Trabalho docente na universidade pública

O docente da educação superior desenvolve suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como as atividades administrativas que estão envolvidas na dinâmica universitária. A atuação de docente na educação superior não é restrita à sala de aula, nem tampouco à pesquisa, o docente desenvolve atividades de forma concomitante e complementar.

A função de docente em sala de aula envolve diretamente a formação de uma série de profissionais, entre eles, aqueles que formam futuros professores, aqueles que formam profissionais liberais, que formam os bacharéis e tecnólogos. De acordo com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional Lei n. 9.394/9), a formação mínima desses docentes deve ser em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. 

O ingresso do docente é por concurso público, contemplando uma área específica, sendo uma das exigências a titularidade mínima. Em geral, o candidato deve ter concluído a graduação (em geral, 4 anos), o mestrado (2 anos) e o doutorado (4 anos). Após aprovação no concurso ocorre a nomeação no diário oficial, a posse do cargo e efetivamente é contratado não como professor apenas, mas como professor-pesquisador-extensionista. As universidades devem tanto formar novos profissionais, como produzir conhecimento.

Uma aula, antes de ser ministrada aos alunos, é preparada pelo professor, de forma que uma aula de duas horas, um professor universitário costuma levar cerca de quatro horas ou mais estudando e preparando, garantindo a profundidade da discussão a ser apresentada. Além de dominar o conteúdo e renovando as leituras para atualização no tema, a rotina da sala de aula inclui preparar planos de aula, fazer opções didáticas, selecionar bibliografia relevante e acessível, elaborar apresentações etc. Além das aulas em si, professores também elaboram provas e trabalhos, separam boa parte de seu tempo para atender alunos da graduação e para a orientação de pesquisadores de mestrado e doutorado. Orientação de monitorias para as disciplinas e de projetos de pesquisa e extensão para alunos de graduação também fazem parte da rotina do professor.

Uma vez que também são pesquisadores, professores universitários também escrevem artigos; desenvolvem pesquisas acadêmicas; criam laboratórios, núcleos e grupos de estudos; organizam seminários, congressos e colóquios; participam de bancas de avaliação e seleção, que podem ocorrer dentro ou fora da sua instituição, o que quer dizer que ele está continuamente se descolando dentro e fora do país.

Os professores atuam com a extensão, possibilitando formação dos alunos da graduação, realizando ações na comunidade, evidenciando a relação universidade e a sociedade.

Na qualidade de especialistas, os professores atendem ainda, de forma recorrente, jornalistas que querem uma fala ou mais informações para suas matérias e reportagens. Também podem ter que se preparar para responder a alguma demanda especial do governo ou para receber missões avaliadoras, como aquelas do Ministério da Educação, que avaliam curso de ensino superior.

Mas não é só de ensino, pesquisa e extensão que vive o(a) docente do ensino superior: há ainda tarefas administrativas, como cargos de chefia e coordenação de curso– e quase todo professor, em algum momento, assume estas funções.

Inúmeras são as obrigações de participação em reuniões de colegiado, departamento ou comissões, que tem sua periodicidade variada e discutem uma pauta composta por uma série de itens que devem ser discutidos e votados.

Existe ainda um conjunto de atividades técnicas, que de certa forma também são administrativas, e que fazem parte do escopo de trabalho de todo professor universitário. Uma das mais comuns são as chamadas “comissões acadêmicas”, prestação de contas em relatórios, participação em bancas, entre outros.

As universidades possuem diversas iniciativas de atuação com o público, seja por meio das atividades de extensão universitárias, da divulgação de conhecimento científicos ou da prestação de serviços. E o mais interessante, o ambiente universitário costuma ser um espaço propício a inovações e experimentações, o que significa que novos projetos de professores e alunos podem ganhar vida: seja por meio de apoio, parceria, expertise, espaço, equipamento, financiamento e/ou visibilidade.

A ideia de explicar o que faz, afinal de contas, um professor universitário, contudo, não é defender-se de acusações espúrias – que atualmente elegeram os professores de forma geral como alvo principal –, mas sim contribuir para uma maior aproximação do público com a rotina da universidade, daqueles que nela circulam e trabalham diariamente, local que pertence a toda a sociedade, local onde se formam profissionais e cidadãos e onde se desenvolvem pesquisas fundamentais para a consolidação da democracia e do futuro do país.

 

Fonte:  https://www.cafehistoria.com.br/o-que-faz-um-professor-universitario/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-4698201200...    

 

 

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