Portal UFES
Professores de escolas francesas de Engenharia visitam o Centro Tecnológico para tratar de programa de intercâmbio acadêmico
O Centro Tecnológico da Ufes (CT) recebe nesta sexta-feira, 16, professores de três escolas francesas de Engenharia: Jean-François Naviner (Télécom Paris), Stéphane Maag (Télécom SudParis) e Sébastien Reymond (ENSTA Paris). Eles vêm à Universidade para tratar do projeto de intercâmbio acadêmico e pesquisa conjunta contemplado no início deste ano pelo Brasil France Ingénieur Technologie (Brafitec), programa especificamente voltado para áreas de engenharia e promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Como parte da visita, ocorrerá uma palestra no auditório do CT-I (CT 1), às 11 horas, aberta a estudantes e professores, na qual serão apresentadas as três escolas, bem como os editais do Brafitec.
O projeto contemplado, denominado Formação de engenheiros preparados para um futuro sustentável e orientado pela ciência de dados, é coordenado localmente pela professora do Departamento de Informática Roberta Gomes, vice-diretora do CT. O objetivo é oferecer bolsas de estudo para intercâmbio, incluindo duplo diploma, para estudantes dos cursos de Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica.
"Esses acordos de duplo diploma são um diferencial para nossos cursos de engenharia, especialmente porque hoje, num mundo globalizado, essa interdisciplinaridade abre muito mais oportunidades aos engenheiros, tanto no campo das habilidades técnicas quanto no das soft skills, que são as suas habilidades interpessoais", diz a professora.
Além da Ufes, o projeto envolve ainda a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e três escolas de engenharias francesas que compõem o Institut Polytechnique de Paris e estão entre as melhores escolas de ensino superior da França.
Atualmente, além do projeto iniciado este ano, o CT conta com outros dois, também contemplados pelo Brafitec: Gêmeos digitais: novas infraestruturas físicas e virtuais em cidades inteligentes, coordenado pelo professor Moisés Ribeiro; e A engenharia e os objetivos do desenvolvimento sustentável, coordenado pelos professores Jane Meri Santos e Bruno Furieri.
Categorias relacionadas Ensino InternacionalEm visita a universidades da Finlândia, professoras da Ufes aprofundam pesquisa sobre desafios internacionais no acesso à educação
Pesquisadoras da Ufes realizaram uma visita técnica às universidades Humak e Turku, na Finlândia, com o objetivo de compreender os desafios no acesso à educação vivenciados pelos estudantes no país, o apoio disponível e o impacto na permanência e conclusão dos estudos desses universitários.
A pesquisa faz parte do projeto Refletindo a experiência vivida por mulheres universitárias de primeira geração de apoio estudantil no Brasil, Escócia e Finlândia, desenvolvido pelas professoras Eliza Bartolozzi e Tania Delboni, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE); Fabiola Leal e Maria Lucia Garcia, do Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS); e pela assistente social da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (SAAD), Fernanda Machado. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes - edital nº 021/2024).
As professoras se reuniram com o reitor da Humak, Jukka Määttä, com gestores dos serviços sociais e professores para verificar a situação de estudos dos estudantes mais pobres e imigrantes. Além disso, o grupo participou de aulas na Humak e fez uma apresentação (foto) sobre o trabalho de Paulo Freire para uma turma composta de estudantes de diversos países.
“A visita técnica possibilitou o aprofundamento do diálogo com experiências internacionais de forma a adensar a reflexão atual, relevante social e cientificamente, com questionamentos que atravessam as duas áreas de conhecimento – Educação e Serviço Social –, em que classe, raça e gênero são centrais”, afirma a coordenadora do PPGE, Tania Delboni.
ImagemMaria Lucia Garcia, coordenadora do projeto, explicou que a Universidade Humak é parceira da Ufes em projetos de pesquisa em desenvolvimento. “Este período foi importante também para avanço nas discussões dos projetos submetidos ao TFK e a ser submetido ao Horizon, complementa. O TFK - Team Finland Knowledge (Equipe Finlândia de Conhecimento) é um programa que cria e fortalece a colaboração entre as universidades finlandesas e de algumas regiões escolhidas, como a América Latina. Já o Horizon é o principal programa de financiamento da União Europeia para pesquisa e inovação.
Ações em conjunto
As pesquisadoras da Ufes, em conjunto com o grupo da Finlândia e do Reino Unido, enviaram uma proposta ao edital TFK. Também foram realizadas reuniões com o objetivo de avançar o debate do projeto a ser inscrito no edital Horizon 2025-2030. Além disso, foi proposta a oferta de uma disciplina conjunta na área de direitos humanos, além de oportunidades de mobilidade de professores e estudantes.
Durante a visita técnica, realizada no período de 23 de abril e 6 de maio, as pesquisadoras ainda conheceram a instituição Mieli, um dos mais antigos serviços de prevenção e promoção de saúde mental da Finlândia, criado no final do século XIX.
“Esse conjunto de atividades possibilitou inúmeras trocas e aprendizados que certamente incrementarão as atividades na Ufes, contribuindo sobremaneira com o fortalecimento do Plano de internacionalização dos programas de pós-graduação envolvidos”, destacou Delboni.
Diretoria de Pesquisa lança editais com foco na produção científica e na inclusão acadêmica
A Diretoria de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (DP/PRPPG) da Ufes lançou dois editais subsidiados pelo Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP) da Universidade, além do edital do Programa Institucional de Iniciação Científica (Piic) para o ciclo 2025/2026. Todos os editais estão em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI/Ufes 2021-2030), com foco no fortalecimento da produção científica e na promoção da inclusão no ambiente acadêmico.
O edital do Piic 01/2025 foi atualizado e traz mudanças que visam “aprimorar a transparência, eficiência e equidade no processo de seleção de bolsistas e voluntários”, segundo a Diretoria. Uma das mudanças é a ampliação das ações afirmativas, com até 20 bolsas FAP/Ufes destinadas a estudantes com deficiência, travestis e transexuais, conforme prevê o edital 03/2025.
Estudantes interessados devem se inscrever por meio do Sistema Acadêmico de Pesquisa e Pós-Graduação (SAPPG) até o próximo dia 3 de junho.
“Nosso objetivo com esses recursos do FAP é ampliar as ações afirmativas no Piic, que atualmente contemplam a destinação prioritária de recursos do Programa Integrado de Bolsas da Ufes a estudantes pretos, pardos e indígenas ou àqueles que tenham renda mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa da família”, explica o diretor de Pesquisa, Sergio Lins.
O edital Piic 2025 prevê, ainda, 18 bolsas de estudos pelo Programa de Ações Afirmativas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq-Af).
Acessibilidade
Outra mudança foi a reorganização do edital Piic em seções numeradas e com termos técnicos definidos que proporcionam mais clareza e acessibilidade na leitura. Uma terceira alteração é que a avaliação da produção acadêmica dos proponentes será realizada automaticamente, com base nas informações dos currículos Lattes. Também as propostas submetidas ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) sem indicação de estudante até a data-limite prevista no cronograma serão migradas automaticamente para o Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica (Pivic), que não dispõe de bolsas.
Houve, ainda, a atualização do Termo de Compromisso, estabelecendo que os proponentes habilitados devem participar ativamente das avaliações dos relatórios e da Jornada de Iniciação Científica. Em caso de não cumprimento desses compromissos, serão impedidos de participar de chamadas e editais futuros.
Outras modificações dizem respeito ao prazo para apresentação de comprovante de autorização para subprojetos envolvendo seres humanos ou animais; a regulamentação da substituição de estudantes nos projetos; os critérios de avaliação do mérito dos subprojetos e o alinhamento com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI/Ufes 2021-2030), reforçando os compromissos com a excelência acadêmica, o avanço da produção científico-tecnológica e a inclusão.
Recém-doutores e novos contratados
A DP/PRPPG lançou também o edital 02/2025, que é voltado para docentes recém-doutores ou contratados nos últimos três anos. O objetivo é apoiar a consolidação de novos pesquisadores por meio da concessão de bolsas de iniciação científica e outros recursos para o desenvolvimento de projetos. A submissão das propostas deve ser feita até o dia 3 de junho.
“Essa é uma chamada tradicionalmente promovida pela Diretoria de Pesquisa na última década com o propósito de impulsionar a inserção de recém-doutores, recém-doutoras e novos contratados nos grupos de pesquisa e programas de pós-graduação da Ufes”, afirma Lins.
As propostas aprovadas vão receber, cada uma, até R$ 10 mil, sendo R$ 8.400 destinados à bolsa para estudantes selecionados no Piic para o ciclo 2025/2026, além de auxílio de até R$ 1.600 para o custeio de despesas relacionadas à participação em eventos e à publicação de artigos.
Todos os editais também estão disponíveis no site da PRPPG na aba Editais.
Imagem: Freepik
Artista intervém sobre receituários e bulas para refletir sobre a depressão em exposição na Biblioteca Central
Documentos de saúde se transformam em arte na exposição Do Cinza às Flores, da artista De Gusmão, que ocupa o 1º andar da Biblioteca Central, no campus de Goiabeiras. Por meio da linguagem da arteterapia, a autora ressignifica materiais como receituários e bulas para refletir sobre temas como depressão, transformação pessoal e o impacto do tratamento medicamentoso.
As 18 obras estão expostas em painéis suspensos, posicionados lado a lado, criando uma espécie de percurso visual e reflexivo. De Gusmão utiliza técnicas como desenhos com lápis de cor, tinta guache, giz de cera e caneta hidrocor, além de colagens com flores e folhas secas, aplicadas sobre os documentos.
“A arteterapia entende a arte como uma ferramenta para explorar emoções, comunicar vivências e promover desenvolvimento pessoal e cura. Essa abordagem permite que o fazer artístico se torne também um gesto de cuidado e elaboração”, afirma a autora. Usuária de medicamentos por cerca de três anos, ela acumulou uma série de materiais que serviriam, mais tarde, para confeccionar as obras.
“Aos poucos, as partes foram se conectando por meio de materiais com carga simbólica: receitas médicas, flores secas, desenhos espontâneos, músicas e cores”, lembra ela. “Durante esse período, passei muito tempo em casa, a maior parte do tempo no quarto, deitada. Foi nesse cenário que comecei a observar detalhes, como um lençol de flores, onde uma delas (a flor amarela que aparece no cartaz da exposição) me chamou a atenção.”
A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7 às 21 horas, até o dia 30 de junho.
Categorias relacionadas CulturaProjeto para a formação de profissionais que atuam na defesa dos direitos de crianças e adolescentes será lançado na Ufes nesta sexta, 16
Conselheiros tutelares e de direitos, além de profissionais que atuam no Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), estarão no campus de Goiabeiras na próxima sexta-feira, dia 16, para o lançamento da Escola de Conselhos, projeto de extensão que tem a proposta de oferecer formação continuada aos atores sociais responsáveis pela efetivação dos direitos integrais de crianças e adolescentes. O lançamento terá início às 13 horas, no Auditório Manoel Vereza, localizado no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE). Pessoas interessadas em participar devem se inscrever mediante preenchimento deste formulário.
O projeto é desenvolvido em parceria entre a Ufes, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Criad) e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) e visa contribuir para o fortalecimento dos organismos institucionais estratégicos que atuam na efetivação das políticas públicas de proteção integral para a infância e a adolescência. O lançamento contará com a presença do reitor da Ufes, Eustáquio de Castro; da secretária Estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo; e de um representante da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
“O lançamento da Escola de Conselhos possibilitará o aperfeiçoamento de conselheiros e do SGDCA na atuação com a pluralidade das infâncias e adolescências, especialmente no que concerne às diretrizes relacionadas à proteção dessa parcela da população”, explica a professora do Departamento de Psicologia da Ufes Luizane Guedes, coordenadora institucional do projeto.
De acordo com Guedes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizou, em 2022, um Conselho de Direitos em cada um dos 78 municípios capixabas e 93 Conselhos Tutelares instituídos no estado. “Os órgãos compõem o eixo de defesa no Sistema de Garantia de Direitos. Então, o espaço formativo se coloca como ferramenta essencial no fortalecimento desses atores na construção da defesa de direitos de crianças, adolescentes e suas famílias, como preconizam as diretrizes estabelecidas no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], objetivando uma atuação qualificada e o fortalecimento de espaços democráticos”, afirma.
Categorias relacionadas InstitucionalUfes vai sediar evento nacional sobre estatística e ciência de dados. Inscrições abertas
Interessados em se aperfeiçoar na área de estatística e ciência de dados já podem se inscrever para a 69ª Reunião Anual da Região Brasileira da Sociedade Internacional de Biometria (RBras) & 21º Simpósio de Estatística Aplicada à Experimentação Agronômica (Seagro). O evento será realizado entre os dias 4 e 8 de agosto, no Teatro Universitário, e será promovido pela RBras em parceria com o Departamento de Estatística da Ufes.
As inscrições para o primeiro lote de ingressos já podem ser feitas pelo formulário on-line disponível neste link. O público-alvo são pesquisadores, professores e estudantes de graduação e de pós-graduação das áreas de Estatística, Ciência de Dados, Matemática e áreas aplicadas (como Agronomia e Biometria) e profissionais de áreas afins.
A edição deste ano terá como tema Estatística e Ciência de Dados a Serviço do Desenvolvimento Sustentável. Segundo os organizadores do evento, a escolha reforça o papel central dessas áreas na formulação de políticas públicas, no monitoramento de indicadores sociais e ambientais e na construção de soluções baseadas em evidências.
A iniciativa contará com uma programação diversificada, incluindo conferências, miniconferências de jovens pesquisadores, sessões temáticas, comunicações orais, tutoriais, minicursos e apresentações de pôsteres.
“A diversidade e a internacionalização também são marcas fortes do evento: metade das conferencistas convidadas são mulheres e metade têm vínculos com instituições estrangeiras. A proposta é ampliar o diálogo científico e promover um espaço plural de troca de saberes”, destaca a professora do Departamento de Estatística da Ufes e coordenadora da Comissão Organizadora Local, Agatha Rodrigues.
A programação completa e demais informações podem ser obtidas no site do evento e em seu perfil no Instagram.
Categorias relacionadas Ensino PesquisaUfes recebe representante da Universidade de Sassari para discutir possibilidades de ampliar acordo de cooperação acadêmica
O reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, e a vice-reitora, Sonia Lopes, juntamente a um grupo de professores da instituição, receberam nesta segunda-feira, 12, a professora Valentina Ghibellini, representando a Universidade de Sassari, na Itália. O objetivo do encontro foi discutir e atualizar o acordo existente entre as universidades, especialmente nas atividades de mobilidade e pesquisa, com possibilidade ainda de ampliá-lo para outras áreas.
"É uma honra muito grande essa parceria e estamos à disposição para ampliá-la, disse o reitor, ao dar as boas vindas à professora.
A vice-reitora destacou a intenção das duas instituições em buscar novas oportunidades de atuar em conjunto. "Há uma série de possibilidades para diversificarmos a interlocução com a Universidade de Sassari. Já estamos programando uma comitiva para novembro, de visita oficial à universidade, para celebrarmos novas tratativas", disse Sonia Lopes.
ImagemPara a professora Valentina Ghibellini, os acordos são muito importantes. "É interessante justamente a interdisciplinaridade, pois há uma convergência de saberes e discussões de problemas em comum", disse ela, lembrando que Sassari, que fica na região da Sardenha, assim como Vitória, é uma ilha, o que possibilita trocas de pesquisas e soluções logísticas, por exemplo.
Participaram ainda da reunião a chefe da Divisão de Acordos de Cooperação da Secretaria de Relações Internacional da Ufes, professora Maria José Pontes; o diretor do Centro de Educação Reginaldo Célio Sobrinho; a assessora de Relações Políticas com a Comunidade Acadêmica, Patrícia Rufino; e os professores do Centro de Educação Andressa Mafezoni Caetano, Denise Meyrelles e Eduardo Augusto Moscon.
Fotos: Jaqueline Vianna
Categorias relacionadas InternacionalEspecialistas se reunirão na Ufes para discutir impactos das doenças na sociedade. Inscrições abertas
Pessoas de diferentes áreas interessadas em conhecer mais sobre questões que envolvem a saúde e a doença no seu tempo histórico, as práticas de cura e a doença como fenômeno social já podem se inscrever no XIII Colóquio de História das Doenças, que acontecerá nos dias 1º e 2 de outubro no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleo (LabPetro), no campus de Goiabeiras. Os pesquisadores que se interessarem em apresentar trabalhos no Colóquio devem enviar os resumos até o dia 10 de agosto. Haverá emissão de certificado aos inscritos.
O evento é promovido pelo Laboratório Saberes e Sabores - História da Alimentação e das Práticas de Cura, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS/Ufes), e contará com palestra e mesas redondas com pesquisadores das áreas de História, Medicina, Estatística, Sociologia, Enfermagem e Antropologia. Os convidados discutirão pontos como antropoceno e história das doenças; conexões entre histórias da saúde e dos animais; culinária midiática e sociedade saudável; saúde e democracia; arbovirose e seus desafios; e saúde e resíduos.
Fenômeno social
Um dos organizadores do Colóquio, o professor do PPGHIS/Ufes Sebastião Pimentel explica que a História das Doenças trabalha unicamente com a questão da doença enquanto fenômeno social: “A gente não estuda as doenças segundo sua etiologia. A gente estuda quais são os impactos que a doença provoca na sociedade, nos indivíduos, como a doença repercute socialmente. A hanseníase, por exemplo, que antigamente se chamava lepra, tem forte carga de estigmatização. Então, o que a gente estuda é exatamente isso: como a sociedade encarava a doença”.
O XIII Colóquio de História das Doenças está sendo organizado em parceria com o Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas da Ufes; o Programa de História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do Laboratório Saberes e Sabores - História da Alimentação e das Práticas de Cura.
Categorias relacionadas PesquisaMães universitárias: possibilidades e desafios enfrentados por estudantes que precisam conciliar estudos e maternidade
Ellen Bazoni, 38 anos, aluna do segundo período do curso de Pedagogia, e Natiely Monteiro, 41 anos, estudante de mestrado em Oceanografia Ambiental. Além de universitárias, outro ponto une essas duas mulheres: ambas são mães e definem como “muito difícil” a conciliação entre estudos e maternidade, principalmente por fatores que incluem falta de suporte e acesso a políticas públicas adequadas.
Uma pesquisa de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) explorou os principais desafios vividos por alunas a partir da experiência da maternidade e como os suportes influenciam a trajetória acadêmica de universitárias que têm filhos. “A trajetória acadêmica das mulheres que vivenciam a maternidade é permeada por desafios estruturais que vão desde a sobrecarga de tarefas até a escassez de suporte institucional adequado. O acesso ao ensino superior não é suficiente para garantir a permanência e o sucesso acadêmico desse grupo”, avalia a autora do estudo Suportes (ou falta de suportes?) – Estudos sobre a trajetória acadêmica de estudantes universitárias que são mães, Juliana Nascimento, que entrevistou 22 mães que estudam em oito universidades do sudeste brasileiro, sob a orientação do professor do PPGP Alexsandro de Andrade.
“Entre as consequências dessas dificuldades acadêmicas está a retenção, caracterizada pelo tempo prolongado para a conclusão do curso e a busca por interromper a graduação”, afirma a pesquisadora.
Imagem Natiely MonteiroMãe de quatro filhos com idades entre cinco e 17 anos, Bazoni diz já ter pensado em desistir “diversas vezes, a todo o momento”. Do mesmo modo, Monteiro (que tem uma filha de cinco anos) já pensou em largar o mestrado devido a questões como solidão, prazos apertados para entregas de atividades e falta de empatia e incentivo. “Gestar e maternar são acontecimentos muito importantes na vida de uma mulher e a sociedade não deveria nos colocar numa posição de ter que escolher entre ter uma carreira ou ter filhos. O que não me deixa desistir é perceber que eu posso traçar meu próprio futuro e ter quantos filhos eu quiser. A decisão de ser mãe é pessoal e não deveria ser questionada por ninguém”, destaca a mestranda.
Assistência
Em sua pesquisa, Nascimento identificou que 18 instituições de ensino superior (IES) da região sudeste do país oferecem políticas voltadas especificamente para estudantes com filhos e a Ufes é uma destas IES. Por meio da Pró-Reitoria de Políticas de Assistência Estudantil (Propaes), a Universidade destina o valor mensal de R$ 400 para custeio de parte das despesas com creche, pré-escola ou pessoa cuidadora a estudantes da graduação cadastrados no Programa de Assistência Estudantil (PAE) que possuam criança com até cinco anos e 11 meses de idade. No último semestre, 61 estudantes estavam cadastrados no PAE, que está com edital aberto até o próximo dia 12.
Imagem Ellen BazoniInstalado no campus de Goiabeiras, o Colégio de Aplicação (CAP) Criarte é outro suporte institucional disponibilizado pela Ufes às mães estudantes. O CAP Criarte é um espaço de educação infantil vinculado ao Centro de Educação (CE/Ufes) e, segundo a pedagoga Flávia Sperandio, a escola se constituiu como um espaço de excelência na formação de crianças e estudantes de diversos cursos. “O atendimento se ampliou e hoje as vagas são universalizadas, contemplando não só filhos e servidores e estudantes da Ufes, mas também a comunidade externa à universidade. Isso reforça a função social da escola como parte de uma rede na construção da cidadania”, destaca.
Ponto de apoio
O CAP Criarte é considerado por Bazoni e Monteiro como um ponto de apoio fundamental na experiência da maternidade durante a vida acadêmica na Ufes. “É inexplicável a participação da Criarte na minha vida. A equipe talvez não imagine o que fez com uma mulher, mãe, desempregada, sem perspectiva nenhuma. Hoje sou estudante e bolsista de iniciação científica muito graças ao apoio das mulheres de lá, que sempre me deram forças para voar”, sintetiza Bazoni.
Para outras mulheres que também precisam conciliar a vida acadêmica com a maternidade, Monteiro deixa um recado: “Se elas querem, elas podem. Mas não depende só delas, o ambiente acadêmico deve ser leve, não um lugar tóxico que acaba fazendo com que as mulheres e mães tenham uma experiência hostil. A luta é grande e devemos nos unir sempre”.
Fotos: Freepik e arquivo pessoal das entrevistadas
Categorias relacionadas Assistência estudantilComissão Própria de Avaliação da Ufes apresenta o Relatório de Autoavaliação Institucional 2024
A Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Ufes divulgou o Relatório de Autoavaliação Institucional (RAI) ano-base 2024, previsto na Lei nº 10.861/2004, que trata do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A partir dos questionários respondidos por estudantes, docentes e técnicos administrativos em educação, o relatório traz propostas de melhorias na Universidade.
Outro conteúdo do RAI são os indicadores das avaliações externas dos cursos realizadas ou divulgadas no período de 2022 a 2024. O documento já foi submetido ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
“O RAI 2024 mostra a percepção da comunidade acadêmica quanto aos avanços implementados em várias áreas da Ufes desde 2018, e também aponta fragilidades que podem subsidiar a inclusão de ações dentro do plano de gestão”, afirma a secretária de Avaliação Institucional da Ufes, Leila Massaroni.
A consulta à comunidade acadêmica para a elaboração do RAI foi conduzida pela CPA em parceria com as Comissões Próprias de Avaliação de Centro (CPACs) entre os dias 29 de outubro e 9 e dezembro de 2024. Atenderam ao chamado participando da pesquisa 2.284 estudantes de graduação (12,5% dos matriculados), 451 estudantes de pós-graduação (13%), 503 docentes e tutores (25% do total) e 626 técnicos administrativos em educação (36%), totalizando 3.864 respondentes. Os questionários aplicados foram estruturados em sete etapas, abrangendo as cinco dimensões da avaliação – planejamento e avaliação institucional; desenvolvimento institucional; políticas acadêmicas; políticas de gestão; e infraestrutura e segurança.
Entre as propostas apresentadas pela CPA estão: ampliar a divulgação, para a comunidade acadêmica, do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2021-2030) e das ações de responsabilidade social da gestão da Ufes; ampliar o apoio na promoção de publicações científicas, didático-pedagógicas, tecnológicas, artísticas e culturais, bem como o incentivo à produção de pesquisas integradas com as demandas da sociedade; e realizar diagnóstico da necessidade de adequação de infraestrutura das instalações sanitárias, entre outras.
A íntegra do Relatório também está disponível no site da CPA.
Categorias relacionadas InstitucionalUfes comunica com pesar o falecimento da professora do Departamento de Biblioteconomia, Meri Nadia Marques Gerlin
A Administração Central da Ufes comunica com pesar o falecimento da professora do Departamento de Biblioteconomia, Meri Nadia Marques Gerlin, ocorrido na manhã desta sexta-feira, 9.
A professora ingressou na Ufes em 2007 e tinha estudos principalmente nas áreas de Mediação, Circulação e Apropriação da Informação; Informação, Educação e Trabalho; e Informação e Memória, ministrando disciplinas como Ação Cultural e Serviço de Recuperação da Informação I.
Em nome de toda a comunidade acadêmica, a Administração Central da Ufes manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos da professora.
Gestores do ES participam de oficina sobre Segurança Hídrica e Desenvolvimento Regional promovida em parceria com a Ufes
Discutir e construir coletivamente estratégias para o fortalecimento da segurança hídrica no Espírito Santo: esse foi o objetivo da oficina Segurança Hídrica e Desenvolvimento Regional/Setorial, que reuniu representantes de instituições e setores ligados à gestão dos recursos hídricos e ao planejamento regional para conhecer uma nova ferramenta de avaliação de níveis de Segurança Hídrica (SH), a ser aplicada de forma experimental no Estado.
A oficina foi uma iniciativa conjunta entre o Núcleo Estratégico em Água e Desenvolvimento (Neades) do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), o Laboratório de Gestão em Recursos Hídricos e Desenvolvimento Regional da Ufes (Labgest/Ufes), a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). O evento aconteceu no CPID, em Cariacica, no dia 23 de abril.
A metodologia da nova ferramenta tem como foco subsidiar políticas públicas e fortalecer a integração entre a gestão dos recursos hídricos e o planejamento do desenvolvimento regional sustentável e articulação entre diferentes áreas no enfrentamento dos desafios relacionados à água no estado.
Além da apresentação da ferramenta, foi realizado um levantamento de informações junto aos participantes, como a importância do tema da segurança hídrica para seus setores, e uma troca de experiências. O encontro também teve o propósito de mobilizar algumas instituições-chave para a aplicação experimental do instrumento de avaliação da segurança hídrica, que ocorrerá nas regiões de atuação dos Comitês das Bacias Hidrográficas dos rios Benevente, Jucu, Santa Maria da Vitória e Litoral Centro-Norte, à qual pertence a Região Metropolitana da Grande Vitória, área em que reside mais da metade da população do estado.
Imagem“A oficina faz parte de uma agenda mais ampla para o fortalecimento da segurança hídrica no Espírito Santo e reforça a importância do engajamento institucional no processo de construção de soluções integradas para a gestão da água no contexto do desenvolvimento sustentável do estado”, destaca o professor do Departamento de Engenharia Ambiental da Ufes Ednilson Teixeira, membro do Labgest e um dos facilitadores da oficina.
Participaram da iniciativa representantes de instituições convidadas, entre elas os Comitês de Bacias Hídricas dos rios Benevente, Jucu e Litoral Centro-Norte, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo (Sedes), a Federação da Indústrias do Espírito Santo (Findes), a Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes) e o Espírito Santo em Ação (ES500).
Fotos: Assessoria do evento
Categorias relacionadas Meio ambientePesquisadora e estudante da Ufes integram delegação capixaba presente na 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, em Brasília
A bióloga e mestranda em Ciências Florestais Letícia Capelli e a estudante do curso de Ciências Biológicas Tamiris Gumiere, ambas do campus de Alegre, estão representando o Espírito Santo na 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (5ª CNMA), como parte da delegação oficial do estado. O evento e reunindo representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.
Após 11 anos da última edição e com o tema Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica, o encontro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), acontece até esta sexta-feira, 9, em Brasília. É considerado um marco na retomada da governança participativa do meio ambiente no Brasil.
“Fomos eleitas por meio de iniciativas da Universidade, como o Geard [Grupo de Estudos em Análise de Riscos e Desastres], e essa participação representa um marco importante para o nosso campus e para a Ufes como um todo”, afirma Letícia Capelli.
A abertura, realizada no dia 6 de maio, contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, entre outras autoridades do governo federal e parlamentares. A palestra sobre o tema do evento foi ministrada pelo cientista e pesquisador Carlos Nobre, Doutor Honoris Causa da Ufes (foto).
Durante a 5ª CNMA, 1.501 delegadas e delegados avaliarão proposições recebidas de todos os estados e do Distrito Federal e selecionarão as 100 melhores. Serão até 20 propostas para cada eixo temático da conferência: Mitigação; Adaptação e Preparação para Desastres; Transformação Ecológica; Justiça Climática; e Governança e Educação Ambiental.
As propostas subsidiarão a execução da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e consolidarão as preferências da sociedade para limitar o aquecimento médio do planeta a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, meta estabelecida pelo Acordo de Paris. A conferência também é um momento crucial de mobilização social para a COP30.
Etapas
Iniciada em 2024, a primeira etapa da 5ª CNMA envolveu a realização de atividades autogestionadas e conferências livres, municipais e intermunicipais. Foram realizadas mais de 900 conferências nesse período, mobilizando diretamente 2.570 municípios contra a emergência climática.
Em seguida, as Conferências Estaduais e Distrital do Meio Ambiente analisaram as sugestões apresentadas na primeira fase e priorizaram 539 propostas consideradas mais importantes (até 20 por unidade da Federação). Foi também o momento de eleger os delegados e delegadas para participar da etapa nacional.
Em Brasília, as delegações têm a responsabilidade de selecionar as 100 propostas finais. O anúncio acontece na sexta-feira durante a solenidade de encerramento da conferência.
Foto: Acervo MMA
Projeto Café com Extensão promoverá encontros em todos os campi sobre oportunidades geradas por ações extensionistas
A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) fará, neste mês de maio, uma rodada de visitas em todos os campi da Ufes para dialogar com coordenadores de ações extensionistas, servidores docentes e técnico-administrativos, estudantes e demais interessados no fazer extensionista. O projeto, denominado Café com Extensão, colocará em evidência vários temas ligados à extensão, dentre eles a implementação da inserção curricular, o desenvolvimento e escrita de projetos de extensão e o desenho de estratégias para captação de recursos para projetos de extensão.
“Será uma ocasião para compartilhar com a comunidade universitária as oportunidades construídas a partir da extensão, neste momento tão importante, em que esses saberes compartilhados com a sociedade passam a estar mais vinculados à formação dos estudantes, constando dos currículos com 10% da carga horária dos cursos. Estamos chamando de Café com Extensão porque a ideia é mesmo tomar um café, e, com isso, aproximar o que a Proex faz daquilo que o extensionista precisa”, ressalta o pró-reitor de extensão da Ufes, Ednilson Felipe.
A atividade durará uma tarde em cada campus, sempre das 13h às 17h, conforme o seguinte cronograma:
13/05 (terça-feira) - Maruípe - Auditório Rosa Maria Paranhos;
15/05 (quinta-feira) - Alegre - Auditório do Polo UAB da Ufes;
27/05 (terça-feira) - São Mateus - Auditório da Biblioteca;
29/05 (quinta-feira) - Goiabeiras - Auditório do Centro de Educação Física e Desportos.
Programação
Nos eventos de Maruípe e Alegre, o encontro contará com a presença da superintendente de Formação Acadêmica de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Inês Sousa, que compartilhará sua experiência em inserção curricular da extensão. Já em São Mateus e Goiabeiras, quem trará sua visão será o pró-reitor de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Glaucinei Corrêa.
Além dos convidados iniciais e de apresentações gerais, haverá rodas de conversa sobre diversas áreas de atuação da extensão. Em todos os campi, serão contempladas as seguintes temáticas:
Inserção curricular da extensão na Ufes: situação atual e futuro em perspectiva;
Aprofundando o diálogo da Extensão com as comunidades;
Captação de recursos para atividades extensionistas;
Da ideia à ação: passo a passo para a escrita de ações extensionistas;
O que é e como deixar claro o mérito extensionista em projetos de extensão;
Valorização do/da extensionista na Ufes;
Estratégias de divulgação da extensão: possibilidades de ação em rede (com oficinas em Maruípe e Alegre);
Proex e Empresas Juniores: construindo a Política de apoio às EJ na Ufes (com oficinas em Alegre e São Mateus).
Para participar do evento em qualquer um dos campi, é necessário se inscrever por meio deste link. A programação detalhada por campus será divulgada no perfil da Proex no Instagram.
Categorias relacionadas ExtensãoLuccas Martins e Quarteto Zuri apresentam o som exótico do handpan em espetáculo gratuito no Teatro Universitário
Uma experiência intimista e envolvente espera o público do Teatro Universitário neste sábado, 10. A partir das 19h30, o percussionista Luccas Martins sobe ao palco acompanhado do Quarteto Zuri no espetáculo Handpan Brasileiro: Ancestral e Sinfônico, que apresenta composições de Martins em arranjos exclusivos para o formato com cordas. O concerto tem entrada aberta ao público, sujeita à lotação do teatro.
O espetáculo é baseado num concerto apresentado por Martins ao lado da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) em 2022, em Vitória, que também trazia a percussão do handpan como elemento central. Desta vez, porém, as composições foram adaptadas para o quarteto formado por Jacqueline Lima (violino), Ana Vitória Sales (violino), Dayse Sales (viola) e Jéssica Vianna (violoncelo).
“O quarteto de cordas tem que traduzir, em quatro instrumentos, o que uma orquestra inteira de 50 membros faz. Muitas vezes isso funciona quando a gente privilegia o silêncio em vez da nota”, explica Martins. “Se você tem uma formação pequena e trabalha com muitas notas, você pode sentir falta na hora de colocar uma pressão sonora maior. No caso do quarteto, ao fazer as notas aparecerem no momento oportuno, você valoriza cada instrumento enquanto solista”.
Som doce e exótico
À frente das cordas, o handpan se notabiliza pelo som doce e exótico que imprime nas canções. Criado no início dos anos 2000 por um casal de músicos suíços, o instrumento nasceu como uma fusão do steel pan (ou tambor de aço), natural de Trinidad e Tobago, e do ghatam, da Índia, e ao longo dos anos foi adquirindo o design e as características sonoras que hoje o definem.
“Ele é melódico e harmônico ao mesmo tempo e pode ser tocado por qualquer pessoa, não é preciso conhecimento técnico de músico. Se tocar duas notas seguidas, ele dá a sensação de um som cheio, porque a nota anterior reverbera na seguinte”, explica Martins. O músico lembra que se interessou pelo instrumento em 2018, enquanto viajava pela Ásia. “Como arranjador, o handpan tem o lado melódico, e eu sou percussionista, então aquilo me intrigou. Depois passei a compor direto no handpan e tocar as composições feitas nele em outros instrumentos”, diz.
Entre composições e experimentos, Luccas Martins segue com a agenda cheia. Além do espetáculo concebido para o formato com cordas, o músico levará o som do handpan para uma formação com metais, no Amazonas Green Jazz Festival, em Manaus, no mês de julho. Também em julho ele se apresentará com a Oses no Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha, num concerto de choro. Ainda neste mês, ele lançará o segundo single do disco Pomar, gravado ao lado do músico Tiago Gomes.
Foto: Giulyanna Cipriano
Categorias relacionadas CulturaCine Metrópolis estreia filmes nacionais e exibe ciclo temático a partir desta quinta-feira, 8
Cinco filmes nacionais renovam a programação do Cine Metrópolis a partir desta quinta-feira, 8. Três desses longas compõem um ciclo dedicado à filmografia do cineasta brasiliense Gustavo Galvão, com destaque para a estreia de Inventário de Imagens Perdidas, vencedor dos prêmios de Melhor Longa-metragem, Melhor Atriz e Melhor Montagem no Festival de Cinema de Ribeirão Preto. Além da mostra especial, o Metrópolis exibe os dramas Lispectorante, de Renata Pinheiro, e Betânia, de Marcelo Botta.
Com mais de duas décadas de trajetória e filmes exibidos em diversos festivais nacionais e internacionais, Gustavo Galvão apresenta um Brasil distópico em Inventário de Imagens Perdidas. A trama acompanha duas mulheres que se retiram para o campo, enquanto o país passa por uma guerra civil motivada por uma revolução fundamentalista.
O ciclo em homenagem ao cineasta também exibe O Vazio de Domingo à Tarde, lançado em 2023, e Ainda Temos a Imensidão da Noite, de 2019. Veja as sinopses completas abaixo.
Dramas
A programação desta semana conta ainda com a estreia de Lispectorante, novo longa da diretora pernambucana Renata Pinheiro, que tem Marcélia Cartaxo como protagonista. De volta ao universo de Clarice Lispector, a atriz, que interpretou Macabéa em A Hora da Estrela, vive Glória Hartman – uma referência a outra personagem de Clarice, de A Paixão Segundo G.H. –, uma artista que retorna a Recife para viver com uma tia idosa. Aos poucos, enquanto anda pelo bairro onde a escritora viveu, Hartman entra no mundo de Clarice, entrelaçando fantasia e realidade.
O Metrópolis estreia ainda Betânia, de Marcelo Botta, um emocionante drama sobre uma matriarca enfrentando o luto por seu marido. Tentando se reencontrar, ela volta ao povoado onde nasceu. Lançado no Festival de Berlim, o filme já foi exibido em mais de vinte mostras e festivais, tendo sucesso de público e crítica.
Confira a sinopse dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 8 a 14 de maio:
Inventário de Imagens Perdidas, de Gustavo Galvão (Brasil, 2023)
Num futuro próximo, uma revolução fundamentalista coloca o país em guerra civil. Duas mulheres em fuga se escondem no campo. Seus caminhos se cruzam numa casa povoada por memórias de um ex-cineasta, esquecido como o próprio cinema.
O Vazio de Domingo à Tarde, de Gustavo Galvão (Brasil, 2023)
Duas tramas correm em paralelo. De um lado se encontra Mônica, atriz em crise com a superexposição e o desgaste da vida de celebridade. A crise é potencializada com a temporada que passa em Brasília, enquanto o marido cuida do pai à beira da morte. Do outro lado está Kelly, adolescente que vive no interior de Goiás, onde Mônica acaba de atuar em um filme independente. Kelly sonha ser como Mônica e tenta, em vão, falar com ela. A jovem não desanima e decide encontrar sua musa novamente.
Ainda Temos a Imensidão da Noite, de Gustavo Galvão (Brasil/Alemanha, 2019)
Cansada de lutar por um lugar ao sol com sua aguerrida banda de rock na qual é vocalista e trompetista, Karen decide ir embora de Brasília. Ela segue os passos do ex-parceiro de banda Artur, que tenta a sorte em Berlim. O convite parte de Martin, amigo alemão com quem fecham um triângulo imprevisível.
Lispectorante, de Renata Pinheiro (Brasil, 2025)
Afundada numa crise existencial e financeira, Glória Hartman, 58 anos, retorna ao Recife, sua cidade natal. Através de uma fenda nos escombros da casa onde morou Clarice Lispector, Glória começa a ver coisas misteriosas enquanto trilha um percurso de desconstrução da sua visão de vida.
Betânia, de Marcelo Botta (Brasil, 2025)
Depois de perder seu marido, a parteira Betânia se muda para o povoado onde nasceu, mas jamais habitou. Empurrada pelo som ancestral do Bumba Meu Boi, pela força da família e da comunidade, Betânia tenta renascer, assim como as flores que desabrocham nos lençois durante a seca.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaUso da inteligência artificial é tema principal da 19ª Semana da Engenharia. Evento acontece entre os dias 12 e 16 de maio
O campus Goiabeiras da Ufes vai sediar entre os dias 12 e 16 de maio a 19ª Semana da Engenharia (Seng), que terá como tema Inteligência Artificial e Otimização de Projetos na Engenharia. São esperados cerca de 500 estudantes de Engenharia em busca de expandir seus conhecimentos por meio de palestras, workshops, minicursos, visitas técnicas e outras atividades com a presença de profissionais de referência no mercado.
O evento, organizado pela Liga Acadêmica das Engenharias e pela Associação Capixaba de Engenheiros de Minas (Acemin), ainda está com inscrições abertas. A compra de ingressos é feita neste link.
Entre os palestrantes confirmados estão Thiago Coutinho (CEO da Voitto), Cristiano Santos (consultor de marketing digital e mídias sociais), Samara Paganini (consultora sênior em Inovação e Estratégia na Deloitte), Poliana Krüger (presidente da Federação de Associações de Mulheres da Engenharia, Agronomia e Geociências) e Joel Krüger (presidente da Mútua-Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas).
Programação
Durante a Semana da Engenharia, os participantes terão capacitações sobre o uso da IA na engenharia, consultoria de engenharia e vendas, curso de pilotagem de profissional de drones e oficina de robótica, entre outras. Também será possível conhecer projetos de extensão desenvolvidos dentro da Ufes, além de informações sobre o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo Júnior (Crea-Jr) e sobre iniciativas voltadas à inserção e ao desenvolvimento de estudantes no mercado de trabalho.
A abertura do evento terá um painel com o tema O papel das instituições na formação, inserção e valorização dos novos profissionais, que será abordado por representantes dos principais órgãos da engenharia, entre eles o presidente do Crea/ES, Jorge Silva; o vice-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Nielsen Christianni; e o vice-presidente e diretor de benefícios da Mútua, Evânio Nicoleit. Na sequência do painel, Nielsen Christianni ministrará a palestra magna sobre Ética no uso da Inteligência Artificial e das Cidades Inteligentes.
O evento contará ainda com visitas técnicas a empresas como ArcelorMittal, Vale, Sette Casas, Base 27, Timenow, Findeslab, Cesan e Terceira Ponte, entre outras. Também serão realizados painéis sobre mercado de trabalho, gestão de projetos e protagonismo feminino na engenharia. Um dos destaques será o painel Mulheres na Engenharia: Desafios e Oportunidades, além de painel com o grupo de pesquisa Engenharia por Elas.
Todas as informações sobre a 19ª Semana da Engenharia estão disponíveis no perfil do Instagram e no site do evento.
Categorias relacionadas EnsinoPrograma de extensão Florescer Saúde abre seleção para membros voluntários
Estudantes de graduação e pós-graduação da Ufes que se interessem na relação entre saúde e natureza e em temas como agroecologia, educação, sociedade e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) podem se inscrever para atuarem como voluntários do programa de extensão Florescer Saúde: Cultivando Vidas. Serão ofertadas dez vagas destinadas a alunos de quaisquer cursos, desde que tenham disponibilidade mínima de três horas semanais para a realização de atividades no entorno da Clínica Escola Interprofissional em Saúde (Ceis/Ufes), no campus de Maruípe. As inscrições se encerram no dia 15 de maio.
O processo seletivo contará com verificação documental (formulário de inscrição e regularidade da matrícula); avaliação da grade curricular, visita técnica (para que os candidatos conheçam as instalações do programa); e entrevista individual. O resultado final será divulgado no dia 27 de maio por e-mail e no perfil do Florescer no Instagram.
Os estudantes selecionados atuarão no programa por um semestre letivo, período que poderá ser renovado por interesse do voluntário e da coordenação. No final da participação, o aluno que apresentar resultado satisfatório receberá certificado emitido pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex/Ufes).
Espaços humanizados
O programa é coordenado pela enfermeira da Ufes Sara Luiz, que, desde 2021, cria espaços humanizados de caráter coletivo e colaborativo que sirvam como instrumentos pedagógicos teóricos-práticos para o desenvolvimento de ações terapêuticas, atividades de promoção da saúde, práticas integrativas e complementares (PICs), educação em saúde e educação ambiental voltados para a comunidade interna e externa à Universidade.
De acordo com a enfermeira, a ideia é ocupar e transformar espaços ociosos nos arredores da Ceis/Ufes por meio de ações de paisagismo e plantio agroecológico de alimentos e ervas medicinais cultivados nos Laboratórios Vivos, que incluem horta comunitária, jardim sensorial, jardim de abelhas nativas e espaço de compostagem. “A proposta é criar espaços coletivos potentes de interação e reflexão no meio universitário, que permitam trocas de vivências e experiências, promoção de cidadania, empoderamento, autonomia, resgate de saberes e práticas tradicionais, e promoção de saúde e qualidade de vida para as pessoas”, explica.
Bolsista do programa, a estudante do sétimo período de Fonoaudiologia Larissa Bessa diz que o Florescer a possibilitou entrar em contato com estudantes e profissionais de outras áreas, enriquecendo suas aptidões profissionais e pessoais. “É uma experiência por meio da qual você consegue construir um conhecimento de forma multidisciplinar. Além disso, quando a gente está nos períodos iniciais, não temos tanta oportunidade prática de vivências em saúde coletiva. Ao participar do programa, a gente tem a chance de ter contato com pacientes e entender as demandas daqueles indivíduos”, finaliza.
Categorias relacionadas ExtensãoA história dos movimentos de esquerda do interior paulista é tema de livro lançado por professor da Ufes
Recuperar a história das esquerdas no Brasil, mais especificamente no interior de São Paulo durante o século XX, é o ponto central do livro recém-lançado Uma História das Esquerdas no Interior Paulista. A obra foi organizada pelo professor Rodrigo Molina, do Departamento de Educação, Política e Sociedade (DEPS) da Ufes, em parceria com Fabiana Junqueira, doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho está disponível gratuitamente em formato de e-book. Clique aqui para acessar.
Composto por oito capítulos, o livro aborda experiências de movimentos estudantis, operários, lutas políticas, resistência à repressão e a atuação em diferentes cidades do interior de São Paulo, como Piracicaba, Limeira, Fernandópolis e Sorocaba. Os capítulos são assinados por pesquisadores de diversas formações acadêmicas – como História, Educação, Sociologia e Economia – além de militantes, sindicalistas, lideranças comunitárias, gestores públicos e outros atores que construíram a história das esquerdas no interior paulista.
Para Rodrigo Molina, recuperar as experiências históricas das esquerdas é essencial para o debate do que foi a esquerda na história do Brasil, especialmente no interior paulista, onde surgiram lutas operárias, camponesas, diversos movimentos sociais e partidos. “A ideia de centralizar a análise no interior paulista é extremamente importante, pois a maior parte dos estudos históricos centralizam análises nas capitais, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, explicou.
Com mais de 200 páginas, a obra demorou três anos para ser concluída. Alguns dos capítulos, conforme explicam os autores, são resultados de pesquisas acadêmicas, incluindo dissertações de mestrado e teses de doutorado.
“Em alguns casos, para a leitura de um único capítulo, foram lidas mais de duas mil páginas de documentos do antigo Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS) – um acervo importante e que está sob custódia do Arquivo Público do Estado de São Paulo”, complementou Fabiana Junqueira.
Conhecimento científico
Nesse mergulho em narrativas e arquivos históricos, o livro traz à tona eventos pouco conhecidos no mundo acadêmico ou fora dele. Há também um esforço em valorizar o conhecimento científico.
“Um dos objetivos deste livro foi mostrar, por meio da ciência da História, que a esquerda é complexa e plural, diferente de alguns setores sociais contemporâneos extremistas que mostram uma visão panfletária e tendencialmente negativa da esquerda”, ressaltou Molina.
Com a intenção de entender e ampliar o olhar sobre experiências progressistas no País, os organizadores planejam uma nova edição do livro. “Pretendemos explorar outras regiões e cidades, para além do Estado de São Paulo. Seria muito interessante, por exemplo, compreender as lutas nos interiores da região sudeste, como é a realidade capixaba, ou mineira, e até mesmo nordestina, pois as barreiras e limites geográficos impostos pelos mapas políticos dos estados são ultrapassados quando pensamos em questões históricas, culturais ou econômicas”, conclui Molina.
Categorias relacionadas Ensino“Vamos nos conectar ainda mais com a sociedade”, afirma o reitor Eustáquio de Castro em balanço sobre os 71 anos da Universidade
A Ufes completou 71 anos na última segunda-feira, 5. Em paralelo, a atual gestão, conduzida pelo reitor Eustáquio de Castro e pela vice-reitora Sonia Lopes, completou seu primeiro ano à frente da Universidade. Em um breve balanço, eles traçaram um panorama dos avanços e desafios da instituição, além de anunciar algumas novidades.
“Imagine a quantidade de profissionais formados na nossa Universidade nesses 71 anos? A Ufes tem esse papel extremamente relevante para a sociedade e a história recente do Espírito Santo se confunde com a história da Ufes. Apesar de alguns ataques despropositados, não cabe mais discutir a importância da Universidade. Obviamente temos sempre o que melhorar e é isso que buscamos. Vamos nos conectar ainda mais com a sociedade”, afirmou o reitor.
Castro disse também que nesse primeiro ano de gestão a administração buscou melhorar a governança da Ufes e uma das ações neste sentido foi a criação da Diretoria de Governança, Controles Internos e Integridade. Ele lembrou que recentemente a Ufes alcançou o primeiro lugar em transparência, entre mais de 300 instituições pesquisadas. “Entretanto, mais importante que a governança, a gestão precisa melhorar as condições de permanência do estudante na instituição, e que isso não seja apenas uma ação dessa gestão, mas que se transforme numa política da Universidade. Nesse sentido foi criada a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade e houve um fortalecimento da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade”, destacou.
Se internamente a gestão prioriza a permanência do estudante, externamente tem criado condições para aproximar a Ufes da sociedade e do mercado de trabalho. Com esse propósito foi criada a Superintendência de Projetos e Inovação e a Agência de Inovação da Ufes (Inova Ufes), estreitando as parcerias com instituições públicas e privadas.
Com exclusividade, o reitor anunciou duas conquistas para os estudantes que já estão em andamento. A instalação do sistema de ar-condicionado no restaurante universitário do campus de Goiabeiras, em Vitória, e a abertura de um novo curso de Medicina, no Centro Universitário Norte do Espírito Santo, em São Mateus.
“Trabalhamos para manter a curva de crescimento da Ufes”, afirma o reitor.
Compromisso com a sociedade
Já a vice-reitora, Sonia Lopes, reiterou que a Ufes é, hoje, uma instituição consolidada e essencial para o desenvolvimento científico, social e cultural do Espírito Santo. “Com 71 anos de história, a Universidade se afirma como espaço de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, sempre comprometida com a democracia, a inclusão e a produção de conhecimento voltada para a transformação da sociedade. Ainda assim, os desafios permanecem grandes. Enfrentamos as limitações orçamentárias, as desigualdades sociais que atravessam nossa comunidade universitária e a necessidade de constante inovação nos processos acadêmicos e administrativos”, disse.
Para ela, o primeiro ano da gestão foi um tempo de escuta, reconstrução e cuidado com as pessoas. O foco tem sido fortalecer a gestão democrática, ampliar a permanência estudantil, qualificar as condições de trabalho e estudo, e garantir que todas e todos tenham espaço para viver plenamente o tempo da universidade.
Fundada em 5 de maio de 1954, a Ufes possui quatro campi universitários – Goiabeiras e Maruípe, em Vitória; e nos municípios de Alegre, no sul do Estado; e São Mateus, no norte capixaba. Atualmente, a Universidade oferece 103 cursos de graduação presencial, com a oferta anual de cerca de 5 mil vagas. Na pós-graduação, são 62 cursos de mestrado acadêmico e profissional, e 32 de doutorado.
Estudam na Ufes cerca de 20 mil estudantes na graduação presencial e 3.500 na pós-graduação. A instituição possui um quadro com cerca de 1.800 professores efetivos e 2 mil técnicos administrativos.
Categorias relacionadas Institucional