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42º Encontro Anual de Etologia será realizado na Ufes entre os dias 11 e 14 de novembro. Inscrições abertas
A Ufes recebe entre os dias 11 e 14 de novembro o Encontro Anual de Etologia, que traz como tema Etologia da Conservação: caminhos para a coexistência. Será a primeira vez que a Universidade vai sediar o evento, que está em sua 42º edição e tem como objetivo popularizar esse ramo da biologia – que estuda o comportamento animal e sua interação entre si e o ambiente – e oportunizar a troca de experiências entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
Pessoas interessadas em participar podem se inscrever por meio deste link. O evento é voltado para especialistas em etologia, ecologia e conservação, além de comunidades locais que possuem conhecimento tradicional sobre a fauna e a flora.
Durante os quatro dias de evento serão discutidos temas como a adaptação das espécies às mudanças ambientais, o papel da etologia na restauração de ecossistemas e as implicações para a convivência entre humanos e outros animais em áreas urbanas. A programação terá simpósios; mesas-redondas; plenárias; minicursos; apresentações de trabalhos; assembleia; concurso de fotografia; e uma homenagem póstuma ao professor Mateus da Costa, um dos principais nomes da Etologia aplicada no Brasil. O coral indígena Werá, da aldeia Nova Esperança, em Aracruz, também fará uma apresentação.
Além disso, haverá a entrega do Prêmio César Ades, criado pela Sociedade Brasileira de Etologia (SBEt) em 2020 para incentivar a qualidade da produção científica em Comportamento Animal no âmbito da pós-graduação. As atividades vão acontecer no auditório do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), no campus de Goiabeiras.
Transformações ambientais e sociais
A professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento da Ufes Rosana Tokumaru, uma das coordenadoras do encontro, destaca a satisfação pelo fato da Universidade ser a anfitriã desta edição do encontro. “O evento tem mais de quatro décadas de história e já passou por importantes universidades do país. Sediá-lo é motivo de orgulho, é um reconhecimento à consolidação da Etologia como campo de pesquisa e ensino, e também uma oportunidade de fortalecer a área no Espírito Santo, ampliando o diálogo entre grupos de pesquisa de diferentes regiões do Brasil”, analisa.
Na visão dela, os temas escolhidos são de discussões fundamentais, pois a humanidade vive um momento de intensas transformações ambientais e sociais que afetam diretamente a coexistência entre humanos e outras espécies. “A Etologia tem muito a contribuir para compreender como os animais humanos e não humanos respondem às mudanças no ambiente, como podemos mitigar conflitos entre espécies e como o comportamento pode ser um aliado em estratégias de conservação e restauração ecológica”, opina.
Todas as informações sobre o encontro estão disponíveis no site do evento.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaOrquestra Brasileira de Cantores Cegos apresenta novo repertório no Teatro Universitário em concerto gratuito
Após duas apresentações com grande público no Teatro Universitário em junho deste ano, a Orquestra Brasileira de Cantores Cegos retorna ao palco com um novo espetáculo na próxima quarta-feira, 5. Em duas sessões, às 15 e às 20 horas, o grupo interpreta canções oriundas de diversas culturas populares brasileiras, como maracatu, catimbó e congo.
A entrada para os espetáculos é gratuita e os ingressos devem ser retirados por meio de um link que será disponibilizado no perfil da Orquestra no Instagram a partir deste sábado, dia 1º de novembro.
Formada por 16 cantores cegos, acompanhados por piano de cauda e percussão corporal, a Orquestra chega nesta temporada a um repertório de sessenta cantigas populares, representando tradições orais de norte a sul do Brasil. Nestas duas apresentações do grupo, o estado do Acre surge como destaque, emplacando quatro canções, desde cantos indígenas a melodias dos bailes dos seringueiros.
Selecionado pela musicista e pesquisadora Renata Mattar, o novo repertório ainda inclui cantigas tradicionais de Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Norte.
Dramaturgia
Segundo a diretora artística da Orquestra, Rejane Arruda, a dramaturgia do espetáculo se inspira na “tradição do teatro contemporâneo consolidada por encenadores como Antunes Filho, Pina Bausch e Bob Wilson”, investindo na “plasticidade visual através de plataformas aéreas, balanços, plantas, flores e terra”.
A temporada de espetáculos da Orquestra, neste ano, é promovida com recursos da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC) e patrocínio da EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo, com o apoio do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult). A realização é da Associação Sociedade Cultura e Arte (SOCA Brasil), em parceria com a Cia. Poéticas da Cena Contemporânea e o Espaço Contêiner.
Acessibilidade
Pessoas com deficiência podem reservar ingressos por meio de mensagem pelo número de WhatsApp (27) 9960-9818. A organização do evento também disponibiliza instrução e monitoria, que devem ser solicitadas por meio do aplicativo de mensagens. Um grupo de voluntários integra a equipe para a recepção de escolas, idosos e pessoas com deficiência, além do público geral.
Recursos de acessibilidade estarão disponíveis e incluem a audiodescrição para pessoas cegas, a presença de intérpretes para fazer a tradução simultânea em Libras, e espaço sensorial para pessoas do espectro autista.
Foto: Cia. Poéticas da Cena Contemporânea
Categorias relacionadas CulturaEstudantes e professores de todo o país se reunirão no campus de Goiabeiras para evento sobre Astrofísica, Cosmologia e Gravitação
Estudantes e professores das áreas de Física e Astronomia de todo o país participarão do IV Workshop Antônio Brasil Batista (WABB), evento nacional organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Astrofísica, Cosmologia e Gravitação (PPGCosmo) da Ufes, no campus de Goiabeiras, entre os próximos dias 4 e 6 de novembro. O encontro tem como objetivo o fortalecimento da formação de alunos de pós-graduação de todo o país, de fundamentos teóricos ao uso de códigos.
Pessoas interessadas em participar ainda podem se inscrever neste link.
O evento acontecerá no prédio do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos (Labpetro). A programação contempla palestras, seminários, minicursos, grupos de trabalho, comunicações, pôsteres, divulgação científica, flash talks (apresentações de até 3 minutos) e reuniões. Haverá ainda uma sessão de divulgação científica sobre Inteligência Artificial e Astrofísica, que será ministrada pelo pesquisador e membro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) Clécio de Bom, um dos principais nomes em IA no Brasil. A atividade, aberta ao público em geral, será realizada na quarta, 5, a partir das 18 horas, no Planetário.
Entre os demais palestrantes convidados estão Guilherme Brando, Miguel Quartin e Nelson Pinto-Neto, do CBPF; Cristina Furlanetto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Jonas Pereira, da Universidade de Brasília (UnB); e Rita dos Anjos, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFP).
Todas as informações e a programação completa estão disponíveis no site do evento.
Categorias relacionadas EnsinoUfes promove seminários sobre oportunidades de cooperação acadêmica entre Brasil e Alemanha. Inscrições até 6 de novembro
O Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas (PPGDI/Ufes), em conjunto com as universidades alemãs de Heidelberg e Munique, realiza no dia 10 de novembro dois seminários sobre saúde global e oportunidades de parcerias científicas entre o Brasil e a Alemanha. Os eventos acontecerão no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análises de Petróleos (LabPetro), no campus de Goiabeiras. Estudantes, professores, pesquisadores e profissionais interessados em participar podem se inscrever até o dia 6 de novembro.
Pela manhã, a partir das 8h30, terá início o seminário One Health Approaching Global Health Challenges (A abordagem "Uma Só Saúde" para enfrentar os desafios globais de saúde). “O objetivo é apresentar e discutir abordagens inovadoras e interdisciplinares para a saúde global sob a perspectiva de ‘Uma Só Saúde’ – integrando as dimensões da saúde humana, animal, ambiental e vegetal”, afirma a professora do Departamento de Saúde Coletiva da Ufes e do PPGDI Rachel Vicente, coordenadora dos eventos.
O evento será em inglês e não haverá tradução simultânea. Pessoas interessadas em participar podem se inscrever por meio deste link, onde também está disponível a programação completa.
Parcerias
ImagemJá às 14 horas terá início o seminário Cooperação Acadêmica Brasil-Alemanha, que tem a proposta de discutir oportunidades de parcerias científicas, internacionalização e desenvolvimento de projetos conjuntos entre os dois países.
“Serão apresentadas também possibilidades de financiamento e orientações sobre como acessá-las, além do papel da SRI [Secretaria de Relações Internacionais da Ufes] na promoção de intercâmbios e parcerias institucionais”, explica a professora.
O evento será realizado em português e pessoas interessadas em participar podem se inscrever por meio deste link, onde é possível conhecer a programação completa.
Os dois seminários contam com o financiamento do Centro Alemão de Ciência e Inovação (Deutsches Wissenschafts- und InnovationsHaus - DWIH) São Paulo, que promove a cooperação acadêmica, científica e empresarial entre Brasil e Alemanha.
Categorias relacionadas InternacionalRacismo religioso é tema central de fórum sobre saberes de povos e comunidades de matriz africana. Evento acontece neste sábado, 1º
O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Ufes (Neab/Ufes) realiza neste sábado, 1º de novembro, o fórum Africanidades no Espírito Santo: Fórum dos Saberes de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – povos de terreiro. O evento será realizado no Teatro Universitário, das 8 às 12 horas, e no prédio Cemuni IV, das 14 às 17 horas.
A coordenadora do Neab, Marluce Lopes, afirma que o fórum tem a proposta de dar visibilidade e a devida valorização dos conhecimentos ancestrais, além de problematizar o racismo religioso no Brasil. Cerca de 500 pessoas devem participar do evento, entre pesquisadores e lideranças das comunidades tradicionais de terreiro no Espírito Santo, para a discussão de temas para nortear políticas públicas. Segundo dados do Neab, só na região metropolitana de Vitória, as comunidades de terreiro reúnem regularmente, em suas casas, em torno de 15 mil pessoas. No estado são cerca de 20 mil participantes.
A conferência de abertura do fórum será proferida pelo advogado Hédio Silva Júnior, que abordará o tema Racismo religioso no Brasil, título do livro recém-lançado do pesquisador. O conferencista atua há 24 anos na defesa da igualdade racial e dos direitos das religiões afro-brasileiras, sendo autor de teses, livros e artigos sobre liberdade de crença, racismo, racismo religioso, ações afirmativas e defesa do patrimônio cultural afro-brasileiro.
A abertura contará ainda com a participação da cantora Monique Rocha que se apresentará com o conjunto de ogãs (médiuns que se dedicam a tocar os atabaques e manter a harmonia durante os rituais) do Templo de Umbanda Porteiras Abertas (Tupa), de Vila Velha.
No período da tarde, o fórum dará lugar às discussões com as lideranças das comunidades de terreiro e representantes do poder público sobre a proteção aos direitos humanos, ao estado laico e à liberdade religiosa; o enfrentamento do racismo religioso; a preservação da memória e do patrimônio cultural das comunidades de matriz africana; e os direitos dos afrorreligiosos, além de questões ambientais, de saúde e de desenvolvimento sustentável envolvendo essas comunidades.
Projeto Africanidades
O fórum será coordenado pelos professores da Ufes e pesquisadores do Neab Cleyde Amorim e Osvaldo Martins, que estão à frente do Projeto Africanidades/Ufes há mais de 13 anos, realizando pesquisas e ações de apoio à organização social e comunitária com as comunidades tradicionais de matriz africana no Espírito Santo. Durante o evento, eles também lançarão o volume 2 do livro Africanidades Transatlânticas – memórias da umbanda no Espírito Santo que, junto com o volume 1, totalizam mais de mil páginas de conhecimentos produzidos pelo Projeto Africanidades sobre a umbanda no estado.
O evento conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), da Vale, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e das secretarias estaduais de Direitos Humanos, da Mulher e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional.
Categorias relacionadas ExtensãoLabPetro completa 20 anos de pesquisas nas áreas de petróleo, gás e biocombustíveis
O Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análises de Petróleos (LabPetro), que atua em pesquisas no segmento de petróleo, gás e biocombustíveis, está completando 20 anos. São duas décadas de pesquisas científicas, tecnológicas e inovadoras realizadas em parceria com a Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A solenidade em comemoração ao aniversário do laboratório foi realizada nesta quarta-feira, 29, no auditório do Núcleo de Competências em Química do Petróleo (NCQP), no campus universitário de Goiabeiras.
Na abertura do evento, o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, fez uma retrospectiva da trajetória do LabPetro desde a sua fundação. “O LabPetro se tornou um dos complexos científicos mais importantes do mundo em química do petróleo, reconhecido por seu padrão internacional”, destacou. “É referência mundial em estudos aplicados à caracterização e desenvolvimento de tecnologias do setor e forma profissionais de elevada qualificação no mestrado e doutorado, por meio de programas de pós-graduação de comprovada eficiência acadêmica”, pontuou.
Ele lembrou os avanços proporcionados pelo LabPetro na inovação tecnológica, destacando que o laboratório conquistou seis prêmios Inventor Petrobras e nove patentes licenciadas, incluindo a primeira concedida à Ufes. Segundo ele, o laboratório também desenvolve soluções voltadas à preservação e sustentabilidade ambiental, com a consolidação de espaços de excelência em pesquisa e formação acadêmica. “Tudo isso contribui para o desenvolvimento científico e tecnológico do país”, acrescentou.
Imagem LabPetroA solenidade de comemoração dos 20 anos do LabPetro contou com as presenças da vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes; da gerente do Ativo de Produção de Jubarte do Espírito Santo e representante da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras no ES, Marcela Silva; do gerente do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, Wilson Grava; e do presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona; além de professores, técnicos, estudantes e pesquisadores da Universidade, e de representantes da sociedade.
Em momento marcado pela emoção e pelo resgate da memória da construção do LabPetro, a cerimônia homenageou as pesquisadoras Cristina Sad e Patrícia Bourguignon, pioneiras do projeto, e que representaram todos aqueles – de diferentes gerações – que contribuíram na criação e no desenvolvimento do laboratório. Atualmente, Cristina Sad é coordenadora do Laboratório de Caracterização e Processamento de Petróleos, e Patrícia Bourguignon é diretora executiva da Fundação Espírito Santense de Tecnologia (Fest).
Imagem Da esquerda para a direita: Paulo Baraona (Findes), Patrícia Bourguignon (Fest), Wilson Mantovani (Cenpes), Sonia Lopes (vice-reitora), Eustáquio de Castro (reitor), Marcela Silva (Petrobras), e Cristina Sad (LabPetro)
Conexão com a sociedade
O reitor Eustáquio de Castro, que é pesquisador do CCE/Ufes e idealizador da parceria, além de ter coordenado o LabPetro na maior parte de sua trajetória, considera que a iniciativa, há 20 anos, representou uma baliza histórica para a Ufes e para o Espírito Santo. “É uma parceria que, entre diversos fatores relevantes para o ensino, a pesquisa e a extensão universitária, possibilita a real aproximação da academia com as gestões da Unidade da Petrobras no Espírito Santo e com a sociedade capixaba, proporcionando novas conexões para a superação dos desafios tecnológicos do país na área de energia e de sustentabilidade ambiental”, ressaltou Castro.
Segundo ele, essa parceria representou um marco transformador na pesquisa e no desenvolvimento do segmento de petróleo e gás no estado e no país, considerando que se iniciou em um momento histórico de significativos investimentos no setor energético brasileiro.
Ainda de acordo com Castro, por conta das elevadas demandas tecnológicas da Petrobras no Espírito Santo e no país, no ano de 2012 foi inaugurado o NCQP, com instalações físicas e equipamentos modernos e pessoal qualificado. “Esta iniciativa foi fundamental para o desenvolvimento da pesquisa científica, formando novas gerações de pesquisadores, afim de solucionar entraves e limitações tecnológicas então existentes, a partir de experiências inovadoras, como a caracterização das primeiras amostras de óleo do pré-sal no Brasil”, relembrou.
Imagem O reitor Eustáquio de Castro entre as pesquisadoras homenageadas, Patrícia Bourguignon (Fest) e Cristina Sad (LabPetro)O NCQP é resultado da parceria entre Petrobras e Ufes por meio do modelo de gestão denominado Redes Temáticas e Núcleos Regionais, que atendia a resolução nº 27/2006 da ANP, com investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D). Com 22 laboratórios e o desenvolvimento de 15 linhas de pesquisa – como caracterização de petróleo e derivados, estudos de águas, petrofísica, bicombustíveis, matrizes do pré-sal, destilação do petróleo, enrustação carbonática, e pesquisas voltadas para a área do meio ambiente –, o NCQP atuou em parceria com a Unidade de Negócios da Petrobras no Espírito Santo para o desenvolvimento de tecnologia nas mais diversas áreas e nos desafios tecnológicos demandados pelo setor.
Estrutura
O LabPetro abrange o NCQP e o Laboratório de Prestação de Serviços (LabServ). A unidade atende a demanda de pesquisas relacionadas às análises químicas de óleos brutos, estudos de perfis físico-químicos, testes e desenvolvimento de produtos químicos, produção de resíduos e águas de formação. Também promove ensino, pesquisa, extensão, divulgação científica e inovação tecnológica.
Além dos laboratórios, suas instalações incluem salas para pesquisadores, sala de informática e de multimídia, biblioteca, auditório, refeitório, vestiário e secretaria. O coordenador atual do LabPetro é o professor Cleocir José Dalmaschio, do Departamento de Química do campus de Goiabeiras.
Fotos do evento: Luiz Vital
Categorias relacionadas Institucional PesquisaEdital de inscrições para Curso de Aperfeiçoamento em Direitos Humanos e Socioeducação será divulgado na próxima semana
O edital do processo seletivo para o para o Curso de Aperfeiçoamento em Direitos Humanos e Socioeducação e o link para inscrições de profissionais que atuam na socioeducação serão divulgados na próxima semana no perfil oficial da EES/ES no Instagram. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 30, durante a cerimônia de instalação e lançamento da Escola Estadual de Socioeducação do Espírito Santo (EES/ES). Ao todo serão oferecidas 200 vagas e a formação será totalmente financiada pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC).
A iniciativa, desenvolvida pela Ufes em parceria com o MDHC, é intitulada Direitos Humanos na Socioeducação e tem como objetivo formar, capacitar e qualificar profissionais que atuam no sistema socioeducativo em todo o estado. A Ufes é uma das seis universidades federais selecionadas para coordenar a primeira fase do programa. As aulas têm início previsto para meados de novembro e serão oferecidas na modalidade de ensino a distância (EaD), com duração de 12 meses e carga horária total de 180 horas.
O lançamento da Escola aconteceu no Salão Rosa do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), no campus de Goiabeiras, e contou com a presença de diversas autoridades universitárias, estaduais e municipais, além de estudantes do Departamento de Direito, ao qual o projeto está vinculado.
A mesa de abertura foi composta pela vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes; pela vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Criad) e membro da Comissão de Socioeducação, Inaiá Cristina Dalvi; e pelo representante do MDHC e coordenador da EES, Marco Antônio Olsen, que enfatizaram a importância do projeto para a consolidação de políticas públicas voltadas à proteção e ao desenvolvimento de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
Reconstrução de oportunidades
A vice-reitora pontuou que o lançamento da escola coincide com a megaoperação que deixou mais de cem pessoas mortas em comunidades do Rio de Janeiro. Segundo ela, a EES/ES marca uma nova etapa na capacitação e no desenvolvimento de profissionais que atuam na socioeducação em todo o estado. “A criação da Escola demonstra o compromisso institucional com a construção de políticas públicas efetivas e humanizadas, voltadas à promoção de direitos e à valorização das pessoas em processos socioeducativos. A socioeducação vai muito além da aplicação de medidas disciplinares. Ela representa um espaço de reconstrução de oportunidades, de reconhecimento da dignidade de cada indivíduo e de promoção da cidadania”, afirmou Lopes.
Imagem Da esqueda para a direita: Gilberto Fachetti (EES/ES); Sonia Lopes (vice-reitora); Marco Olsen (EES/ES); e Fábio Amorim Filho (Iases).Olsen explicou que a iniciativa é um projeto de extensão, e, como tal, busca aproximar a Universidade da comunidade, especialmente dos servidores do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), por meio de formação, capacitação e aperfeiçoamento em Direitos Humanos. “Hoje é um dia muito importante para nosso estado porque nós agora temos uma escola dentro de um planejamento de educação contínua. Não será simplesmente um único curso, mas uma participação da Universidade nesta comunidade da socioeducação”, ressaltou o coordenador da EES.
A vice-presidente do Criad destacou o avanço significativo que a instalação da EES representa para a política de socioeducação. Para ela, a parceria com a Ufes é essencial, já que a Universidade desempenha papel fundamental no aprimoramento técnico e na qualificação desta política. “Recebemos com imensa alegria a informação de que a coordenação viria da Universidade porque é importante alinharmos prática com teoria”, sinalizou Dalvi.
Desafios
O lançamento da EES/ES também marcou a realização do I Simpósio Estadual de Socioeducação, que contou com palestras do diretor-geral do Iases, Fábio Amorim Filho, que falou sobre Educação: uma ferramenta transformadora; e da coordenadora do Núcleo de Socioeducação da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES), Adriana Peres, que abordou a atuação da Defensoria Pública na Socioeducação. As palestras trataram das demandas, dos desafios e dos resultados que envolvem a capacitação de servidores.
Segundo Amorim Filho, não há transformação do espaço socioeducativo sem investimento na educação. “Não basta que a pessoa se capacite, adquira conhecimento acadêmico; é necessário modificar a cultura do ambiente, compreender como as coisas funcionam. Não há outra forma de promover mudanças culturais se não for pela educação”, destacou o diretor-geral do Iases.
O agente socioeducativo semiliberdade de Vila Velha Igor Casumba participou do evento de instalação da EES. Para ele, a escola é uma iniciativa de grande importância, especialmente em uma sociedade que ainda convive com preconceitos. “A Escola vai desenvolver em nós, enquanto agentes socioeducadores, novas ferramentas para que a gente consiga desenvolver melhor o nosso trabalho. Porque quando a gente educa, ao invés de punir, a gente está construindo uma sociedade ainda melhor”, concluiu.
Fotos: Adriana Damasceno
Categorias relacionadas ExtensãoUfes comunica com pesar o falecimento do estudante de doutorado Ramon Machado Loureiro
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento do estudante do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - campus de Alegre Ramon Machado Loureiro, ocorrido nesta quinta-feira, 29.
O estudante faleceu na cidade de Chicago,durante seu deslocamento para os Estados Unidos, onde realizaria estágio de doutorado sanduíche.
A Secretaria de Relações Institucionais da Universidade está prestando apoio à família e em permanente contato com o Consulado do Brasil para encaminhamento dos trâmites necessários.
Em nome de toda comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes presta sua solidariedade aos familiares, amigos e amigas do estudante.
Filmes nacionais são os destaques da semana na programação do Cine Metrópolis. Veja os horários das sessões
Dois filmes brasileiros são os destaques da programação que começa nesta quinta-feira, 30, no Cine Metrópolis. Vencedora do prêmio de Melhor Direção no 53º Festival de Gramado, a diretora Laís Melo retrata em Nó, seu primeiro longa de ficção, a luta de uma mulher por um recomeço após se divorciar do marido. Já o documentário 3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado, acompanha as histórias em torno da amizade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e o pintor Carybé.
A trama de Nó tem no centro a protagonista Glória, que consegue se separar do marido após um divórcio conturbado. Tentando recomeçar a vida após se mudar com suas três filhas, ela precisa lidar com dificuldades financeiras e as constantes ameaças do ex-marido. Seus dilemas aumentam quando ela se vê em uma disputa por um novo cargo no trabalho – uma disputa que terá que travar com sua melhor amiga.
Celebrando a amizade de três ícones culturais do Brasil, 3 Obás de Xangô apresenta a trajetória do escritor Jorge Amado, do músico Dorival Caymmi e do pintor Carybé enquanto mostra a conexão dos artistas com a identidade da Bahia. O filme é repleto de depoimentos de amigos, familiares, artistas e dos próprios protagonistas. Performances de Caymmi e obras de Carybé ainda conferem mais beleza ao documentário de Sérgio Machado.
Além dos longas nacionais, o Cine Metrópolis exibe, por mais uma semana, The Mastermind. Dirigido por Kelly Reichardt, diretora do elogiado First Cow, o filme acompanha a história de J.B. Mooney, um carpinteiro desempregado que abandonou a escola de artes na juventude. Vivendo no interior do estado de Massachusetts, nos anos 1970, ele decide roubar obras de arte de um museu local em plena luz do dia. Enquanto planeja seu primeiro grande crime, mudanças políticas e sociais provocadas pelos movimentos hippie e feminista começam a desintegrar o mundo que ele conhecia.
Cena de NóConfira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 30 de outubro a 5 de novembro:
Nó, de Laís Melo (Brasil, 2025)
Glória se separa e se muda com suas três filhas para um prédio no centro de Curitiba. Com condições financeiras difíceis e ameaçada pelo ex-marido que pede a guarda integral das garotas, Glória tem que disputar com sua melhor amiga uma vaga de supervisora na fábrica onde trabalha. O processo transforma Glória e suas relações.
3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado (Brasil, 2025)
Retrato da amizade incondicional entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Os três defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres, a onipresença do mar. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé consolidaram um modo de estar no mundo dos baianos e influenciaram as gerações de artistas que vieram depois.
The Mastermind, de Kelly Reichardt (Estados Unidos, 2025)
Em um canto tranquilo de Massachusetts, por volta de 1970, o carpinteiro desempregado J.B. Mooney se torna ladrão de arte amador e planeja seu primeiro grande assalto. No entanto, quando tudo sai dos trilhos, sua vida começa a desmoronar.
Veja os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaSeminário vai discutir projetos industriais alternativos para a preservação ambiental. Inscrições abertas
Nos próximos dias 6, 7 e 8 de novembro a Ufes promove, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Instituto Federal Fluminense (IFF), o III Seminário Economia Destruidora & Energia no Litoral do Sudeste do Brasil: (re)existências e alternativas ao capitalismo, que será realizado no campus da UFF, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link até o dia do evento.
Serão abordados tanto temas teóricos quanto pesquisas sobre os efeitos de projetos industriais, da mineração e exploração de energias e de infraestruturas implementadas ou em vias de implementação que transformam territórios, paisagens e a vida cotidiana das populações. A proposta é buscar estabelecer um diálogo entre pesquisadores, estudantes, defensores das causas ambientais, movimentos sociais e a comunidade em geral.
A palestra de abertura será ministrada pelo professor do Departamento de Geografia da Ufes Claudio Luiz Zanotelli, que abordará o tema Economia destruidora, Capitalismo mundial integrado e as resistências e projetos de futuro. Além de palestras, a programação inclui mesas-redondas, atividades culturais, oficinas interativas e trabalho de campo. Veja aqui a programação completa.
Projetos alternativos
Para Zanotelli, que faz parte da organização do evento, a necessidade de discutir o tema decorre da hiperexploração da natureza e do crescimento econômico infinito, que provocam poluições diversas e o esgotamento dos recursos naturais.
“A ideia de resistências e projetos de futuro se refere ao fato de que nem tudo está perdido e que há lutas, há projetos alternativos, há experimentações em diversos domínios e em diferentes territórios que combatem e propõem alternativas a esses modos de desenvolvimento. Outros mundos são possíveis”, reforça.
Entre os palestrantes estão ainda o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Ufes e autor da trilogia Estado em Questão, Roberto Simões; o professor do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e ganhador do Prêmio Paulo Freire, pelo desenvolvimento do Projeto Ilha de Cientistas, Allan Oliveira; e a professora do Departamento de Geografia da UFF e coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Território e Conflitos Sociais, Tatiana Ramos.
Categorias relacionadas Meio ambienteCAp Criarte divulga edital de sorteio de vagas para novos alunos. Inscrições a partir de 17 de novembro
O Colégio de Aplicação (CAp) Criarte sorteará 41 vagas para ingresso de novos estudantes no ano letivo de 2026. As inscrições serão recebidas de 17 a 27 de novembro, pelo preenchimento do formulário on-line que será disponibilizado no site do Criarte. As oportunidades são para crianças nascidas entre 1º de abril de 2020 e 31 de março de 2024 – tanto as vinculadas a membros da comunidade acadêmica quanto as do público em geral, que concorrerão de forma igualitária.
As oportunidades estão distribuídas de acordo com os grupos ofertados no próximo ano letivo, referentes às faixas etárias atendidas no Colégio de Aplicação. Para o turno matutino, há vagas para as turmas G2 (11 vagas), G3 (1 vaga), G4 (4 vagas) e G5 (5 vagas). Já para o turno vespertino, o sorteio será para as turmas G2 (13 vagas) e G4 (8 vagas).
No turno Vespertino, o sorteio para a turma G3 será apenas para formação de lista de suplência e não será oferecida a turma G5, que terá edital de sorteio específico, caso seja reaberta posteriormente.
O sorteio ocorrerá na sala multiuso da unidade, no dia 5 de dezembro, a partir das 14 horas. Haverá também transmissão ao vivo, pelo canal do CAp Criarte no YouTube.
O procedimento será realizado eletronicamente, com o auxílio de uma ferramenta desenvolvida pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI). Os inscritos não contemplados no sorteio, de acordo com o número de vagas disponíveis, irão compor a Lista de Suplência na ordem em que forem sorteados.
Confira o edital de normas para ingresso em 2026 nesta página.
Lista de espera
Pessoas Interessadas em vagas no CAp Criarte que não tiverem realizado a inscrição para o sorteio poderão solicitar posteriormente a inclusão do nome da criança na Lista de Espera para as turmas abertas no próximo ano letivo. As inscrições para formação dessa lista serão recebidas no período de 1º de fevereiro de 2026 a 31 de agosto de 2026, pelo e-mail secretaria.criarte.ce@ufes.br. A convocação das crianças na Lista de Espera será iniciada após o esgotamento da Lista de Suplência.
Educação infantil
O Criarte é um espaço de educação infantil instalado no campus de Goiabeiras que teve início na década de 1970, como um projeto assistencial para cuidar de filhas e filhos de trabalhadoras do Restaurante Universitário, em uma época de luta das mulheres pela conquista do direito à creche.
Ao longo de quase 50 anos, as atividades oferecidas pelo colégio evoluíram juntamente com a legislação educacional, que inseriu a educação infantil como primeira etapa da educação básica e passou a reconhecer os potenciais e as necessidades de aprendizagens das crianças com idade entre dois e cinco anos.
Categorias relacionadas EnsinoVagas abertas para cursos a distância de Propriedade Intelectual e Controle Gerencial dirigido a empreendedores
A Superintendência de Educação a Distância (Sead) abre nesta semana duas seleções voltadas para gestores de pequenas e médias empresas: o curso de extensão Propriedade Intelectual: noções básicas sobre marcas e patentes para empreendedores e o curso de especialização Controle Gerencial para Pequenas e Médias Empresas (PME).
As inscrições para o curso de Propriedade Intelectual serão recebidas das 10 horas do dia 31 de outubro até as 23h59 de 14 de dezembro, pelo link que será disponibilizado na Página de Acompanhamento do Curso. O candidato deverá ter concluído o ensino médio ou técnico e residir no Espírito Santo.
Serão ofertadas 200 vagas distribuídas em cinco polos municipais de apoio presencial: Piúma, Santa Leopoldina, São Mateus, Serra e Vila Velha, com 40 vagas em cada um. As oportunidades serão preenchidas de acordo com a ordem de inscrição dos candidatos. Em todos os polos haverá vagas reservadas a servidores do governo estadual – professores da Educação Profissional que atuam nos Centros Estaduais de Educação Técnica (CEETs), professores da Educação Profissional que atuam no Programa Qualificar ES e demais servidores da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) –, totalizando 25 oportunidades.
O curso terá carga horária de 82 horas e estará disponível de 23 de março a 30 de novembro de 2026, oferecendo cinco oficinas de capacitação, ao todo, com o objetivo de qualificar empreendedores, mais especificamente os de pequenas e médias empresas, para a compreensão e a aplicação dos conceitos de direitos de propriedade intelectual nas práticas e protocolos legais, visando à solicitação de proteção de patentes e marcas.
Especialização
Já o curso de especialização em Controle Gerencial para Pequenas e Médias Empresas (PME), com carga horária de 360 horas e duração de 18 meses, oferecerá 90 vagas remanescentes, para candidatos com graduação em curso superior em qualquer área de conhecimento, que residam na cidade onde se localiza o polo de apoio presencial para o qual estão se candidatando ou em cidades capixabas vizinhas. As inscrições serão recebidas nesta quinta-feira, 30 de outubro, a partir de meia-noite até às 14 horas, por meio deste link. A classificação dos candidatos será por ordem de inscrição e as oportunidades estão distribuídas nos polos de Afonso Cláudio (30 vagas), Castelo (16), Colatina (8) e Montanha (36).
A especialização tem o objetivo de desenvolver conhecimentos e habilidades que possibilitem o aprofundamento em conteúdos específicos da área de negócios, formando profissionais para a atuação em atividades contábeis, financeiras e de gestão em pequenas e médias empresas.
Os dois cursos serão disponibilizados por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), estando também previstos, no cronograma de cada disciplina, encontros presenciais obrigatórios e encontros virtuais síncronos realizados por meio de webconferência.
Todas as informações estão disponíveis nas páginas de acompanhamento dos respectivos cursos e também nos editais anexados abaixo.
Edital-Sead-Curso-de-Extensao-em-Propriedade-Intelectual.pdf Edital-Sead-Curso-de-Especializacao-em-Controle-Gerencial-para-Pequenas-e-Medias-Empresas--Vagas-Remanescentes-.pdf Categorias relacionadas EnsinoUfes comunica com pesar o falecimento da servidora aposentada Lucinete Maria Gasperazzo Nogueira
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento da servidora técnico-administrativa aposentada Lucinete Maria Gasperazzo Nogueira, ocorrido nesta quarta-feira, 29. O velório será realizado nesta quinta-feira, 30, a partir das 11 horas, no Cemitério Jardim da Paz (localizado no município de Serra), onde às 15 horas acontecerá o sepultamento.
Lucinete era assistente em Administração e durante muitos anos atuou no Centro de Educação, no campus de Goiabeiras.
Em nome de toda a comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes manifesta sua solidariedade aos familiares, amigos e amigas da servidora.
Categorias relacionadas InstitucionalServidores da Ufes celebram Dia do Servidor Público. Programação acontece nos quatro campi da Universidade
Servidores docentes e técnicos do campus de Goiabeiras se reuniram para um café da manhã em comemoração ao Dia do Servidor Público, celebrado nesta terça, 28. A confraternização abriu a programação em homenagem aos servidores do campus, que segue até esta quarta, dia 29, com apresentações musicais, minicursos e oficinas. Conheça a programação.
As atividades são coordenadas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) e abrangerá os quatro campi da Ufes. O primeiro a receber a programação foi o campus de Alegre, que celebrou a data entre 21 e 23 de outubro. Já no campus de Maruípe o evento acontecerá nos dias 29 e 30, enquanto São Mateus encerrará a Semana do Servidor, no dia 31.
Durante a abertura, a vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, afirmou que “hoje é dia de reconhecer e celebrar o trabalho de quem faz o Estado brasileiro acontecer” e “compreende que servir ao público é um ato de compromisso com a democracia, com a justiça social e com a dignidade humana”.
Lopes ressaltou que, apesar dos desafios enfrentados pelos servidores públicos – como restrições orçamentárias e desvalorização –, a categoria segue “sustentada por um valor que não se mede em cifras, mas em propósito: o de cuidar do outro e fortalecer o bem comum”.
A vice-reitora finalizou reafirmando sua admiração e gratidão, em especial às servidoras públicas: “sabemos que para as mulheres os desafios são ainda maiores”. “Que nunca nos falte coragem para defender o que é de todos e esperança para continuar construindo, juntos, um país mais justo, solidário e inclusivo”, desejou.
A vice-reitora Sonia Lopes (de rosa) e a pró-reitora Josiana Binda (ao microfone) destacaram o compromisso e a dedicação dos servidoresSaberes
A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Josiana Binda, fez questão de destacar o motivo da comemoração: “Estamos aqui, mais uma vez, para agradecer às pessoas, para dizer o quanto são importantes para que a Ufes seja reconhecida por sua excelência”.
Ela afirmou que, por mais que a sociedade viva um momento de significativos avanços tecnológicos, os saberes das pessoas são fundamentais. “Por mais inovadores que sejam os processos de trabalho, a maior parte deles têm a participação de pessoas que desejam se sentir parte do sucesso, e que desejam sentir pertencimento em relação aos resultados e conquistas da Instituição”, disse.
A pró-reitora também lembrou as conquistas já alcançadas pela categoria, como a reestruturação nas carreiras, mas destacou que ainda há muito pelo que lutar: “Hoje pessoas da Ufes se juntam a outras em marcha a Brasília para lutar contra a Reforma Administrativa, para que direitos conquistados não sejam retirados”.
O café da manhã contou com uma apresentação da musicista Luiza Mollulo, egressa da Ufes, e sorteio de brindes entre os presentes.
A programação nos quatro campi da Ufes em homenagem ao Dia do Servidor Público está disponível no site da Progep.
Fotos: Ana Oggioni e Lucas Pereira
Categorias relacionadas InstitucionalLaboratório de Simulação do Hucam-Ufes terá dois dias de portas abertas a visitação. Inscrições abertas
Profissionais do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam/Ufes) vão realizar, nos dias 30 e 31 deste mês, um evento interativo com o objetivo de apresentar, por meio de visitas guiadas, o Laboratório de Habilidades e Simulação (Labsim) da instituição. As visitas podem ser feitas das 7h30 às 18h30.
O evento é aberto a todos os interessados, com foco em estudantes e profissionais da área de saúde, como o público interno do hospital e da Universidade ou outras escolas de nível superior, turmas de nível médio, cursos profissionalizantes e até visitas individuais. Para facilitar o acesso do público externo ao LabSim, que fica no primeiro andar do prédio principal do Hucam, foi criado um formulário de inscrição que pode ser acessado neste link.
“Será o Portas Abertas Labsim, que vai oferecer um momento de integração, inovação e aprendizado. O público poderá conhecer de perto os espaços, recursos, metodologias e tecnologias que transformam o ensino em saúde por meio da simulação clínica”, explicou a chefe do Setor de Gestão do Ensino, que integra a estrutura da Gerência de Ensino e Pesquisa, Tania Mara Mattos.
Os visitantes serão recebidos pela equipe do LabSim, que vai mostrar algumas das atividades desenvolvidas no local. “Temos manequins e equipamentos que permitem avaliar a competência do profissional ao executar determinados procedimentos, como um caso de parada cardiorrespiratória", explicou a gestora.
A simulação clínica é um recurso pedagógico que permite atuar em cenários controlados, treinando habilidades de forma segura e orientada, sendo essencial para a capacitação de profissionais de saúde e a segurança do paciente.
Imagem Treinamento no Laboratório de Habilidades e Simulação“Essa oportunidade de conhecer o Labsim, mais do que uma visita, é uma experiência que aproxima teoria e prática, fortalecendo a formação de profissionais preparados para os desafios reais do cuidado integral na área da saúde. A iniciativa reafirma o compromisso do Hucam/Ufes com inovação no ensino, excelência na saúde e integração ensino-serviço”, resumiu Tania Mattos.
Formação e pesquisas
O Hucam/Ufes faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede EBSERH) desde abril de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a EBSERH administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Fotos: Coordenadoria de Comunicação Social do Hucam/Ufes
Categorias relacionadas Ensino SaúdeEspírito Santo terá Escola Estadual de Socioeducação para aprimorar a atuação em Direitos Humanos
Nesta quinta-feira, dia 30, a Ufes realizará a cerimônia de inauguração e apresentação da Escola Estadual de Socioeducação do Espírito Santo (EES/ES). A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), tem como objetivo formar, capacitar e aperfeiçoar profissionais que atuam no sistema socioeducativo em todo o estado. O evento acontecerá a partir das 8 horas, no Salão Rosa do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), localizado no prédio ED-2, no campus de Goiabeiras, e será aberto à comunidade.
O lançamento também marcará a realização do I Simpósio Estadual de Socioeducação, que contará com a participação do diretor-geral do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), Fábio Amorim Filho, e terá como tema o papel da EES/ES na construção de um processo socioeducativo mais humano e efetivo.
O projeto é voltado à formação em Direitos Humanos e Socioeducação de profissionais que atuam tanto no meio fechado, como servidores do Iases, quanto no meio aberto, que envolve representantes das secretarias de Estado da Educação e da Saúde, das forças de segurança e da sociedade civil. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com seis universidades federais selecionadas para coordenar a primeira fase do programa, entre as quais está a Ufes.
A Universidade oferecerá 200 vagas para o Curso de Aperfeiçoamento em Direitos Humanos e Socioeducação, que será ministrado na modalidade Ensino a Distância (EaD), com duração de 12 meses e carga horária total de 180 horas. O início das aulas está previsto para meados de novembro e a formação será totalmente financiada pelo MDHC, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA). As informações completas sobre a seleção serão divulgadas em edital, que estará disponível em breve no perfil oficial da EES/ES no Instagram.
Respeito aos direitos
Sob coordenação dos professores do Departamento de Direito Marco Olsen e Gilberto Fachetti, o curso abordará temas fundamentais, como Fundamentos dos Direitos Humanos; Sistema Nacional de Socioeducação; Execução de Medidas Socioeducativas; Assistência Social, Juventude e Violência; e Gênero e Diversidade na Socioeducação. Os participantes terão entre 25 e 30 dias para concluir cada módulo.
De acordo com Olsen, todas as disciplinas têm como eixo central a promoção dos Direitos Humanos, com o propósito de sensibilizar os profissionais para uma atuação pautada na proteção e no respeito aos direitos da criança e do adolescente: “Infelizmente, às vezes crianças e adolescentes em conflito com a lei são discriminados e seus Direitos Humanos, violados; daí a preocupação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente em disseminar valores já estabelecidos em nosso ordenamento jurídico”.
Diálogo
Além das aulas remotas, o projeto promoverá simpósios presenciais em diferentes municípios do Espírito Santo, com o objetivo de fortalecer o diálogo entre instituições e ampliar a participação dos profissionais do sistema socioeducativo. “A troca de experiências entre pares é um instrumento a ser implementado, visando fortalecer redes de apoio interinstitucional. É um trabalho minucioso e persistente, não sendo possível atingir nível máximo de mudança em um único curso. Tanto que a intenção do Governo Federal é transformar esse projeto em programa permanente de capacitação”, ressalta Olsen.
Ele explica que o projeto adota estratégias educacionais, formativas e de acompanhamento institucional integradas, buscando assegurar que os conteúdos abordados em Direitos Humanos e Socioeducação gerem impactos reais na prática profissional. Entre essas estratégias, ele destaca a integração entre teoria e prática, por meio de oficinas e rodas de conversa que promovam a vivência dos princípios fundamentais dos Direitos Humanos, como empatia, igualdade de tratamento e justiça restaurativa.
Gilberto Fachetti reforça que a proposta também visa estimular atividades de extensão universitária que envolvam estudantes da Ufes, reforçando o compromisso da Universidade com a defesa e a efetivação dos Direitos Humanos no Espírito Santo. “Esta ação é fundamental para que a Universidade coloque sua estrutura e seu pessoal a serviço da construção de um futuro digno para crianças e adolescentes que precisam de uma chance de reinserção social”, conclui.
Categorias relacionadas InstitucionalCatálogo com acervo audiovisual da cultura capixaba será lançado nesta quarta, 29, no campus de Goiabeiras. Aberto ao público
O campus de Goiabeiras sedia nesta quarta-feira, dia 29, o lançamento do e-book Memória Audiovisual: Catálogo Seletivo da Cultura Capixaba nos Telejornais da TV Gazeta, organizado pelo professor do Departamento de Arquivologia André Malverdes. Gratuito e aberto ao público, o evento será realizado no Salão Rosa do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), a partir das 19 horas.
A ação na Ufes integra a programação de lançamento do projeto Memórias em 16mm: a cultura capixaba pelas lentes da TV Gazeta. O e-book funciona como registro e produto complementar do projeto, que envolveu pesquisadores da Ufes, do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES) e de outras empresas e instituições culturais capixabas na digitalização e restauração de reportagens produzidas pela emissora entre 1976 e 1983.
A obra transforma seis horas de filmes em 16 milímetros em um acervo raro de 118 páginas, que detalham o processo de digitalização e preservação das reportagens, o contexto histórico do acervo, os parceiros envolvidos, e apresentam textos reflexivos.
Segundo Malverdes, o catálogo está alinhado a políticas voltadas para a construção de uma sociedade da informação, promovendo a difusão do patrimônio documental, com ênfase especial no patrimônio audiovisual: “A tendência é que esses produtos resultem em outras atividades no audiovisual, em pesquisa e no acesso da população, permitindo que conheçam as imagens em movimento do patrimônio televisivo que está aí e que faz parte do nosso patrimônio cultural”.
Supervisor técnico escaneando um rolo de 16 milímetrosO e-book está disponível gratuitamente no site da editora Antíteses, enquanto o material que compõe o projeto Memórias em 16mm será disponibilizado para pesquisa e consulta por meio do portal Midiateca Capixaba após análise e aprovação da prestação de contas.
Sobre o acervo
O acervo digitalizado reúne 398 rolos de película 16 milímetros, contendo reportagens culturais exibidas nos telejornais da TV Gazeta nos primeiros anos de funcionamento da emissora, fundada em 1976. Esse material possui entrevistas com nomes consagrados da cena cultural local e nacional como Amylton de Almeida, Luiz Tadeu Teixeira, Maurício de Oliveira, Bernadette Lyra, Hermógenes Lima da Fonseca, Beth Caser, Martinho da Vila, Eva Wilma, Raul Seixas, Alceu Valença, Tom Zé, entre muitos outros.
O projeto é uma realização da Interferências Filmes e Projetos e Garupa Filmes por meio de seleção no Edital de Memória e Preservação Audiovisual da Secretaria de Cultura do Espírito Santo (Secult) e Funcultura, com recursos do Ministério da Cultura e Lei Paulo Gustavo. Além do Departamento de Arquivologia da Ufes e do Arquivo Público do Espírito Santo (APEES), a iniciativa tem o apoio da Associação dos Arquivistas do Estado do Espírito Santo (AARQES) e da Rede Gazeta.
Foto: Pedro Henrique Magalhães
Categorias relacionadas ExtensãoUfes participa de debate na Andifes sobre políticas de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior
Aprofundar o debate sobre políticas de acessibilidade, inclusão e permanência de pessoas com deficiência no ensino superior: essa foi a proposta central do Seminário Temático Políticas de Inclusão e Acessibilidade para Pessoas com Deficiência nas Instituições de Educação Superior: Entrou, e agora?, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Inclusão da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em Brasília, com o apoio do Grupo de Trabalho (GT) de Inclusão e Acessibilidade e do Colégio de Gestores de Núcleos de Acessibilidade das Universidades Federais (Conacessi) da entidade.
A vice-reitora da Ufes, Sonia Lopes, que integra o GT, mediou a mesa que propôs uma reflexão sobre os caminhos da inclusão e da acessibilidade nas universidades federais, retomando o histórico da Educação Especial no Brasil, os avanços conquistados, os retrocessos recentes e os desafios ainda presentes na efetivação do direito à educação superior para pessoas com deficiência.
Além de gestores de universidades federais, a mesa contou com a presença de Sandra Nogueira, representante da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC).
Novo decreto
Um dos principais pontos abordados no debate foi a importância do Decreto nº 7.611/2011, que consolidou o paradigma inclusivo e as incertezas trazidas pelo Decreto nº 12.686, de 20 de outubro de 2025, que institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva e cria a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva.
O seminário foi realizado durante a Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Andifes.“Trata-se de uma normativa recente, não debatida amplamente com as universidades, os coletivos e os movimentos sociais que historicamente constroem a política de inclusão. O novo decreto revoga o Decreto nº 7.611/2011, que sustentava a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) – marco democrático que reconheceu a Educação Especial como modalidade transversal, comprometida com o acesso, a permanência e a aprendizagem em contextos comuns de ensino. Que caminhos a nova política abre? O que ela representa para o futuro da inclusão na educação superior?”, provocou Sonia Lopes.
Outros assuntos abordados no seminário foram o papel estratégico do Programa Incluir; a Avaliação Biopsicossocial para estudantes que optaram pelo ingresso por meio das cotas para pessoas com deficiência; a atuação dos Núcleos de Acessibilidade; e a urgência de assegurar orçamento, estrutura e participação social para que a inclusão se efetive nas universidades.
“A inclusão não se faz por decreto, mas pela construção democrática e cotidiana das políticas públicas. É nas universidades federais como espaços de ciência, formação e diálogo que essa construção ganha sentido e permanência”, afirmou a vice-reitora da Ufes.
O seminário Inclusão e Acessibilidade de Pessoas com Deficiência nas Instituições de Educação Superior foi realizado no dia 22 de outubro durante a Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Andifes.
Reunião na Sesu
Já no dia 23, a vice-reitora Sonia Lopes e a secretária de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade da Ufes, Cinthya Oliveira, participaram de uma reunião na Sesu para dialogar sobre o fortalecimento das políticas de inclusão e acessibilidade na Universidade. Durante o encontro foram discutidos temas como ampliação da força de trabalho de intérpretes de Libras; fortalecimento das ações de atendimento educacional especializado; instalação de Núcleos de Acessibilidade nos campi; e a proposta de criação de um Comitê Interinstitucional para articular ações intersetoriais voltadas à inclusão e à garantia de direitos das pessoas com deficiência.
Na foto: Cinthya Oliveira e Sonia Lopes (Ufes); Sandra Nogueira (Sesu/MEC); e Lucélia Rabelo (vice-reitora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - Unifesspa)
Fotos: Andifes
Categorias relacionadas Assistência estudantilObra internacional sobre morte medicamente assistida conta com contribuição de professora da Ufes
A professora do Departamento de Direito Margareth Zaganelli é uma das autoras do e-book Morte Medicamente Assistida: uma revisão internacional, que reúne pesquisas de diversos países sobre os aspectos jurídicos do suicídio assistido e da eutanásia, dois dos temas mais sensíveis e controversos da bioética e do direito contemporâneo. O livro (disponível em inglês) será apresentado na 17ª Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde, que acontecerá em novembro na Eslovênia.
A publicação – coordenada por Patrizia Borsellino (chefe do Departamento de Bioética e Abordagem Filosófica do Direito) e Lorena Forni (responsável pela disciplina Filosofia do Direito), professoras da Universidade de Milano-Bicocca, na Itália – busca promover um debate internacional sobre os limites éticos e legais da morte medicamente assistida, incluindo suicídio assistido (quando o paciente realiza o ato com ajuda de terceiros) e eutanásia (quando outra pessoa, geralmente profissional da saúde, provoca diretamente a morte do paciente). O livro compara experiências de países como Bósnia e Herzegovina, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha, além de nações da América Latina.
No capítulo Morte medicamente assistida na Alemanha: a decisão do Tribunal Constitucional Federal de 26 de fevereiro de 2020, Zaganelli analisa a decisão da corte alemã, que ampliou o direito ao suicídio assistido para pessoas com sofrimento psíquico ou doenças psiquiátricas, além de pacientes terminais, mantendo a proibição da eutanásia ativa. Para a professora, isso gera desafios éticos e práticos para médicos, que precisam avaliar se o desejo de morrer é autônomo, consciente e duradouro, e não um sintoma da enfermidade mental.
“Os profissionais de saúde devem garantir que o paciente não está tomando a decisão por falta de informação ou por pressões externas, mas com um entendimento claro das suas implicações. A inclusão da rede de apoio do paciente, quando possível e com a sua autorização, pode auxiliar na identificação de vulnerabilidades e garantir que o paciente não está isolado. O acolhimento e o diálogo são cruciais para a prevenção do suicídio”, explica.
Imagem O e-book reúne pesquisas de diversos países sobre o temaContexto brasileiro
A Suíça foi o primeiro país do mundo a legalizar a morte assistida, em 1942, e, nos últimos anos, diversos países aprovaram legislações ou decisões sobre o tema. Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha, Portugal, Estados Unidos e Colômbia já permitem práticas de morte assistida, enquanto França, Reino Unido e Itália ainda discutem regulamentações. Recentemente, o Uruguai aprovou a Lei da Morte Digna, autorizando a eutanásia em determinadas situações.
Zaganelli explica que, no Brasil, o debate ainda é incipiente e enfrenta resistências sociais, religiosas e políticas significativas. Embora o suicídio assistido e a eutanásia sejam criminalizados, o Conselho Federal de Medicina (CFM) permite, desde 2006, a prática da ortotanásia, que consiste em permitir a morte natural sem intervenções médicas excessivas, mediante autorização do paciente ou de sua família. “Essa permissão mostra um reconhecimento gradual da autonomia do paciente no processo de morte”, avalia a professora.
Segundo a professora, o debate sobre morte assistida na Alemanha e no Brasil reflete mudanças na percepção da vida, da morte e da dignidade humana, com ênfase na autonomia e no direito de escolha. Ela destaca que, no Brasil, a discussão questiona a ideia de vida absoluta, defendendo um fim pacífico e sem sofrimento desnecessário. “Mais recentemente, têm surgido ações no sentido de buscar provocar o debate na sociedade e no Congresso Nacional, visando a regulamentação do direito à morte assistida. Isso demonstra uma crescente pressão social para que o tema seja abordado de maneira mais empática e aberta”, conclui.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas PesquisaCEFD inaugura murais que comunicam apoio à diversidade, à inclusão e combate ao etarismo
Quem passar pelo Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), no campus de Goiabeiras, vai encontrar dois novos murais ilustrando as paredes do local. Em uma delas, uma pintura de 57 metros quadrados busca retratar as diferentes práticas corporais que constituem os objetos de ensino da área e a diversidade das pessoas que compõem o Centro; em outra, um alfabeto ilustrado da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O muralista Augusto Moraes, que produziu as obras, é egresso do curso de Design da Ufes. Ela afirma que o mural principal foi inspirado no que move a educação brasileira como um todo, as pessoas e suas peculiaridades. “O mural preenche o espaço com personas que representam diversidade étnico-raciais, de gênero, políticas de acessibilidade e combate ao etarismo, ao mesmo tempo em que realizam atividades corporais, e trazem um olhar que foca nas próximas gerações, em um futuro ainda mais diverso e mais acolhedor”, explica.
A arte do mural foi escolhida por professores, técnicos e estudantes do Centro – dentre três propostas apresentadas – por meio de uma votação.
Aprendizado
Imagem Mural com o alfabeto em LibrasSobre o mural em Libras, Moraes afirma que a sugestão foi direcionada pelo CEFD para conscientizar ainda mais as pessoas e ao mesmo tempo fornecer ferramentas de prática para o aprendizado e exercício da língua de sinais: “O mural instiga quem passa a treinar e aprender a se comunicar de maneira a abranger uma parcela a mais da comunidade que por aqui transita”.
A diretora do CEFD, Zenólia Figueiredo, que idealizou a elaboração dos murais, afirma que a iniciativa teve a proposta de dar uma nova identidade visual para os espaços, que pudesse retratar as identidades do próprio centro.
“O CEFD agora tem um espaço com mais cor, movimento e identidade, representando a diversidade na Educação Física e o compromisso com uma Universidade inclusiva, plural, vibrante e democrática”, destaca.
A produção dos murais contou com o apoio da Secretaria de Cultura da Ufes (Secult).
Fotos: Ana Oggioni
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