Vale do Cricaré (UNIVC), as universidades federais de Pelotas (UFPel) e do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e outras.
Segundo o professor Joccitiel Dias, o objetivo da coleção é ser uma referência para professores e pesquisadores das áreas de Matemática, Educação Matemática e História da Educação. “Criamos um espaço novo, inédito no estado, para a divulgação de trabalhos na área de Matemática. Em todos os volumes, convidamos pesquisadores e pesquisadoras já consagrados na área, como Circe Mary Silva, Lígia Sad e Vânia Maria dos Santos-Wagner, que são consideradas nacionalmente ‘autoridades’ em Educação Matemática. Mas sempre abrimos espaço também para que jovens pesquisadores e professores das redes públicas possam apresentar seus trabalhos”, destaca.
Durante o lançamento do livro haverá apresentação da Banda Chorume, formada pelos professores do Ceunes, André Pizzaia, Isaac Pinheiro, Leonardo Secchin e Paulo Sérgio Moscon, e por Eros Guimarães.
Categorias relacionadas EnsinoUfes e ArcelorMittal assinam protocolo de intenções para o desenvolvimento de projetos em várias áreas do conhecimento
A Ufes e a ArcelorMittal assinaram nesta terça-feira, 26, um Protocolo de Intenções para Cooperação Acadêmica, que envolverá o desenvolvimento de pesquisas e outras atividades de interesse mútuo, em várias áreas do conhecimento. Embora a Universidade já tenha realizado alguns projetos com a participação da empresa, a assinatura deste documento consolida a parceria de forma mais ampla, entre as duas instituições.
O protocolo foi assinado no gabinete da Reitoria pelo reitor Eustaquio de Castro e pelo diretor mundial de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal, Nicolas de Abajo. Também participaram da reunião, representando a Ufes, a superintendente de Projetos e Inovação, Miriam de Magdala, e a chefe de Gabinete da Ufes, Ana Paula Bittencourt; e, representando a empresa, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento para o Brasil e Espanha, Charles Martins, o gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil, Fernando Martinelli, e pelo diretor de Estratégia Digital dos centros de Pesquisa e Desenvolvimento, Carlos Alba.
O reitor da Ufes afirma que a assinatura do protocolo de intenções é primeiro resultado das reuniões que foram realizadas recentemente entre a empresa e pesquisadores da Universidade. “A partir das duas reuniões que tivemos, quando a Arcelor apresentou suas demandas e a Ufes apresentou suas competências, abriu-se uma grande possibilidade de firmar uma parceria maior, envolvendo várias áreas do conhecimento. Essa assinatura é um grande passo para consolidar a parceria com a ArcelorMittal, tanto em nível nacional quando em nível mundial”, afirma.
“As apresentações foram muito boas. Minha expectativa é que possam gerar bons projetos”, afirmou o gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Arcelor, Fernando Martinelli.
Imagem Da esquerda para a direita, Fernando Martinelli, Chales Martins, Carlos Alba e Nicolas de Abajo, representando a ArcelorMittal; Eustaquio de Castro e Miriam de Magdala, representando a Ufes.Centro de pesquisa
Ele acrescenta que o próximo passo será a formalização de acordos de cooperação específicos em áreas como descarbonização, meio ambiente, inteligência artificial, produtos e processos, mineração e siderurgia.
“Espero que, no futuro, nós tenhamos aqui no Espírito Santo um grande centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas de interesse do estado e da empresa, e que a Ufes possa ser protagonista, com a participação de toda a comunidade: docentes, técnicos e estudantes” ressalta Eustaquio de Castro.
Para Miriam de Magdala, a aproximação entre a Universidade e a empresa permite não só o desenvolvimento de projetos para quem está diretamente envolvido com pesquisas e desenvolvimento, mas amplia a possibilidade de outras relações.
“Palestras e outras iniciativas podem criar uma aproximação com a comunidade acadêmica, na qual a empresa reconhece alunos potencialmente interessados em seus trabalhos e, também, aumenta o interesse dos estudantes pelos projetos desenvolvidos pela Arcelor. A Universidade não pode estar separada do mercado de trabalho e essas parcerias aproximam muito os dois universos”, destaca a superintendente .
Categorias relacionadas InstitucionalProfessora da Ufes recebe diploma na Câmara dos Deputados por trabalho no enfrentamento à violência contra a mulher
A professora do Departamento de Ginástica (DG) Rosely Pires foi uma das cinco mulheres brasileiras agraciadas na manhã desta terça-feira, 26, com o diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós 2024. A premiação, entregue pela Câmara dos Deputados, aconteceu no Plenário Ulysses Guimarães, em Brasília, e a honraria reconhece as personalidades cujos trabalhos ou ações tenham se destacado por sua contribuição para o pleno exercício da cidadania, para a defesa dos direitos da mulher e para a promoção da igualdade de gênero no Brasil.
Pires é coordenadora geral do programa de extensão e pesquisa Fordan: cultura no enfrentamento às violências, voltado para a problematização de violências contra pessoas vulneráveis em temas que envolvem principalmente feminicídio, racismo e LGBTQIfobia. Em seu discurso, a professora citou o índice zerado de morte de mulheres atendidas pelo Fordan e enfatizou a importância das redes de apoio, como as Defensorias Públicas, para que o programa da Ufes tenha se tornado referência no enfrentamento da violência e atendimento às mulheres.
“No mês da Consciência Negra e no ano em que nós temos pela primeira vez feriado nacional, é importante lembrar que a cada dez mulheres assassinadas, sete são mulheres negras. Essas mulheres não morrem porque os homens de periferia matam mais, mas sim porque a periferia não tem rede de apoio fortalecida. Nenhuma mulher negra consegue largar o agressor se não tiver uma cesta básica até que chegue sua pensão de alimentos ou um aluguel social”, ressaltou ela, que recebeu o diploma das mãos da deputada federal Jack Rocha e compareceu ao evento acompanhada da coordenadora do Núcleo de Saúde do Fordan, Danúbia Galvão.
Segundo ela, receber um prêmio pela atuação em pautas “tão complexas e dolorosas” tem grande relevância por garantir visibilidade aos trabalhos e servir de estímulo para continuar: “É também muito importante porque quando eu, mulher preta e periférica, recebo este diploma, toda nossa ancestralidade de mulheres que acolhem mulheres, especialmente mulheres negras de periferia, também estão sendo homenageadas”.
O diploma é concedido por meio de eleição em que votam apenas as deputadas que integram a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, promotora da homenagem.
Visibilidade
Segundo Pires, para além da premiação, sua ida à Brasília deu mais visibilidade ao trabalho que a Ufes tem prestado à sociedade no enfrentamento à violência contra a mulher no estado, que, de acordo com ela, segue com altos índices de violência contra as mulheres. Pires acredita que a diplomação aumentará as perspectivas de apoio financeiro e parcerias para o fortalecimento do projeto em 2025: “Com esse prêmio em nível nacional, dentro de um espaço político de luta de mulheres, a gente passa a compor um lugar que possui muitas possibilidades de fortalecimento das redes de apoio para as mulheres vítimas de violências denunciarem e serem amparadas, acolhidas e encaminhadas”.
Além da professora da Ufes, também foram homenageadas a advogada Cristiane Leite; a trabalhadora rural e ativista Elisabeth Teixeira; a feminista Nalu Silva (in memoriam); e a negra escravizada Roza Cabinda (in memoriam).
Fotos: Divulgação
Categorias relacionadas ExtensãoConsciência Negra: professor Jair Silva é especialista em Telecomunicações e pesquisa temas como Internet das Coisas e tecnologias 5G e 6G
O portal da Ufes inicia a última semana da série especial que retrata a trajetória acadêmica de alguns dos professores negros da Ufes. Desta vez, em homenagem ao Dia da Consciência Negra e em memória de Zumbi dos Palmares, a série apresenta o engenheiro eletricista e especialista em Telecomunicações Jair Silva. Vinculado ao Centro Tecnológico (CT), onde fez graduação, mestrado e doutorado na área de Engenharia Elétrica, ele é atualmente um dos 162 docentes do CT, dos quais 36 (22,2%) se autodeclaram pretos ou pardos (dados da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - Progep).
Pesquisador de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – termo que designa pesquisadores que se destacam entre seus pares e que desenvolvem atividades de pesquisa de alta qualidade, Silva atua no desenvolvimento de estudos relacionados a Sistemas de Telecomunicações, Sistemas Inteligentes, 5G e 6G. Mais recentemente, deu início a pesquisas nas áreas de Protocolos de Comunicação sem Fio em Aplicações IoT (sistemas mais sugeridos para aplicações de Internet das Coisas, como wi-fi e bluetooth), 5G, 6G, Comunicações via Luz Visível (utilização de LEDs de iluminação para transmissão de informação), Conectividade em Redes de Sensores, Otimização e Inteligência Artificial.
Ele explica que esses novos estudos foram iniciados após a realização de pesquisas com a tecnologia 5G no Laboratório de Telecomunicações (LabTel/Ufes), que proporcionaram ações de colaboração com outras instituições do Brasil e de países como Cabo Verde, Portugal, Holanda e Alemanha. As parcerias giram em torno de temas ligados a Comunicações via Luz Visível associadas à aplicação de Inteligência Artificial (IA) e otimização de recursos, visando garantir a economia de energia e a maximização da transmissão dos dados.
“Após um estágio e visitas técnicas a esses países, tenho direcionado os estudos para aplicações que visam à transformação digital na indústria e à adaptação de casas inteligentes (smart homes) para auxiliarem empresas de saúde no monitoramento da população com idade acima de 65 anos por meio do monitoramento da distância e do auxílio na tomada de decisão em relação à saúde, visando ao envelhecimento saudável”, explica.
O professor é membro do Grupo de Pesquisas em Telecomunicações (GPTUfes) e realiza seus estudos no LabTel, no LabSensores, no Laboratório de Métodos Experimentais em Fenômenos de Transporte (LaMEFT) e no Laboratório de Ensino de Eletromagnetismo e Comunicações (LaEEC). “Um fator que tem me motivado ultimamente é a contribuição para o desenvolvimento de produtos em colaboração com empresas de tecnologias locais e internacionais. A motivação se dá pelo fato de perceber uma concreta finalidade socioeconômica às pesquisas e desenvolvimentos levados a cabo até o momento”, avalia.
Responsabilidade
ImagemSilva é natural de Cabo Verde, país da costa noroeste do continente africano, e veio para o Brasil em 1997 fazer a graduação em Engenharia Elétrica na Ufes por meio do Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G). Ele (que também tem cidadania brasileira) é professor do Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) desde 2012 e é o atual coordenador adjunto do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE).
O professor ministra disciplinas relacionadas à Eletromagnetismo, Princípios de Comunicações, Comunicação Digital e Comunicações Ópticas tanto na graduação quanto na pós-graduação e acredita que ser um professor negro traz um sentimento de pioneirismo ligado à resiliência, à responsabilidade por incentivar outras pessoas negras a percorrerem o mesmo caminho e ao espírito de encarar os desafios com força e determinação.
O professor cita um episódio que considera marcante em sua trajetória acadêmica, que foi sua participação em uma banca de defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no qual atuou como coorientador. Na ocasião, tanto o estudante quanto o orientador do TCC e o membro examinador eram negros. “A emoção foi tamanha, pois estava inerte em uma situação em que, pela minha experiência no Brasil, parecia quase impossível nesta Universidade 25 anos atrás”, finaliza.
Fotos: Arquivo pessoal e Labtel
Leia também:
Categorias relacionadas InstitucionalEventos sobre a produção de café movimentam campus de São Mateus nos dias 28 e 29 de novembro. Inscrições abertas
Pesquisadores, produtores e estudantes de todo o Espírito Santo movimentam o campus de São Mateus nos dias 28 e 29 de novembro deste ano, quando serão realizados o 2º Simpósio de Pesquisas e Tecnologias em Coffea canephora e o 13º Simpósio do Produtor de Conilon, respectivamente.
Para participar dos eventos, as pessoas interessadas podem se inscrever quinta-feira, dia 28, por meio deste formulário e levar 2 quilogramas de alimentos não perecíveis, que serão doados para instituições de caridade no momento do credenciamento. Haverá emissão de certificados para estudantes e servidores técnico-administrativos. Os participantes também terão direito a um livro dos simpósios.
Organizados pela Ufes e pela Empresa Júnior de Agronomia (Projagro), em parceria com a Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos (Seea) e com o Núcleo de Excelência de Pesquisa em Café Conilon (Nepecc), os simpósios apresentam as últimas inovações e estudos sobre o cultivo do café, por meio de relatos de experiências de especialistas, debates e exposições de trabalhos científicos.
“Serão dias muito bacanas, durante os quais a Ufes recebe agricultores e estudantes de várias cidades e instituições. Temos ônibus confirmados de Alegre, Montanhas e Nova Venécia”, afirma o professor Fábio Partelli, coordenador-geral dos eventos. Os simpósios acontecem logo após a divulgação de um levantamento que apontou a Ufes como instituição que mais publicou artigos científicos no mundo sobre a cultura do café conilon/robusta (Coffea canephora) entre os anos de 2012 e 2024, e a quarta quando se refere ao café de modo geral (conilon e arábica).
Inteligência artificial
Tradicional no calendário do campus de São Mateus, o Simpósio do Produtor de Conilon chega à sua 13ª edição abordando um tema bastante atual: Inteligência artificial e manejo sustentável. Para o professor, as discussões em torno do assunto devem indicar as melhores práticas e ferramentas para potencializar a produção no setor cafeeiro.
“A inteligência artificial tem dado uma enorme contribuição em vários setores da cafeicultura. Neste ano, estamos trazendo o professor Alberto Ferreira [coordenador do projeto do carro autônomo da Ufes, batizado de Iara (Intelligent Autonomous Robotic Automobile)], um dos maiores especialistas do País em inteligência artificial. O importante é levarmos conhecimento para a sociedade e abrir as portas da Universidade para a comunidade em geral”, afirma Partelli.
A programação completa, a lista de trabalhos que serão publicados e mais informações sobre os simpósios estão disponíveis na página do Nepecc.
Categorias relacionadas PesquisaCinco exposições gratuitas ocupam a Biblioteca Central da Ufes até dezembro. Veja os horários de visitação
A Biblioteca Central da Ufes (BC) está com cinco exposições abertas ao público, dispostas em diversos espaços do prédio localizado no campus de Goiabeiras. Todas as mostras podem ser visitadas gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 7 às 21 horas, até o dia 13 de dezembro.
No térreo da BC, o visitante poderá apreciar duas exposições. Quem disse que sou velha demais? (foto), de Lorrana Melo, reúne fotografias de mulheres idosas, construindo um discurso que desafia padrões de beleza e estereótipos do envelhecimento. Os ensaios mostram corpos que carregam experiências subjetivas e sociais, e reforçam, com orgulho, as marcas naturais que aparecem ao longo do tempo. A mostra é realizada em parceria com a Equipe Café com Prosa, da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi).
Dividindo espaço com Quem disse que sou velha demais?, a exposição Dançando com o pincel: bailarinas em óleo e acrílico apresenta obras de arte de Dejair de Paulo, explorando formas, movimentos e emoções inspirados pela dança.
Café e história
ImagemJá no 1º andar da BC, a exposição técnica e fotográfica Café Conilon e Robusta (foto), de autoria do professor Fabio Partelli, do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas da Ufes (DCAB), destaca a importância e as nuances das variedades conilon e robusta, incluindo detalhes do cultivo e os avanços tecnológicos obtidos nessa área. A exposição é resultado do trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Excelência de Pesquisa em Café Conilon (Nepecc).
Também no 1º andar do prédio, está exposta a vida e a obra cultural de Afonso X, monarca da Península Ibérica no século XIII. Com 30 paineis, Afonso X e a Galícia apresenta a história do personagem, que tinha um apreço especial por cultura, artes e letras.
Por fim, no 2º andar da BC, a jovem artista Lívia Hortencio apresenta 22 obras realizadas com tinta guache, reunidas na exposição A voz da tela. Nela a artista compõe versões de animais, flores, monumentos e outros personagens e cenas com muitas cores e imaginação.
Outras informações sobre a Biblioteca Central da Ufes estão disponíveis no site https://biblioteca.ufes.br/.
Categorias relacionadas CulturaCepe aprova resolução para facilitar a inserção de créditos de Extensão nos cursos de graduação
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Ufes aprovou este mês uma alteração para melhorar o funcionamento da inserção curricular de ações de Extensão (creditação) na graduação. A modificação visa facilitar a integralização de carga horária dos professores que assumirem disciplinas com horas de extensão.
A Resolução nº 102/2024, que já entrou em vigor, deixa mais explícito para os chefes de Departamento que os créditos de Extensão dessas disciplinas de graduação fazem parte da carga horária didática do professor. “Sem a definição clara, havia professores que não tinham interesse em assumir essas disciplinas, por não ter a carga horária contabilizada em sua completude. Com o novo texto da resolução, a carga horária da extensão dentro da disciplina de graduação é contabilizada normalmente para os encargos docentes”, explica o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe.
A modificação foi proposta a partir de diálogos com os professores que participaram dos Seminários de Popularização da Extensão, nos quais alguns deles relataram uma necessidade de mais detalhamento desse ponto na Resolução nº 48/2021, que trata da implementação da inserção curricular da extensão nos cursos de graduação da Ufes.
Até 2026, todos os cursos de graduação devem ter 10% de sua carga horária composta de atividades de extensão, sem que haja um aumento na carga horária total do curso. Com isso, os Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) estão sendo atualizados, passando a conter uma descrição sobre como as ações de extensão serão desenvolvidas pelos alunos regularmente matriculados, seguindo as normas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 e pelo Cepe/Ufes. As pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Graduação (Prograd) estão atuando juntas nessa atualização dos PPCs.
Resultados dos seminários
O diretor de Políticas Extensionistas da Proex, Jorge Luiz dos Santos Júnior, afirmou que os Seminários de Popularização da Extensão, realizados pela Proex junto aos centros da Universidade, têm sido fundamentais para refletir sobre as melhores práticas para inserir as horas de extensão na formação da graduação.
“Nove dos 11 centros de ensino já tiveram encontros sobre este tema. Tratamos de vários aspectos relacionados à popularização da extensão – um deles é a inserção curricular. Os pioneiros nesse processo puderam compartilhar exemplos bem-sucedidos, as diferenças em cada curso e as dificuldades, como a falta de clareza relacionada aos encargos docentes que assumem as disciplinas com extensão. Com o novo texto da resolução, esta dúvida está esclarecida”, detalha Jorge Júnior.
Os dois centros que ainda passarão pelos seminários terão um debate para contemplar a necessidade das licenciaturas, que envolve realizar atividades extensionistas dentro de escolas, o que apresenta especificidades e desafios, segundo o professor.
Além da já aprovada proposta sobre os encargos docentes, outra proposta advinda dos seminários seria referente à valorização da extensão na carreira do docente: os participantes dos seminários sugerem que a coordenação em projetos de extensão seja contabilizada para a progressão da classe “adjunto” para “associado” como alternativa à publicação científica.
Categorias relacionadas ExtensãoEvasão no ensino superior é tema de formação on-line realizada pela Prograd na quinta-feira, 28, às 19h
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufes realiza dia 28 de novembro, às 19 horas, uma ação formativa on-line sobre o tema Evasão é um problema? Enfrentamentos necessários. O evento tem o objetivo de iniciar um processo de reflexão com professores, servidores técnico-administrativos e estudantes da Ufes sobre a questão da evasão no ensino superior, fenômeno presente em várias universidades brasileiras.
A live será transmitida pelo canal da Superintendência de Ensino a Distância (Sead) da Ufes no YouTube e contará com a mediação da professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Camila Coimbra, integrante de um observatório de políticas públicas que tem a evasão como um dos temas de análise.
Na oportunidade, também será divulgado o Edital Conjunto nº 004/2024 (Prograd-PRPPG), que objetiva a realização de uma pesquisa em cada centro de ensino da Ufes a fim de analisar fatores que interferem na conclusão dos cursos pelos estudantes de graduação da instituição.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaUfes eterniza histórias de estudantes e servidores em livro que celebra seus 70 anos
Eternizadas em livro, as histórias das pessoas que viveram a Ufes, desde suas primeiras turmas até os dias atuais, ganharam as mãos do público na última sexta-feira, 22, durante o lançamento da obra 70 anos da Ufes: uma cápsula do tempo (1954-2024), no Teatro Universitário. Com a presença de servidores, gestores da Universidade, convidados especiais e comunidade externa, o evento reuniu os autores dos textos e das imagens da obra, além dos vencedores do 5º Prêmio Ufes de Literatura, que lançaram suas obras no hall do teatro.
Publicadas pela Editora da Ufes (Edufes), as obras integram as comemorações do aniversário de 70 anos da Universidade. A cerimônia de lançamento teve ainda apresentações da cantora Caju e do grupo de dança Andora.
Em sua fala de boas-vindas, a vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, lembrou da época em que olhava para o campus de Goiabeiras “do outro lado da Avenida Fernando Ferrari”, sonhando em ingressar na Universidade. “Todos nós temos histórias da Ufes para contar. Eu pude acompanhar este terreno sendo composto. Naquela ocasião, nem poderia imaginar toda a história de aproximação intensa que eu teria com essa Universidade”, disse.
Depois de anos ouvindo histórias de sua irmã mais velha, que estudava na Ufes, Lopes, hoje vice-reitora da Universidade, se recorda da alegria que sentiu na primeira vez que entrou no campus. “Lembro de caminhar desde o ponto de ônibus, pela passarela, até a entrada. Foi um caminho de muita alegria e com muita alegria continuo na Ufes, hoje com outras histórias de pessoas que estão comigo e materializam a Ufes em mim”, disse.
O reitor da Ufes, Eustaquio de Castro, parabenizou os autores de ambas as publicações e lembrou a importância da Ufes na sua vida e na vida das pessoas que constroem a Universidade no dia a dia. “Mais da metade da minha vida foi vivida aqui. Agradeço às pessoas que fazem parte da comunidade da Ufes. Estamos aqui para cumprir com aquilo que é o papel da universidade brasileira: prestar um bom serviço para a nossa sociedade, fazendo jus ao que temos de melhor”, afirmou.
Além da vice-reitora e do reitor, o diretor da Edufes, Wilberth Salgueiro, autores selecionados e autores convidados do livro 70 anos da Ufes: uma cápsula do tempo (1954-2024) lembraram de suas vivências e prestaram homenagens à Universidade durante a solenidade. Distribuído no lançamento, o livro segue disponível para retirada gratuita na Livraria da Ufes, localizada no campus de Goiabeiras. É permitida a retirada de um exemplar por pessoa.
ImagemPrêmio Ufes de Literatura
Na cerimônia, os escritores vencedores do 5º Prêmio Ufes de Literatura subiram ao palco para falar de seus livros, sendo apresentados pela representante da comissão julgadora do concurso, a professora do Departamento de Línguas e Letras Junia Zaidan. Os vencedores foram Andréia Delmaschio (Ai de ti, Camburi; romance), Júlio Cesar Machado (Autocombustão humana; contos/crônicas), Ezequiel de Sales (Daqui, declamo; poesia), Gustavo Bernardo Krause (De volta a 1984; literatura juvenil) e José Carlos de Aragão (O bem-te-vi que mal me viu; literatura infantil).
“Cada uma das pessoas inscritas passa agora a fazer parte da história da iniciativa, que tem o papel fundamental de fomentar a cultura, valorizar o que é nosso, instigar em nós a leitura e, em tempo de obscurantismo, esvaziamento da crítica e de espaços culturais e fechamento de escolas, é uma iniciativa que pode manter no horizonte o não instituído, o não dito, o imprevisto, a utopia que nos mantém em movimento”, disse a professora.
Os livros vencedores do prêmio estão à venda na Livraria da Ufes.
Foto: Leandro Reis
Categorias relacionadas InstitucionalAplicativo criado por estudantes de Administração da Ufes vence etapa estadual do Desafio Liga Jovem
Um aplicativo para auxiliar pequenos empreendedores na implementação de práticas de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) no dia a dia de suas empresas. Essa foi a proposta vencedora da etapa estadual da 2ª edição do Desafio Liga Jovem (e representante do Espírito Santo na etapa regional) apresentada pelos estudantes do curso de Administração da Ufes, Anabelly Luiz, Letícia Gonçalves e Sandro Junior. A competição, promovida pelo Sebrae Nacional, é a maior de empreendedorismo tecnológico nas instituições de ensino do Brasil.
Um dos objetivos do Desafio Liga Jovem é promover a competição entre equipes de estudantes de todo o País, que têm o desafio de resolver um problema de suas escolas ou comunidades com a ajuda da tecnologia. Com essa missão em mente e sob a orientação do professor do Departamento de Administração Gustavo Simão, os estudantes criaram a Equipe Pocar. Juntos, desenvolveram o aplicativo Grupo Gardi, que apresenta um conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e de governança corporativa.
De acordo com Gustavo Simão, a iniciativa dos estudantes é uma forma de levar essas práticas para pequenos empresários a partir de um aplicativo para celular com interface simples, que utiliza gamificação para criar indicadores e tarefas relacionadas aos princípios da ESG.
“Uma das opções do aplicativo é o chamado Descomplica ESG, em que o empreendedor pode optar por clicar em ações no aspecto Ambiental, Social e de Governança para tomar conhecimento sobre quais ações em cada contexto poderia implementar em seu negócio por meio de um quiz (gamificação). A partir da interação do usuário, o app criará uma pontuação de desempenho”, explicou o docente e orientador do projeto.
Conhecimento em prática
ImagemPara a estudante Anabelly Luiz, a participação no Desafio Liga Jovem foi uma forma de também contribuir para a sua formação e de seus colegas da Equipe Pocar. “A gente conseguiu colocar em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula em projeto real e de impacto, além de aprimorar e adquirir novas habilidades a partir desse desafio”, ressaltou a universitária, que cursa o 6º período do curso.
Embora a Equipe Pocar não tenha avançado para a etapa nacional, Gustavo Simão chama atenção para como isso demonstra que iniciativas implementadas no ecossistema de inovação capixaba podem surtir efeito positivo na formação de profissionais, além de divulgar o Estado para outras partes do País.
“Além disso, mesmo que a premiação financeira não tenha sido o foco principal, os alunos receberam R$ 500 e um certificado. Acredito que isso agregará muito em suas jornadas profissionais e também servirá como incentivo para que nós, profissionais, enquanto agentes de transformação, criemos ações contínuas para melhor competir com centros já consolidados no âmbito de inovação, como São Paulo”, destacou o professor.
Fotos: Divulgação
Categorias relacionadas EnsinoProjeto Tabuleiro de Xadrez do Espírito Santo é destaque em Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação
O projeto Tabuleiro de Xadrez do Espírito Santo, desenvolvido pelo Laboratório de Extensão e Pesquisa em Arte (Leena/Ufes), é destaque na segunda edição do Conexão Ciência: Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que é realizado nesta segunda e terça-feira, dias 25 e 26, na Cidade da Inovação, localizada em Jardim da Penha (onde funcionavam os antigos Galpões IBC). O evento é aberto ao público e acontece das 9 às 21 horas.
Projeto fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), o Tabuleiro está em exposição no estande da Fundação e consiste na substituição das peças tradicionais do jogo por miniaturas de monumentos do estado, em uma estratégia educacional lúdica para promover história, memória e identidade capixabas. O Tabuleiro foi desenvolvido pela equipe do Leena, sob a coordenação do professor do Departamento de Artes Visuais José Cirillo, a partir de trabalhos executados nas impressoras tridimensionais do laboratório.
O jogo, além de todos os benefícios já conhecidos à medida que estabelece uma perspectiva de raciocínio lógico e muitas vezes aprofundado, se propõe a fazer uma ligação mais afetiva entre esses dois atores, crianças e monumentos.
“Nessa iniciativa, a meu ver revolucionária, o Leena ousa retirar os monumentos públicos do Estado do Espírito Santo do alto dos pedestais em que sempre estiveram e entregar para as crianças capixabas. Com isso, esperamos despertar esse sentimento de pertencimento, assim como a aproximação de nossos jovens e crianças com sua própria história”, afirma Cirillo.
Xadrez com o público
Uma novidade do projeto no evento será a possibilidade de “duelos” entre enxadristas de todo o estado. Desde jogadores experientes até os iniciantes, todos terão a oportunidade de participar dessa interação. Além disso, pesquisadores do Leena estarão produzindo peças ao vivo em uma impressora 3D.
“A participação da população interagindo com o Tabuleiro de Xadrez do Espírito Santo é, em última instância, a concretização de um sonho que começou há 25 anos, que é desenvolver pesquisas e projetos de qualidade que pudessem, de alguma forma, interferir de forma benéfica na vida das pessoas”, destaca o professor.
Ações inovadoras
O Conexão Ciência reúne especialistas, pesquisadores, gestores públicos e a sociedade em geral para discutir e apresentar ações inovadoras em desenvolvimento no Estado, com ênfase no tema Cidades Inteligentes.
A programação inclui exposições, palestras e debates sobre pesquisas, estudos e diagnósticos que estão impulsionando o avanço tecnológico no Espírito Santo.
Foto: Leena/Ufes
Categorias relacionadas Extensão