Projeto de extensão produz 2000 L de álcool antisséptico para combate da COVID-19

Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a existência da pandemia de coronavirus disease – COVID-19. Hoje, no Brasil, há mais de 6.336.000 casos da doença, com cerca de 175.000 óbitos já confirmados. No mundo, até o dia 30 de novembro, foram confirmados mais de 62.300.000 casos da doença, com cerca de 1.456.000 mortes. Uma vez que não há vacina disponível ou farmacoterapia eficaz e segura para a abordagem profilática e farmacoterapêutica da doença, o distanciamento social, o uso de máscaras e a instituição de medidas de higiene se constituem são as melhores ferramentas para o controle da disseminação e dos agravos decorrentes da infecção pelo novo coronavírus. Entre as formas de higienização  recomendadas pelos órgãos sanitários, a lavagem das mãos com água e sabão e o uso de desinfetantes com mais de 60% de álcool etílico ou 70% de álcool isopropílico, são as mais difundidas, tanto em ambientes de trabalho quanto no acadêmico e doméstico.

Nesse cenário, como forma de contribuir para a prevenção da COVID-19 entre os membros da sociedade do município de Alegre e da comunidade acadêmica do campus de Alegre da UFES, foi proposto o Projeto de Extensão “Produção de álcool 70 em solução e gel para o campus de Alegre da UFES e para a secretaria municipal de saúde”, registrado na Pró-Reitoria de Extensão da UFES sob o número #PROEX1740.

O projeto vem sendo realizado no Laboratório de Produção Farmacêutica do curso de Farmácia do CCENS/UFES desde o mês de abril. Foram recebidos 140 L de álcool etílico doados da comunidade acadêmica; 40 L da Empresa Júnio i9.Pharma; 600 L da Prefeitura municipal de Alegre; 400 L provenientes da Proex/UFES; e, 400 L provenientes do Laboratório de Telecomunicações (LabTel),  perfazendo um total de 1580 L do insumo. No período de abril à dezembro, foi realizada a transformação do álcool etílico em cerca de 1000 L de álcool antisséptico (77% v/v) solução e 1000 kg de álcool antisséptico (77% v/v) gel, que foram destinados para: a Secretaria Municipal de Saúde de Alegre; para a subprefeitura do campus de Alegre; para o Laboratório de Telecomunicações (LabTel) da UFES, em apoio ao projeto de produção de protetores faciais; e, para a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES). Ainda, parte da produção foi doada para o Lar dos Idosos, para o projeto Chega Mais, para o hospital de Jerônimo Monteiro, para a Santa Casa de Guaçui e para a escola municipal Ruth Alice. Além da produção, amostras de produtos de seis lotes selecionados foram tomadas e submetidas à ensaios de controle de qualidade físico-químico e microbiológico para avaliação da qualidade dos produtos preparados e comprovação da eficácia antisséptica, tendo sido todos os lotes aprovados nos testes aos quais foram submetidos.

Participaram do projeto, as professoras Janaina Cecília Oliveira Villanova (coordenadora), Patrícia Fontes Pinheiro (sub-coordenadora) e Juliana Alves Resende  (colaboradora). As alunas de pós-graduação Daiana Freitas Ferreira, Thais Martins da Silva e Kellen Barelo Corrêa e, os estudantes de graduação Elder Caetano de Oliveira, Kamilla Areas Bastos e Sanderson Vieira Batista (Em memória), participaram ativamente do projeto, que será retomado em fevereiro de 2021.

Além do caráter extensionista, contribuindo de maneira relevante para a sociedade local e regional, o projeto agregou atividades de ensino e pesquisa, uma vez que os resultados das análises de controle de qualidade serão apresentados no trabalho de conclusão de curso do aluno Elder Caetano de Oliveira e, em seguida, serão compilados para publicação. 

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